1000 resultados para Internato Não Médico
Resumo:
A formação do enfermeiro no contexto teórico-prático visa à obtenção de um profissional apto às adversidades apresentadas pelos diferentes cenários da saúde e perfis da população. O estudo objetivou compreender a percepção dos internos de Enfermagem sobre a estruturação prática e teórica do internato de Enfermagem da Universidade Estadual de Londrina. Utilizou-se a metodologia qualitativa, com a obtenção de dados através da questão: O que você achou da estruturação do internato na parte prática e teórica? Após análise dos dados, formaram-se quatro categorias: práticas educativas utilizadas nos encontros teóricos; associação da teoria e da prática do internato na visão do aluno; potencialidades e desafios encontrados na área hospitalar; potencialidades e desafios encontrados na saúde coletiva. Concluiu-se que o internato proporcionou satisfação aos internos em sua estruturação prática e teórica, e também identificação com a área pelos alunos. Entre os desafios encontrados está o aprofundamento do ensino da gerência na realização do estágio.
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo conhecer a percepção de educadores e educandos sobre a situação atual do Internato Médico e suas perspectivas. Foi realizado pelo método qualitativo, tipo estudo de caso, com a técnica de entrevista semi-estruturada. Foram sujeitos do estudo seis estudantes, oito professores e um médico residente engajados na discussão de educação médica. Segundo os entrevistados, o modelo de Internato Médico é, ainda, o tradicional, baseado em rodízio nas principais áreas médicas, podendo também incluir um período eletivo. Suas limitações são: ênfase na especialização, predomínio de estágios no hospital, descontinuidade e falta de integração dos conhecimentos. Entre as experiências com este modelo, para superar algumas de suas limitações, foram citados o Internato Rural e as práticas junto à comunidade. Quanto ao modelo ideal, mencionou-se a necessidade de ampliar o tempo em atividades práticas, utilizando metodologias ativas de ensino-aprendizagem, e de inserir os estudantes no sistema de saúde desde o início da formação, com responsabilidade crescente, nos diversos níveis de atenção, até a extinção do nome Internato. Conclui-se que ainda há um caminho a percorrer para alcançar o modelo almejado, sendo necessário maior diálogo entre os sistemas de educação superior e de saúde.
Resumo:
Este estudo analisa os textos das avaliações produzidas por 38 preceptores de duas turmas que concluíram o curso de formação pedagógica em 2008 e 2009, utilizando como referência teórica a educação permanente em saúde, a aprendizagem significativa e o método de análise do discurso. O material trabalhado caracteriza-se por ser um recurso potencial para análise e avaliação da experiência de formação pedagógica dos participantes. O estudo sobre a avaliação do curso pelos preceptores possibilitou não só a análise das concepções de educação e de saúde assumidas por esses profissionais, mas a maneira com a qual eles se apropriam desses conteúdos em seus discursos e as relações que constroem em suas vidas pessoais. A apropriação de técnicas de ensino e de avaliação referenciadas nas correntes críticas da educação, a valorização da função do preceptor e a mobilização das capacidades individuais e sociais de transformação das práticas assistenciais e educacionais mostraram-se aspectos relevantes das avaliações analisadas.
Resumo:
Este trabalho expõe a experiência de uma universidade pública que oferece formação pedagógica a preceptores médicos por meio de curso de capacitação. Para analisar a efetividade da proposta do curso, foi realizada pesquisa com um grupo de preceptores egressos. O questionário eletrônico foi o instrumento usado para viabilizar esse trabalho, que analisa como a apreensão de um novo conhecimento foi usada em cenários de prática. Da análise destas respostas entende-se que os preceptores assumiram uma ruptura de padrões tradicionais de ensino, passando a atuar como protagonistas de mudanças que viabilizam um ensino médico inovador, nos moldes das atuais necessidades da sociedade brasileira.
Resumo:
O presente estudo avaliou o ganho de conhecimentos de estudantes do curso médico que participaram de uma atividade integradora básico-clínica de Farmacologia e Psiquiatria no quinto ano, bem como verificou a opinião deles quanto à relevância em participar dessa atividade. Foi realizado estudo quali-quantitativo, utilizando avaliação pré e pós-teste, e a técnica do Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) para a análise do conteúdo linguístico. Observou-se aumento significativo na porcentagem de acertos no pós-teste em relação ao pré-teste (p < 0,001). As ideias centrais obtidas na análise do DSC foram: atividade muito pertinente; ampliação desta atividade para outros estágios; dificuldade nas disciplinas básicas; aplicação de avaliação cognitiva; e participação ativa do professor nas discussões. Estes resultados sugerem que a integração entre a Farmacologia e as atividades práticas do internato em Psiquiatria possibilitou ampliar conceitos de Farmacologia, tornando o aprendizado significativo. Embora os estudantes tenham apontado a necessidade de melhor ajuste da atividade, o seu nível de aceitação foi verbalizado por meio da sugestão de que ela se estenda aos demais estágios do quinto ano.
Resumo:
OBJETIVOS: Avaliar a satisfação dos estudantes do internato do curso de graduação em Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) sobre seu último rodízio. MÉTODOS: Estudo transversal e observacional realizado no curso de Medicina da UFPB, envolvendo estudantes do novo currículo. Foi aplicado um questionário elaborado pelos autores e pré-testado. RESULTADOS: Foram incluídos 124 estudantes (91,2% dos internos). A média dos percentuais de estudantes satisfeitos foi de 49,6%, correlacionando-se inversamente com o número de rodízios cursados. O maior grau de satisfação foi observado no rodízio de Saúde Coletiva (76%), e o mais baixo, no de Clínica Médica (23,1%) em todos os aspectos avaliados. Revelaram-se inexistência de preceptoria nos hospitais conveniados, excesso de atividades burocráticas, relacionamento conflituoso com residentes, prática insuficiente e enfoque em problemas muito específicos. CONCLUSÕES: A satisfação dos estudantes com o internato médico da UFPB foi baixa. O rodízio de Clínica Médica atingiu os percentuais mais baixos em todos os aspectos avaliados, enquanto o de Saúde Coletiva, os melhores. Constatou-se que o Regimento do internato não está sendo cumprido adequadamente.
Resumo:
A formação do aluno no curso de Medicina precisa se aproximar dos campos de prática vivenciados pelo médico atualmente. Este estudo objetivou caracterizar as experiências educacionais dos internos dentro de atividades em Atenção Primária, Secundária e Terciária à saúde, com vistas a otimizá-las. Inicialmente, foi descrita a criação de um estágio em atendimento secundário, antes inexistente na instituição, e avaliada a percepção dos alunos envolvidos. Posteriormente, foram caracterizados os atendimentos prestados pelos alunos em três cenários (primário, secundário e terciário) durante 30 dias. A criação do estágio na Unidade de Pronto Atendimento foi bem recebida pelos alunos, que sentiram necessidade de investir mais carga horária neste cenário. Foram avaliadas 201 consultas realizadas por internos, sendo a maioria na Atenção Primária. Houve grande diversificação dos motivos das consultas conforme o cenário de prática, e a preceptoria do interno ocorreu em todos os atendimentos. Concluímos que os diferentes cenários realmente oferecem oportunidades de aprendizado complementares que devem ser valorizadas institucionalmente.
Resumo:
Analisamos os processos de formação médica situados nos corredores da emergência de um hospital público da região metropolitana de Vitória, no Espírito Santo. O internato entra em questão como um processo de experimentação do trabalho em que a curiosidade e a novidade dos primeiros procedimentos realizados impulsionam a conquista do hospital como espaço de experimentação do ser médico. Apostamos numa formação que extrapola o sentido clássico de tempo em que se está vinculado a um processo formal de aquisição de conhecimento – formação que extrapola o percurso acadêmico e ganha sentido enquanto processo de produção de sujeitos. Este trabalho se vincula a uma leitura singular do modo como são tratados os fenômenos do trabalho e da formação em saúde.
Resumo:
This study quantifies fifth year medical students' knowledge after their participation in a basic clinical integration activity of psychiatry and pharmacology and investigates their opinions on the importance of the activity. A quali-quantitative study was performed using pre- and post-test assessment (multiple choice) and linguistic content analysis using the Discourse of the Collective Subject (DCS) technique. A significant increase in the percentage of correct answers in the post-test assessment was found compared to pre-test (p <0.001). The central ideas obtained from the DCS content analysis were: very relevant activity; expansion of the activity to other internships; difficulty in basic disciplines; application of cognitive assessment; and teacher's active participation in discussions. These results suggest that integration between pharmacology and the practical intern activities in psychiatry allowed pharmacological concepts to be broadened, rendering the learning meaningful. Although students identified the need for better organization of the activity, its the level of acceptance was verbalised through the suggestion that it could be extended to the other fifth year internships.
Resumo:
Os autores afirmam a urgência em reestruturar o ensino medico pós-graduado em Portugal. De uma forma critica, analisam esquematicamente a situação actual do ensino médico pós-graduado em geral e da Urologia em particular, no nosso país. Depois de enunciar as etapas para atingir o internato da especialidade, resumem o Plano de preparação para a especialidade de Urologia do Conselho Directivo do Colégio de Urologistas da Ordem dos Médicos, de 1979. 0 Plano refere-se a tempos de estágio, programas teórico e prático, e formas de avaliação dos internos e aponta ainda as características para que um serviço seja considerado idóneo. Referindo que a realidade actual não corresponde às exigências preconizadas, os autores indicam aquilo que de facto acontece. Respondendo negativamente a uma série de questões sobre pontos fulcrais para uma prática correcta do ensino pós-graduado, os autores terminam a primeira parte da sua exposição perguntando se, nas condições actuais, o resultado final da preparação dos médicos será mesmo um Especialista. Na segunda parte fazem propostas para a reestruturação do ensino pós-graduado em Portugal. Referem-se sucessivamente as seguintes alíneas: criação de institutos ou escolas médicas hospitalares de pós graduação, universitários; elaboração de um programa padrão nacional do ensino médico pós-graduado; criação de comissões para o ensino médico pós-graduado; definição exigente do perfil de serviço idóneo para o ensino médico pós-graduado; elaboração de programas individuais pelos serviços dos institutos de pós-graduação; caderneta; fiscalização da actividade dos docentes e discentes; avaliação, contínua e por provas intercalar e final; mestrado. Dado o carácter auto-explicativo dos quadros, os autores, para além de alguns comentários, apenas desenvolvem as alíneas referentes aos Institutos ou Escolas Médicas de Pós-graduação, Universitários e ao Mestrado, expondo, duma maneira sucinta, a forma como pensam que deviam ser organizados.
Resumo:
OBJETIVO: Ressaltar a importância e a necessidade da implantação de um serviço de apoio psicológico ao médico em formação em radiologia e diagnóstico por imagem. MATERIAIS E MÉTODOS: Pesquisa qualitativa. Aplicação de um questionário a 219 residentes e especializandos em radiologia e diagnóstico por imagem, no período de 2007 a 2009, constituído por perguntas referentes a perfil psicossocial, percepção do nível de relacionamento com a equipe do serviço, nível de aprendizagem, dificuldades psicológicas e avaliação da prevalência de sintomas ansiosos e depressivos pela Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão. RESULTADOS: Dos médicos alunos entrevistados, 116 (53%) eram do sexo feminino e 103 (47%) do sexo masculino. A maioria, 170 (77,6%), encontrava-se na faixa etária de 20 a 30 anos. Observou-se que 51,1% apresentaram sintomas ansiosos e 54,8%, sintomas depressivos. Do total dos alunos, 44,8% manifestaram desejo de buscar assistência psicológica para auxiliar na orientação de seus problemas. CONCLUSÃO: A inserção de um serviço de apoio psicológico para médicos em formação em radiologia e diagnóstico por imagem deve ser feito por psicólogos especialistas em psicologia hospitalar e psicologia clínica com competência para auxiliar na formação do médico aluno, por meio do suporte às vicissitudes do treinamento, no acolhimento, adaptação e integração, contribuindo para a redução do estresse e dos sintomas de ansiedade e depressão.
Resumo:
Este trabalho relata uma experiência de ensino cujo objetivo foi oferecer formação significativa e integradora na área de genética médica aos graduandos de medicina do Centro Universitário Barão de Mauá. Para isto, em 2005, foi estruturado um ambulatório de genética médica na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) do município de Jardinópolis (SP), como parte do estágio de internato em Saúde Coletiva e Medicina da Família e Comunidade, realizado nos serviços de saúde desse município. Desde então, os estudantes do sexto ano do curso médico avaliaram 140 pacientes, estabelecendo o grau de comprometimento intelectual, a etiologia da deficiência mental e oferecendo aconselhamento genético não-diretivo às famílias, sob orientação dos professores. A diversificação do cenário de ensino e aprendizagem aproximou os alunos da realidade dos pacientes com deficiência mental no País. Além disto, os estudantes puderam se apropriar de alguns fundamentos teóricos da genética médica a partir da constatação de suas implicações na prática clínica, tornando a aprendizagem significativa. Com esta experiência espera-se ter contribuído para a formação de médicos mais competentes na área da genética médica e saúde coletiva, e dispostos a trabalhar de forma integrada e integradora com a comunidade.
Resumo:
OBJETIVO: Descrever os critérios para formação de grupos no internato e a avaliação que os alunos fazem do relacionamento grupal, analisando as variáveis associadas. MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, que utilizou questionário autopreenchido, com perguntas sobre dados sociodemográficos, autoavaliação do desempenho escolar, critérios para formação e satisfação com grupo de internato. Sofrimento psíquico foi avaliado a partir do Self Report Questionnaire. Utilizou-se o teste do qui-quadrado e regressão logística para análise multivariada. RESULTADOS:A taxa de resposta no internato foi de mais de 90%. A maioria dos alunos utilizou critérios ligados à rede social (82,6%) e predominaram sujeitos satisfeitos com seu grupo (81,2%). Após análise multivariada, apenas autoavaliação do desempenho escolar "boa ou ótima" e critérios de escolha relacionados à rede de apoio se mantiveram associados à satisfação com o grupo. CONCLUSÕES: Apesar de ser um estágio da formação profissional, os alunos se escolheram por questões ligadas à rede social. Sendo uma profissão na qual o trabalho em equipe é inerente, deveriam ser criadas estratégias durante o curso médico para elaborar as dificuldades de relacionamento grupal entre alunos de Medicina.
Resumo:
A Estratégia Saúde da Família é responsável por reorganizar o Sistema Único de Saúde brasileiro por meio da Atenção Primária. O aumento substancial de programas e vagas para residência em Medicina de Família e Comunidade, ocorrido desde 2002, é uma das estratégias para suprir o crescente mercado de trabalho correspondente. Entretanto, menos da metade dessas vagas são ocupadas. A literatura brasileira apresenta poucas evidências sobre o motivo desta baixa procura. Alguns países que optaram pelo fortalecimento da Atenção Primária em seu sistema de saúde também experimentam uma crise aparente na escolha desta carreira pelos egressos médicos. Neste ensaio, revisamos algumas questões envolvidas nesta escolha, apontando sua complexidade e a necessidade de investigações sistematizadas sobre as motivações dos alunos de graduação em optarem ou não por esta especialidade médica, particularmente no Brasil.
Resumo:
As escolas médicas brasileiras priorizam o ambiente hospitalar para o ensino e acabam formando profissionais carentes de compromisso social. O curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Maria implantou, em 2004, um novo currículo que inclui o Internato Regional (IR), em que o interno permanece dois meses em município conveniado, atuando em atenção primária em saúde. Este estudo transversal e quanti-qualitativo teve por objetivo conhecer a percepção dos acadêmicos da primeira turma que realizou o IR sobre o impacto desse modelo de estágio em sua formação, mediante a aplicação de um questionário semiestruturado. Mais de 75% das respostas apontaram ter havido contribuição para maior conhecimento da realidade social e profissional, aprimoramento da relação médico-paciente e desenvolvimento de autoconfiança no exercício da profissão. O principal ponto negativo ressaltado foi o despreparo dos médicos-preceptores para atuar como docentes. No atual contexto de mudanças, o IR surge como uma proposta satisfatória de ampliação dos cenários de prática-ensino-aprendizagem e contribui com a formação humana e pessoal dos futuros médicos, apesar de ainda carecer de preceptoria qualificada.