977 resultados para Lavoura Arcaica Crítica e interpretação
Resumo:
El escritor de So Paulo Raduan Nassar, lanza en 1975, su primera novela intitulado Lavoura arcaica. En su narrativa de estreno, el escritor nos trae la historia de un adolescente, Andr, que intenta destruir la plantacin de su padre, Iohna. A travs de sus sermones, el patriarca predicaba la moderacin, la disciplina y la obediencia a las leyes impuestas por l, construyendo as, un mundo de ilusiones, donde el amor era una mscara para la hipocresa. En esta tensa relacin, padre e hijo, representaciones msticas de Apolo y Dionisio, emprenden una contienda discursiva sobre la negacin y la afirmacin de la existencia. De ese modo, considerando la relacin de lucha e integridad entre el impulso apolneo y dionisiaco existentes en el romanticismo nassariano, la propuesta de este trabajo es presentar una lectura de lo trgico en Lavoura arcaica a partir de la perspectiva nietzscheana sobre el gnero trgico. Para eso, recorrimos al concepto desarrollado por Nietzsche en su obra, desde su primer libro O nascimento da tragdia (2007a), A viso dionisaca do mundo (2005 a) y Ecce homo (2008 b).
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Ps-graduao em Letras - IBILCE
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Desde que foi publicado, em 1975, Lavoura arcaica vem intrigando os leitores com a sua dessemelhana. Em meio a livros que absorviam a violncia do regime militar brasileiro, Raduan Nassar surgiu com uma obra estranha, que se nutria de uma linguagem potica profundamente ressonante, do pensamento monotesta mediterrneo, da herana cultural rabe, da subverso pela via da sexualidade. O tempo passou, o escritor abandonou a literatura, muita coisa interessante foi dita sobre o romance, mas seus enigmas so ainda sementes lanadas em solo frtil. Lavoura arcaica mais uma releitura da prolfica parbola do filho prdigo, presente no Evangelho de Lucas e reelaborada inmeras vezes ao longo dos seus dois mil anos de existncia. A histria do jovem rebelde que decide romper os laos com a famlia para se lanar no mundo tem se mostrado generosa para com a imaginao de muitos autores, que se dispuseram a reescrev-la com o filtro de suas ticas particulares. Alguns deles esto no presente trabalho: Gide, Kipling, Kafka, Rilke, Dalton Trevisan, Lcio Cardoso e tambm o telogo catlico Henri Nouwen. Apesar das variaes, a volta para casa ocupa em todas as narrativas um lugar privilegiado. Essa uma histria, afinal, sobre os motivos que levam o sujeito a ir embora e, mais ainda, sobre as razes que fazem com que regresse. Arrependimento, recomeo, fraqueza, derrota, amor? A despeito das muitas antteses que encontramos no texto de Raduan, elas no exigem que faamos uma escolha entre o arcaico e o moderno, entre ficar ou partir, entre o individual e o coletivo, entre a conteno e a entrega. Essa a questo: Lavoura arcaica no um livro sobre a luta do bem contra o mal, da liberdade contra a opresso, mas um painel que mostra como tudo isso se mistura na mesma paisagem ou, parafraseando o personagem Andr, como as coisas s se unem se desunindo
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Tendo como objeto de estudo o livro Lavoura arcaica, de Raduan Nassar, e a obra cinematogrfica homnima, de Luiz Fernando Carvalho, este trabalho se debrua sobre as anlises possveis no processo de adaptao como recriao da obra, interpretando temas como a famlia, as paixes proibidas e o trgico. Para tal estudo, a viso terica de autores como Freud, Bataille, Marcuse, Bakhtin e Nietzsche, em seus pontos convergentes, auxilia a compreenso secular de interditos, proibies e transgresses, presentes na obra de Nassar.
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Este artigo aplica-se ao estudo sobre a construção de Lavoura ar arcaica caica caica, de Raduan Nassar, observando para tanto dois elementos notáveis e perturbadores na leitura desse romance, tais como a aparente falta de linearidade narrativa e a presença de registros distintos de linguagem, onde predomina ora o tom lírico, ora o recitativo. Esses dois elementos configuram-se, no texto de Nassar, subversões aos discursos totalizantes e universalistas. Essa construção de estilos divergentes encontra uma estreita vinculação com certos aspectos próprios da pós-modernidade filosófica, erguidos a partir da negação de um pressuposto do Iluminismo, concernente à razão universal, avessa à parcialidade da palavra individualizada.
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This dissertation aims to comprehend how we meet with the other at cinema. For this, it receives the doubt, the uncertainty, the way that the human being is unfinished as stance of observation. It takes into consideration the multiples social vectors, historical, subjective, temporal and cultural which constitute these phenomena. The cinema is used as a cognitive resource in order to incorporate the poetic and the imaginary, making possible not forgetting gestures and knowledge that hatch from sounds, colours, remembrances, images, words, social exchanges, cognitive reciprocity that allow us to think about the culture, the society and the communication. For this, it has as theoretical prerequisites ideas of double (myselfthe other) and effective participation (projection-identification) developed by Edgar Morin, as well as the idea of communication as possibility/impossibility of constructions of bonds with the other through the body, our primary media, concepts developed by Harry Pross and Norval Baitello Jr. The chosen film to analysis is Lavoura Arcaica, it is an emblematic movie in the discussion of the human condition and in the relationship between the man and its body, its desires, with its nature/culture ambivalence. About this film are made reflections about the process of activation of the double (myself-the other) in the searching for the other through cinematographically elements of construction, as: montage, direction, screenplay, actors, scenography, costumes and soundtrack. In conclusion, the cinema, when it allows the effective participation and provides t e experiment of the double, becomes a gateway line in the path to development of the alterity
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Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)
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O presente estudo constitui-se em uma leitura fincada nos moldes esttico-recepcionais do romance Grande serto: veredas, do escritor Joo Guimares Rosa (1908-1967). Aps um estudo histrico-artstico das categorias de heris apresentadas no decorrer da histria literria universal e analisadas pela crítica, tais como na epopia (heri pico), no medievo (heri medieval), na tragdia (heri trgico) e no romance (heri romanesco), incluindo a categoria de heri formulada por Georg Lukcs: o heri demonaco, bem como o heri na modernidade (heri moderno), apresentar-se- um exame diferenciado da figura da persona baseado na tipologia terico-crítica jaussiana de heri, que, por sua vez, ser utilizado para considerao de um estudo interpretativo e de recepo crítica sobre a personagem na obra rosiana, sobretudo a partir de 1956. Dessa forma, demonstrar-se- que a atualidade do tema sustentada pelas obras literrias, que se oferecem como objetos de interrogao para o pensamento crtico, renovando os princpios tericos de cada poca. Para tanto, a anlise volta-se para o estudo de importantes nomes da crítica literria no Brasil e no exterior, cuja seleo se deu em funo da categoria do heri, tais como Manuel Cavalcanti Proena (1958), Mario Vargas Llosa (1966), Antonio Candido (1969), Walnice Nogueira Galvo (1972), Benedito Nunes (1982), Davi Arrigucci Jr (1994), Jos Antonio Pasta Jr (1999) e Ettore Finazzi-Agr (2004), com a finalidade de compreender e explicitar a importncia da reconstruo do horizonte de expectativa a partir da trade hermenutica que permite ao leitor participar da gnese do objeto esttico, expandindo seu contexto e significaes.
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A presente tese representa um esforo no sentido de contextualizar a caminhada do ensaio de interpretação do Brasil, durante o sculo XIX, com base em trs aspectos: a construo do tema nacional, em Varnhagen; a aquisio de uma linguagem de corte subjetivo, em Joaquim Nabuco; e o relacionamento entre cincia e literatura, em Euclides da Cunha. Na introduo, ocorrem aproximaes de natureza conceitual acerca das caractersticas mais salientes do ensaio como gnero na literatura e da noo de identidade nacional. No primeiro captulo, os objetivos se transferem para a investigao dos antecedentes da interpretação do Brasil, principalmente aqueles localizados nos textos de no fico, a exemplo da carta de Pero Vaz Caminha e dos relatos de viagem durante o perodo colonial. O segundo captulo descreve os esforos para a criao de uma lngua literria correspondente ao novo estatuto de independncia poltica, tendncias inventariadas pela prosa e poesia do perodo, em textos como a Histria Geral do Brasil, de Francisco Adolfo de Varnhagen. O influxo de uma nova subjetividade sobre a linguagem constitui o escopo do terceiro captulo que tambm reproduz parte da fortuna crítica do ensaio O Abolicionismo, de Joaquim Nabuco. Em quarto, o dilogo entre cincias sociais e a interpretação do Brasil servem de contraponto ao levantamento de obras que j aproximam a questo social (o caso de Os Sertes, de Euclides da Cunha). No quinto captulo, uma breve reconstituio da passagem do ensaio de interpretação do Brasil no sculo XX. Por ltimo, na coda, a trajetria do ensaio de interpretação do Brasil, at meados de 1900
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Esta tese visa a analisar trs perspectivas nacionalistas oferecidas pela obra crítica de Machado de Assis. Buscamos, inicialmente, a feio intelectual do jovem Machado no interior do projeto romntico-nacionalista, com o qual estava alinhado e do qual se afastaria paulatinamente. Para tanto, foi cotejado, inicialmente, com dois militantes daquele nacionalismo defensivo: Santiago Nunes Ribeiro e Joaquim Norberto de Sousa Silva. Esse lugar de onde falava Machado ganha em definio num segundo momento, quando empreendemos a anlise comparativa de seus textos com os de Macedo Soares e Jos de Alencar. Sobretudo entre 1859 e 1872, Machado de Assis construiria sua crítica teatral, tornando-se um paladino da comdia realista francesa. A primeira face nacionalista de sua crítica afirma-se nesse profundo envolvimento de Machado com o projeto de um teatro brasileiro pautado no potencial pedaggico da alta comdia. A segunda perspectiva nacionalista define-se medida que se define o classicismo moderno de Machado, uma articulao muito pessoal de sua viso universalista com a j instaurada modernidade literria. Para a anlise desse vis, usamos o corpus de sua crítica literria construda como gnero autnomo, oferecida convencionalmente ao pblico, por via da qual escritores e leitores se habilitariam a intervir na sociedade, cumprindo, patrioticamente, a misso para a qual a literatura os preparara. A partir de 1883, depois de quase cinco anos afastado da crnica, Machado a retoma, usando-a para exercitar, mais franca e assiduamente, uma particular teoria da cultura brasileira e, paralelamente, uma espcie de busca de nosso carter nacional. Dessa forma, seu nacionalismo, numa terceira angulao, orienta-se para a experincia humana, que, entre incorporar o fundamento externo e resistir a ele, acaba por formar algo irremediavelmente brasileiro; essa crnica, portanto, carrega uma crítica de feio cultural, no sentido de Machado ter-se comprometido com significaes e valores de nossa vida social. Ao examin-lo como escritor que, inicialmente, se postou contra o colonialismo cultural; que, a seguir, se engajou num projeto civilizatrio conduzido pelo teatro e pela literatura e que, por fim, investigou a sensibilidade coletiva brasileira a partir de suas representaes culturais, esta tese faculta uma apreenso mais criteriosa das intersees entre os temas nacionalismo e Machado de Assis
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A presente dissertao pretende analisar a viso do autor irlands Oscar Wilde sobre diferentes expresses artsticas, e discutir como ele relacionava tais formas de arte com a vida cotidiana. Para tanto, o primeiro captulo dedicado vida de Wilde por entendermos que a sua vida foi, igualmente com os seus textos, uma obra de arte. No segundo captulo, foram analisadas as conferncias proferidas pelo escritor em uma turn que ele fez pelos Estados Unidos e Canad no ano de 1882. No terceiro, e ltimo captulo, foram selecionados trs ensaios nos quais os temas debatidos sempre convergem para a discusso sobre a arte e sua relao com a vida
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A tese focaliza alguns dos principais poemas de Joo Cabral de Melo Neto desenvolvidos como crítica potica. O mote da investigao a construo de uma lrica crtico-discursiva, uma produo artstica que avalia a arte com os termos, os instrumentos da prpria arte. Esta perspectiva analtica deflagrada pelos primeiros romnticos (Schlegel e Novalis) e expande-se em duas direes: tanto o poema escrito a partir de uma reflexo sobre a arte ou a natureza (crtico em sua gnese), quanto a crítica, transmutada em poesia. A abordagem comparativa de estncias do poeta com obras picturais nelas referenciadas evidencia o constante dilogo do poeta com as poticas da visualidade e com as concepes estticas da modernidade, mormente com a potica de Joan Mir. Atravs da abordagem comparativa, materializam-se dois caminhos privilegiados de experimentao esttica: o percurso do potico ao plstico, em Joo Cabral; o caminho inverso, na obra do pintor catalo do plstico ao potico. Para ambos os artistas, os processos de explorao das linguagens artsticas ocasionam, como consequncia extrema, a dissoluo do plstico e do potico, rumo ao inefvel na pintura e na poesia. Para Mir, os signos plsticos so poticos, porque guardam em si um universo de possibilidades significativas que transcendem a ordem da prpria coisa em si. E o alcance das transformaes que a sua potica empreende afetar a poesia de modo anlogo: os signos poticos mostram-se plenamente poticos, ao transcenderem a forma e o sentido, no mbito da plasticidade da palavra. Se a palavra pode se tornar matria (passar da abstrao para a concreo), a matria pintada pode ser poesia. Integram a constelao terica desta investigao os principais filsofos que discutem o carter crtico da poesia, desde os filsofos do primeiro romantismo (Schlegel e Novalis), at aqueles cujo pensamento est relacionado modernidade ou ps-modernidade (Benjamin, Adorno, Lyotard, Blumenberg e Agamben)
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Esta tese tem como objetivo descrever o desenvolvimento da crítica da vida cotidiana elaborada pelo filsofo francs Henri Lefebvre. Analisamos os fundamentos tericos e o contexto histrico no qual foi formulada a teoria crítica do cotidiano e seu contato com as experincias estticas e polticas da primeira metade do sculo XX. Tambm analisamos a maneira pela qual, a partir da apreciao do tema da cotidianidade, Lefebvre faz uma crítica das leituras dogmticas do marxismo, apreendendo o movimento de reestruturao da sociedade capitalista depois da Segunda Guerra Mundial e formulando, juntamente com as novas vanguardas do ps-guerra, um conjunto de idias sobre a experincia social moderna que antecipa aspectos importantes dos eventos de 1968.