3 resultados para Monstruosidades


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O trabalho tem por objetivo descrever como o discurso em torno das deformidades é resultante de um processo, iniciado no século XIX, que deslocou o fenômeno da monstruosidade dos registros das aberrações descritas moral ou religiosamente para o campo da Biologia. A hipótese é a de que houve uma apropriação médica da monstruosidade guiada principalmente por três vetores: desenvolvimento da Teratologia como ciência; mudança das sensibilidades e o surgimento do sentimento de compaixão, estimulado em grande parte pela literatura do século XIX; e o aumento do número de pessoas deficientes, em decorrência da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais, que levou a uma mudança na forma como as sociedades lidavam com um corpo marcado pela deformidade. Tanto a Teratologia, como a literatura foram operadores importantes no processo de conscientização sobre a humanidade dos monstros. É justamente essa transição de uma categoria social de monstro para a categoria social de portador de deformidade, construída pelo saber médico, que o trabalho pretende investigar.

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“Simbiosis”, aparecido originalmente en 1956, constituye la instancia inicial de la serie de cuentos policiales de Rodolfo Walsh que, extendida hasta 1962, protagonizan Daniel Hernández y el comisario Laurenzi. Pero “Simbiosis” representa, además, un momento de rupturas en la trayectoria de Walsh, rupturas observables a la luz de su obra previa, y que contribuyen a definir la singular posición que el escritor procura adoptar en el campo literario de la época. En la nacionalización del género policial que propone, el cuento a la vez recupera y cuestiona el canon clásico del género, al adoptar motivos de la literatura fantástica cuya operatividad como explicaciones de un delito se asocia a su origen en el saber popular, saber al cual Laurenzi accede como comisario de pueblo. Correlativamente, la equívoca resolución del crimen, debatida entre dos matrices de género, una racional y otra sobrenatural, así como el interrogante sobre la culpabilidad que deja abierto el relato, son resonancias significativas de su contexto histórico, desatendidas aún por la crítica: se trata, en particular, de los debates sobre culpables e inocentes políticos que inició en 1955 el derrocamiento militar del gobierno peronista.

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Histórias de Mulheres é uma colectânea de novela e contos da autoria de José Régio. Nesta obra, conforme o próprio título o sugere, vinga um universo ficcional dominado pela personagem feminina. Esta — além do reflexo histórico da mulher portuguesa dos anos 30/40 do século XX — faz-se representar numa vasta e magnificente galeria de Seres ficcionais, exímia e peculiarmente construídos por este autor. Embora ricas e várias, as personagens femininas de Histórias de Mulheres distribuem-se por dois grupos que, por sua vez, se reportam à díade temática regiana da individualidade e da coletividade. Deste modo, alguns destes Seres ficcionais — as “monstruosidades” regianas — são perspectivados numa conduta individual, peculiar, isolada, mas (e por isso) magnífica e excecional que contraria o estereótipo de outras que, visadas num coletivo social frugal, oco e vazio, são dominadas pela aparência e se consubstanciam num mundanismo inconsequente.