14 resultados para Luehea
Resumo:
Avaliou-se a segurança de um fitoterápico, constituído de extratos fluidos de Aristolochia cymbifera (“cassaú”), Plantago major L.(“transagem”), Luehea grandiflora Mart.(“açoita-cavalo”), Myrocarpus frondosus Allemão (“cabreúva”), Piptadenia colubrina Benth (“angico”) (Cassaú Composto® ), através de estudos de toxicidade aguda e subcrônica, tendo como base a resolução Nº 90, de 16 de março de 2004 da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Para o teste de toxicidade aguda, ratos Wistar de ambos os sexos foram tratados por via oral com uma única dose de 26 ml/kg, correspondendo a 20 vezes a dose terapêutica indicada pelo fabricante para seres humanos adultos. Os resultados revelaram haver sinais de toxicidade sistêmica com o aparecimento de ataxia, porém de forma transitória e reversível, não causando interferência no desenvolvimento ponderal dos animais, nos consumos de água e ração, nas produções de urina e fezes, bem como alterações macroscópicas nos órgãos dos animais. Avaliou-se também a exposição a doses repetidas do fitoterápico (toxicidade subcrônica). Constituiram-se 4 grupos experimentais (10 animais/sexo/dose), onde administrou-se por via oral a ratos Wistar, durante 30 dias, doses diárias de 1,3 ml/kg, 6,5 ml/kg e 13 ml/kg, respectivamente a dose terapêutica indicada pelo fabricante para seres humanos adultos, 5 vezes, e 10 vezes a dose terapêutica, além de um grupo controle, onde administrou-se o veículo do fitoterápico. Os resultados revelaram ausência de toxicidade sistêmica, fundamentados na ausência de alterações hematológicas e bioquímicas sangüíneas, bem como peso e análises histopatológicas dos órgãos, nos diferentes grupos. As flutuações nos consumos de água e ração, bem como produções de urina e fezes, não influenciaram de maneira negativa o desenvolvimento ponderal dos animais. Concluiu-se portanto, que a utilização do fitoterápico nas doses e períodos referidos pode ser considerado segura.
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The breeding system of Luehea grandiflora (Tiliaceae-Malvaceae s.l.) was investigated using hand pollinations and fluorescence microscopy studies of pollen tube growth. Although selfed flowers persisted for some 10 days, our study indicates that L. grandiflora is self-incompatible, with self pollen tube inhibition in the upper style, as occurs in many taxa with homomorphic, gametophytic self-incompatibility (GSI). L. grandiflora is only the second species reported within the Malvales with homomorphic stylar inhibition. This result is discussed within the context of a report for self-compatibility in this species, and we also consider the phylogenetic implications for the occurrence of GSI in the family Malvaceae s.l.
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A espécie Luehea divaricata Mart. (Tiliaceae), conhecida popularmente como açoita-cavalo é arbórea e pode chegar até 30 m de altura. A ocorrência de açoita-cavalo vai desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul. Essa espécie possui diversas utilidades, como para construção de cadeiras, hélices de avião, caixotaria, móveis, molduras, construções internas e compensadas. Também é amplamente utilizada por comunidades tradicionais para fins medicinais. Este trabalho teve como objetivo analisar as fenofases de frutificação e floração do açoita-cavalo e verificar se há relação destas com a precipitação pluviométrica, com o objetivo de determinar quais os meses indicados para coleta de folhas e propagação da espécie. Foram selecionados 8 indivíduos de açoita-cavalo para as inferências fenológicas. Os valores de precipitação pluviométrica foram fornecidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), utilizando-se a média acumulada mensal para o período de janeiro de 2012 a dezembro de 2015. Os meses com maiores médias de dias contendo fenofases foram outubro e novembro com 20,2 e 14,5 dias de floração e frutificação, respectivamente. O mês que obteve as menores médias foi julho com 5,2 dias de floração e 4,5 de frutificação. A precipitação pluviométrica influenciou na ocorrência de floração e frutificação. Julho é o mês mais indicado para coleta de folhas e os meses de outubro e novembro para coleta de sementes para propagação da espécie.
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As matas ribeirinhas no rio Camaquã constituem os maiores remanescentes da Floresta Estacional Semidecidual Ribeirinha no Estado, sendo muito pouco conhecidas florística e fitossociologicamente. Em um fragmento de mata ribeirinha na margem esquerda do baixo rio Camaquã, município de Cristal (31°01’01.7’’S e 51°56’42.0’’W, em torno de 14 m.n.m.) realizou-se um estudo do componente arbóreo, com o intuito de se determinar sua estrutura e relacionar os resultados obtidos com outras florestas no Estado. O clima da região é do tipo Cfa de Köppen, com médias anuais de temperatura de 18,9 °C, e de precipitação de 1.234 mm. Os solos são do tipo Planossolo Hidromórfico Eutrófico (Sge), de textura média/siltosa. O levantamento fitossociológico foi realizado em uma área de 1 ha, dividida em 100 parcelas de 10 x 10 m, onde foram amostradas todas as árvores com DAP maior ou igual a 5 cm. Foram calculados os parâmetros fitossociológicos empregados usualmente, além das estimativas de diversidade de Shannon (H’) e equabilidade de Pielou (J’). Relações florísticas com outras áreas foram feitas através da análise de coordenadas principais e de agrupamento, utilizando os índices de similaridade de Jaccard e Dice. No levantamento florístico foram encontradas 68 espécies arbóreas, a maioria características de ambientes ribeirinhos. Na fitossociologia foram amostrados 2.179 indivíduos, pertencentes a 29 espécies, 25 gêneros e 14 famílias. As famílias Myrtaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Sapindaceae e Salicaceae apresentaram as maiores riquezas. Os valores de importância mais elevados foram registrados para espécies típicas de sub-bosque, que apresentam grande densidade (Sebastiania commersoniana, Allophylus edulis e Eugenia schuechiana). As espécies ocupantes do dossel, com densidades baixas ou intermediárias (Luehea divaricata e Nectandra megapotamica) destacam-se pela dominância. O índice de diversidade foi estimado em 2,342 nats.ind.-1 (J’= 0,695), sendo intermediário entre os menores valores estimados para as matas de restingas e os maiores para Florestas Estacionais Semideciduais na região. O predomínio de espécies zoocóricas demonstra ser uma floresta madura, embora se tenha encontrado uma grande participação de indivíduos com síndrome de dispersão abióticas. Por sua localização na Planície Costeira Interna, a área apresentou, floristicamente, uma grande influência de espécies provenientes das matas de encosta da Serra do Sudeste, havendo uma maior similaridade com as matas do rio Piratini e outras Florestas Estacionais Semideciduais.
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O presente estudo foi realizado na Estação Ecológica do Noroeste Paulista, localizada na região de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo, Brasil, visando determinar espécies acarinas plantícolas associadas a fragmentos de mata nativa. Foram determinadas 83 espécies, pertencentes a 48 gêneros de 20 famílias, associadas a mais de 60 espécies vegetais. Trinta e oito espécies acarinas foram identificadas nominalmente. As mais freqüentes foram Tetranychus ludeni (Zacher, 1913) (Tetranychidae) e Iphiseiodes zuluagai (Denmark & Muma, 1972) (Phytoseiidae), coletadas sobre 15 e 14 espécies de plantas, respectivamente. A maior diversidade foi observada em Piper sp. (Piperaceae) (21 espécies acarinas), seguida de Luehea speciosa Willd. (Tiliaceae) (17), Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. (Euphorbiaceae) (16), Bauhinia rufa (Bong.) Steud (Caesalpinaceae) (14) e Olyra sp. (Poaceae) (12).
Resumo:
Pós-graduação em Ciências Biológicas (Botânica) - IBB
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A Organização Mundial de Saúde recomenda o estudo e o uso de plantas medicinais regionais, como fonte de recursos para diminuir os custos dos programas de saúde pública e ampliar o número de beneficiários, sobretudo em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Na Amazônia, a prática da fitoterapia já é parte integral da cultura tradicional, mas em muitas ocasiões existe uma profunda carência de conhecimento científico sobre o efeito dessas plantas. Portanto se torna essencial o estudo com base científica que justifique ou não a indicação dessas plantas para o tratamento ou prevenção doenças. Nesse contexto, as doenças alérgicas são a segunda maior complicação que afeta significativamente a qualidade de vida da população. Nas alergias, os mastócitos são células efetoras chaves participando através da liberação de diversos mediadores pró-inflamatórios, entre eles a histamina. A estabilização de mastócitos e, portanto a inibição da liberação de histamina seria um fator primordial na prevenção e/ou controle das alergias. Assim o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial antialérgico de 5 espécies oriundas ou adaptadas na Amazônia Connarus perrottetii var. angustifolius (Radlk) (barbatimão do pará), Fridericia chica (Bonpl.) L.G. Lohmann (pariri), Luehea speciosa Willd (açoita cavalo), Morinda citrifolia Linn (noni) e Mansoa alliacea (Lam.) A.H. Gentry (cipó d´alho) através da análise de secreção de histamina. Foi realizada a prospecção fitoquímica de extratos brutos etanólicos a 70% de cada espécie de planta (fruto, folhas e/ou casca) e avaliada a liberação de histamina de mastócitos peritoneais de rato incubados in vitro com diferentes concentrações dos extratos e/ou com agentes secretores (composto 48/80 e ionóforo A23187). O presente trabalho monstra pela primeira vez a ação inibitória dessas cinco plantas medicinais sobre a liberação de histamina. Dentre essas 5 plantas, o extrato que demonstrou um efeito mais potente foi o da casca da Connarus perrottetii var. angustifolius (Radlk). Um estudo mais aprofundado desse extrato revelou uma baixa toxicidade aguda e a ausência de genotoxicidade, o que apoiaria seu uso como planta medicinal. As frações aquosa, hexânica e de acetato de etila desse extrato também apresentaram potente efeito inibitório sobre a liberação induzida de histamina. A análise fitoquímica por cromatografia de camada delgada revelou a presença de taninos condensados, catequinas e flavonoides que poderiam ser os responsáveis por esses potentes efeitos Mediante os resultados obtidos, novas bases científicas são formadas para elucidação das informações etnofarmacológicas de plantas tradicionalmente utilizadas na região amazônica. Assim, a possibilidade de investigar alternativas terapêuticas com estes extratos, contra as afeções alérgicas ou condições em que a secreção de mastócitos seja relevante, pode favorecer sobretudo a populações de baixa renda e que habitam áreas com acesso restrito aos centros de saúde, como muitas vezes ocorre na Amazônia, mas que por outro lado tem acesso direto às plantas medicinais.
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This study compared the morphological and anatomical variations of the leaves of four shade-tolerant tree species Allophylus edulis (St.-Hil.) Radlk (Sapindaceae), Casearia sylvestris Sw. (Salicaceae), Cupania vernalis Cambess. (Sapindaceae) and Luehea divaricata Mart. (Malvaceae) from a fragment of Araucaria forest in two developmental stages. Morphological and anatomical traits, such as leaf and tissue thickness, leaf area, leaf dry mass, specific leaf area, leaf density and stomata density were measured from 30 leaves of each developmental stage. The phenotypic plasticity index was also calculated for each quantitative trait. The results showed that the four species presented higher mean values for specific leaf area and spongy/palisade parenchyma ratio at young stage, and higher mean values for stomata density, total and palisade parenchyma thickness in the adult stage. The plasticity index demonstrated that L. divricata presented highest plasticity for both the morphological and anatomical traits while A. edulis displayed the lowest plasticity index. The results of this study indicated that the leaves of these species exhibited distinct morphological traits at each stage of development to cope with acting environmental factors.
Resumo:
Pós-graduação em Biociências - FCLAS
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This research evaluated the natural resistance of Platanus x acerifolia, Luehea divaricate, Carya illinoinensis, Peltophorum dubium, Araucaria angustifolia, Eucalyptus grandis and Hovenia dulcis, to accelerated decay of the white-rot fungus Pycnoporus sanguineus. The Specific Density at 12% was determinated. The accelerated decay test was conducted with glass bottles (capacity of 500 mL) filled with 100 g of moist soil, autoclaved, and kept at 25 degrees C. The initial establishment of fungal colonies on plates was supported by samples of Pinus elliottii sapwood. In this study, three samples of dimensions 9.0 x 25.0 x 25.0 mm were used for each species evaluated and, after 16 weeks of incubation, the percentage loss of mass was calculated. The degree of natural resistance was performed according to the percentages of mass loss. The results obtained from weight loss were compared by Tukey test at 5%. The natural resistance of woods was not influenced by specific gravity The wood of Carya illinoinensis, Eucalyptus grandis, Platanus x acerifolia, Luehea divaricata and Peltophorum dubium were classified as very resistant, Houvenia dulcis as resistant and Araucaria angustifolia as moderate resistant.
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Plant diversity has been shown to influence the water cycle of forest ecosystems by differences in water consumption and the associated effects on groundwater recharge. However, the effects of biodiversity on soil water fluxes remain poorly understood for native tree species plantations in the tropics. Therefore, we estimated soil water fluxes and assessed the effects of tree species and diversity on these fluxes in an experimental native tree species plantation in Sardinilla (Panama). The study was conducted during the wet season 2008 on plots of monocultures and mixtures of three or six tree species. Rainfall and soil water content were measured and evapotranspiration was estimated with the Penman-Monteith equation. Soil water fluxes were estimated using a simple soil water budget model considering water input, output, and soil water and groundwater storage changes and in addition, were simulated using the physically based one-dimensional water flow model Hydrus-1D. In general, the Hydrus simulation did not reflect the observed pressure heads, in that modeled pressure heads were higher compared to measured ones. On the other hand, the results of the water balance equation (WBE) reproduced observed water use patterns well. In monocultures, the downward fluxes through the 200 cm-depth plane were highest below Hura crepitans (6.13 mm day−1) and lowest below Luehea seemannii (5.18 mm day−1). The average seepage rate in monocultures (±SE) was 5.66 ± 0.18 mm day−1, and therefore, significantly higher than below six-species mixtures (5.49 ± 0.04 mm day−1) according to overyielding analyses. The three-species mixtures had an average seepage rate of 5.63 ± 0.12 mm day−1 and their values did not differ significantly from the average values of the corresponding species in monocultures. Seepage rates were driven by the transpiration of the varying biomass among the plots (r = 0.61, p = 0.017). Thus, a mixture of trees with different growth rates resulted in moderate seepage rates compared to monocultures of either fast growing or slow growing tree species. Our results demonstrate that tree-species specific biomass production and tree diversity are important controls of seepage rates in the Sardinilla plantation during the wet season.
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High resolution palynological and geochemical data of sediment core GeoB 3910-2 (located offshore Northeast Brazil) spanning the period between 19 600 and 14 500 calibrated year bp (19.6-14.5 ka) show a land-cover change in the catchment area of local rivers in two steps related to changes in precipitation associated with Heinrich Event 1 (H1 stadial). At the end of the last glacial maximum, the landscape in semi-arid Northeast Brazil was dominated by a very dry type of caatinga vegetation, mainly composed of grasslands with some herbs and shrubs. After 18 ka, considerably more humid conditions are suggested by changes in the vegetation and by Corg and C/N data indicative of fluvial erosion. The caatinga became wetter and along lakes and rivers, sedges and gallery forest expanded. The most humid period was recorded between 16.5 and 15 ka, when humid gallery (and floodplain) forest and even small patches of mountainous Atlantic rain forest occurred together with dry forest, the latter being considered as a rather lush type of caatinga vegetation. During this humid phase erosion decreased as less lithogenic material and more organic terrestrial material were deposited on the continental slope of northern Brazil. After 15 ka arid conditions returned. During the humid second phase of the H1 stadial, a rich variety of landscapes existed in Northeast Brazil and during the drier periods small pockets of forest could probably survive in favorable spots, which would have increased the resilience of the forest to climate change.