26 resultados para Medroxiprogesterona
Resumo:
O presente estudo visou avaliar os efeitos da associação da medroxiprogesterona (análogo sintético da progesterona) ao protocolo Ovsynch sobre o crescimento folicular, a ovulação e a taxa de concepção de búfalas criadas na Amazônia Oriental (Tracuateua-PA). Vinte e sete fêmeas adultas (G1 n=14 e G2 n=13), cíclicas, sem bezerro ao pé e com ECC 3,5 foram submetidas a Ovsynch. Os animais do G2 receberam 60 mg de medroxiprogesterona entre D0 e D7 (D0=início do tratamento). A ultra-sonografia ovariana foi realizada nos D 0, 7, 9 e 10. O contingente de folículos pequenos diferiu no D7 (G1: 4,57±0,60 versus G2: 6,54±0,67; P=0,05). Tempo e tratamento influenciaram o diâmetro folicular no D7. O crescimento do folículo dominante entre D7 e D9 foi maior nos animais tratados (G1: 2,05±0,49 mm/dia versus 3,48±0,41 mm/dia; P<0,05). Mais animais do G1 ovularam precocemente (35,71% versus 30,77%), porém isso não afetou as taxas de concepção (G1: 50,00% e G2: 30,77%; P>0,05). Os achados sugerem que a medroxiprogesterona (1) aumenta recrutamento folicular e retarda o crescimento dos folículos com diâmetro maior que 5,0 mm entre D0 e D7; (2) sua retirada incrementa em 1,7 vezes o crescimento folicular do D7 ao D9; (3) pode contribuir para a ovulação de folículos maiores e, em tese, para maior formação de tecido luteínico; (4) não promove ovulação precoce após o Ovsynch; (5) não eleva as taxas de concepção após sincronização de fêmeas cíclicas e com bom escore corporal, devendo ser avaliada para uso em fêmeas acíclicas ou com ECC mais baixo.
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O presente estudo visou avaliar os efeitos da associação da medroxiprogesterona (análogo sintético da progesterona) ao protocolo Ovsynch sobre o crescimento folicular, a ovulação e a taxa de concepção de búfalas criadas na Amazônia Oriental (Tracuateua-PA). Vinte e sete fêmeas adultas (G1 n=14 e G2 n=13), cíclicas, sem bezerro ao pé e com ECC 3,5 foram submetidas a Ovsynch. Os animais do G2 receberam 60 mg de medroxiprogesterona entre D0 e D7 (D0=início do tratamento). A ultra-sonografia ovariana foi realizada nos D 0, 7, 9 e 10. O contingente de folículos pequenos diferiu no D7 (G1: 4,57±0,60 versus G2: 6,54±0,67; P=0,05). Tempo e tratamento influenciaram o diâmetro folicular no D7. O crescimento do folículo dominante entre D7 e D9 foi maior nos animais tratados (G1: 2,05±0,49 mm/dia versus 3,48±0,41 mm/dia; P<0,05). Mais animais do G1 ovularam precocemente (35,71% versus 30,77%), porém isso não afetou as taxas de concepção (G1: 50,00% e G2: 30,77%; P>0,05). Os achados sugerem que a medroxiprogesterona (1) aumenta recrutamento folicular e retarda o crescimento dos folículos com diâmetro maior que 5,0 mm entre D0 e D7; (2) sua retirada incrementa em 1,7 vezes o crescimento folicular do D7 ao D9; (3) pode contribuir para a ovulação de folículos maiores e, em tese, para maior formação de tecido luteínico; (4) não promove ovulação precoce após o Ovsynch; (5) não eleva as taxas de concepção após sincronização de fêmeas cíclicas e com bom escore corporal, devendo ser avaliada para uso em fêmeas acíclicas ou com ECC mais baixo.
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Objetivos: acompanhar a incidência de efeitos colaterais e aceitabilidade (taxa de continuidade) do acetato de medroxiprogesterona de depósito (DMPA) como contraceptivo injetável trimestral em adolescentes do nosso meio. Método: quarenta adolescentes (70% lactantes) iniciaram o uso do DMPA, tendo sido acompanhadas por uma média de 14,2 meses. As queixas espontâneas, as alterações menstruais, dados do exame físico e exames laboratoriais foram coletados e analisados pelos testes de Wilcoxon ou McNemar. Resultados: as queixas mais freqüentes foram cólica (16,6%) e cefaléia (15,2%). Os padrões menstruais predominantes foram o spotting e a oligomenorréia. Não foi observada variação significativa da pressão arterial sistólica durante o acompanhamento, mas houve uma ligeira queda nos níveis da pressão arterial diastólica, no limite da significância. Não houve alterações significativas da glicemia de jejum, e foi observada uma tendência ao aumento da taxa de hemoglobina. O ganho de peso (média de 3,9 kg em 12 meses) e a irregularidade menstrual ( > ou = 70% em qualquer retorno) foram os principais motivos para a desistência do método. Vinte e sete pacientes foram acompanhadas por 12 meses e a taxa de continuidade nessa época foi de 81,48%. Conclusão: o acetato de medroxiprogesterona de depósito mostrou-se um contraceptivo satisfatório para as adolescentes.
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Objetivo: avaliar no tecido mamário a influência de drogas empregadas na terapia de reposição hormonal sobre a proliferação celular, a quantidade de colágeno e de fibras elásticas e as alterações histológicas gerais do parênquima. Método: utilizaram-se 61 ratas Wistar-UFPR, adultas, divididas em 5 grupos. O grupo padrão (n=12) representou o perfil hormonal ovariano normal. As 49 ratas restantes foram ooforectomizadas e a partir do 96º dia P.O. receberam a medicação designada para cada grupo durante 30 dias. O grupo EEC (n=13) recebeu 50 mg/dia de estrógenos eqüinos conjugados; o grupo MPA (n=12), 2,0 mg/dia de acetato de medroxiprogesterona; o grupo EEC + MPA (n=12), ambos, e o grupo AD (n=12), água destilada. No 31º dia de medicação todos os animais foram sacrificados e as mamas inguinais foram retiradas para análise histológica. A avaliação da proliferação celular nos ductos e ácinos foi realizada por método imuno-histoquímico utilizando-se anticorpo anti-PCNA. Utilizando-se a coloração de Sirius-Red quantificou-se o colágeno maduro (tipo I) e imaturo (tipo III). A coloração de Weigert avaliou a formação de fibras elásticas. A análise anatomopatológica foi realizada em coloração de hematoxilina-eosina, determinando-se o número de ácinos por ducto terminal, número de ductos por campo, presença de secreção intraductal e a intensidade de vacuolização intracitoplasmática. Resultados: o grupo EEC + MPA apresentou menor porcentagem de células ductais em proliferação (46,1%) (p<0,0001). Também mostrou maior taxa de proliferação das células acinares (66,3%), sendo semelhante ao grupo MPA (p=0,075) mas diferente dos demais grupos (p<0,004). No grupo EEC encontrou-se maior quantidade de colágeno imaturo (33,6%) (p<0,01) e o grupo MPA apresentou mais elevada concentração de fibras elásticas (11,7%) (p<0,0001). Os grupos EEC + MPA e MPA apresentaram hiperplasia acinar secretora, sendo intensa (91,7%) no grupo EEC + MPA e discreta (41,7%) ou moderada (58,3%) no grupo MPA, mas ambos diferentes dos demais grupos (p<0,097). Conclusões: os estrógenos eqüinos conjugados associados a acetato de medroxiprogesterona inibem a proliferação celular ductal e estimulam a proliferação celular acinar promovendo hiperplasia acinar secretora; os estrógenos eqüinos conjugados intensificam a formação de colágeno imaturo (tipo III) e o acetato de medroxiprogesterona aumenta a formação de fibras elásticas.
Resumo:
OBJETIVO: determinar a variação de peso de mulheres com diferentes Índices de Massa Corporal (IMC), usuárias do injetável trimestral de acetato de medroxiprogesterona de depósito (AMPD) e compará-la à de mulheres em uso de método não hormonal. MÉTODOS: Estudo retrospectivo com revisão de prontuários de 226 usuárias de AMPD e 603 controles usuárias de DIU TCu380A. As mulheres foram distribuídas conforme o IMC inicial nas categorias de peso normal (<25 kg/m²), sobrepeso (25 a 29,9 kg/m²) e obesas (>30 kg/m²) e seguidas anualmente durante seis anos com medidas de peso e IMC. Aplicou-se o teste estatístico ANOVA para medir a variação de peso entre os grupos em cada categoria de IMC a cada ano. RESULTADOS: a média de idade no início do uso do método foi maior no grupo de estudo do que no controle em todas as categorias de IMC 31,6 ± DP 7,1 X 27,4 ± DP 5,5 na categoria peso normal (p<0,0001); 37,3 ± DP 6,8 X 29,2± DP 6,0 na categoria sobrepeso (p<0,0001); e 35,3 ± DP 6,4 X 29,7 ± DP 5,8 na categoria obesas (p<0,0001). As usuárias de AMPD tiveram elevação de peso em relação às controles na categoria de sobrepeso (p=0,0082); e o aumento de peso em relação ao tempo também foi maior no grupo de usuárias de AMPD do que nas controles para as categorias de peso normal (p<0,0001) e sobrepeso (p=0,0008). No grupo de obesas não houve variação do IMC entre os grupos nem em relação ao tempo de uso do método. CONCLUSÕES: não houve variação de ganho de peso em mulheres obesas usuárias de AMPD. Estudos prospectivos deverão ser realizados com testes metabólicos para determinar os fatores desencadeadores do ganho de peso em mulheres com peso normal e sobrepeso.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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OBJETIVO: Avaliar se a terapia de reposição hormonal com estrogênios e progestogênios, em mulheres hipertensas na pós-menopausa, modifica a trigliceridemia e a reatividade vascular pós-prandial. MÉTODOS: Estudo controlado, duplo cego, cruzado contra placebo em 15 mulheres na pós-menopausa (idade de 50 a 70, média = 61,6 ± 6 anos), sorteadas para 2 semanas de placebo ou ingestão oral de 0,625 mg de estrogênios conjugados eqüinos e 2,5 mg de medroxiprogesterona e alimentadas com refeição rica em gorduras (897 calorias; 50,1% de gorduras). Foi medida a reatividade vascular (RV - % de variação dos diâmetros do vaso entre o jejum e 2h após a alimentação), usando-se método ultra-sonográfico automatizado. Foram também determinados o perfil lipídico e a glicose, em jejum e 2h após a alimentação rica em gorduras. RESULTADOS: Com o placebo, a reatividade vascular (RV) diminuiu de 3,20 ± 17% em jejum para -2,1 ± 30%, 2h após a alimentação (p = 0,041), e com terapia de reposição hormonal, a reatividade vascular diminuiu de 6,14 ± 27% em jejum para -0,05±18%, 2h após a alimentação (p=NS). A trigliceridemia pós-prandial aumentou, 35 ± 25% com o placebo, e 12 ± 10% com a terapia de reposição hormonal (P < 0,05). CONCLUSÃO: Em mulheres hipertensas, na pós-menopausa, 2 semanas de reposição hormonal com uma associação de estrogênios e progestogênios, diminuiu a hipertrigliceridemia após uma refeição com alto teor de gorduras, efeito que pode melhorar a disfunção endotelial existente no período pós-prandial.
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FUNDAMENTO: Em mulheres pós-menopausadas, mudanças significantes ocorrem, que podem induzir doenças cardiovasculares, tais como o perfil lipídico aterogênico devido a um aumento nos níveis de colesterol total e LDL, e uma diminuição nos níveis de HDL. A terapia de reposição hormonal (TRH) pode evitar essas mudanças no perfil lipídico. OBJETIVO: Determinar os efeitos da TRH constituída por estradiol transdérmico e acetato de medroxiprogesterona nos parâmetros bioquímicos e lipídicos de mulheres brasileiras pós-menopausadas. MÉTODOS: Este é um estudo prospectivo, longitudinal, aberto, no qual trinta mulheres pós-menopausadas receberam estradiol em gel transdérmico (1 mg/dia) de forma contínua, combinado com acetato de medroxiprogesterona (MPA) (5 mg/dia) por 12 dias/mês. Os seguintes parâmetros foram determinados: colesterol total, triglicérides, lipoproteína de alta densidade (HDL-colesterol), lipoproteína de baixa densidade (LDL-colesterol), lipoproteína de muito baixa densidade (VLDL-colesterol), glicose, aspartato aminotransferase (AST), alanina aminotransferase (ALT), gama-glutamil transferase (GGT) e hormônio folículo estimulante (FSH). RESULTADOS: Os parâmetros do perfil lipídico mostraram uma diminuição não-significante, enquanto os níveis de GGT e FSH apresentaram uma diminuição estatisticamente significante. CONCLUSÕES: O tratamento com estradiol em gel transdérmico não mostrou um impacto significante no perfil lipídico, de forma que não resultou em um efeito benéfico nos marcadores de doenças cardiovasculares, sugerindo que a dose, modo de administração e o tempo de tratamento foram importantes para esses resultados. Além disso, o tratamento com dose baixa e modo de administração transdérmico também demonstrou um significante efeito hepático nessa população. Dessa forma, esse tratamento pode fornecer efeitos interessantes sobre o perfil lipídico em mulheres brasileiras pós-menopausadas.
Resumo:
Los principales objetivos del presente trabajo son la puesta a punto de un método NIR por reflectancia para la determinación del contenido de los principios activos (API) de un preparado farmacéutico comercial y la comparación del efecto que tiene la forma física sobre la que se registra el espectro de las muestras de calibración sobre la sensibilidad y el camino óptico; polvo o comprimidos. El preparado comercial analizado es el Perifem® y los principios activos determinados son el valerato de estradiol y el acetato de medroxiprogesterona. El método utilizado para la preparación de las muestras de calibración ha sido la sobredosificación con API o con una mezcla de excipientes comprimidos comerciales molturados y como procedimiento de calibración se ha utilizado la Regresión Parcial por Mínimos Cuadrados (PLS). Además, se ha desarrollado un método HPLC para ser utilizado como método de referencia. A partir de los resultados obtenidos se puede concluir que la compactación de las muestras aumenta el camino óptico efectivo y, por tanto, la sensibilidad del método analítico.
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O objetivo deste trabalho foi estabelecer alternativas para indução e sincronização do estro em cabras leiteiras manejadas semi-intensivamente. Foram conduzidos quatro experimentos com 411 cabras na Embrapa-Centro Nacional de Pesquisa deCaprinos, Sobral, CE. No protocolo básico, utilizaram-se esponjas intra-vaginais com 50 mg de acetato de medroxiprogesterona (MAP) por dez dias e aplicação intra-muscular de 100 mig de cloprostenol e 200 UI de gonadotropina coriônica eqüina (eCG) no 8º dia; a inseminação artificial (IA), com sêmen congelado foi feita 38 horas após remoção da esponja. No experimento1 substituiu-se a e CG pelo "efeito macho"; no experimento 2 substituiu-se a dose de MAP para 60 mg; no experimento3 compararam-se diferentes momentos de IA: 38, 44 e 50 horas e no experimento 4 substituiu-se a eCG pela gonadotropina humana (hCG). Nenhuma das alternativas testadas modificou (P>0,05) a prolificidade. A IA em cio natural gerou maior (P<0,05) índice de parição no experimento2(67,7%) e no experimento 4 (73,3%). A dose de 60 mg de MAP permitiu realizar a IA mais tarde (44 horas apósretirar a esponja) sem detrimento da fertilidade. A hCG equivaleu a eCG, se aplicada 48 horas antes de retirar a esponja.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar a utilização de dispositivos intravaginais (DIV) para o controle da reprodução em suínos. Porcas aos 112 dias de gestação receberam injeção de PGF2α (controle, n = 15) ou PGF2α com inserção de DIV contendo acetato de medroxiprogesterona (grupo DIV, n = 14) por 48 horas. As fêmeas iniciaram o parto 27,7±1,6 e 82,3±3,8 horas após aplicação de PGF2α nos grupos controle e tratado, respectivamente. Quanto ao controle do estro, dez porcas receberam DIV por 12 dias, iniciando imediatamente após o desmame, e o estro foi confirmado aos 17,25±0,17 dias após o desmame, em comparação a 4±0,25 dias no grupo controle. Dispositivos intravaginais com progestágeno podem ser utilizados no controle da reprodução em suínos.
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Objetivos: avaliar a eficácia do acetato de medroxiprogesterona e do acetato de megestrol nas hiperplasias de endométrio. Métodos: foram incluídas, retrospectivamente 47 pacientes com sangramento uterino anormal, submetidas a curetagem uterina diagnóstica e/ou biópsia de endométrio, cujo achado histopatológico foi de hiperplasia de endométrio. Nas pacientes com hiperplasia sem atipia foi iniciado a terapêutica com acetato de medroxiprogesterona por via oral, na dose de 10 mg/dia durante 10-12 dias por mês. Nas com atipia, era utilizado o acetato de megestrol por via oral, dose de 160 mg/dia, uso contínuo. O período de tratamento variou de 3 a 18 meses. Biópsia de endométrio e/ou curetagem uterina de controle foram realizadas entre três e seis meses do início do tratamento e periodicamente para avaliar a resposta terapêutica. Resultados: foram analisadas 42 pacientes com hiperplasia endometrial sem atipia e cinco com atipia. A média de idade das pacientes foi de 49,5 ± 10,6 anos, sendo 70,2% com idade superior a 45 anos. O acetato de medroxiprogesterona foi eficaz em fazer regredir as hiperplasias sem atipias em 83,2% (35/42) e o acetato de megestrol em 80% (4/5) das hiperplasias com atipia. Em 16,8% (7 casos) das hiperplasias sem atipia e em 20% (1 caso) das com atipia, ocorreu persistência das lesões, apesar do tratamento. Em nenhum caso ocorreu progressão para câncer de endométrio, durante o período de seguimento que foi de 3 meses a 9 anos. No acompanhamento dessas pacientes, verificamos que 18 (38,3%) apresentaram amenorréia, em 12 (25,5%) ocorreu regularização do ciclo menstrual e 17 (36,2%) permaneceram com sangramento uterino anormal, sendo submetidas a histerectomia total abdominal. O exame anatomopatológico mostrou a persistência da lesão hiperplásica em oito casos, leiomioma em quatro, adenomiose em três, mio-hipertrofia uterina difusa em um caso e útero normal em outro, tendo havido regressão das lesões hiperplásicas nesses últimos nove casos. Conclusões: o tratamento das hiperplasias de endométrio com acetato de medroxiprogesterona e/ou acetato de megestrol, representa uma alternativa satisfatória para mulheres que desejam preservar o útero ou que tenham risco cirúrgico elevado. Entretanto, é necessário monitorização cuidadosa do endométrio, o que deve ser realizado pela avaliação dos sintomas, ultra-sonografia transvaginal e biópsia periódica.
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Objetivo: avaliar a ação dos estrogênios por via oral ou transdérmica nas células do trato urinário baixo e da vagina, em mulheres menopausadas. Métodos: foram incluídas 25 mulheres na pós-menopausa, nas quais se estudaram os efeitos citológicos da terapia de reposição hormonal estrogênica, por via oral e por via transdérmica, sobre as células da vagina e do sedimento urinário. As pacientes foram distribuídas aleatoriamente em 2 grupos: Grupo I, constituído por 14 mulheres que receberam 0,625 mg de estrogênio conjugado eqüino associado a 5 mg de acetato de medroxiprogesterona, por via oral, diariamente sem intervalo por três meses, e Grupo II, formado por 11 mulheres que fizeram uso de 17-beta-estradiol matricial na dose de 50 mig, por via transdérmica, semanalmente, associado a 5 mg de acetato de medroxiprogesterona diariamente por três meses. As amostras urinárias foram obtidas do jato inicial da primeira urina da manhã, após asseio dos genitais, em frascos estéreis fornecidos pelo laboratório. A urina foi centrifugada e o esfregaço realizado a partir do sedimento urinário. Os esfregaços da vagina e do sedimento urinário foram imediatamente fixados em álcool absoluto e corados pelo método de Shorr. Resultados: observou-se que nas pacientes que utilizaram a via oral, houve maturação das células da vagina (o índice se elevou de 45,4 a 65,5 com dois meses de tratamento, permanecendo praticamente constante (62,0) a seguir. Quanto às células urinárias, não houve variação do valor de maturação (56,4 antes da medicação e 60,4 no final do período). Ao examinarmos tanto as células da urina quanto da vagina de pacientes que utilizaram a via transdérmica, notou-se que houve resposta satisfatória. Conclusão: com estes resultados podemos sugerir que os estrogênios, quando administrados por via transdérmica, estão associados à resposta satisfatória quanto ao trofismo tanto na vagina quanto na uretra. No entanto, quando se utiliza a via oral, nem sempre este resultado pode ser observado.
Resumo:
OBJETIVO: investigar a presença e resultados de malformações vasculares uterinas (MAVU) após doença trofoblástica gestacional (DTG). MÉTODOS: estudo retrospectivo com inclusão de casos diagnosticados entre 1987 e 2004; 2764 pacientes após DTG foram acompanhadas anualmente com ultra-sonografia transvaginal e Doppler colorido no Centro de Neoplasia Trofoblástica Gestacional da Santa Casa da Misericórdia (Rio de Janeiro, RJ, Brasil). Sete pacientes tiveram diagnóstico final de MAVU baseado em análise ultra-sonográfica - índice de pulsatilidade (IP), índice de resistência (IR) e velocidade sistólica máxima (VSM) - e achados de imagens de ressonância nuclear magnética (RNM). Dosagens negativas de beta-hCG foram decisivas para estabelecer o diagnóstico diferencial com DTG recidivante. RESULTADOS: a incidência de MAVU após DTG foi 0,2% (7/2764). Achados ultra-sonográficos de MAVU: IP médio de 0,44±0,058 (extremos: 0,38-0,52); IR médio de 0,36±0,072 (extremos: 0,29-0,50); VSM média de 64,6±23,99 cm/s (extremos: 37-96). A imagem de RNM revelou útero aumentado, miométrio heterogêneo, espaços vasculares tortuosos e vasos parametriais com ectasia. A apresentação clínica mais comum foi hemorragia transvaginal, presente em 52,7% (4/7) dos casos. Tratamento farmacológico com 150 mg de acetato de medroxiprogesterona foi empregado para controlar a hemorragia, após a estabilização hemodinâmica. Permanecem as pacientes em seguimento, assintomáticas até hoje. Duas pacientes engravidaram com MAVU, com gestações e partos exitosos. CONCLUSÃO: presente sangramento transvaginal em pacientes com beta-hCG negativo e história de DTG, deve-se considerar a possibilidade de MAVU e solicitar avaliação ultra-sonográfica com dopplervelocimetria. O tratamento conservador é a melhor opção na maioria dos casos de MAVU pós-DTG.