932 resultados para Paisagem sonora
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Novas tecnologias, entendidas como parte integrante dos ambientes midiáticos contemporâneos, ajudam a conformar novos modelos perceptivos. O surgimento e a proliferação de tecnologias de síntese e de modelagem de sons por meios eletrônicos recria a relação entre o espaço presente no filme e as referências significantes que possuímos desse espaço. Os sons destacam-se dos objetos empíricos, alargando o campo de significações e de afetações sensoriais. Ao criar novas relações entre o corpo do espectador e uma inédita paisagem sonora eletrônica, novas tecnologias de som, como parte de um processo mais amplo das mídias, demandam um maior envolvimento da plateia. Dispositivos de imersão, efeitos especiais, uma nova distribuição espacial do ambiente sonoro, maior fidelidade e potência, reproduzem o encantamento físico despertado pelos primeiros cinemas. Para analisar o surgimento de novas audibilidades, novas formas de investigar o mundo a partir dessas tecnologias e dessa atual paisagem sonora, este trabalho procura uma abordagem tríplice. Inicialmente, procuramos fazer uma descrição de cunho fenomenológico da experiência cinematográfica. Em seguida, utilizamos propostas da Teoria das Materialidades para falar das afetações físicas induzidas pelo espaço sonoro eletrônico. Por último, utilizamos a perspectiva das ciências cognitivas que nos diz que corpo, cérebro e ambiente neste caso um ambiente extremamente tecnológico fazem parte de um mesmo processo dinâmico
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Dissertação apresentada à Escola Superior de Comunicação Social como parte dos requisitos para obtenção de grau de mestre em Jornalismo.
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This work exams the presence of music in the imaginary constitution of spaces, taking as study s object part of the musical production of the Armorial Movement, officially casted in 1970 in the city of Recife, Pernambuco. From that so called, by the Armorial s discourse, the essence of the brazilian northeastern popular art , the armorialists has intended to make an art that express an idea of northeasternity and brazility . Tries to demonstrate how the music has exerted a basic function of condensation and spreading of the armorial aesthetics, auditorily delimiting the territory of Brazilian Northeastern and, at the same time, trying to impose a sonority to it. This work still analyses the elaboration of what would be a proper soundscape of the Northeastern and how this elaboration passes trough the desire of crystallization of an idealized space, perpetual, escape line of the characteristic modernizing and postmodernizing experience of the twentieth century, product, in turn, of the anxiety of conservation of the Northeastern as a shelter to the traditions that has been evidenced by the construction of an visibility and, also, an audibility to the so called northeastern universe. It analyses, too, the way as works the confrontation between the idea of a so called northeastern soundscape - sonorous events set taken as typical from the rural space - and a sonorous archives series produced since 1920 with the regionalist discourse, showing how was elaborated an armorial music that has intended to represent the brazilian Northeastern. It evidences how, to the elaboration of armorial music, it was managed elements from the European musical culture so called scholar. It argues that the utilization of, to the manufacture of the armorial thinking and aesthetics, of a European mimical capital, so called that way by Stephen Greenblat, was consequence of the intellectual leadership of the Movement, centered in the writer Ariano Suassuna. It argues that Suassuna, followed by the musicians and the artists of the Movement, has searched to evidence a genetic linking between what he has considered the Brazilian true popular art and the medieval Iberian culture. For in such a way, the music was taken as a formation element of the social imaginary and directed to verify a relationship between the Northeastern idealized by the Armorial and the music produced by the Movement. This work has searched, therefore, through the analysis of the armorial music, to study the possible confluences between music and the space that has produced it to, by this analysis, to think the complicity between music and history
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Pós-graduação em Música - IA
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Pós-graduação em Música - IA
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Pós-graduação em Música - IA
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This study suggests sonorous ambiences from the propose of images configured according to the description in “A Visagem da Moça Caetana” by Ariano Suassuna in order to create individual sonorous possibilities that may help musicians to play the piece. The cycle, composed in 1996 (for voice, viola, cello, bass clarinet/clarinet), is formed by three untitled songs. Its text is an excerpt from the “Folheto XLIV”, from the Romance d’A Pedra do Reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta, and describes a sentence of death illustrated by symbols of the Armorial imagery, with neologisms and the peculiar accent from the Sertão in northeast Brazil. In addition to the analysis of technical difficulties to play, this study informs interpreters of the sonorous timbre and texture used by Nelson Almeida to describe tradition through contemporary musical language. The metaphors and transgressions of reason in Suassuna’s book were explored to create three image compositions so that they may lead interpreters to the sonorous description of the inanimate objects and the affections to which the poetry refers, expanding any technical-interpretative indications limited by musical notation. This research used the Visagem scores, the literature on the theme, discussions with the musicians that played the piece, interviews with Almeida, and composers’ reports. To illustrate the theory, the three images are available, printed as woodcut in cordel literature.
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Trabalho de Projecto apresentado para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Culturas Visuais
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Pós-graduação em Música - IA
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Pós-graduação em Música - IA
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Pós-graduação em Educação Escolar - FCLAR
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O principal objetivo deste estudo foi compreender as etapas do percurso artístico do compositor portuense Ciríaco de Cardoso (1846 – 1900) e os discursos em torno de uma das suas obras mais célebres: O burro do Sr. Alcaide (1891). No primeiro capítulo procurou-se identificar e discutir os critérios que estiveram na base das opções profissionais tomadas por Ciríaco. O decurso da sua carreira leva a crer que possuía uma noção profunda das atividades que, no espaço lusófono, apresentavam maior potencial de aquisição quer de capital económico, quer de capital simbólico. É por isso que, mobilizando recursos das suas redes de sociabilidade, circula por instituições no Porto e em Lisboa mas, também, pelo lucrativo mercado teatral do Rio de Janeiro, assim como em Paris. Concentra-se no popular teatro musical – principal fonte de sustento – em paralelo com a atividade concertística e operática – forma de distinção atendendo à competitividade no mercado musico-teatral. Percebe também que a maximização do seu poder simbólico depende da legitimação alcançada pela sua associação às elites socioculturais locais, pelo que fomenta o estabelecimento de sociabilidades que se estendem inclusive às casas reais portuguesa e brasileira. Paradoxalmente, as edes mais próximas de Ciríaco estavam vinculadas a um idealismo republicano, relacionamento que exponencial proliferação de discursos dessa índole pelos media lusófonos (sobretudo a partir do tricentenário camoniano de 1880) e, por outro, pela aparente inexistência de registos que associem inequivocamente o artista ao ativismo republicano. Não obstante, é provável que Ciríaco de Cardoso tenha explorado o filão antimonárquico na programação da temporada de 1891 do Teatro da Avenida. O segundo capítulo explora a produção de O burro do Sr. Alcaide, através da análise da sua estrutura e das relações da obra com a realidade portuguesa da última década do século XIX. Embora respeite o modelo da opereta francesa, apresenta também características que poderão levar a que seja interpretada como transmissora de uma portugalidade idealizada, em linha com o nacionalismo português do último quartel do século. A ação decorre em Lisboa, cenário de interação entre personagens-tipo e caricaturas de personalidades concretas da elite sociopolítica portuguesa. Através de referências ao sebastianismo, satiriza-se o comportamento dessas elites, assim como as instituições da monarquia constitucional e a prevalência de uma visão messiânica dos governantes por parte da sociedade em geral. Faz-se a apologia da ruralidade através de tópicos musicais e de quadros onde se constrói uma imagem da música tradicional, correspondendo a uma idealização da nação – notada e enfatizada na receção pela crítica. Utiliza também outros tópicos pertencentes à paisagem sonora do público burguês, completando a expressão da urbanidade de um país onde essas duas realidades não eram ainda completamente dissociáveis. Contudo, ao não propor alterações efetivas à hierarquia da sociedade portuguesa finissecular, o desfecho da obra leva a concluir que esta terá consistido numa forma de propaganda o que, por um lado, explica o seu mediatismo e, por outro, vincula os seus autores – mais ou menos conscientes disso – às lutas políticas em curso aquando do ano da sua estreia.
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Berlim e a sua paisagem sonora suscitam emoções diversas capazes de desencadear um processo criativo. As palavras que se seguem são a expressão de um projeto que se quis catalisador de um olhar muito pessoal sobre esta cidade. Tendo como base, na criação, a estética da colagem, este projeto materializa-se numa performance final onde uma atriz, uma bailarina e um trombonista dão corpo a diversas emoções. Ainda na criação, é importante salientar o papel das técnicas de síntese na busca de novas sonoridades e o uso de tecnologias da música na composição e edição musical. Está patente, neste projeto, um clin-d’oeil ao serialismo e a corrente espectral francesa. As anotações dramatúrgicas foram também essenciais ao longo da composição musical e da encenação de toda a performance.
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Esta dissertação trata de um estudo etnográfico sobre práticas cotidianas no contexto das feiras-livres em Porto Alegre (RS) a partir da análise das “artes de fazer”, formas de sociabilidade e performance de fregueses e feirantes da feira-Livre da Epatur. Este ato de “fazer a feira” encerra uma série de ações e gestos que evidenciam peculiaridades da “produção” do espaço urbano por certos habitantes da cidade. Em especial, estes gestos engendrados por feirantes e fregueses da feira-livre evocam formas específicas de habitar este território da cidade onde está situada a feira, o Bairro Cidade Baixa, configurando arranjos sociais particulares no que tange as trocais sociais de mercado que lá ocorrem. Enfatiza-se os atos de compra e venda de alimentos no mercado livre, as relações de sociabilidade que lá se estabelecem, a estética particular deste evento, sua ambiência –visual e sonora – como elementos que conformam este “espaço vivido” ao mesmo tempo em que tecem uma vivência particular da cidade de Porto Alegre. Neste estudo etnográfico analisa-se as “artes de nutrir” – gestos de manipulação da matéria – e “artes de dizer” – jocosidades, performances e jogos corporais para atrair clientes – respectivamente, como formas de estetizar o espaço da cidade a partir das práticas sociais de bairro.
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The text elaborates on the creation of Candlestick Park and Parque de la Pedra Tosca as landscape architectural productions that integrated cultural and ecological processes in its spatialization as a response to scarcity and memory