335 resultados para Lacan
Resumo:
A psicanálise e a arte sempre se atraíram. Freud e Lacan se utilizam muito da literatura, das artes plásticas, da música e do teatro para a ilustração de importantes conceitos psicanalíticos. Esta dissertação tem a intenção de mostrar a relação da psicanálise com a literatura, sobretudo, da psicanálise com a poesia. Através da obra do poeta e escritor português Teixeira de Pascoaes (1877-1952), o principal representante do saudosismo e uma das mais proeminentes figuras da cultura portuguesa do século XX, e do poeta brasileiro Manoel de Barros, considerado por muitos, o maior poeta brasileiro vivo, ratificaremos como a literatura foi fundamental para a construção do corpus teórico de Freud e Lacan e de outros grandes autores da psicanálise. Usaremos a poesia de Pascoaes e Barros para exemplificarmos conceitos como a pulsão, o inconsciente e a sublimação, este último, inacabado pelo pai da psicanálise. Mostraremos também, como a obra dos dois poetas, de alguma forma, se encontram
Resumo:
A proposta do trabalho é delimitar quais as relações existentes entre o eu e a temática da constituição da realidade para o sujeito humano. Para tanto, abordaremos a importância da temática do eu na obra de Freud e no ensino de Lacan, delimitando os diferentes tempos da construção dessa noção no percurso desses autores. Nossa proposta é mostrar que, desde o início, o eu é definido como uma instancia psíquica responsável por estabelecer defesas contra o desejo. O desenvolvimento da noção de narcisismo foi o que possibilitou que o eu recebesse um estatuto próprio ao campo psicanalítico. Freud sustenta que o eu não existe desde o início, mas se constitui a partir do encontro com o outro. Sua função seria, nesse contexto, a de unificar as pulsões autoeróticas numa imagem de corpo próprio. Por sua parte, Lacan afirmará que o eu é uma instância que se constitui a partir da imagem ideal do outro e, por isso, possui um fundamento ilusório. Distingue o eu (moi) instância que se constitui a partir do registro imaginário do sujeito (je), conceito articulado a fala e que, por essa razão, se vincula ao registro simbólico. Lacan subverte a noção de sujeito, na medida em que o situa como sendo homólogo ao objeto a. O objeto a está ligado ao que é mais intimo e, ao mesmo tempo, ex-timo ao sujeito. Situando-se do lado do real ele é causa do desejo, um desejo que insiste em se revelar as expensas do eu, nos domínios da fala e da linguagem. Considera-se que, enquanto que o sujeito do inconsciente está do lado da verdade, isto é, da falta, o eu, por outro se encontra do lado da alienação ao outro, o quer dizer que ele está fixado em uma relação dual, intersubjetiva, que faz oposição, que busca se defender de qualquer aproximação do desejo. O que nos faz concluir que é contra o desejo, que o eu se defende, afinal. Conclui- se que o percurso empreendido evidenciou a importância que a temática do eu em suas relações com a constituição da realidade psíquica ganha para a práxis analítica, pois, é em torno da noção de eu que veremos se constituírem diferentes maneiras de se pensar tanto a formação do analista quanto a direção do tratamento psicanalítico
Resumo:
A sublimação sob a dimensão da pulsão de morte é um tema que desperta muitas questões. Lacan em seu seminário sobre a ética, onde encontramos a maior parte de sua teoria da sublimação, faz com que esses dois conceitos se impliquem numa aproximação lógica. Na reflexão lacaniana, encontramos a sublimação como um destino pulsional que sustenta, no interior da obra, a própria essência da pulsão, no que ela é virtualmente pulsão de morte. Ou seja, a satisfação na sublimação é a satisfação com o objeto que mostra sua perda, imprimindo aí o ponto vazio da Coisa. Para Freud, inicialmente a sublimação poderia ser uma conciliação entre sujeito e cultura, entre o singular e o universal, dentro de uma lógica de reconhecimento, no entanto seus textos posteriores demonstram a impropriedade dessa ideia. O mal-estar ao qual estamos destinados não coaduna com uma promessa de felicidade. Pois Freud, como Lacan enfatiza, lida diretamente com as potências de vida que desembocam na morte, com as potências que emanam do conhecimento do bem e do mal, onde o princípio do prazer, que domina o psiquismo desde o início, será sempre eficaz, mesmo em desacordo com o mundo inteiro, tanto com o macrocosmo quanto com o microcosmo
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Purpose: The purpose of this paper is to add to current discussions on the use of Lacanian psychoanalysis in organizational change. Specifically, It argues that critiques of Lacan's work must be acknowledged and incorporated into these discussions. To date, there remains a silence surrounding these critiques within organization studies.
Design/methodology/approach: The paper presents the existing studies that draw upon Lacan's work in the context of organizational change initiatives. It highlights the value of this theory. Next, it outlines critiques of Lacan's concepts of phallus and incest taboo, and show how these concepts can be exclusionary.
Findings: The paper finds that there remains little debate within organization studies around such critiques. Lacan tends to be employed in ways that risk reproducing particular, exclusionary aspects of his theory. A homophobic and patriarchal legacy persists in appropriations of his writing. It outlines alternative ways of reading Lacan, which aim to avoid such exclusions. It shows how introducing such alternatives is a difficult project, first, given the silence surrounding critiques of Lacan in the organizational change literature. Second, following Foucault, It argues that language has power: a patriarchal schema is self-reinforcing in its persistence within a particular discipline, and thus difficult to dislodge.
Research limitations/implications: Given these findings, the paper concludes that organization theorists and practitioners ought to engage with critiques of Lacan's work, when employing it in their own. The silence surrounding such legacies is dangerous. It argues that the first step in engaging with Lacan's work should be to give voice to such critiques, if his writing is to be employed in the practice and study of organizational change.
Originality/value: This paper provides a unique engagement with Lacan's work in the context of the study and practice of organizational change interventions. It presents an evaluation of well-known critiques and useful recommendations for theorists and practitioners considering a Lacanian approach to this area of management studies. © Emerald Group Publishing Limited.
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Aborda-se a questão do sujeito à luz do ensino de Jacques Lacan enquanto pedra no caminho, mostrando que não se trata de contornar este obstáculo, mas antes de estar à altura da sua função.
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Pretende-se aqui dar conta do trabalho efetuado em 2011-2012 pelo Cartel de leitura. O desafio consistia em ler o Seminário de Lacan Les non dupes errent o mais possível ao pé da letra. Este é um Seminário onde problemática paterna (nome/nomes do pai) entronca com a questão do Real; uma palavra-chave no trajeto de Lacan - em particular na última fase do seu ensino – em ligação com o Simbólico e o Imaginário.
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O objetivo do presente trabalho é construir recursos operatórios de leitura que permitam articular, desde um ponto de vista epistemológico, lingüística e psicanálise. Esta temática surge de uma problemática de pesquisa atual, relativa à crescente demanda, endereçada a lingüística, por diferentes práticas clínicas nas quais a linguagem está implicada. Neste sentido, procura-se relacionar um paradigma de linguagem com uma teoria da subjetividade apropriada tanto à reflexão clínica quanto à reflexão epistemológica. Desta forma, esta dissertação opta por um estudo teórico, visando a construção de operadores conceituais que possibilitem a articulação entre a psicanálise lacaniana e as teorias da linguagem de Saussure, Jakobson e Benveniste, utilizando como corpus de análise essas próprias teorias lingüísticas e psicanalíticas. Portanto, seu procedimento analítico pode ser qualificado como metateórico. Quatro critérios são utilizados para a seleção dos autores: 1°) as três teorias são, cada uma a seu modo, estruturalistas – isso significa que a estrutura é o conceito operador que permite pensar as proposições que estão na base de cada teoria (seus axiomas); 2°) as três teorias estabelecem proposições sobre o objeto língua – isso requer perguntar quais axiomas sobre a língua cada teoria teve que construir para dar conta da estrutura. Desses dois critérios deriva-se um terceiro; 3°) as três teorias conformam três “sistemas de linguagem” que não dissolvem o “objeto língua” para se constituírem em sua especificidade (diluindo-a em objetos de outros domínios teóricos, exteriores ao campo da linguagem – ou da lingüística – propriamente dito, tais como, por exemplo, a biologia, a psicologia, a sociologia). Cada sistema é representado por um nome próprio : I – Sistema de Linguagem elaborado por Saussure; II – Sistema de Linguagem tratado por Jakobson; III – Sistema de Linguagem concebido por Benveniste. Como critério de fechamento, temos que : 4°) as três teorias interessam de perto ao Sistema de Linguagem da psicanálise lacaniana. A relação entre tais teorias deverá servir de suporte de leitura à interlocução estabelecida no campo interdisciplinar sobre a presença da linguagem nas diferentes clínicas, assim como revitalizar os campos conceituais tanto da lingüística quanto da psicanálise.
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O objetivo central é discutir a possibilidade de uma ética pertinente ao conjunto de ações atualmente realizadas sob o enfoque da Atenção Psicossocial no campo da Saúde Mental Coletiva. Utilizando o método do ensaio, partirei da análise de algumas proposições importantes sobre a ética na Saúde Mental, presentes na literatura recente, e da experiência de vários anos no campo da Atenção Psicossocial como trabalhador, como assessor clínico-institucional do Ministério da Saúde e como formador de psicoterapeutas. Duas vertentes de análise são consideradas: éticas disciplinares, chamadas éticas da psiquiatria, incluindo uma tentativa importante de complementá-las criticamente sob o enfoque da ética do cuidado, e éticas fundadas em concepções psicanalíticas do sujeito e seu sofrimento, que destacam as dimensões do sujeito como entre social e como entre subjetivo ou entre sentido. Com base nas diretrizes do Sistema Único de Saúde e na psicanálise do campo freudiano, procura-se fundamentar a ética da Clínica na Atenção Psicossocial como ética do cuidar-se - base necessária para a construção do protagonismo dos sujeitos do sofrimento na produção do sentido necessário à superação do sofrimento e demais impasses que motivaram a procura de ajuda, e para a possibilidade de seu reposicionamento no entre social e no entre sentido; componentes da saúde em sintonia com a subjetividade singularizada referenciada nos Ideais socioculturais e no devir desejante. Demonstra-se que essa ética exige dos trabalhadores do campo a superação dialética dos modos de produção de saúde e subjetividade em sintonia com o Modo Capitalista de Produção e seus derivados autoritários.
Resumo:
Pós-graduação em Psicologia - FCLAS
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In a preliminary communication, we intend to reflect on thepossibilities of group psychotherapy based on the theory of Lacan. We startedfrom the premise that it could apply to group psychotherapy the sametheoretical basis of individual psychotherapy in which the psychoanalysis ofJacques Lacan is applied, with some modifications. Introducing theoreticalelements and reporting fragments of the practice of caring for a group in thisreference, so that it gives an idea of how this psychotherapeutic group works.The application of Lacan s psychoanalysis to the practice of group therapy hasshown results that seem to justify the continuation of this exercise ofintercession and research, and at the same time seems to allow to the theory ofgroups to cross the boundaries of imaginary. The group practice in thisreference has been shown as effective as individual psychotherapy in the fieldof Psychosocial Care.
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Este artigo discorre sobre a psicanálise aplicada ao sintoma, promovendo uma reflexão sobre as duas clínicas de Jacques Lacan. O trabalho examina o deslocamento operado pelo autor, ao final de seu ensino, do conceito de sintoma, formação do inconsciente, para o conceito de sinthoma, com nova grafia, em um enfoque além do Édipo, ou seja, além do simbólico. Por fim, o estudo teórico destaca como a reformulação do conceito de sintoma possibilitou o surgimento de novas modalidades de intervenção analítica, em uma clínica mais acessível à população. Conclui-se que a tarefa analítica, na atualidade, não consiste em interpretar infinitamente, mas, sim, em sustentar a prontidão para acolher a surpresa.
Resumo:
Pós-graduação em Psicologia - FCLAS
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Pós-graduação em Psicologia - FCLAS