164 resultados para Intestinos
Resumo:
Os insetos podem causar perdas consideráveis aos seus hospedeiros, entretanto alguns deles habitam em plantas sem causar-lhes danos. Por exemplo, Thyrinteina leucoceraea, herbívoro da entomofauna brasileira, pode ser encontrado na goiabeira, hospedeiro nativo da família Myrtaceae, sem que cause danos severos a essa planta. Os Eucalyptus ssp., entretanto, são hospedeiros exóticos (também da família Myrtaceae) no Brasil, vindos da Austrália, os quais sofrem ataques das lagartas de T. leucoceraea, que se tornaram pragas severas dessas plantas. Sabe-se que as plantas podem se defender contra o ataque de herbívoros e que um dos seus mecanismos de defesa pode ser a produção de inibidores de proteases, que possuem a capacidade de diminuir o desenvolvimento dos insetos e podem levá-los à morte. Baseado no desempenho da lagarta de T. leucoceraea nesses dois hospedeiros e na possibilidade de defesa da planta, o objetivo deste trabalho foi verificar a produção de inibidores de proteases por plantas de eucalipto e de goiaba quando atacadas por essas lagartas, bem como observar a resposta bioquímica no intestino das lagartas a esses inibidores. Notou-se que as plantas de eucalipto produzem mais inibidores de proteases que as goiabeiras. O bom desenvolvimento de T. leucoceraea em plantas de eucalipto, apesar da alta concentração de inibidores de proteases, pode ser devido ao aumento da atividade enzimática nos intestinos das lagartas quando alimentadas com essa planta. Os dados evidenciaram que T. leucoceraea desenvolveu uma adaptação aos inibidores de proteases produzidos pelo eucalipto, por meio do aumento das atividades de serino-proteases e cisteíno-proteases.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Mode of access: Internet.
Resumo:
No Brasil, não há relato de estudos de Salmonella em gambás, sendo assim, este trabalho tem por objetivo determinar a frequência de isolamento de Salmonella enterica em gambás (D. aurita e D. albiventris) no Estado de São Paulo. No período de janeiro de 2005 a dezembro de 2006, foram necropsiados 106 D. aurita e 40 D. albiventris e colhidos fragmentos de intestinos delgado, grosso e suabe da cloaca. As amostras foram plaqueadas diretamente em ágar Mac Conkey, paralelamente suspendidas nos caldos Rappaport-Vassiliadis e Tetrationato e posteriormente plaqueados em ágar XLT4. As colônias sugestivas de Salmonella foram confirmadas através de provas bioquímicas e sorotipagem. Encontrou-se Salmonella enterica em 17,0% (18/106) dos D. aurita. Destes, 50% apresentaram positividade no intestino delgado (ID), 88,9% no intestino grosso (IG) e 66,7% na cloaca. Da espécie S. enterica, as subespécies encontradas foram: diarizonae (11,1%) houtenae e enterica (5,5% cada um); enquanto da subespécie S. enterica enterica os sorotipos foram Newport (83,3%), Typhimurium e Cerro (5,5% cada um). Nos D. albiventris, 17,5% (7/40) eram positivos, sendo que se encontraram 42,8% no ID, 85,7% no IG e 71,4% na cloaca. O sorotipo mais prevalente também foi Newport (71,4%), seguido por Typhimurium, Bareilly e Thompson (14,3% cada um). Através dos resultados obtidos neste estudo pode-se comprovar a presença de Salmonella enterica no trato intestinal de gambás no Brasil.
Resumo:
O objetivo deste estudo é relatar os tipos de obstrução do trato digestório, após ingestão de corpos estranhos, em animais de companhia, atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Viçosa (HVT-UFV), durante o ano de 2010; a predisposição racial e por faixa etária; a localização da obstrução; os sintomas relacionados; os achados laboratoriais; o tratamento proposto e a evolução clínica dos pacientes. Foi observada predisposição para animais de raça pequena e de faixas etárias de até um ano e após cinco anos, com predileção pela raça Teckel. O maior número de corpos estranhos foi encontrado no estômago e intestinos, com maior gravidade e elevada taxa de mortalidade, em relação aos encontrados no esôfago. O maior período de evolução do quadro clínico, desde a observação inicial, contribuiu para maiores taxas de mortalidade. A sintomatologia clínica dos animais foi variada, mas quadros de apatia e de anorexia ocorreram na maioria dos casos. Regurgitação e vômito foram frequentes, quando a localização do corpo estranho foi esofágica ou gastrointestinal, respectivamente. Os resultados dos exames laboratoriais foram inespecíficos.
Resumo:
Foi estudada a distribuição dos granulomas esquistossomóticos no baço, pulmões, rins, coração e intestinos de camundongos parasitados pelas linhagens BH e SJ de S. mansoni. Verificou-se que a distribuição de granulomas produzidos pelos esquistossomos das duas linhagens é semelhante, sendo que a linhagem BH produziu número significativamente maior de lesões no baço e nos pulmões.
Resumo:
Num período de 4 anos (1986-1989) foram processados 517 materiais correspodentes a 235 casos com diagnóstico clínico de botulismo de bovinos, dos Estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás, Bahia, Pará, Maranhão, Distrito Federal e Roraima (Brasil). Exames laboratoriais foram realizados com o intuito de confirmar a suspeita clínica, detectando a toxina nos materiais correspondentes aos casos supracitados. Os tipos de toxina verificados foram "C" e "D" presentes no fígado e conteúdos de estômago e intestinos, que perfaziam o maior número das amostras remetidas. O pequeno número de casos confirmados leva à suposição de que outras enfermidades devem estar envolvidas nessas mortes, ainda que se considere possíveis resultados falso negativos.
Resumo:
A Esclerose Múltipla é a doença crónica neurodegenerativa que surge em indivíduos de ambos os sexos entre os 10 e os 60 anos. No entanto, a sua incidência é predominante em indivíduos do sexo feminino (relação de 3 mulheres para 2 homens), com idades compreendidas entre os 15 e os 40 anos. A Esclerose Múltipla caracteriza-se por ser uma doença do sistema nervoso central, no qual ocorre um processo inflamatório na mielina de alguns axónios, e que resulta na dificuldade ou interrupção da informação transmitida à fibra nervosa e, consequentemente, pode provocar grandes variações consoante a zona cerebral que é mais afectada pela desmielinização, no entanto alguns sintomas ocorrem mais frequentemente que outros. Os primeiros sintomas que surgem com maior frequência sâo: astenia, fadiga, inflamação do nervo óptico e a perda de força muscular, que pode ocorrer não só em surtos temporários, mas também nos surtos recorrentes ou num processo gradual e progressivo. Mais tarde, surgem sintomas como: indicies de fadiga mais acentuados, rigidez dos membros, espasticidade, distonia, acinesia, paroxística, tremor parkinsónico, dismetria, ataxia, desartria, bem como o aparecimento de dor, descontrolo dos músculos da bexiga e intestinos, disfunções sexuais, alterações de equilíbrio, alterações da coordenação. Tudo depende da zona cerebral afectada e da dimensão das placas de desmielinização. As disfunções sexuais são uma das alterações que poderão ocorrer nos indivíduos com Esclerose Múltipla.
Resumo:
Uma auxiliar de laboratório infectou-se acidentalmente, com cercárias de Schistosoma mansoni, cepa LE, mantida rotineiramente em nossos laboratórios. Decorridos 5 meses, o exame parasitológico de fezes revelou 108 ovos/g . A pacientefoi tratada com oxamniquine, porém a infecção continuou ativa (6 ovos/g). Foi então obtido o isolado SSF mantido no modelo Biomphalaria glabrata - camundongo albino. Os resultados obtidos no estudo comparativo, entre o isolado SSF e a cepa LE, que lhe deu origem, mostraram que a duração do período pré-patente e o índice de infectividade em camundongos, bem como a resposta aos agentes esquistossomicidas (hycanthone, oxamniquine epraziquantel) não apresentaram diferenças estatisticamente significativas. Por outro lado, o número de miracídios obtidos dos intestinos e fígados dos camundongos infectados foi o dobro com a cepa LE, quando comparados com aquele do isolado SSF. Também a variação do peso dos animais foi bastante diferente. Concluiu-se que apenas uma passagem pelo hospedeiro humano não mudou substancialmente as características da cepa estudada.
Resumo:
A malária é causada por parasitas protozoários do género Plasmodium spp, a sua transmissão aos humanos deve-se à picada infecciosa de mosquitos fêmea do género Anopheles spp, sendo Anopheles gambiae o vector mais eficiente de malária em todo o mundo. O intestino médio do mosquito representa um dos ambientes mais desafiantes à sobrevivência e desenvolvimento do parasita, e é, portanto, também um dos locais mais atraentes para novas estratégias de controlo da malária, pois é onde se observa uma diminuição acentuada na população de parasitas invasores. A transglutaminase (TGM) desempenha um papel importante e diversificado em mamíferos, tais como a coagulação e a formação da barreira epitelial, catalisando o “crosslinking” entre proteínas. Em invertebrados, como Drosophila sp, a proteína TGM mostrou estar envolvida na defesa imunitária. O mosquito A. gambiae tem codificado no seu genoma três TGMs, o gene AGAP009099, já caracterizado, é expresso exclusivamente nas MAGs (glândulas auxiliares masculinas). Os genes AGAP009098 e AGAP009100, cujas funções não foram ainda clarificadas, são expressos ubiquamente e em baixos níveis. No presente trabalho, propõe-se a caracterização das duas proteínas codificadas por estes genes, de forma a identificar o modo como estas proteínas interagem dentro do mosquito, a esclarecer o seu papel na invasão do intestino médio de A. gambiae por Plasmodium spp., o que permitirá averiguar o seu envolvimento ao nível da imunidade inata do mosquito. Foi produzida e purificada a proteína recombinante AgTGM98-1, que se utilizou para a produção de um anticorpo anti-AgTGM98. A atividade de TGM no mosquito não se mostrou estatisticamente significativa entre os estadios larvares, pupas e adultos. A caracterização bioquímica de AgTGM98 e AgTGM100 revelou a possível existência de proteínas do tipo TGM. Através de western blotting, verificou-se uma diminuição de AgTGM98, comparando mosquitos não infetados com infetados por P. berghei, o que sugere alterações na expressão desta proteína face à invasão pelo parasita, o que pode significar o seu envolvimento direto na infeção. Caracterizou-se, por imunohistoquímica (IHC) a localização de AgTGM98 e AgTGM100 em intestinos médios de mosquitos. A proteína AgTGM98 apresentou uma localização membranar, na parte basal do intestino médio e com distribuição ao longo deste. Contrariamente, a AgTGM100 tem uma localização intracelular e uma distribuição presente apenas no proventrículo e zona mais apical do intestino médio durante uma fase da sua existência, sendo com o passar do tempo detectada em todo o intestino médio.
Resumo:
A peritonite bacteriana espontânea ocorre em 30% dos cirróticos com ascite e, neste grupo, apresenta altas taxas de morbidade e mortalidade. Os fatores predisponentes incluem a diminuição da defesa imunológica encontrada no homem nas fases avançadas da cirrose, o supercrescimento da flora intestinal e a translocação bacteriana da luz dos intestinos aos linfonodos mesentéricos. As manifestações clínicas variam de graves a leves ou ausentes, sendo sempre necessária a análise do líquido ascítico. O diagnóstico de peritonite bacteriana espontânea se faz pela contagem de neutrófilos > 250/mm³ no líquido ascítico associado ou não ao crescimento de bactéria na cultura. As enterobactérias predominam como causa da infecção, sendo a Echerichia coli a bactéria mais freqüentemente isolada. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado provocaram a queda das taxas de mortalidade nas duas últimas décadas. O uso endovenoso de cefalosporinas de terceira geração mostra-se eficaz em 70% a 95% dos casos. A recorrência de peritonite bacteriana espontânea é comum e pode ser prevenida com norfloxacina oral, de uso contínuo. O surgimento de resistência bacteriana tem estimulado a procura de novas opções para a profilaxia da peritonite bacteriana espontânea; os probióticos constituem nova abordagem promissora, mas que necessita melhor avaliação. Recomenda-se a profilaxia primária de curta duração aos cirróticos com ascite que apresentem episódio de hemorragia digestiva alta.
Resumo:
Foram examinados brânquias, fossas nasais e intestinos de tambaquis (Colossoma macropomum) capturados em duas localidades na Amazônia, próximas aos municípios de Tefé/Coari, no médio rio Solimões, Estado do Amazonas e de Santarém no baixo rio Amazonas, Estado do Pará. Nove espécies de parasitas foram encontradas: três da classe Monogenoidea; Anacanthorus spathulatus, Linguadactyloides brinkmanni e Notozothecium sp.; uma de Trematoda da família Paramphistomidae; uma do filo Acanthocephala, Neoechinorhynchus buttnerae, duas do filo Nematoda, Spirocamallanus sp. e Procamallanus sp. e duas da subclasse Copepoda, Gamidactylus jaraquensis e Perulernaea gamitanae. Foram registradas pela primeira vez parasitando o tambaqui, o monogenético Notozothecium sp., espécimens imaturos da família Paramphistomidae, larvas do nematóide Procamallanus sp. e o copépodo Gamidactylus jaraquensis. Os paranfistomídeos e Procamallanus sp. foram encontrados apenas nos hospedeiros da região de Tefé/Coari. Foi observada pouca variabilidade na composição da parasitofauna do tambaqui, entre os dois locais estudados. As espécies Anacanthorus spathulatus, Notozothecium sp., Neoechinorhynchus buttnerae e Perulernaea gamitanae, apresentaram bom potencial como indicadores biológicos para o tambaqui.
Resumo:
El uso desmedido de antibióticos, en especial en los animales que son destinados al consumo humano, produjo la aparición de cepas bacterianas resistentes y favoreció la presencia de residuos de esas sustancias en los alimentos. Esta situación ha sido relacionada con la aparición de alergias, trastornos gastrointestinales y otros problemas que han puesto en riesgo la salud de la población y han promovido una presión creciente de los consumidores y de los entes reguladores para que el sector de la producción de alimentos no utilice antimicrobianos y evite la presencia de sus residuos. El objetivo del trabajo es evaluar la capacidad de las sustancias con actividad antimicrobiana, producida por la microbiota natural, para inhibir el desarrollo de bacterias patógenas responsables de causar enfermedades en terneros jóvenes. Se utilizarán bacterias ácido lácticas autóctonas aisladas a partir de intestinos (duodeno, yeyuno, íleon, colon y ciego), cavidad bucal de terneros de crianza artificial y de vagina de vacas en la etapa pre-parto y que forman parte del cepario del Laboratorio de Análisis de Alimentos, DSPV. Los microorganismos que demuestren capacidad para producir sustancias antimicrobianas serán identificados utilizando técnicas moleculares (amplificación del 16S rRNA, secuenciación y comparación en bases de datos). Las sustancias producidas por los microorganismos serán purificadas antes de analizar su capacidad inhibitoria. Posteriormente, se evaluará el efecto de los agentes físicos (temperatura) y químicos (solventes orgánicos, ácidos, tripsina, proteinasa K y pepsina) sobre dicha capacidad.
Resumo:
El uso desmedido de antibióticos, en especial en los animales que son destinados al consumo humano, produjo la aparición de cepas bacterianas resistentes y favoreció la presencia de residuos de esas sustancias en los alimentos. Esta situación ha sido relacionada con la aparición de alergias, trastornos gastrointestinales y otros problemas que han puesto en riesgo la salud de la población y han promovido una presión creciente de los consumidores y de los entes reguladores para que el sector de la producción de alimentos no utilice antimicrobianos y evite la presencia de sus residuos. El objetivo del trabajo es evaluar la capacidad de las sustancias con actividad antimicrobiana, producida por la microbiota natural, para inhibir el desarrollo de bacterias patógenas responsables de causar enfermedades en terneros jóvenes. Se utilizarán bacterias ácido lácticas autóctonas aisladas a partir de intestinos (duodeno, yeyuno, íleon, colon y ciego), cavidad bucal de terneros de crianza artificial y de vagina de vacas en la etapa pre-parto y que forman parte del cepario del Laboratorio de Análisis de alimentos, DSPV. Los microorganismos que demuestren capacidad para producir sustancias antimicrobianas serán identificados utilizando técnicas moleculares (amplificación del 16S rRNA, secuenciación y comparación en bases de datos). Las sustancias producidas por los microorganismos serán purificadas antes de analizar su capacidad inhibitoria. Posteriormente, se evaluará el efecto de los agentes físicos (temperatura) y químicos (solventes orgánicos, ácidos, tripsina, proteinasa K y pepsina) sobre dicha capacidad.