8 resultados para Naipaul
Resumo:
Esta dissertação mapeia a rede de relações intertextuais em Half a Life (2001) e sua continuação Magic Seeds (2004), os romances mais recentes do Prêmio Nobel de Literatura de 2001, V. S. Naipaul, como contribuição para o estudo da obra do autor. A noção de intertextualidade permeia os estudos literários, e o termo tem sido largamente empregado desde que foi cunhado por Julia Kristeva nos anos sessenta. Desde então as mais variadas, e muitas vezes divergentes, teorias sobre intertextualidade compartilham a idéia de que um texto só adquire significado pleno na interação com outros textos. A abordagem metodológica proposta é baseada na teoria da transtextualidade de Gérard Genette. Esta escolha implica o estudo de intertextos, paratextos, metatextos, arquitextos e hipertextos que constituem a interface entre os dois romances e outros escritos. O nome do protagonista "William Somerset Chandran" constitui o fio que guia o estudo das várias relações transtextuais nos dois romances. A partir do prenome do protagonista – William – este estudo situa os romances no contexto da tradição do Bildungsroman, e argumenta que estes estabelecem uma paródia arquitextual do gênero na medida em que subvertem seu cerne, ou seja, a formação do caráter do protagonista. O nome do meio do protagonista – Somerset – remete à ficcionalização do escritor Somerset Maugham na narrativa, ao mesmo tempo em que esta desmistifica a ótica ocidental sobre o hinduísmo popularizada por Maugham em The Razor's Edge. O sobrenome do protagonista – Chandran – leva ao estudo do conjunto de referências à origem indiana de Naipaul e o papel desta na produção do autor. Este nome se reporta ao romance de Narayan The Bachelor of Arts, cujo protagonista também é nomeado Chandran. Narayan é um escritor de destaque na literatura anglo-indiana e referência recorrente na obra de Naipaul. Os temas de migração e choque cultural apresentados nos dois romances têm sido presença constante na obra de Naipaul. Esta pesquisa mapeia a relação de continuidade entre os dois romances em questão e o conjunto da obra de Naipaul, salientando o papel da ambientação geográfica da narrativa, marcada pela jornada do protagonista através de três continentes. A teoria da transtextualidade é uma ferramenta operacional para a pesquisa, a qual examina a densidade das referências geográficas, históricas e literárias em Half a Life e Magic Seeds, visando aportar elementos para o estudo da produção literária de Naipaul, na medida em que estes romances recentes condensam e revisitam a visão de mundo deste autor.
Resumo:
O enfoque deste trabalho literário é o de analisar a construção e o desempenho do sujeito diaspórico, dentro do contexto pós-colonial. Os eventos disponíveis na história “Uma Herança”, de V.S. Naipaul, apresentados em duas narrativas, trazem visões distintas e que se opõem, a do narrador e a da professora, resultantes do processo imperialista, especificamente em Trinidad e Tobago, no Caribe. A análise mostra que Leonard Side, um indiano, consegue sobreviver e impor seu discurso em uma sociedade dividida: uma que o marginaliza como homem de pele escura e de cultura inferior àquela dominante; outra que o valoriza. O hibridismo observado a partir do comportamento dessa personagem realiza-se em uma busca diária e constante de significados, visto como abertura para outras culturas e para outros valores. Conclui-se, que apesar da destruição e dos resultados negativos, como o rompimento de culturas, de religiões, de etnias, o colonialismo produziu, através das diásporas, relacionamentos humanos e culturais de horizontes diferenciados para a humanidade.
Resumo:
Antología de relatos de escritores de diferentes países y culturas, como Charles Dickens, H.G. Wells, Virginia Woolf, Graham Greene, V.S. Naipaul, Raymond Carver, Jhumpa Lahiri y Annie Proulx. Su contenido se adapta al estudio del CIE, IGCSE y a los exámenes del nivel AS y nivel A de literatura en inglés.
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The article, which is divided into five sections, the Indian-born author of German language attempts to illustrate/illuminate the particular hurdles to determining this subject as a genre. The works discussed by male and female authors vary tremndously one from another both in theme and in style. Among them are novels and stories in traditional narrative style by Naipaul, Ghosh, Lahiri… primarily grouped by major themes of immigration. At the same time that authors such as Rushdie, Roy, Tharoor... have been endeavoring to expand the vocabulary and conventions of the English language and to further modern narrative technique. Not only is the complex Indian subcontinent and its positive and negative realities portrayed and redefined, but as a parallel occurrence, rave stories and pop novels are being written by Rushdie and Kureishi. One must note here that English is not the mother tongue of any of these writers. The English language is used as an instrument of literary and artistic expression. This essay also expounds on examples of how “Indian Writing in English” differentiates itself clearly from “The Indian Romanticism” of European literature. The postcolonial writers point an admonishing finger to the wounds of India and they ruthlessly mock the inhumane regimes of Mrs. Thatcher and of Mr. Bush. One segment is devoted to the bizarre portrayal of love, gender and sex relations that makes the reading of the books in question vexing.
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In this essay Alison Donnell returns to the material object of Edward Baugh's essay, published in the pages of the Trinidadian little magazine Tapia in 1977, in order to re-read the force of its arguments in the context of its own politicocultural history and to assess the significance of its publication venue. Donnell attends to Baugh's own standing in the highly charged field of Caribbean literary criticism as a critic of both Walcott and Naipaul, and acknowledges his creative contribution to this field as a poet. She also considers how, in the years between the original publication of Baugh's article and its republication, the questions of historical invisibility have entered newly disputed territories that demand attention to how gender, indigeneity, spirituality, and sexuality shape ideas of historical and literary legitimacy, in addition to those foundational questions around a politics of race and class.
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The “traveling imagination,” is of paramount importance to both western and postcolonial travelers. Since both groups create “travel imaginations” by extensive reading, the nature of the books that inform them must directly affect their travels. A westerner, for example, who reads only colonial-era accounts has the “travel imagination” of a different generation. If all perspectives were represented equally in libraries, the “travel imagination” of a given person would be entirely his/her own. But usually the “traveler’s imagination” is biased by prevailing opinion. Libraries are not democracies, and sometimes extensive reading only indoctrinates the reader with the biases of the canon. Perhaps the following generalization will be helpful. Westerners are able to create “traveling imaginations,” based on the books they trust. But postcolonials, who have reason to be suspicious of what they read, have complicated “traveling imaginations.” Sometimes postcolonial travelers base their “traveling imaginations” on what they read, and sometimes, in opposition to what they read. The books discussed in this thesis, In Patagonia, The Cruise of the Shark, The Happy Isles of Oceania, A Passage to England and The Enigma of Arrival, were first published in, 1977, 1939, 1992, 1971 and 1987, respectively, in what Ali Behdad calls the “age of colonial dissolution.” Perhaps it would be more accurate to say these books are set in the “age of colonial demolition.” For the most part, the empires in these texts are in ruins, or at least in the process of being dismantled. In fact, two of the authors, Nirad Chaudhuri and V.S. Naipaul are canonical post-colonial thinkers.