996 resultados para Mito de criação


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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Partindo da teoria de Ramnoux, de que o mito se prolifera em variantes romanescas quando não desempenha mais sua função organizadora na sociedade, consideramos o mito de Mélusine uma variação fragmentada e modificada do mito da mulher-animal das sociedades de caça e coleta. Mélusine parece ter inspirado o conto A dama pé-de-cabra de Alexandre Herculano, no qual pnvilegiou-se o maravilhoso cristão, por isso encontramos neste somente os aspectos demoníacos do personagem mítico, pois não se trata mais do mito, propriamente dito, que reflete o contexto social, cultural e temporal de um povo. Em decorrência desse raciocínio, consideramos A dama pé-de-cabra uma criação literária que representa uma inversão do mito inicial.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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O que caracteriza uma pesquisa acadêmica num curso de doutorado é a apresentação de dois quesitos fundamentais. O primeiro é o elemento de inovação, capaz de enriquecer a pesquisa sobre o tema proposto. O segundo é o dos apontamentos como possibilidades de promoverem novos caminhos de releituras. Nesse sentido, nos convencemos de que a presente tese atende a expectativa, pois, o elemento inovador desta pesquisa é a desconstrução do conceito de saga da criação proposto por Karl Barth. É novo porque não encontramos, como suspeitávamos, nenhum autor, ou mesmo obra ou pesquisa que tenha proposto esta mesma tarefa. Ao contrário, há até alguns autores que enaltecem a pesquisa realizada por Karl Barth, como é o caso de Coats e Brueggemann. Apesar de reagirem a alguns pontos da teologia de Barth, porém, não o fizeram, especificamente, ao conceito de saga. O segundo quesito, estruturalmente ligado ao primeiro, é o que promove as possibilidades de releituras. A partir do pensamento de Paul Ricoeur propomos uma nova hermenêutica bíblica, fundamentada a partir daquilo que Ricoeur chamou de via longa, que utiliza-se de vários métodos, inclusive o histórico crítico, para se buscar uma interpretação do mundo do texto que gere sentido ao mundo frente ao texto. Acreditamos que esta proposta é capaz de superar a leitura puramente dogmática do mundo do texto. De acordo com Ricoeur, acreditamos que os elementos fundantes que pautaram a hermenêutica em torno do Dasein, ou mesmo, em torno da relação sujeito/objeto podem contribuir para uma nova hermenêutica, desde que não façam as mesmas concessões ao sujeito conhecente. Assim, a possibilidade de uma nova releitura se revela a partir daquilo que Ricoeur definiu, na relação dialética entre mundo do texto e mundo frente ao texto, como representância (réprésentance) revelante e transformante. E é nesse ponto que as Sagradas Escrituras ocupam o posto de fonte de revelação e inspiração.

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Esta comunicação tem por objecto um conjunto de narrativas de pendor etno-histórico, re-elaboradas por intelectuais ligados ao MPLA a partir da historiografia referente ao espaço angolano e suas populações, sustentando-se que aquelas desempenharam um papel na construção dos mitos que sustentam simbolicamente a nação angolana. O objectivo da comunicação é explorar os sentidos projectados por tais narrativas. A colonização dos territórios africanos foi justificada em Portugal pelo mito do "direito histórico", adquirido graças a quinhentos anos de presença portuguesa. Nesse sentido, vários recursos foram usados para elevar certas figuras ligadas aos Descobrimentos a heróis nacionais, como a literatura, o cinema, os monumentos, a estatuária, as exposições e sobretudo o sistema de ensino. Contra os mitos do colonizador, intelectuais ligados ao MPLA vão contrapor uma narrativa alternativa de eventos e construções simbólicas desenvolvidas no espaço angolano de modo a criar uma nova história de Angola. O que propõem é um mito de criação endógeno. Um dos recursos fundadores desta etnohistória é um manual escolar intitulado, precisamente, História de Angola.

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Pretende-se, neste estudo, apresentar uma leitura crítica das duas versões hesiódicas do mito de Pandora, bem como analisar o modo como através destas narrativas poéticas se desenvolve, pela primeira vez, na Literatura Grega Arcaica, o mito da criação da mulher.

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This work analyzes the consequences of the intersection between the two spheres polis and oikos. It does so by examining themes present in three plays: Medea, Agamemnon and Lysistrata. The focus of the analysis is the way in which the feminine characters react to conflicts of interests in their respective situations. To fully comprehend which values correspond to which mentioned institution, the work also necessarily investigates the socialization and functions of both genders in fifth-century Athenian society. The analysis of the feminine condition in the creation myth implies the importance of the misogynistic sense of that time, which culminated in the silencing, discrediting, and systemic repression of females. The role of women in society, instilled in all girls starting in early childhood, is to succeed in marriage and domestic permanence. This lies opposite the masculine role, which was focused outside of the family center and to environments relating to war and public life. Matrimony and family, traditional female values, were threatened when overlapping with male interests, such as unavoidable war or social ascension through a different matrimonial bond. Therefore, it is possible to affirm that the opposition evident in the definitions male vs. female indicates that, in certain contexts, the interests of each element cause the conflicts present in the chosen plays

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This work analyzes the consequences of the intersection between the two spheres polis and oikos. It does so by examining themes present in three plays: Medea, Agamemnon and Lysistrata. The focus of the analysis is the way in which the feminine characters react to conflicts of interests in their respective situations. To fully comprehend which values correspond to which mentioned institution, the work also necessarily investigates the socialization and functions of both genders in fifth-century Athenian society. The analysis of the feminine condition in the creation myth implies the importance of the misogynistic sense of that time, which culminated in the silencing, discrediting, and systemic repression of females. The role of women in society, instilled in all girls starting in early childhood, is to succeed in marriage and domestic permanence. This lies opposite the masculine role, which was focused outside of the family center and to environments relating to war and public life. Matrimony and family, traditional female values, were threatened when overlapping with male interests, such as unavoidable war or social ascension through a different matrimonial bond. Therefore, it is possible to affirm that the opposition evident in the definitions male vs. female indicates that, in certain contexts, the interests of each element cause the conflicts present in the chosen plays

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Este estudo pretende fazer um demonstrativo de cinco mitos cosmogônicos, escolhidos inicialmente a partir de três critérios: pertencerem a civilizações, em certa medida, com características diversas; por serem civilizações histórica e culturalmente importantes; e por fim, por interesse de proximidade cultural, utilizou-se um mito cosmogônico brasileiro. O objetivo deste trabalho é mostrar que nesses mitos vamos encontrar mitemas que são estruturas básicas que desvelam questões importantes do acontecer psíquico. Resgatando a mitologia para uma situação de atualização, percebe-se que os dramas humanos do cotidiano são abordados nos mitos estudados. A mitologia, simbolicamente, tirada das mesmas questões, do homem de todas as culturas. Utilizando uma abordagem junguiana, podemos compreender que essa repetição dos mitemas, acontece, pois pertencem ao estrato do inconsciente coletivo. A compreensão do que foi visto, permite uma ampliação da possibilidade de trabalhar com psicologia clínica, permitindo que as pessoas tomem consciência da construção mitica de suas vidas, pois é justamente a inconsciência de vivê-la, que no mais das vezes, atrela o ser humano a esses determinismos impedindo-o de criar qualquer coisa em sua vida. Entende-se como saúde a possibilidade de livre-arbitrio. Sendo que para isso é importante o conhecimento dessas questões básicas comuns a humanidade. O conhecimento dessas estruturas e a possibilidade de libertação.

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Os anos entre 1956 a 1961 foram pródigos para o desenvolvimento do Brasil. O governo JK consolidou a industrialização brasileira, criou Brasília e foi considerado um caso singular na política contemporânea, por ser o único governo civil que começou e terminou seu mandato segundo as regras constitucionais, até o período da ditadura militar. Através da rememoração, lembramos de fatos históricos, que através da narrativa da revista Manchete, contribuíram para a criação de uma imagem positiva de Juscelino Kubitschek e de seu governo. As edições constantes de sua imagem de grande estadista justificam a existência, na memória coletiva, do mito político. Sua trajetória foi caracterizada por sua simpatia, seu poder de persuasão e pela força de sua oratória durante o seu governo e posteriormente calada pela ditadura militar, implantada no Brasil em 1964. Manchete deu forma, através de suas fotorreportagens, aos acontecimentos de um país em acelerado processo de desenvolvimento, contribuindo desta maneira, com a criação do mito dos anos dourados.

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This work aims at analyzing how Adam Smith, one of the founders of the liberal regime was seen by Roberto Campos, one of the patriarchs of Brazilian liberalism. In this sense, it will be shown how and why the legacy of Scotland was used to legitimize the new pattern of accumulation necessary to capitalism from the second half of the twentieth century on. So, it is the intention to make explicit that the changes in Campos discursive form are consistent with the requirements of capitalism in crisis and were fundamental in the creation of another common sense. To achieve these goals it will be assessed in what way the liberal rhetoric of the Brazilian, harmonized with foreign authors with the same vision, has become an important weapon to transform Smith into a myth in contrast to the political and economic criteria advocated by the same, but valuable to what Roberto Campos intended

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Como estudar uma cultura ou uma comunidade perdida nos tempos bíblicos? Esta é um questão motriz para o autor. Foi dessa maneira que surgiu o seu interesse em discutir a possibilidade do uso do mito cosmogônico para o entendimento da comunidade dos cativos judaítas em Babilônia. É uma iniciativa, que precisava ser trilhada pelos pesquisadores que se dispusessem ao estudo das culturas do mundo bíblico. Assim se elegeu o tema Mito Cosmogônico no Primeiro Testamento como instrumento de aprofundamento da pesquisa bíblica. O mito é uma escolha mais ou menos óbvia, pela sua capacidade de funcionar como paradigma, pragmática e traditiva contra-hegemônica dentro de um contexto social interétnico. Estas eram ponderações vindas de matrizes como a do fenomenólogo Mircea Eliade, do Antropólogo Roger Bastide e do teólogo e fenomenólogo José Severino Croatto. É por isto que um paralelo é traçado entre o mito de Marduk e o texto de Isaías 51, 9-11, que fala de Javé como sendo criador do mundo e que luta contra as forças do caos. Isto é feito, com vistas à percepção da profecia do Isaías do exílio, como parentesco e sua justaposição com a mitologia babilônica, e ambos se aproximam bastante de forma sintagmática e histórico-social. Coube ainda saber se a profecia do Dêutero-Isaías atuava da mesma maneira que o poema Enuma elish funcionava para os babilônicos. Ou seja, fazia-se surgir modelos sociais às comunidades de escravos dentro do Império Neobabilônico; se com base nestes cânticos, os cativos conseguiam construir um ordenamento para as suas comunidades, que gozavam de uma relativa autonomia, tais como colônias e guetos ; se de posse dessa ousada profecia, os judeus da golah eram capazes de elaborar uma desobediência cívil nos termos de um nutrir nos corações, uma utopia que rompesse com o status quo do passado, comprometendo-os com a esperança no Javé criador.(AU)

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Como estudar uma cultura ou uma comunidade perdida nos tempos bíblicos? Esta é um questão motriz para o autor. Foi dessa maneira que surgiu o seu interesse em discutir a possibilidade do uso do mito cosmogônico para o entendimento da comunidade dos cativos judaítas em Babilônia. É uma iniciativa, que precisava ser trilhada pelos pesquisadores que se dispusessem ao estudo das culturas do mundo bíblico. Assim se elegeu o tema Mito Cosmogônico no Primeiro Testamento como instrumento de aprofundamento da pesquisa bíblica. O mito é uma escolha mais ou menos óbvia, pela sua capacidade de funcionar como paradigma, pragmática e traditiva contra-hegemônica dentro de um contexto social interétnico. Estas eram ponderações vindas de matrizes como a do fenomenólogo Mircea Eliade, do Antropólogo Roger Bastide e do teólogo e fenomenólogo José Severino Croatto. É por isto que um paralelo é traçado entre o mito de Marduk e o texto de Isaías 51, 9-11, que fala de Javé como sendo criador do mundo e que luta contra as forças do caos. Isto é feito, com vistas à percepção da profecia do Isaías do exílio, como parentesco e sua justaposição com a mitologia babilônica, e ambos se aproximam bastante de forma sintagmática e histórico-social. Coube ainda saber se a profecia do Dêutero-Isaías atuava da mesma maneira que o poema Enuma elish funcionava para os babilônicos. Ou seja, fazia-se surgir modelos sociais às comunidades de escravos dentro do Império Neobabilônico; se com base nestes cânticos, os cativos conseguiam construir um ordenamento para as suas comunidades, que gozavam de uma relativa autonomia, tais como colônias e guetos ; se de posse dessa ousada profecia, os judeus da golah eram capazes de elaborar uma desobediência cívil nos termos de um nutrir nos corações, uma utopia que rompesse com o status quo do passado, comprometendo-os com a esperança no Javé criador.(AU)

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Como estudar uma cultura ou uma comunidade perdida nos tempos bíblicos? Esta é um questão motriz para o autor. Foi dessa maneira que surgiu o seu interesse em discutir a possibilidade do uso do mito cosmogônico para o entendimento da comunidade dos cativos judaítas em Babilônia. É uma iniciativa, que precisava ser trilhada pelos pesquisadores que se dispusessem ao estudo das culturas do mundo bíblico. Assim se elegeu o tema Mito Cosmogônico no Primeiro Testamento como instrumento de aprofundamento da pesquisa bíblica. O mito é uma escolha mais ou menos óbvia, pela sua capacidade de funcionar como paradigma, pragmática e traditiva contra-hegemônica dentro de um contexto social interétnico. Estas eram ponderações vindas de matrizes como a do fenomenólogo Mircea Eliade, do Antropólogo Roger Bastide e do teólogo e fenomenólogo José Severino Croatto. É por isto que um paralelo é traçado entre o mito de Marduk e o texto de Isaías 51, 9-11, que fala de Javé como sendo criador do mundo e que luta contra as forças do caos. Isto é feito, com vistas à percepção da profecia do Isaías do exílio, como parentesco e sua justaposição com a mitologia babilônica, e ambos se aproximam bastante de forma sintagmática e histórico-social. Coube ainda saber se a profecia do Dêutero-Isaías atuava da mesma maneira que o poema Enuma elish funcionava para os babilônicos. Ou seja, fazia-se surgir modelos sociais às comunidades de escravos dentro do Império Neobabilônico; se com base nestes cânticos, os cativos conseguiam construir um ordenamento para as suas comunidades, que gozavam de uma relativa autonomia, tais como colônias e guetos ; se de posse dessa ousada profecia, os judeus da golah eram capazes de elaborar uma desobediência cívil nos termos de um nutrir nos corações, uma utopia que rompesse com o status quo do passado, comprometendo-os com a esperança no Javé criador.(AU)

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O presente trabalho procura enquadrar a participação portuguesa na Grande Guerra à luz das variações da política interna. A entrada de Portugal na Grande Guerra foi sempre polémica e não mereceu o unanimismo que se verificou na maioria dos países beligerantes. Desde muito cedo, a sociedade portuguesa dividiu-se entre os que eram a favor da participação portuguesa na guerra e os que eram contra. A acrescer a estas divisões políticas juntamos as dificuldades de um país pobre e atrasado em participar na guerra mais desenvolvida e mortífera de sempre: nomeadamente as questões logísticas do treino, transporte e manutenção de um contingente militar a combater num país estrangeiro. A situação do nosso contingente enviado para a França (C.E.P.) foi piorando gradualmente, pois a falta de apoio político traduziu-se na incapacidade de substituir as tropas em combate. Chegados a Abril de 1918, o C.E.P. foi atacado e vencido pelo exército alemão, tendo, para todos os efeitos acabado enquanto força autónoma de combate. A derrota de La Lys, foi, contudo, transformada numa grande jornada de «valor» e «coragem» do soldado português. Na criação, ampliação e divulgação do «mito» de La Lys, que atravessou três regimes políticos (I República, Ditadura Militar e Estado Novo), a imprensa teve um papel crucial, em particular nos anos que medeiam entre o final da guerra e o início da década de 40 do século XX.