2 resultados para Francophilie
Resumo:
O objecto de estudo deste trabalho centra-se em torno de duas grandes revistas literárias que marcaram o século XX, em França e em Portugal: La Nouvelle Revue Française (NRF) e a presença. O primeiro verdadeiro número da NRF surgiu em 1909 e, progressivamente, esta revista cosmopolita, anti doutrinária e defensora da independência intelectual do artista impôs-se nas letras francesas como um movimento, um espírito e uma geração de referência. Posteriormente, em pleno período dos “années folles”, surgiu em Portugal a revista presença, que, mais do que uma publicação literária de longa duração (1927-1940), se destacou, na cultura literária portuguesa do século XX, como a afirmação de uma geração revolucionária que propugnou a arte pura e a liberdade do artista. Após uma reflexão sobre as grandes coordenadas que conduziram à construção de um espírito NRF e à instituição do mito em torno dessa revista, ocupámo-nos da presença-revista, mas também, e sobretudo, da presença-geração em busca de um espaço próprio para a edificação do seu projecto estético-literário. Tentámos, numa terceira etapa deste trabalho, destacar distintas vertentes da francofilia na geração da presença, demonstrando, por um lado, a inspiração tutelar do espírito NRF e da literatura francesa sobre os presencistas e, por outro lado, o posicionamento destes últimos face à cultura e literatura francesas.
Resumo:
Ce mémoire est une étude d’un cas de rapprochement entre deux pays. Pendant la guerre de Crimée, la Grande-Bretagne s’allia à la France du Second Empire. Ennemie traditionnelle, la France est toujours considérée comme une menace. La coopération forcée entre les deux pays, résultat des circonstances, est à la base de la présente recherche. Des milliers de militaires et de civils des deux pays travaillèrent ensemble pendant deux ans. Les correspondances britanniques révèlent une fraternisation plus importante que ce qui est relevé dans l’historiographie. D’après les théories de Gordon Allport sur la diminution des préjugés, toutes les conditions nécessaires à un rapprochement se retrouvaient en Crimée. Les étapes, définies par Allport, qui mènent à cette fraternisation se perçoivent aussi dans les lettres personnelles. Ce rapprochement eut des conséquences sous-estimées : les Britanniques se comparèrent aux Français et leur fierté céda la place à une importante autocritique. Cela déclencha des controverses dans l’armée et dans les journaux dès le début de la guerre, longtemps avant les scandales de l’hiver 1854-1855.