124 resultados para Nevo de Spitz
Resumo:
Os autores relatam um caso de nevo de Reed, lesão que apresenta aspecto histológico de malignidade, mas tem evolução benigna. Paciente de 48 anos, masculino, cor parda, apresentava pterígio nasal no olho direito, associado a uma lesão pequena e pouco pigmentada localizada na cabeça do mesmo. Realizou-se exérese de ambos, sem intercorrências, sem sinais de recidiva. O exame histopatológico revelou lesão com bordas definidas, restrita ao epitélio, constituída por células fusiformes perpendiculares à superfície, com pigmentação melânica esparsa. O diagnóstico inicial foi nevo de Spitz, mas, posteriormente, chegou-se à conclusão que se tratava do nevo de células fusiformes de Reed. O presente relato é o segundo na literatura mundial e o primeiro no Brasil.
Resumo:
A dermatoscopia constitui uma técnica de diagnóstico não-invasiva, in vivo, que permite complementar a observação clínica de lesões cutâneas não-pigmentadas de etiologia diversa. Nos tumores cutâneos não-pigmentados, a dermatoscopia facilita a observação de estruturas vasculares, aumentando a acuidade no seu diagnóstico, distinguindo tumores melanocíticos e não-melanocíticos, benignos e malignos. Na parte II descreve-se a variabilidade da aplicação clínica da dermatoscopia em lesões cutâneas não-pigmentadas tumorais.
Resumo:
INTRODUÇÃO: A histopatologia convencional continua sendo o padrão-ouro no diagnóstico dos melanomas cutâneos, apesar do progresso da imuno-histoquímica e da biologia molecular. Os critérios microscópicos existentes para esse diagnóstico são numerosos, porém nenhum deles é específico para se afirmar que uma determinada lesão é maligna quando ele está presente, ou é benigna na sua ausência. Alguns critérios têm uma relevância maior para o diagnóstico em relação a outros. OBJETIVO: Este estudo propõe uma análise daqueles critérios considerados mais importantes, comparando sua presença em lesões melanocíticas benignas e melanomas. MATERIAL E MÉTODOS: Foram estudadas 33 lesões melanocíticas benignas (nevo de Spitz: 13; nevo de Reed: 6; nevo displásico: 6; nevo congênito: 3; nevo adquirido: 3; nevo combinado: 1; nevo recorrente: 1), bem como 101 casos de melanomas extensivo/superficiais: 25 intra-epidérmicos e 76 invasivos de pequena espessura (< 2 mm). RESULTADOS: Alguns critérios mostraram alta freqüência em lesões benignas, apresentando pouca especificidade, enquanto outros tiveram menor positividade nas benignas, e alta freqüência nas malignas, mostrando sua maior especificidade e importância no diagnóstico dos melanomas. CONCLUSÃO: Os cinco critérios que mostraram diferenças estatisticamente significativas na comparação com as lesões benignas foram (em ordem decrescente de freqüência): 1. proliferação linear de células isoladas na camada basal; 2. início e fim da lesão com células isoladas; 3. melanócitos na camada granular; 4. disseminação pagetóide extensa; 5. nucléolos grandes, irregulares ou múltiplos. Os melanomas de pequena espessura não apresentam parte dos critérios considerados mais importantes, como falta de maturação, necrose e mitoses profundas.
Resumo:
INTRODUÇÃO: O diagnóstico histopatológico de algumas lesões melanocíticas pode ser muito difícil, mesmo para especialistas, mas há casos em que a dificuldade surge pela inadequada e subjetiva aplicação dos critérios diagnósticos. OBJETIVO: O objetivo deste estudo é desenvolver um método de aplicação sistemática desses critérios, atribuindo valores para os mais importantes. MATERIAL E MÉTODOS: Selecionaram-se os critérios mais relevantes para o diagnóstico de melanoma, atribuindo valores de 1 a 5 de acordo com sua importância. Foram escolhidos 101 casos de melanomas de tipo extensivo-superficial com menos de 2mm de espessura para análise comparativa com 33 lesões melanocíticas benignas (13 nevos de Spitz, seis de Reed, seis displásicos, três congênitos, três adquiridos, um combinado e um recorrente). RESULTADOS: A soma dos valores dados aos critérios (score) apresentou diferença significativa entre lesões malignas e benignas, mostrando que esse método pode ser útil ao patologista cirúrgico generalista em sua rotina diária. CONCLUSÃO: A aplicação objetiva e sistemática dos critérios histopatológicos pelo sistema de pontos (scoring system) pode ajudar o diagnóstico diferencial entre maligno e benigno em muitas lesões, porém não tendo o efeito desejado nas lesões melanocíticas de comportamento biológico indeterminado.
Resumo:
São bastante conhecidos pelos patologistas o desafio e a dificuldade que algumas lesões melanocíticas apresentam no momento de seu diagnóstico. A falta de uniformidade na maneira de aplicar os critérios diagnósticos é, sem dúvida, uma das causas principais dos altos índices de discordância descritos na literatura. O objetivo deste trabalho é tentar diminuir esta discordância e, para isso, foram selecionados os 12 critérios considerados mais importantes para o diagnóstico de melanoma: 1) tamanho; 2) simetria; 3) delimitação lateral; 4) maturação; 5) disseminação pagetóide; 6) necrose/ulceração; 7) infiltrado inflamatório; 8) regressão; 9) atipias celulares; 10) mitoses; 11) melanização; 12) proliferação de células isoladas. Foram expostas as características de cada um deles e sua aplicação no diagnóstico dos melanomas, lembrando sempre as possíveis exceções, onde estes critérios podem estar presentes em lesões melanocíticas benignas. Posteriormente, em três tabelas, estabeleceu-se o diagnóstico diferencial entre melanoma e três condições melanocíticas benignas que costumam apresentar maiores dificuldades no diagnóstico diferencial. Como nenhum critério deve ser considerado isoladamente, a aplicação rigorosa do conjunto de dados aqui fornecido pode ajudar substancialmente o patologista cirúrgico generalista (não-especialista em lesões melanocíticas) a resolver alguns problemas na sua rotina diária.
Resumo:
Muito comuns, os nevos intradérmicos constituem um tumor cutâneo pigmentado benigno. Seu aparecimento no meato auditivo externo é inabitual. Os aspectos clínicos e histopatológicos dos nevos intradérmicos dentro do meato auditivo externo são apresentados e a literatura é revisada.
Resumo:
Es van analitzar les característiques de 981 malalts diagnosticats de melanoma cutani, dels quals 47 havien desenvolupat un segon melanoma. L'edat inferior a 40 anys, la localització en el tronc i el subtipus histològic d'extensió superficial, van ser factors de risc independents per al desenvolupament d'un primer melanoma sobre nevo. L'únic factor que es va associar al desenvolupament d'un segon melanoma sobre nevo, va ser que el primer també haguera mostrat esta associació. Estes troballes recalquen la importància preventiva de la vigilància dels nevos en malalts amb melanoma, sobretot quan este es desenvolupa sobre un nevo.
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Elias Plessner
Resumo:
Von Walter Köhler
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From December-1965 to November-1969, 95 hydrocephalic infants have been operated upon using ventriculoperitoneal shunt with valve (88 cases with a Spitz-Holter valve, 6 cases with a Hakim valve and one case with a Pudenz-Heyer valve). Up to the present time (December, 1970) a total of 54 children are alive with a compensated hydrocephalus and 9 patients died, being impossible to follow-up the 32 remaining cases. The use of the ventriculoperitoneal shunt has eliminated all cardiovascular-pulmonary complications and reduced the number for surgical revisions. Besides, infections involving the draining system are less severe and more easily controlled than those occurring in the ventriculoatrial shunts. After analysis of the surgical techniques as well as complications and results the following conclusions are stated: 1) the use of a valve in the ventriculoperitoneal shunt difficults the oclusion of the peritoneal end of the draining system; 2) good results can be expected without reoperations in about 42,35% of hydrocephalus cases treated by ventriculoperitoneal shunt with valve; 3) ventriculoperitoneal shunts with valve showed better results when compared to ventriculoatrial shunts. This statement is made comparing two groups of hydrocephalic infants submitted to surgery at the same Service and in the same conditions, with the same follow-up period; 4) the cases presented permit to state that at present time the ventriculoperitoneal shunt with valve is the most suitable surgical procedure for hydrocephalus.
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Progressive myoclonus epilepsy (PME) has a number of causes, of which Unverricht-Lundborg disease (ULD) is the most common. ULD has previously been mapped to a locus on chromosome 21 (EPM1). Subsequently, mutations in the cystatin B gene have been found in most cases. In the present work we identified an inbred Arab family with a clinical pattern compatible with ULD, but mutations in the cystatin B gene were absent. We sought to characterize the clinical and molecular features of the disorder. The family was studied by multiple field trips to their town to clarify details of the complex consanguineous relationships and to personally examine the family. DNA was collected for subsequent molecular analyses from 21 individuals. A genome-wide screen was performed using 811 microsatellite markers. Homozygosity mapping was used to identify loci of interest. There were eight affected individuals. Clinical onset was at 7.3 +/- 1.5 years with myoclonic or tonic-clonic seizures. All had myoclonus that progressed in severity over time and seven had tonic-clonic seizures. Ataxia, in addition to myoclonus, occurred in all. Detailed cognitive assessment was not possible, but there was no significant progressive dementia. There was intrafamily variation in severity; three required wheelchairs in adult life; the others could walk unaided. MRI, muscle and skin biopsies on one individual were unremarkable. We mapped the family to a 15-megabase region at the pericentromeric region of chromosome 12 with a maximum lod score of 6.32. Although the phenotype of individual subjects was typical of ULD, the mean age of onset (7.3 years versus 11 years for ULD) was younger. The locus on chromosome 12 does not contain genes for any other form of PME, nor does it have genes known to be related to cystatin B. This represents a new form of PME and we have designated the locus as EPM1B.
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Background: Although mental changes are frequent in Wilson`s disease, severe psychiatric disorders occur uncommonly and usually accompany the neurological picture. There are few reports in the literature of Wilson`s disease patients with typical bipolar affective disorder (BPAD). Case report: The authors report the case of a patient with Wilson`s disease whose initial manifestation was a manic episode followed by depression. Tremor in the upper limbs appeared one year after the onset of symptoms. The diagnosis of Wilson`s disease was established three years after the first symptoms appeared, based on the neuropsychiatric picture, the detection of Kayser-Fleischer rings and the results of diagnostic tests indicating chronic liver disease and copper excess. ATP7B genotyping and magnetic resonance imaging of the brain with proton spectroscopy study were also performed. The patient became asymptomatic two years after starting treatment with penicillamine and remained non-symptomatic controlled during the eight-year follow-up period, without any specific treatment for the BPAD. Conclusions: To our knowledge, this is a singular report of a case of Wilson`s disease in which a manic episode preceded the onset of neurological symptoms. The association between Wilson`s disease and bipolar disorder is discussed.