54 resultados para Mioceno


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La tafonomía es una disciplina paleontológica que analiza el registro fósil y sus sesgos como auténticas fuentes de información geológica y paleobiológica. En este trabajo se propone un estudio tafonómico, susceptible de ser empleado en el aula de biología y geología de cuarto de educación secundaria obligatoria o de primero de bachillerato así como también en geología o ciencias de la tierra y del medio ambiente en segundo de bachillerato mediante su transformación en una actividad de tipo 'juego de rol'. La actividad se basa en los resultados de las investigaciones realizadas por un equipo de paleontólogos del Museo Nacional de Ciencias Naturales de Madrid en el denominado Cerro de los Batallones (Madrid) yacimiento del Mioceno correspondiente a un ecosistema terrestre bastante similar a la actual sabana africana. Se plantea como objetivo general: promover la inferencia de conclusiones razonadas a partir de observaciones paleontológicas utilizando para ello, datos procedentes tanto de la paleontología como de la ecología; los objetivos específicos perseguidos son: 1) conocer el proceso de formación de fósiles en su doble vertiente bioestratinómica y fosildiagenética, identificando los factores influyentes en ambas fases; 2) promover el reconocimiento de elementos y sesgos que actúan como indicadores de diferentes acontecimientos; 3) deducir características morfológicas, etológicas y ecológicas de seres vivos del pasado a partir de rasgos presentes en los yacimientos de fósiles; 4) comprender la compleja causalidad que se genera en la interacción de los diversos y múltiples factores que intervienen en todo proceso natural. La metodología, motivadora por el planteamiento lúdico que la sustenta ha de adaptarse en función de los destinatarios. Se presenta la estructura de la actividad basada en cuestionamientos acerca de los datos encontrados y la pregunta genérica '¿qué ocurrió en el Cerro de los batallones?'.

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In this paper we make a litostratigraphical study on the Miocene of the 'Vallés occidental' (Barcelona, Spain) which embraces a part of the 'Depresion Media' of the intermediary tectonic grave between the 'Cadena Litoral' and 'Prelitoral' of the 'Sistema Mediterráneo'. At the same time we undertake an analysis of the bassin

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Starting from the discovery of a cheek-booth Dinotherium giganteum KAUP in the river Oñar in Gerona we can consider that the Miocene formations of La Selva expand up to this area

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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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O presente trabalho compreende o estudo geológico e paleontológico detalhado da litofácies recifal da Formação Pirabas, Estado do Pará, aflorante na Praia do Maçarico, município de Salinópolis, como um corpo pequeno, isolado e lenticular, que deve ter se desenvolvido na rampa interna da plataforma do Mar de Pirabas. O conteúdo biótico é rico e variado, composto por três grupos de algas coralíneas, poríferos, corais, briozoários, equinoides, foraminíferos, ostracodes, e moluscos. Foram reconhecidos neste recife em mancha três estágios de sucessão ecológica, estabilização, colonização e diversificação, onde as finas crostas micríticas reconhecidas na parte superior do estágio diversificação indicam degradação das condições ambientais favoráveis à acreção recifal, provavelmente devido a continentalização do sítio deposicional. O exame petrográfico revelou apenas uma microfácies deposicional, biomicrito, sem consideráveis variações texturais e composicionais. A cimentação marinha é predominante, representada por massas microcristalinas e cimentos micríticos, localmente neomorfisados para bioesparito, e detritos carbonáticos advindos do fluxo biogênico inconsolidado, resultantes principalmente da dispersão de cristais de aragonita dos fragmentos algálicos, acumulados sob a forma de lama micrítica. Para a gênese da bioconstrução as algas foram fundamentais na consolidação e modelagem do arcabouço, principalmente as macroalgas vermelhas, decisivas para a proteção e cimentação dos demais organismos.

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Este trabalho trata sobre a identificação dos eventos biológicos globais, regionais e locais da Formação Pirabas, sob a luz dos modernos conceitos de análise e evolução geobiológica de bacias sedimentares, integrando os processos geológicos crustais do Neógeno com as respostas adaptativas e filogenéticas das biotas marinhas. Foram caracterizados bioeventos globais de inovação e radiação entre os moluscos e sirênios e,bioeventos regionais de radiação e dispersão biogeográfica de biválvios, gastrópodes, crustáceos decápodes, equinóides, corais escleractíneos, briozoários, ostracodes e foraminíferos, assim como de extinção da espécie Orthaulax pugnax. Também foram reconhecidos bioeventos locais de expansão biogeográfica da flórula, de uma comunidade estenobiôntica, bem como variações ecofenotípicas nas espécies também registradas nas demais áreas da Província Biogeográfica Caribeana.

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O Campo Socororo é considerado maduro, com dados antigos e de baixa qualidade. O campo não produziu nos volumes originalmente calculados, o que se traduz num campo com potencial para continuar produzindo. A presente pesquisa considera como fator importante a compreensão da origem e distribuição dos níveis de arenito capazes de conter hidrocarbonetos. Campos com predomínio de ambientes flúvio-deltaicos contêm reservatórios com corpos de arenito separados na vertical e na lateral pela presença de folhelhos. Essa disposição das camadas dificulta a correlação poço a poço desses reservatórios, o que leva à necessidade de incluir modelos geológicos. Para avaliar os resultados da interpretação dos perfis do campo Socororo, nos níveis Merecure (Oligoceno) e Oficina (Mioceno), foi feita uma correlação com os resultados de perfis de poço do Campo Budare, imediatamente a oeste de Socororo, e do Projeto Piloto da área Zuata, na faixa de óleo pesado do Orinoco. No modelo geológico obtido, é possível observar a separação entre os diferentes níveis-reservatório, mostrando que a unidade com maior volume de arenito encontra-se na porção inferior, identificada como “Formação Merecure” (Oligo-Mioceno). Na porção superior encontra-se a Formação Oficina, caracterizada por níveis de arenito pouco espessos e com diminuição da frequência dos arenitos para o topo. Tais características são observadas na correlação cronoestratigráfica de ciclos e zonas-reservatório dos campos Socororo e Budare e da área Zuata na Faixa do Orinoco.

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Embora os escamados sejam comumente encontrados em sítios fossilíferos cenozóicos sul−americanos, materiais esqueléticos completos são raros. Apenas alguns poucos exemplares assim foram registrados, com a maioria dos achados representando materiais fragmentários de crânio e mandíbulas ou vértebras isoladas. Dentre as localidades provedoras de vertebrados fósseis na América do Sul, a Formação Chichínales se destaca pela recente descoberta, em seus sedimentos, de um crânio quase completo de um lagarto teiídeo previamente desconhecido. Dada a fauna associada, a idade da formação é definida como Mioceno Temprano (Colhuehuapense). No presente estudo, conclui−se, através de uma análise filogenética contendo 39 espécies viventes e fósseis de escamados e 149 caracteres osteológicos, que este material pertence a uma nova espécie do gênero contemporâneo Callopistes. Uma descrição morfológica detalhada do fóssil, obtida através de análises estereoscópicas e de microtomografia computadorizada de alta resolução (CT Scan), também é apresentada. A matriz morfológica foi analisada com o auxílio do software TNT Versão 1.1, seguindo o princípio de máxima parcimônia, com todos os caracteres tratados com a mesma pesagem, resultando em quatro árvores igualmente parcimoniosas, que foram então utilizadas para a construção de uma árvore de consenso estrito. Em todas as quatro árvores, o novo táxon posicionou−se dentro da família Teiidae como um membro do clado formado pelas demais espécies viventes de Callopistes. Entretanto, não foi possível estabelecer uma relação de grupo−irmão inequívoca entre as duas espécies de Callopistes presentes na análise e o fóssil. A atual distribuição das duas espécies viventes de Callopistes e a localidade de onde foi recuperado o fóssil em estudo indicam que esse gênero possuía uma distribuição muito mais ampla no passado, chegando a áreas patagônicas cis−Andinas, diferentemente das áreas trans−Andinas de altitude onde as duas espécies atuais estão restritas

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The planktonic foraminifers biostratigraphy is crucial in order to precise the timing of the main tectonosedimentary and palaeogeographic events through the evolution of the Bajo Segura Basin. Our results indicates that the marine stratigraphic record of the basin spans from the earliest late Miocene to the early Pliocene. For this temporal interval, all the recent, astronomically calibrated, planktonic foraminifers biozones had been documented. The oldest depositional stage in the basin is marked by a regional-scale transgression in coincidence with the MMi9 biozone (early Tortonian). The youngest basin-wide marine episode occurs at the MPl4a biozone (Zanclean). The Messinian Salinity Crisis, as a specially noticeable event in the Mediterranean domain, is bracketed between the last Messinian biozone (MMi13c) and the first Pliocene biozone (MPl1).

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Estudios estratigráficos y sedimentológicos de afloramiento y el análisis paleoecológico y bioestratigráfico mediante foraminíferos, han permitido realizar una reinterpretación sedimentaria de las unidades de margas y areniscas miocenas del sector nororiental de la Cuenca del Guadalquivir. El relleno sedimentario ha sido dividido en cuatro unidades litoestratigráficas (I-IV), todas ellas depositadas durante el Tortoniense, entre 10 y 7.89 Ma, aproximadamente. La Unidad I (Tortoniense antiguo no basal) está fomada por arenas y calizas de algas, y es interpretada como una unidad transgresiva y expansiva sobre el basamento que evoluciona desde ambientes marinos someros a rampa de carbonatos tipo rhodalgal. La Unidad II (Tortoniense inferior, biozona MMi11: entre 10 y 9.54 Ma) está caracterizada por una alternancia rítmica de margas arcillosas y silíceas, depositadas en ambientes pelágicos y profundos de aguas frías-eutróficas, si bien con repetidos cambios en la estratificación y distribución de nutrientes en la columna de agua. Esta unidad registra una importante somerización en su parte superior, dando paso gradual a la Unidad III. La Unidad III (Tortoniense inferior, biozonaMMi11: desde 9.54 Ma) está dominada por areniscas, aunque lateralmente aparecen brechas intraformacionales con estratos contorsionados. Está nutrida por deltas desde la costa y se interpreta como el depósito de bancos arenosos movilizados por la acción de corrientes mareales y el oleaje de tormentas en rampas. La Unidad IV (Tortoniense superior, biozona MMi12: desde 8.35 Ma) está representada por margas pelágicas similares a las de la Unidad II, de la que difiere por la presencia de intercalaciones arenosas genéticamente relacionadas con procesos mareales y de tormentas.

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Los yacimientos de fósiles de vertebrados miocenos de Somosaguas y Húmera, objeto de estudio de esta Tesis Doctoral, están situadas en la cuenca cenozoica de Madrid. Esta cuenca presenta en superficie amplias extensiones de materiales sedimentarios neógenos, principalmente de edad miocena, que en su margen oeste son de una gran homogeneidad, siendo compleja su subdivisión y correlación con otras zonas de la cuenca mejor caracterizadas. Además, a pesar de guardar similitudes con otras áreas de la cuenca, de edades similares, al tener áreas fuente muy diversas (granitoides y gneisses al Oeste y Sur, rocas metamórficas de bajo grado al Norte y sedimentarias al Este) presenta particularidades diferenciales respecto a las demás zonas. Los yacimientos paleontológicos que se han encontrado en el área urbana de Madrid y en sus alrededores proporcionan una información muy valiosa, no solo en cuanto a la datación y la bioestratigrafía sino también en relación con las condiciones paleoambientales y paleoclimáticas. El interés de estos dos yacimientos es múltiple: (1) son los primeros encontrados en este área de Madrid y están entre los más occidentales de esta cuenca sedimentaria; (2) albergan una gran abundancia de restos fósiles; (3) son relativamente escasos los yacimientos formados en abanicos aluviales; (4) coinciden yacimientos con restos de macro y micromamíferos, posibilitando una buena caracterización del conjunto de la comunidad de mamíferos; (5) son de los pocos yacimientos de mamíferos de edad 14 m.a., coincidentes con el restablecimiento de la capa de hielo de la Antártida y un periodo de enfriamiento global; (6) presentan diversas modalidades de conservación de los fósiles en ambientes de sedimentación peculiares, y (7) son de muy fácil acceso y tienen una gran extensión. Además, por sus características el yacimiento de Somosaguas permite la iniciación de estudiantes de Geología y Biología en el estudio del Patrimonio paleontológico y geológico. El proyecto que lo gestiona (Proyecto Somosaguas de Paleontología) lleva aparejado una importante labor de divulgación e innovación educativa que se materializa principalmente en el Equipo de Introducción a la Investigación GeoPaleoBiológico de Somosaguas (EIIGPBS). A pesar de su cercanía estos dos yacimientos presentan algunas diferencias sedimentológicas, petrológicas, mineralógicas y tafonómicas que deben ser estudiadas para un mejor entendimiento de la geología y paleontología de la zona...

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O presente estudo aborda a caracterização geológica em termos estruturais e estratigráficos do sistema petrolífero responsável pela ocorrência de exsudações de óleos encontradas sobre o embasamento cristalino na região limítrofe entre as bacias de Almada e Jequitinhonha. A partir das amostras de óleo coletadas no campo, foram feitas análises geoquímicas (Isótopos e biomarcadores) que permitiram definir duas famílias de óleo: (a) Família I, com altas proporções de esteranos C28, predominância do terpanos tricíclico C23 e proporções elevadas do Hopano C29, características de óleos gerados em ambiente marinho carbonático, provavelmente de idade albiana a turoniana; e (b) Família II, com valores δ13C de -26,8, e presença marcante de gamacerano, que sugere uma rocha geradora formada em um ambiente hipersalino, característico do Aptiano. A interpretação das linhas sísmicas possibilitou a definição de um sistema de migração, para os óleos analisados, da rocha geradora até a superfície. O arcabouço estrutural sugere um processo de migração das falhas do rifte para os altos estruturais ao longo de um sistema de falhas NW-SE, encontradas na região associada às zonas de transferência de Ilhéus. A ausência de um selo efetivo favoreceu a migração do óleo até a superfície. A interpretação geológica integrada à caracterização geoquímica dos óleos indica a existência de sistemas petrolíferos ativos e sugere o controle estrutural na distribuição das exsudações de óleo. Adicionalmente, se fez uma caracterização faciológica, palinológica e geoquímica (%COT, RI, %S, isótopos de carbono e biomarcadores) dos sedimentos aflorantes entre as cidades de Ilhéus e Una, que foram associados neste estudo à Formação Rio Doce. A partir da correlação dos afloramentos estudados observa-se que os mesmos representariam a porção mais superior da Formação Rio Doce depositada no Mioceno, segundo as análises palinológicas. Esta deposição ocorreu dentro de uma progressiva tendência de raseamento, no contexto de um trato de sistema de mar alto, onde teriam-se desenvolvido espessos pacotes de folhelhos sílticos de água rasa, intercalados com barras arenosas em um contexto estuarino.

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A Mata Atlântica (MA) está entre as regiões com maior biodiversidade e mais ameaçadas do planeta. Esforços em diversas áreas do conhecimento têm sido feitos para que se tenha uma estimativa mais refinada da diversidade existente e sua organização ao longo do bioma. O crescente número de estudos que buscam reconstituir a história da diversificação da MA apontam para um cenário espacial e temporal complexo, havendo ainda uma lacuna no conhecimento dos processos em pequena escala. Vertebrados em miniatura têm se mostrado uma boa ferramenta para estudos de processos evolutivos em pequena escala. Assim, o gênero Euparkerella, endêmico de uma pequena região da MA dos Estados do Rio de Janeiro (RJ) e Espírito Santo (ES), foi escolhido como modelo para este estudo. No primeiro capítulo buscou-se descrever a diversidade existente dentro do gênero a partir de uma filogenia molecular. Para isso, utilizaram-se métodos bayesianos para gerar genealogias de genes e de espécies a partir de um fragmento de gene mitocondrial e quatro fragmentos de genes nucleares. Os resultados obtidos apontaram para uma grande diversidade críptica no gênero. Foram identificadas seis unidades evolutivas significativamente divergentes para o RJ: duas em Euparkerella cochranae, três em Euparkerella brasiliensis, e Euparkerella sp.. A espécie mais basal recuperada foi Euparkerella robusta, do ES, e estimou-se o início da diversificação do gênero para o final do Mioceno. O segundo capítulo descreve onze marcadores de microssatélites desenvolvidos para Euparkerella brasiliensis através do método de pirosequenciamento de nova geração 454. No terceiro capítulo estudou-se apenas uma unidade evolutiva, Euparkerella brasiliensis da área dos Três Picos/ RJ. A partir de marcadores de evolução rápida (microssatélites) e lenta (sequências de DNA) buscou-se compreender a estrutura e a dinâmica populacional desta unidade evolutiva em uma área bastante pequena (aprox. 20 km) sob influência de um gradiente ambiental altitudinal (40 m 1000 m). Foram identificadas, a partir dos microssatélites, duas subpopulações geneticamente distintas nas bordas do gradiente. O fluxo gênico se deu predominantemente das bordas para a zona de contato, onde foi observado o maior efetivo populacional. Tais resultados indicam que pequenas variações ambientais podem atuar no isolamento populacional em Euparkerella e corroboram o padrão de formas microendêmicas identificadas na filogenia. Futuros estudos devem ser feitos no sentido de buscar caracterizar morfologicamente as unidades evolutivas aqui identificadas; preencher as lacunas amostrais, especialmente no ES; e descrever os processos que atuam em pequena escala nas zonas de contato entre as unidades evolutivas e fatores limitantes a distribuição das mesmas.

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A ordem Didelphimorphia, de marsupiais americanos, apresenta 19 gêneros e 96 espécies, todos membros da família Didelphidae, que é dividida em duas subfamílias, Caluromyinae e Didelphinae. A subfamília Didelphinae contém (não apenas) as tribos Didelphini e Metachirini. A tribo Didelphini compreende 15 espécies de quatro gêneros: Chironectes (1 espécie), Lutreolina (1), Didelphis (6) e Philander (7) e a tribo Metachirini é monotípica, com apenas uma espécie do gênero Metachirus. Estes cinco gêneros encontram-se distribuídos amplamente pelas Américas, desde o sul do Canadá até a região central da Argentina. O objetivo deste estudo foi buscar identificar e explicar, através de análise pan-biogeográfica, os padrões de distribuição das espécies destes cinco gêneros. Para tal, foi feito um levantamento em banco de dados, coleções científicas e artigos científicos para a obtenção de dados sobre as localidades de registro de cada espécie. Estas foram então marcadas em mapas e a partir destes, as localidades de ocorrência foram conectadas com linhas de menor distância para formação dos traços individuais. Pela sobreposição dos traços individuais chegou-se aos traços generalizados e do encontro destes, aos nós biogeográficos. Os pontos de ocorrência foram também plotados em mapas de biomas para análise. Encontramos três traços generalizados e dois nós biogeográficos, um no centro da Bolívia na província biogeográfica de Puna e outro na Argentina, na província de Misiones. Quatro espécies não participaram de nenhum dos traços generalizados, provavelmente devido à sua distribuição mais restrita (Philander deltae, P. andersoni, P. olrogi e P. mcilhennyi). Chironectes minimus e Metachirus nudicaudatus tiveram seus traços coincidentes com dois traços generalizados, o que está de acordo com suas divisões de subespécies. Identificamos os diferentes padrões existentes para o norte da América do Sul (Venezuela) já apontado por diversos autores, porém apenas quando analisadas as subespécies em separado. Alguns limites para a distribuição das espécies puderam ser identificados, como por exemplo o istmo de Tehuantepec, no México, para Chironectes minimus e Metachirus nudicaudatus e o limite da região neotropical para P. opossum e D. marsupialis. O limite de distribuição sul de Philander opossum e P. frenatus é provavelmente o rio Paraguai, que deve servir de barreira para o contato entre as duas espécies. A descaracterização dos ambientes naturais pelo desmatamento vem alterando os padrões naturais de distribuição das espécies, com o registro de espécies de áreas abertas em biomas de mata. Lutreolina crassicaudata apresenta distribuição disjunta, ocupando duas áreas de vegetação aberta, uma no noroeste e outra no centro e sudeste da América do Sul, padrão provavelmente gerado pelos períodos de retração e expansão de áreas de savana do Mioceno superior ao Holoceno, levando à captura destes enclaves de vegetação aberta, com seu isolamento por áreas de floresta. Os nós e traços generalizados aqui identificados coincidiram com os encontrados por outros autores. Apesar da pan-biogeografia poder ser usada para propor áreas de proteção ambiental, nos locais em que encontramos os nós biogeográficos já existem unidades de conservação, não havendo assim necessidade de propor novas áreas no caso desses marsupiais. Ainda existe uma grande necessidade de um melhor conhecimento da distribuição e taxonomia das espécies estudadas, o que promoveria um melhor entendimento dos padrões biogeográficos existentes