983 resultados para Muco Microbiologia - Teses


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Nas ltimas dcadas, os Staphylococcus coagulase-negativo, tm sido considerados como patgenos verdadeiros, sendo um dos principais grupos bacterianos responsveis pelas infeces relacionadas a assistncia a sade (IRAS). O presente estudo teve como objetivo geral: avaliao da relao entre a resistncia a oxacilina e a produo de biofilme de amostras Staphylococcus coagulase-negativo de origem comunitria e hospitalar. Neste sentido, foram desenvolvidos os seguintes objetivos especfico: identificar ao nvel de espcie os Staphylococcus coagulase-negativo; analisar por tcnica fenotpica (gar vermelho do Congo) a produo de slime; avaliar quantitativamente, a produo de biofilme; correlacionar a produo de polissacardeos extracelulares (slime) com a produo de biofilme; avaliar a relao da resistncia a oxacilina como indicador da presena do gene mecA; avaliar a relao entre a concentrao inibitria mnima e a concentrao bactericida mnima para oxacilina; pesquisar a presena dos genes mecA, icaAD e atlE, pela tcnica de PCR. Foi estudado um total de 150 amostras, sendo 50 isoladas de fmites, 50 isoladas de sangue e 50 isoladas de comunidade. Independente da origem, foram identificadas 14 espcies de Staphylococcus coagulase-negativo, sendo mais frequentes S. epidermidis 42,6%, S. haemolyticus 13,3% e S. cohnii cohnii 10,7%. A anlise geral da expresso fenotpica de slime mostrou que 64% das amostras avaliadas eram produtoras de slime. Das 150 amostras testadas neste estudo, 95,3% foram produtoras de biofilme. Ao considerarmos a anlise da quantificao do biofilme em relao s origens das amostras estudadas no encontramos diferenas significativas e a maioria das amostras foi considerada moderadamente produtora de biofilme. O gene mecA foi detectado em 6 amostras comunitrias, 34 amostras de fmites e 34 amostras de sangue. No houve diferena significativa entre as amostras de fmites e sangue. Porm, houve diferena significativa entre as amostras de origem comunitria e as de origem hospitalar - fmites e sangue (p < 0,0001). Ao compararmos as trs origens de isolamento quanto a presena do gene atlE observamos que houve diferena significativa (p = 0,0012) entre elas. Sendo, as amostras isoladas de sangue, as que apresentaram maior nmero de amostras que possuam o gene atlE (n = 18). Das 150 amostras testadas observamos a presena do gene icaAD em 46% amostras comunitrias, 56% amostras de fmites e 60% amostras de sangue, no encontramos diferena significativa (p = 0,5750). Observamos uma correlao entre a resistncia a oxacilina e a produo de slime, pois as amostras de origem hospitalar (fmites e sangue) apresentaram altos nveis de resistncia a oxacilina e em sua grande maioria foram produtoras de slime. A espcie S. epidermidis foi a mais isolada e deve-se ressaltar que, quando comparada com as outras espcies, apresentou altos nveis de resistncia a oxacilina, sendo a maioria produtora de slime e biofilme.

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As <i>Aeromonas</i> so consideradas patgenos em potenciais para o homem e animais e esto amplamente distribudas no ambiente sendo a gua e os alimentos importantes veculos de transmisso. Muitos estudos tm demonstrado que a patologia causada pela infeco por <i>Aeromonas</i> complexa e envolvem inmeros fatores de virulncia, dentre eles a aderncia, invaso, enterotoxinas, hemolisinas, exoenzimas, siderforos, flagelos, formao de biofilme e mecanismos de secreo. No presente estudo, analisamos os mecanismos de patognese mediados por <i>A. caviae</i> e <i>A. hydrophila</i>, avaliando a participao desses microrganismos nos processos de adeso, invaso, persistncia intracelular e citotoxidade celular. Foram utilizados ensaios quantitativos <i>in vitro</i> para testar associao, invaso e persistncia intracelular em linhagens celulares HEp-2 e/ou T84. A interao de tecidos intestinais de coelho cultivados <i>in vitro</i> (IVOC) com trs cepas de <i>A. caviae</i> originrias de fezes diarricas tambm foi avaliada. Observamos que 10 (62,5%) das 16 cepas de <i>Aeromonas</i> spp. de diferentes origens, submetidas aos testes de invaso quantitativos foram capazes de invadir clulas HEp-2 e T84 em 6 horas de incubao. As cepas positivas nos testes de invaso foram submetidas ao teste quantitativo de persistncia em clulas HEp-2 e sobreviveram no ambiente intracelular por 48 e/ou 72 horas sem multiplicao. A interao de trs cepas de <i>A. caviae</i> com a mucosa intestinal de coelho <i>ex vivo</i> resultou em aderncia, produo de muco e alteraes como, intensa vacuolizao e drstica desorganizao estrutural que levaram a destruio das microvilosidades intestinais. Este estudo demonstrou que subconjuntos de cepas de <i>A. caviae</i> e <i>A. hydrophila</i> de diversas origens, foram capazes de invadir, persistir ou destruir linhagens celulares <i>in vitro</i>. Nosso estudo tambm evidenciou que cepas de <i>A. caviae</i> causaram expressivas alteraes morfolgicas que resultaram na destruio de epitlios intestinais de coelho <i>ex vivo</i>. Finalmente, nossos resultados contriburam para reforar o potencial patognico de cepas de <i>Aeromonas</i>, em especial, as de origem vegetal e clnica.

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Estreptococos do grupo B (EGB) a principal causa de sepse e meningite neonatal e tem sido recentemente reconhecido como patgeno responsvel por infeces invasivas em adultos imunocomprometidos (idosos ou portadores de doenas crnicas). Os EGB produzem inmeras enzimas extracelulares, vrias das quais interagem com o sistema imune do hospedeiro e so importantes durante a interao EGB-hospedeiro, bem como para o desenvolvimento da doena. Estudos anteriores mostraram que metaloproteases esto envolvidas em vrias vias metablicas em diferentes tipos celulares. Por esta razo, ns decidimos investigar o possvel envolvimento de metaloproteases de EGB durante a interao celular e apoptose/necrose induzida pelo micro-organismo em clulas endoteliais da veia umbilical humana (HUVEC) e da linhagem de epitlio respiratrio (A549). Tratamento de EGB com inibidores de metaloproteases (EDTA, EGTA e FEN) no induziu alteraes no crescimento bacteriano, mas promoveu alteraes na expresso de protenas de superfcie, capacidade adesiva e perfil de sobrevivncia intracelular do patgeno. O EGB e o sobrenadante do crescimento bacteriano (meio condicionado; MC) promoveram a morte das clulas HUVEC e A549. Contudo, o tratamento com inibidores de metaloproteases restauraram a viabilidade celular induzida pelos EGB e o MC, sugerindo que metaloproteases bacteriana esto envolvidas no rompimento da barreira celular, promovendo a disseminao bacteriana. Este trabalho descreve pela primeira vez apoptose e necrose induzidas pelo EGB e MC em HUVEC e clulas A549 aps 24h de incubao, respectivamente. Ns tambm observamos reduo da pr-caspase-3 aps infeco das HUVEC com EGB e MC, sugerindo ativao da caspase-3. Alm disso, o aumento da expresso da protena pr-apopttica Bax e diminuio dos nveis da protena anti-apopttica Bcl-2 em HUVEC, demonstram o envolvimento do mecanismo apopttico mitocondrial (via intrnseca). A melhor compreenso das bases moleculares da patognese do EGB contribui para identificar novas molculas bacterianas e hospedeiras que podem representar novos alvos teraputicos ou imunoprofilticos contra a doena causada por esse patgeno neonatal.

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Staphylococcus aureus resistente meticilina (MRSA) um dos principais microrganismos envolvidos nas Infeces relacionadas Assistncia Sade (IrAS). Porm, um clone de MRSA, o CA-MRSA, emergiu na comunidade e atualmente vem sendo agente de IrAS. O objetivo desta dissertao avaliar fenotpica e genotipicamente 111 amostras de Staphylococcus aureus resistentes meticilina e sensveis a antibiticos no -lactmicos de pacientes atendidos em cinco hospitais no municpio do Rio de Janeiro. Utilizando os critrios padronizados pelo CLSI 2012, foram determinadas as susceptibilidades a 11 antimicrobianos pelo mtodo de disco difuso em gar e concentrao inibitria mnima para vancomicina e oxacilina pelo mtodo da microdiluio em caldo. A multirresistncia (resistncia a 3 ou mais antimicrobianos no -lactmicos) foi observada em 31,5% das amostras, sendo que 53,2% apresentaram resistncia ao antimicrobiano clindamicina, uma das opes para o tratamento emprico das infeces de pele/tecidos moles. 86,4% apresentaram concentrao inibitria mnima (CIM) para vancomicina &#8805; 1,0 g/mL ou seja, elevado percentual de amostras associadas ao fenmeno MIC creep, o qual est associado ao insucesso na terapia antimicrobiana anti-MRSA. No foi observado at o momento nenhuma amostra com CIM &#8805; 4cg/mL para vancomicina, entretanto, j h resistncia linezolida em quatro hospitais do estudo. A tipificao do SCCmec nos permitiu classificar 4,5% das amostras em HA-MRSA e 86,5% em CA-MRSA, nas quais a resistncia heterognea tpica oxacilina foi observada em 57,2%. A toxina de Panton-Valentine (PVL) foi identificada pela metodologia de PCR em 28% das amostras com gentipo CA-MRSA. Os fatores de riscos clssicos, da literatura, relacionados infeco por HA-MRSA foram tambm observados nos pacientes com infeco por CA-MRSA portadoras de SCCmec IV e V. No intuito de verificar a existncia de similaridades genticas ou a presena de clone predominante entre as amostras dos cinco hospitais, foi realizada a tcnica de eletroforese em gel sob campo pulsado (PFGE) e observou-se diversidade gentica assim como a presena de amostras com padres similares aos clones OSPC (18,5%) e USA400. No foram encontradas amostras com padres de eletroforese similares aos clones USA300, USA800 e CEB. essencial a vigilncia da resistncia aos antimicrobianos no -lactmicos no CA-MRSA, em especial vancomicina. A mudana na epidemiologia deste microrganismo vem impactando os padres caractersticos dos gentipos limitando os critrios de diferenciao entre eles. Neste contexto, as tcnicas moleculares atuam como excelentes ferramentas de caracterizao. O conhecimento do patgeno auxilia na elaborao e implementao de medidas preventivas, contribuindo para o controle da doena tanto no ambiente hospitalar quanto na comunidade.

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A Escherichia coli enteroagregativa (EAEC) um patotipo emergente e heterogneo que causa a diarria aguda ou persistente em indivduos de diferentes faixas etrias e em pacientes imunocomprometidos. Alm disso, EAEC um dos principais agentes etiolgicos da diarria dos viajantes. O padro de aderncia agregativa de EAEC est associado ao plasmdeo de aderncia agregativa (pAA). Genes presentes no plasmdeo e no cromossomo codificam protenas envolvidas na secreo extracelular de fatores de virulncia na superfcie ou diretamente na clula hospedeira. A capacidade de produo de muco e biofilme, elaborao de toxinas, aderncia e induo de inflamao intensa na mucosa intestinal so importantes caractersticas da patogenicidade de EAEC. Nesse estudo, determinamos o perfil genotpico de genes do sistema de secreo Tipo V (SST5) e sistema de secreo Tipo VI (SST6) em cepas de EAEC. Os genes do SST5 ocorreram com mais frequncia que os genes do SST6. A presena de pelo menos um gene do SST5 foi detectada em 79% das cepas, enquanto que os genes relacionados ao SST6 foram detectados em apenas 42% das cepas analisadas. A produo de biofilme foi observada em teste quantitativo e verificamos que 67% das cepas produziram biofilme. No teste qualitativo, o tipo de biofilme que predomina o biofilme moderado (11 cepas), seguido do biofilme forte (9 cepas) e do biofilme discreto (4 cepas). A presena ou ausncia de genes do SST5 e SST6 no parece interferir com a capacidade de produo de biofilme, nem com o tipo de biofilme formado. Em ensaios de citotoxicidade, apenas 25% das cepas EAEC (sobrenadante) causaram reduo significativa na viabilidade de clulas T84 avaliada pelo teste de reduo com MTT. Nossos resultados mostram que as cepas EAEC isoladas de crianas com diarria aguda ou de grupo controle so invasoras para clulas T84. Ao compararmos a capacidade invasora das cepas clinicas e controle, observamos que a mdia do ndice de internalizao obtido nas 15 cepas do grupo clinico foi de 5,7% 1,7 e para as 9 cepas do grupo controle foi de 2.4 % 0,7; entretanto essa diferena observada no foi estatisticamente significativa. No foi possvel correlacionar o perfil genotpico dos genes do SST5 e SST6 com o perfil fenotpico analisado (formao de biofilme, citotoxicidade e invaso).O que pode ser atribudo a heterogeneidade genotpica e fenotpica, uma caracterstica relevante de cepas EAEC.

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O transporte mucociliar (TMC) um mecanismo bsico de defesa do sistema respiratrio necessrio na resistncia infeco. A efetividade desse mecanismo de defesa depende da composio e profundidade do muco, da integridade e da funo dos clios e da interao muco-clio. O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos crnicos do oxigenoterapia de baixo fluxo via cateter nasal com e sem umidificao sobre o TMC nasal, nas propriedades fsicas do muco, na inflamao e nos sintomas de vias areas em pacientes com hipoxemia crnica com necessidade de oxigenoterapia domiciliar de longo prazo (>15 horas/dia). Dezoito pacientes (idade mdia de 68 anos, 7 do sexo masculino, ndice de massa corprea (IMC) mdio de 26 kg/m2, 66% com doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC), 60% com hipertenso arterial (HAS) e ex-tabagistas) iniciando oxigenoterapia de baixo fluxo via cateter nasal foram randomizados para o grupo Oxignio Seco (n=10) ou Oxignio Umidificado (n=9). Os pacientes foram avaliados nos tempos: basal, 12 horas, 7 dias, 30 dias, 12 meses e 24 meses para o TMC nasal por meio do teste de trnsito da sacarina, as propriedades fsicas do muco por meio de ngulo de contato, a inflamao por meio de quantificao do nmero total de clulas e diferenciais e da concentrao de citocinas no lavado nasal assim como para sintomas por meio do questionrio SNOT-20. O sintoma mais importante relatado por pacientes no basal foi tosse que melhorou aps 7 dias de oxigenoterapia. No nosso estudo, os pacientes de ambos grupos apresentaram prolongamento significativo (40%) do TMC nasal ao longo do estudo. O lavado nasal mostrou um aumento das propores de neutrfilos, das clulas caliciformes e da concentrao do fator de crescimento epidermal (EGF) assim como redues em macrfagos e concentraes de interferon alfa (IFN-alfa), interleucina (IL)-8 e IL-10 ao longo do estudo. No houve alteraes na proporo de clulas ciliadas, na concentrao de IL-6 e no ngulo de contato do muco em ambos os grupos. A tosse e os sintomas de sono diminuiram significativamente em ambos os grupos. Nosso estudo sugere que a umidificao no tem impacto sobre o TMC nasal, as propriedades do muco, a inflamao e os sintomas em pacientes com baixo fluxo de oxignio via cateter nasal (BFON)

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El Manual de Teora de Microbiologa II tiene como principal objetivo reunir la mayor informacin bsica de los contenidos establecidos en el programa de la asignatura, de esta forma los estudiantes adquieran los conocimientos necesarios. Les aporta adems la forma estructurada para el aprendizaje, lo cual le posi- bilita un mtodo de estudio y establecer las interrelaciones necesarias para un estudio sistemtico. Como texto bsico podr despus utilizar textos con mayor informacin teniendo de antemano los conocimientos previos y necesarios. La informacin reunida en el presente Manual de Microbiologa II es el resultado de la recopilacin de la informacin de autores y especialistas, solo nos correspondi sobre las experiencias de los que nos precedieron reunir y estructurar los contenidos. Es necesario establecer para su estudio un pensamiento lgico y de constante interrelacin y a la vez de integracin hacia el desarrollo de un pensamiento independiente y creativo. Es muy importante establecer un estudio sistemtico y el uso de la sntesis y a la vez emplear un mtodo cientfico, elevada avidez por saber y profundizar para adquirir la formacin de un profesional preparado y capacitado para asumir las responsabilidades en el cumplimiento de sus compromisos sociales.

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O Papilomavrus humano (HPV) um vrus DNA bastante prevalente em estimativas mundiais, sendo a DST isolada mais frequente no mundo. Existem poucos dados sobre prevalncia em adolescentes sem vida sexual ativa, havendo ainda muitos tabus nesta faixa etria. O presente estudo tem por objetivo identificar a prevalncia de Papilomavrus humano atravs de biologia molecular em pacientes sem coitarca, comparando com um grupo de pacientes da mesma faixa etria com atividade sexual. Foram avaliadas 100 adolescentes com idade variando de 11 a 20 anos, com pelo menos dois anos ps-menarca, atendidas no perodo de janeiro de 2007 a janeiro de 2009 no ambulatrio de ginecologia infantopuberal do Hospital Universitrio Pedro Ernesto. Das 100 adolescentes, 50 apresentavam hmen ntegro e 50 relatavam atividade sexual regular. Para as pacientes sem coitarca (grupo 1) foi realizada uma coleta apenas de vestbulo e para as pacientes com atividade sexual (grupo 2) foi realizada coleta de vagina e endocrvice. A pesquisa de DNA-HPV foi realizada por captura hbrida de 2 gerao. Os resultados foram descritos em unidade relativa de luz. Para os dados categricos foram aplicados os testes exato de Fisher. A positividade geral de DNA de HPV de alto e de baixo risco foi de 72%. No grupo 1 houve positividade do teste em 3 casos (6%). J no grupo 2, 33 casos (66%) foram positivos para pelo menos um stio. Material de vagina foi positivo em 30 casos (60%) e de colo em 27 casos (54%). Pode-se concluir que a positividade nas meninas com vida sexual ativa alta. A infeco pelo HPV, ainda que pouco frequente, pode estar presente em meninas sem coitarca.

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As espcies reativas de oxignio (ERO) so geradas durante o metabolismo celular normal e podem produzir vrios danos oxidativos no DNA, tais como leses nas bases nitrogenadas ou stios apurnico/apirimidnico (AP). Essas leses podem acarretar acmulo de stios de mutaes, caso esses danos no sejam reparados. Entretanto, as bactrias possuem vrios mecanismos de defesa contra as ERO que desempenham um importante papel na manuteno da fisiologia. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar se sistemas enzimticos, como o reparo por exciso de bases (BER), sistema SOS e SoxRS, interferem em respostas como a sensibilidade aos antibiticos, aderncia das clulas bacterianas a superfcies biticas ou abiticas e formao de biofilme. Os mutantes utilizados no presente estudo so todos derivados de Escherichia coli K-12 e os resultados obtidos mostraram que, dos mutantes BER testados, o nico que apresentou diferena no perfil de sensibilidade aos antimicrobiamos em relao cepa selvagem (AB1157) foi o mutante xthA- (BW9091), deficiente em exonuclease III. No teste de aderncia qualitativo realizado com linhagem de clulas HEp-2 (originria de carcinoma de laringe humana) foi observado que onze cepas da nossa coleo, apresentaram um padro denominando like-AA, contrastando com o que era esperado para as cepas de E. coli utilizadas como controle negativo, que apresentam aderncia discreta sem padro tpico. A aderncia manose-sensvel via fmbria do tipo I avaliada nesse estudo mostrou que essa fimbria, possui um papel relevante na intensidade da aderncia e filamentao nessas cepas estudas. A filamentao uma resposta SOS importante para que o genoma seja reparado antes de ser partilhado pelas clulas filhas. Alm disso, com relao formao de biofilme, oito cepas apresentaram um biofilme forte sendo que essa resposta no foi acompanhada pelo aumento da intensidade de filamentao. Nossos resultados em conjunto sugerem o envolvimento de estresse oxidativo na definio de parmetros como sensibilidade a antimicrobianos, padro e intensidade de aderncia, filamentao e formao de biofilme nas amostras de E. coli K-12 avaliadas neste trabalho. Sugerimos que a aderncia gera estresse oxidativo causando danos no DNA, o que leva a induo do sistema SOS resultando na resposta de filamentao observada.

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Estreptococos do grupo B (EGB) comumente colonizam adultos saudveis, sem sintomas, mas sob certas circunstncias possui a capacidade de invadir tecidos do hospedeiro, evadir da deteco imunolgica e causar doenas invasivas graves. Por conseguinte, os EGB continuam sendo uma das principais causas de mortalidade neonatal, pneumonia, sepse e meningite. Contudo, a patognese desta infeco ainda est pouco elucidada. O sorotipo V freqentemente associado doena invasiva em mulheres adultas no gestantes e o segundo mais prevalente em mulheres grvidas. O principal objetivo deste trabalho foi estudar a aderncia, invaso e persistncia intracelular de amostras pertencentes ao sorotipo V (88641-vagina/portador e 90186-sangue/paciente) usando as clulas epiteliais respiratrias A549. As amostras de EGB demonstraram capacidade de aderir e invadir as clulas epiteliais A549, mas somente a amostra 90186-sangue apresentou maior invaso quando comparada com a de vagina (P <0.001). Ambas as amostras demonstraram persistncia intracelular sem replicao no interior das clulas A549. Apenas o isolado 90186-sangue sobreviveu dentro das clulas epiteliais at 24h de incubao (P <0,05). A fuso dos lisossomas das clulas epiteliais com vacolos contendo bactrias foi observada em clulas A549 tratadas com Lyso Tracker Grenn DND-26 para todas as amostras testadas. Nossos dados indicam pela primeira vez que as amostras viveis do sorotipo V permanecem dentro de vacolos cidos epiteliais. Curiosamente, a amostra 90186- sangue induziu vacuolizao celular e a amostra 88641-vagina promoveu a morte celular aps 7h de incubao. Finalmente, nossos resultados aumentam o nosso conhecimento sobre eventos celulares da fagocitose e da patognese das doenas invasivas promovidas pelos EGB.

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Sporothrix schenckii um fungo dimrfico e agente etiolgico da esporotricose, uma micose profunda que apresenta diferentes manifestaes clnicas. As diversas manifestaes clnicas desta e de outras doenas infecciosas podem ser relacionadas ao status imune do hospedeiro, a fatores de virulncia do patgeno ou a diferentes gentipos. Dados anteriores do nosso grupo demonstram que diferenas na expresso de adesinas do S. schenckii para fibronectina esto diretamente relacionadas virulncia de diferentes cepas. Neste trabalho visamos avaliar caracteres morfolgicos bioqumicos e genotpicos de doze isolados de geoflicos, zooflicos e antropoflicos de S. schenckii, de diferentes origens geogrficas, que apresentam diferentes graus de virulncia. Foi analisada a morfologia das formas de miclio e levedura de cada isolado. Foi observado que a fase de miclio dos isolados estudados apresentaram morfologia tpica com hifas finas e septadas, com condios obovides ou ovides alongados. As leveduras apresentaram pleomorfismo tpico da espcie, com clulas variando do formato ovide ao alongado. Verificamos ainda a expresso de adesinas para fibronectina e laminina, do antgeno gp70 e, o padro de bandas antignicas reconhecidas por anticorpos IgG presentes em soro de pacientes com esporotricose ou de camundongos infectados. Para isso, foram extradas protenas de superfcie da forma de levedura de cada isolada, sendo os extratos ensaiados por Western blot. Nestes ensaios observamos que os isolados mais virulentos de S. schenckii expressavam mais adesinas para fibronectina e laminina. A presena da gp70 foi detectada em dez dos doze isolados, sendo que apenas os isolados zooflicos no expressam esta glicoprotena. O padro antignico foi varivel entre os isolados, no havendo clara relao com a origem e/ou distribuio geogrfica. Os dados fenotpicos foram confrontados com dados genotpicos. Para isso, sequenciamos os loci da calmodulina (CAL) e do Internal Transcribed Spacer 1/2 (ITS 1/2) a fim de averiguar se haviam diferenas genotpicas entre os isolados estudados. As anlises do sequenciamento do loci CAL e ITS, contudo, apontam a diviso dos isolados em duas espcies filogenticas, S. schenckii e S. brasiliensis no correlacionada com a distribuio geogrfica dos mesmos. Nosso estudo refora a hiptese de haver uma correlao entre virulncia e expresso de adesinas, porm, sem qualquer relao entre a distribuio geogrfica dos isolados zoofilicos, antropoflicos ou geoflicos, bem como dos gentipos encontrados.

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O objetivo deste estudo foi determinar os nveis de interleucina-1&#946; (IL-1 &#946;), IL-2, IL-4, IL-8, interferon-&#947; (IFN-&#947;) e a atividade de elastase no fluido gengival (FG) de pacientes com periodontite crnica generalizada (PCG) e periodontite agressiva generalizada (PAgG), e correlacionar com indivduos de um grupo controle com gengivite apenas. Um objetivo secundrio foi analisar o perfil microbiolgico subgengival destes indivduos. Dados clnicos transversais foram obtidos de 20 pacientes com PCG, 17 pacientes com PAgG e 10 indivduos com gengivite. Amostras de FG foram coletadas com tiras de papel e os nveis de: IL-1&#946;, IL-2, IL-4, IL-8 e IFN-&#947; foram medidos, utilizando um imunoensaio do tipo multiplex (Luminex). Atividade da elastase foi avaliada por um ensaio enzimtico. Amostras de placa subgengival foram analisadas atravs do checkerboard DNA-DNA hybridization. As diferenas de significncia entre os grupos para dados imunolgicos e microbiolgicos foram realizadas utilizando o teste Kruskal-Wallis, ajustando para mltiplas comparaes. As mdias dos parmetros clnicos e os volumes de FG foram maiores nos pacientes com PCG e PAgG comparados ao grupo gengivite. Nveis mais elevados de IL-1&#946; e atividade de elastase foram encontrados em stios profundos quando comparado a stios rasos em ambos os grupos com periodontite (p <0,05). Os dados microbiolgicos apresentaram nveis significativamente mais elevados das espcies do complexo vermelho em pacientes com PCG e PAgG, quando comparados aos indivduos com gengivite (p <0,05). No houve diferena estatisticamente significante nos nveis de biomarcadores no FG e nos nveis de espcies bacterianas subgengivais entre pacientes com PCG e pacientes com PAgG. Sendo assim, conclumos que os dados do presente estudo no mostraram diferena estatisticamente significante nos parmetros imunolgicos e microbiolgicos medidos entre indivduos com PCG e PAgG.

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O objetivo do presente estudo foi comparar a expresso de IL-1&#946;, IL-4, IL-8, interferon-&#947;, atividade de elastase e a composio do perfil microbiano subgengival antes e depois do tratamento periodontal no cirrgico em pacientes com doena peridontal crnica generalizada (PC) e agressiva generalizada (PA). Vinte pacientes com PC e quatorze com PA foram avaliados. Dados clnicos, fluido gengival e biofilme subgengival foram analisados na visita inicial (VI) e 3 meses (3M) aps o tratamento periodontal no cirrgico. Amostras de fluido gengival (FG) foram coletadas com tiras de papel e os nveis de: IL-1&#946;, IL-4, IL-8 e INF-&#947; foram medidos, utilizando um tipo de imunoensaio multiplexado (Luminex). Atividade da elastase foi avaliada por um ensaio enzimtico. Amostras de placa subgengival foram analisadas atravs do checkerboard DNA-DNA hybridization. Na avaliao de 3 meses aps terapia periodontal foi encontrado melhora significativa para todos os parmetros clnicos em ambos os grupos. Foram encontradas redues significativas na atividade de elastase nos stios rasos e profundos dos pacientes do grupo PA e nos stios profundos do grupo PC, tambm foi achado um aumento significativo de INF-&#947; nos stios rasos do grupo PA. Os dados microbiolgicos, mostraram redues significativas para os nveis dos membros do complexo vermelho (P. gingivalis, T. forsythia, T.denticola), e para as espcies E.nodatum e P.micra no grupo PC. No grupo PA, ocorreram redues significativas no nveis de P. gingivalis, T. forsythia, Fusobacterium nucleatum ss polymorphum e Fusobacterium periodonticum. Quando as respostas clnica e imunolgica 3M aps terapia foram comparadas entre os grupos, apenas diferenas sutis foram observadas. Nenhuma diferena microbiolgica foi encontrada entre os grupos aps a terapia. Em concluso, os achados suportam nossa hiptese de que as periodontites cronica e agressiva respondem de forma semelhante ao tratamento periodontal nao cirrgico.

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Em estudo anterior, as espcies de enterobactrias apresentando perfis variados de resistncia aos antimicrobianos foram detectadas em 20% dos stios com leses periodontais de pacientes sadios do ponto de vista sistmico. Tais cepas microbianas foram submetidas a investigaes com o intuito de determinar expresso de enzimas hidrolticas para substratos diversos, a multirresistncia aos agentes antimicrobianos e os mecanismos de resistncia aos antimicrobianos da classe dos &#946; lactmicos. A maioria das amostras expressou atividade de gelatinase (65%), caseinase (30%) e elastase (10%). Lipase, lecitinase e DNase foram observadas apenas para Serratia marcescens. A multirresistncia (considerado como a resistncia a pelo menos dois agentes antimicrobianos de famlias diferentes) foi observada em 56% das amostras isoladas. A maioria das cepas foi resistentes ampicilina (93,75%) e amoxicilina/cido clavulnico (81,25%). Investigaes sobre a resistncia aos antibiticos &#946;-lactmicos mostraram que trs amostras resistentes cefalosporinas de 2 gerao, apresentaram perfis plasmidiais de diferentes pesos moleculares. A expresso fenotpica de &#946;-lacatamases, foi detectada nas cepas de Enterobacter cloacae (PcOM46 e PcOM5) e S. marcescens (PcOM63). No entanto, na anlise molecular, no foi possvel confirmar a expresso fenotpica de diferentes &#946;-lactamases, com exceo do E. cloacae PcOM46, que apresentou amplificao para AmpC e blaTEM. Embora sensvel maioria dos antibiticos &#946;-lactmicos (exceo feita ampicilina e amoxicilina / cido clavulnico), amostra de S. marcescens PcOM68 apresentou amplificao para o gene blaSHV. Os experimentos de conjugao no detectaram a transferncia de plasmdios para uma cepa de Escherichia coli K12 sensvei aos &#946;-lactmicos, o mesmo ocorreu nos procedimentos de transformao por eletroporao e por CaCl2, sugerindo uma resistncia dependente de genes cromossomiais. A expresso de diferentes atividades enzimticas, juntamente com a resistncia aos antimicrobianos, aponta estes grupos de bactrias como agentes patognicos potenciais capazes de contribuir para a patognese e resposta quimioterapia antimicrobiana nas doenas periodontais, alm da disseminao sistmica para outros locais do corpo, especialmente em indivduos imunocomprometidos. A colonizao prvia de leses periodontais por espcies resistentes aos &#946;-lactmicos, pode contribuir para a disseminao destes genes relacionados resistncia aos antimicrobianos em ambientes hospitalares.