24 resultados para HIPERPLASIAS
Resumo:
Objetivos: avaliar a eficácia do acetato de medroxiprogesterona e do acetato de megestrol nas hiperplasias de endométrio. Métodos: foram incluídas, retrospectivamente 47 pacientes com sangramento uterino anormal, submetidas a curetagem uterina diagnóstica e/ou biópsia de endométrio, cujo achado histopatológico foi de hiperplasia de endométrio. Nas pacientes com hiperplasia sem atipia foi iniciado a terapêutica com acetato de medroxiprogesterona por via oral, na dose de 10 mg/dia durante 10-12 dias por mês. Nas com atipia, era utilizado o acetato de megestrol por via oral, dose de 160 mg/dia, uso contínuo. O período de tratamento variou de 3 a 18 meses. Biópsia de endométrio e/ou curetagem uterina de controle foram realizadas entre três e seis meses do início do tratamento e periodicamente para avaliar a resposta terapêutica. Resultados: foram analisadas 42 pacientes com hiperplasia endometrial sem atipia e cinco com atipia. A média de idade das pacientes foi de 49,5 ± 10,6 anos, sendo 70,2% com idade superior a 45 anos. O acetato de medroxiprogesterona foi eficaz em fazer regredir as hiperplasias sem atipias em 83,2% (35/42) e o acetato de megestrol em 80% (4/5) das hiperplasias com atipia. Em 16,8% (7 casos) das hiperplasias sem atipia e em 20% (1 caso) das com atipia, ocorreu persistência das lesões, apesar do tratamento. Em nenhum caso ocorreu progressão para câncer de endométrio, durante o período de seguimento que foi de 3 meses a 9 anos. No acompanhamento dessas pacientes, verificamos que 18 (38,3%) apresentaram amenorréia, em 12 (25,5%) ocorreu regularização do ciclo menstrual e 17 (36,2%) permaneceram com sangramento uterino anormal, sendo submetidas a histerectomia total abdominal. O exame anatomopatológico mostrou a persistência da lesão hiperplásica em oito casos, leiomioma em quatro, adenomiose em três, mio-hipertrofia uterina difusa em um caso e útero normal em outro, tendo havido regressão das lesões hiperplásicas nesses últimos nove casos. Conclusões: o tratamento das hiperplasias de endométrio com acetato de medroxiprogesterona e/ou acetato de megestrol, representa uma alternativa satisfatória para mulheres que desejam preservar o útero ou que tenham risco cirúrgico elevado. Entretanto, é necessário monitorização cuidadosa do endométrio, o que deve ser realizado pela avaliação dos sintomas, ultra-sonografia transvaginal e biópsia periódica.
Resumo:
O objetivo do presente estudo é mapear e quantificar as populações de células CD 20, CD 8 e CD 4+ em Hiperplasias inflamatórias (HI) e estabelecer relação com a infecção por Candida sp. Foram utilizados 41 casos de HI do Laboratório de Patologia Bucal da UFRGS. Novos cortes de todos os casos foram submetidos à técnica de coloração do PAS, criando – se 2 grupos: com e sem infecção por Candida sp. Seguiu – se a marcação imunohistoquímica com os anticorpos monoclonais anti CD 20, anti CD 8 e anti CD 4, para se avaliar a localização, a distribuição e quantificação das células positivamente marcadas em 3 campos consecutivos (400x), escolhidos sobre a área de maior concentração do infiltrado inflamatório. Os resultados da recontagem dos campos mostraram que o examinador estava calibrado pelo teste “t”de Student. As células CD 8+ apresentaram localização próxima às hifas de Candida sp. e foram mais numerosas no grupo com infecção (diferença estatisticamente significante p= 732 x 10-20). As células CD 20 e CD 4 positivas não apresentaram relação com a infecção por Candida sp. Concluiu – se que as células CD 8+ apresentaram localização relacionada às hifas de Candida sp., além de uma razão células positivamente marcada/ linfócitos totais estatisticamente mais alta no grupo com infecção por Candida sp.
Resumo:
The giant cell fibroma is a benign neoplasm characterized by the presence of mono, bi or multinucleate cells, which can have a connection to the presence of mast cells. This research aims to analyze, descriptively and comparatively, the immunohystochemistry expression of the tryptase in mast cells of the giant cell f ibroma, f ibrous hyperplasia and samples of the normal oral mucosa. Thirty cases of giant cell fibroma, ten cases of fibrous hyperplasia and ten cases of normal oral mucosa were selected for the analysis of the immunohistochemistry expression, determination of the number of present mast cells, as well as their location and shape. It could be stated that there was a statistically signif icant difference (p<0,001) in relation to the quantity of mast cells among other samples analyzed where the giant cell f ibroma presented lesser quantity of mast cell and the hyperplasia showed higher concentration of this cellular type. Although the oral mucosa has presented a higher quantity of mast cells when compared to the giant cells fibroma, these were found in usual locations in the connective tissue in normal tissues. There could be noticed a statistically significant difference in relation to the number of non-granulated mast cells (p<0,001). On the areas of fibrosis, we could observe a statistically signif icant difference (p<0,006) among the samples. In relation to the present mast cells in perivascular location, no statistically signif icant difference was found. On the morphological analysis there was a predominance of oval mast cells. It was concluded that despite of the fact there was a lesser quantity of mast cells present in cases of giant cell f ibroma, they appeared to have a stronger relation to the present giant fibroblasts in this lesions, around 59,62%, being also evidenced a strong relation between these cells and the fibrosis areas in both cases of giant cell f ibroma and f ibrous hyperplasias and samples of normal oral mucosa, used as control group in our study, confirming, this way, the role of the mast cells as fibrinogenous inductor
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Objetivos: avaliar a eficácia do acetato de medroxiprogesterona e do acetato de megestrol nas hiperplasias de endométrio. Métodos: foram incluídas, retrospectivamente 47 pacientes com sangramento uterino anormal, submetidas a curetagem uterina diagnóstica e/ou biópsia de endométrio, cujo achado histopatológico foi de hiperplasia de endométrio. Nas pacientes com hiperplasia sem atipia foi iniciado a terapêutica com acetato de medroxiprogesterona por via oral, na dose de 10 mg/dia durante 10-12 dias por mês. Nas com atipia, era utilizado o acetato de megestrol por via oral, dose de 160 mg/dia, uso contínuo. O período de tratamento variou de 3 a 18 meses. Biópsia de endométrio e/ou curetagem uterina de controle foram realizadas entre três e seis meses do início do tratamento e periodicamente para avaliar a resposta terapêutica. Resultados: foram analisadas 42 pacientes com hiperplasia endometrial sem atipia e cinco com atipia. A média de idade das pacientes foi de 49,5 ± 10,6 anos, sendo 70,2% com idade superior a 45 anos. O acetato de medroxiprogesterona foi eficaz em fazer regredir as hiperplasias sem atipias em 83,2% (35/42) e o acetato de megestrol em 80% (4/5) das hiperplasias com atipia. em 16,8% (7 casos) das hiperplasias sem atipia e em 20% (1 caso) das com atipia, ocorreu persistência das lesões, apesar do tratamento. em nenhum caso ocorreu progressão para câncer de endométrio, durante o período de seguimento que foi de 3 meses a 9 anos. No acompanhamento dessas pacientes, verificamos que 18 (38,3%) apresentaram amenorréia, em 12 (25,5%) ocorreu regularização do ciclo menstrual e 17 (36,2%) permaneceram com sangramento uterino anormal, sendo submetidas a histerectomia total abdominal. O exame anatomopatológico mostrou a persistência da lesão hiperplásica em oito casos, leiomioma em quatro, adenomiose em três, mio-hipertrofia uterina difusa em um caso e útero normal em outro, tendo havido regressão das lesões hiperplásicas nesses últimos nove casos. Conclusões: o tratamento das hiperplasias de endométrio com acetato de medroxiprogesterona e/ou acetato de megestrol, representa uma alternativa satisfatória para mulheres que desejam preservar o útero ou que tenham risco cirúrgico elevado. Entretanto, é necessário monitorização cuidadosa do endométrio, o que deve ser realizado pela avaliação dos sintomas, ultra-sonografia transvaginal e biópsia periódica.
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Background: Obesity is a public health problem and it is necessary to identify if non-symptomatic obese women must be submitted to endometrial evaluation. Aims: To determine the prevalence of endometrial hyperplasia and cancer in non-symptomatic overweight or obese women. Methods: A cross-sectional study was carried out in 193 women submitted to an endometrial biopsy using a Pipelle de Cornier. The findings were classified as normal, hyperplasia or cancer, and the results were compared to body mass index (BMI; kg/m2). For the purpose of statistical analysis, women were divided into two groups: women of reproductive age and postmenopausal women, and according to BMI as overweight or obese. Results: The prevalence of endometrial cancer and hyperplasia was 1.0% and 5.8% in women of reproductive age and 3.0% and 12.1% in postmenopausal women, respectively. According to logistic regression, being in the postmenopause increased the risk of endometrial hyperplasia and cancer to 1.19 (95% confidence interval (CI): 0.36-3.90), while being postmenopausal and severely obese increased the odds ratio (OR) to 1.58 (95%CI: 0.30-8.23) and being postmenopausal and morbidly obese increased the OR to 2.72 (95%CI: 0.65-11.5). No increase in risk was found in women of reproductive age who were either overweight or obese. Discussion: Our results show that non-symptomatic, severe or morbidly obese postmenopausal women have a high risk of developing endometrial hyperplasia or cancer; however, no such risk was found for women of reproductive age.
Resumo:
Os autores realizaram um estudo retrospectivo em 586 ABF efectuadas no período de um ano no serviço de ginecologia da MAC, com o objectivo de investigar o valor da aspiração biópsia fraccionada no diagnóstico precoce do carcinoma do endométrio e seus precursores e identificar os grupos de maior risco para este tipo de patologia. Foram encontrados 14 casos de adenocarcinoma e 7 hiperplasias. Contudo 2 casos adicionais de carcinoma foram diagnosticados através de outras técnicas. A presença de factores de risco – metrorragias post-menopausa, obesidade, hipertensão, diabetes, nuliparidade e terapêutica estrogénica anterior – influenciaram significativamente os resultados encontrados.
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Objetivos: Este trabajo pretende, en base a nuestra experiencia, valorar y discutir las indicaciones, ventajas e inconvenientes de la exéresis de los épulis de la cavidad bucal con el láser de dióxido de carbono (CO2) respecto al láser de Erbio:YAG (Er:YAG), el láser de diodo y el bisturí frío. Material y método: Se ha realizado un estudio retrospectivo de un grupo de 120 pacientes en los que se extirparon 128 épulis con el láser de CO2, láser de Er:YAG, láser de diodo y bisturí frío. Se realizaron controles postoperatorios a los 7, 15 y 30 días para comprobar la cicatrización y la evolución de la herida y a los 3, 6 y 12 meses verificando si se había producido o no la recidiva de la lesión. Resultados: Según las características clínicas y etiopatogénicas de las lesiones extirpadas, se han formado dos grupos: las lesiones hiperplásicas gingivales (77 casos) y los épulis fisurados (51 casos). La localización más frecuente de las hiperplasias gingivales fue la mandíbula (51.9%). Se encontró que la hiperplasia fibrosa fue el diagnóstico histopatológico más frecuente con 49 casos (63.6%). El porcentaje de recidiva tras su extirpación fue del 9,1%, de los cuales 5 casos eran hiperplasias fibrosas. Sólo hubo un caso de lesión maligna que fue diagnosticada de carcinoma de células escamosas infiltrante. Por otro lado, de los 51 épulis fisurados tratados, el 58.8% se encontraban en el maxilar superior. Éstos fueron diagnosticados histológicamente como hiperplasias fibrosas, recidivando en el 19.6% de los casos. Conclusiones: Aunque las diferentes técnicas quirúrgicas utilizadas en la extirpación del épulis de la cavidad bucal son correctas, en nuestra opinión, el láser de CO2 es el tratamiento de elección, ya que ofrece ventajas tanto intra como postoperatorias. Por otro lado, es indispensable analizar histopatológicamente toda lesión de la cavidad bucal para establecer un diagnóstico de certeza
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OBJETIVO: Avaliar as características de textura de lesões de mama em imagens por ultrassom de pacientes submetidas a cirurgia conservadora que apresentaram, ou não, recidiva. MATERIAIS E MÉTODOS: As imagens de ultrassom de 36 pacientes submetidas a cirurgia conservadora, com 12 tendo apresentado recidiva local e 24 que não apresentaram recidiva no local da cirurgia, foram divididas em: 3 malignas na mama oposta, 7 nódulos benignos, 5 hiperplasias atípicas e 9 alterações fibrocísticas. A textura das lesões foi quantificada utilizando-se dez parâmetros calculados da matriz de coocorrência e da curva de complexidade. Análise discriminante linear foi aplicada aos parâmetros para discriminação de lesões de mama em pacientes submetidas a cirurgia conservadora que apresentaram, ou não, recidiva. RESULTADOS: Avaliando-se a capacidade dos parâmetros em distinguir as recidivas do grupo composto por lesões não recidivas benignas e hiperplasias atípicas, obteve-se especificidade de 100%, com valores de acurácia e sensibilidade superiores a 91%. Num segundo teste, foi possível distinguir as cinco hiperplasias, das lesões não recidivas benignas. CONCLUSÃO: Apesar do número reduzido de casos, os resultados obtidos são encorajadores, sugerindo que o uso da quantificação da textura pode auxiliar na diferenciação entre lesões benignas, hiperplasias atípicas e lesões malignas de origem recidiva.
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OBJETIVO: Detectar e quantificar células mióides em timos de pacientes com miastenia grave, estabelecendo possível correlação entre a quantidade de células mióides com variáveis demográficas e clínico-patológicas. MÉTODO: Foram analisados por meio de método imuno-histoquímico com anticorpo antidesmina (clone D33; marca Dako), timos de 22 pacientes (16 mulheres e seis homens, entre 12 e 61 anos) submetidos à timectomia, entre 1981 e 1995, no Serviço de Cirurgia Torácica do Hospital Heliópolis como parte do tratamento de miastenia grave. RESULTADOS: As maiores médias de células mióides foram encontrados em timos dos pacientes da raça negra (29,4:17,8), do sexo feminino (23,2:13,0) e com faixa etária entre 60 e 80 anos (média de 33,0). Pela classificação clínica da Fundação de Miastenia Grave da América (MGFA), a maior média de células mióides (26,7) encontra-se na classe IIIa, sendo do tipo histológico de hiperplasia verdadeira (média 42,0). As células mióides foram identificadas em 11 timos com hiperplasia linfóide, três hiperplasias verdadeiras e em quatro timos normais. Os timomas malignos (três) e um timo normal não apresentaram células mióides. CONCLUSÕES: As células mióides podem ser identificadas e quantificadas pelo método imuno-histoquímico com anticorpo antidesmina, porém não existe correlação entre a quantidade de células mióides e as variáveis demográficas, clínico-patológicas. Elas não foram identificadas no timoma fusocelular.
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OBJETIVOS: Determinar a associação entre os achados ultra-sonográficos, histeroscópicos e histopatológicos em mulheres com sangramento uterino na pós-menopausa. MÉTODOS: realizou-se estudo descritivo, retrospectivo, tipo transversal, incluindo 156 pacientes com sangramento uterino na pós-menopausa atendidas no Centro Diagnóstico do Instituto Materno-Infantil de Pernambuco no período de janeiro de 1995 a dezembro de 2001. Os resultados ultra-sonográficos foram classificados como anormais ou normais, de acordo com os pontos de corte de 4 e 5 mm. Determinou-se a freqüência dos principais achados histeroscópicos e histopatológicos destas mulheres, categorizados como lesões pré-malignas/malignas (hiperplasias/câncer) e lesões benignas. Determinou-se ainda a concordância entre os achados histeroscópicos e histopatológicos. RESULTADOS: a freqüência de espessamento do eco endometrial de acordo com os pontos de corte de 4 mm e 5 mm foi de 75% e de 67,3%, respectivamente. O achado histeroscópico mais freqüente foi o endométrio atrófico (37,8%), seguindo-se os pólipos endometriais (35,9%), hiperplasia do endométrio (10,9%), câncer de endométrio (10,3%), endométrio funcionante (30.2%) e outros achados (1,9%). Em relação aos achados histopatológicos, observou-se também maior freqüência do endométrio atrófico (31,4%), seguindo-se os pólipos endometriais (26,3%), material insuficiente (16,0%), câncer de endométrio (10,9%), hiperplasia (9,0%) e outros achados (6,4%). Observou-se associação estatisticamente significante entre espessamento endometrial e presença de lesões pré-malignas e malignas. Observou-se um único caso de malignidade em pacientes com ponto de corte de 5 mm, e nenhum caso foi evidenciado com o ponto de corte de 4 mm. Encontrou-se uma boa taxa de concordância entre os achados histeroscópicos e histopatológicos (kappa = 0,61). CONCLUSÕES: a freqüência de eco endometrial espessado foi de 75% e de 67,3% com os pontos de corte de 4 mm e 5 mm, respectivamente. Nenhum caso de lesão pré-maligna ou maligna foi observado quando foi adotado o ponto de corte de 4 mm. Os achados histeroscópicos e histopatológicos mais freqüentes foram o endométrio atrófico e os pólipos endometriais, observando-se boa taxa de concordância entre esses exames.
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OBJETIVO: investigar a acurácia da histeroscopia como método de estudo da cavidade uterina de pacientes com sangramento na pós-menopausa. MÉTODO: trata-se de estudo transversal, que consistiu na avaliação de 78 prontuários de pacientes menopausadas com queixa de sangramento, no período de janeiro de 2000 a junho de 2002 no Centro Estadual de Oncologia do Estado da Bahia, submetidas à histeroscopia com biópsia de endométrio. Os achados histeroscópicos foram classificados como benignos (miomas, pólipos, atrofia, normal) e suspeitos (espessamento, hiperplasias e câncer) e os achados histopatológicos como benignos (miomas, pólipos, atrofia, hiperplasia típica) e malignos (hiperplasia atípica e câncer). Os resultados da histeroscopia foram comparados com os exames histopatológicos. RESULTADOS: em relação aos achados suspeitos (espessamento, hiperplasias e câncer), a sensibilidade da histeroscopia foi de 85,7% e a especificidade de 88,7%, quando comparados à histopatologia. O valor preditivo positivo foi de 42,8% e o negativo 98,4%. A razão de probabilidades do teste positivo e a razão de probabilidades do teste negativo foram respectivamente 7,6 e 0,16. A acuidade da histeroscopia foi de 88,4% e o índice kappa 0,5. CONCLUSÃO: a histeroscopia isoladamente não apresentou, no presente estudo, acurácia aceitável, reforçando o conceito de que sua principal vantagem é dirigir a biópsia, devendo sempre estar associada ao diagnóstico histopatológico.
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OBJETIVOS: avaliar estadiamento, procedimentos cirúrgicos e evolução dos tumores das células da granulosa (TCG) dos ovários, dando ênfase à possibilidade de cirurgia conservadora (ooforectomia unilateral). MÉTODOS: este é um estudo de coorte retrospectivo no qual foram incluídas 24 pacientes com TCG tratadas no período de janeiro de 1994 a janeiro de 2004. Foram analisadas variáveis de interesse, tais como idade da paciente, sintomatologia, tamanho tumoral ao exame físico, estadiamento, modalidades de tratamento (tipos de cirurgia e adjuvância com quimioterapia e/ou radioterapia) e prognóstico. As associações entre as variáveis foram avaliadas pelo teste do chi-quadrado e para significância estatística considerou-se p < 0,05, sempre se descrevendo o teste exato bicaudado de Fisher. RESULTADOS: a idade das 24 pacientes variou de 30 a 82 (média 51,7) anos. O sintoma mais freqüente foi a dor pélvica (n = 10; 41,7%). Quatorze pacientes (58,3%) apresentavam estádio clínico (EC) Ic, 5 (20,8%) EC IIIc e 5 (20,8%) EC Ia. Estadiamentos mais avançados foram significativamente associados com o achado de massas pélvicas palpáveis (p < 0,04). Hiperplasias endometriais típicas foram encontradas em 3 (25%) de 12 espécimes de histerectomia. O tempo de seguimento variou de 2 a 114 (média 42,5) meses. Dentre as 16 (66,7%) pacientes vivas e sem doença, 4 eram EC Ia (25%), 11 EC Ib (68,8%) e 1 EC Ic (6,3%), enquanto todas as pacientes que faleceram eram EC IIIc (p = 0,0008). Todas as 6 pacientes (25%) que se submeteram à cirurgia conservadora estavam vivas e sem recidiva. CONCLUSÃO: embora os TCG geralmente apresentem baixa agressividade, o estadiamento continua sendo o principal fator prognóstico e assim ele determina a opção de cirurgia conservadora e do uso de tratamento adjuvante.
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OBJETIVOS: caracterizar histologicamente pólipos endometriais em mulheres após a menopausa e avaliar o risco de lesões hiperplásicas e neoplásicas neles contidos. MÉTODOS: análise retrospectiva de 82 casos de mulheres portadoras de histopatologia confirmatória de pólipo endometrial, submetidas à polipectomia histeroscópica devido ao diagnóstico de espessamento endometrial à ultra-sonografia transvaginal. Todos os prontuários pertinentes foram revisados para obtenção da história clínica, antecedentes, dados referentes ao exame histeroscópico e resultado final da histopatologia. RESULTADOS: das 82 mulheres avaliadas, 10,9% faziam uso de algum tipo de terapia hormonal e 28 (34,1%) queixavam-se de sangramento por via vaginal. Pólipo solitário foi encontrado em 56 mulheres (68,3%), em 19 casos (23,2%) foram encontrados dois pólipos e em 7 casos (3,6%), três ou mais pólipos. A avaliação histológica definitiva evidenciou pólipo benigno em 63 mulheres (76,8%), pólipos com hiperplasia em 17 casos (20,8%), sendo dez com hiperplasia simples sem atipias (12,2%) e sete com hiperplasia complexa sem atipias (8,6%). Em dois pólipos foi encontrada neoplasia associada (2,4%). Para a análise estatística foi empregado o teste do chi2, corrigido por Yates. Correlacionou-se a histologia dos pólipos com a presença ou não de sangramento genital (p=0,0056), o número de pólipos encontrados por mulher (p=0,921), e o tempo decorrido após a menopausa (p=0,720). CONCLUSÕES: pólipos endometriais são entidades freqüentemente encontradas após a menopausa, associando-se com baixa freqüência a hiperplasias e carcinomas endometriais e apenas o estudo histológico de todo espécime nos permite afastar malignidade.
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OBJETIVOS: avaliar os aspectos clínicos, radiológicos, anátomo-patológicos e terapêuticos de uma série de casos de carcinoma ductal in situ (CDIS) da mama de pacientes atendidos em três hospitais públicos de Belo Horizonte (MG). MÉTODOS: foram selecionados dos arquivos médicos todos os casos de câncer de mama diagnosticados entre os anos de 1985 e 2000, encontrando-se 179 casos com diagnóstico de CDIS. Fez-se revisão anátomo-patológica das lâminas e obtiveram-se dados clínicos completos, mamografias e informações sobre tratamento em 85 casos. RESULTADOS: a maioria dos casos eram assintomáticos e os diagnósticos foram feitos pela mamografia (68,2%), sendo as microcalcificações a alteração radiológica mais freqüente. Houve aumento progressivo no diagnóstico de CDIS ao longo dos anos simultâneo à introdução do exame periódico mamográfico. Houve concordância entre o diagnóstico inicial e após a revisão histopatológica em 72,9% dos casos. Em três casos, o diagnóstico original de CDIS não foi confirmado pela revisão, tratando-se de hiperplasias com atipias. O achado de microcalcificações radiológicas foi confirmado no estudo histopatológico em 95,6%. A metade dos pacientes foi submetida à mastectomia. Nos casos submetidos à linfadenectomia axilar, todos os linfonodos dissecados foram negativos para metástases. CONCLUSÕES: os dados encontrados estão de acordo com a literatura, que mostra um aumento do diagnóstico do CDIS a partir de 1990. Houve importante variação interobservador entre os diagnósticos anátomo-patológicos iniciais e os da revisão, sendo que os diagnósticos iniciais tendiam para malignidade. Houve grande número de tratamentos mais radicais como a mastectomia e esvaziamentos axilares, que provavelmente, com os conhecimentos atuais, seriam substituídos por tratamentos conservadores e biópsia do linfonodo sentinela.
Resumo:
OBJETIVO: avaliar a concordância dos diagnósticos histopatológicos de lesões mamárias entre patologistas da comunidade e especialista em patologia mamária. MÉTODOS: foi realizado um estudo observacional, tipo coorte retrospectivo de 329 casos de lesões mamárias recebidas em consultoria para segunda opinião. Foram recebidas lâminas originais (152 casos), blocos de parafina (59 casos) ou lâminas e blocos (118 casos). Os casos foram revistos e os diagnósticos originais e os de revisão comparados, se avaliando a concordância no diagnóstico principal e na graduação nuclear dos casos de carcinoma ductal in situ e graduação histológica dos casos de carcinoma invasivo. Foram incluídos apenas casos com requisição de exame contendo dados clínicos e laudo anatomopatológico original final ou provisório. Para análise estatística foram usados o índice de kappa e a concordância percentual. RESULTADOS: a comparação geral entre os diagnósticos histopatológicos originais e pós-revisão evidenciou moderada concordância (índice de kappa=0,48) e concordância percentual de 59,9%. Os diagnósticos de malignidade foram confirmados em 185/225 casos (82,2%) e de lesões benignas em 89/104 casos (85,6%). A maior concordância diagnóstica foi observada nos casos de carcinoma invasor (81%) e as maiores discordâncias nos casos de carcinoma ductal in situ com microinvasão (74%), carcinoma/neoplasia lobular in situ (70%) e hiperplasias epiteliais atípicas (61%). A análise do grau nuclear de 61 casos de carcinoma ductal in situ evidenciou moderada concordância (índice de kappa=0,52, concordância percentual=68,8%). Foi observada boa concordância em relação ao grau histológico no carcinoma invasivo (índice de kappa=0,61, concordância percentual=74,3%). CONCLUSÕES: os resultados mostram maior concordância no diagnóstico do carcinoma invasivo e menor concordância no diagnóstico de carcinoma ductal in situ com microinvasão e das lesões mamárias pré-malignas, principalmente neoplasia lobular in situ e hiperplasias epiteliais atípicas.