975 resultados para Foulcault, Michel, 1926-1984


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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Nossa tese tem por objeto o percurso Da Sujeição à Coragem da Verdade na obra de Michel Foucault, filósofo que, efetuando uma mudança radical do pensamento adotado pela tradição clássica, afasta-se da concepção cartesiana de sujeito como substância - res cogitans-, suporte a partir do qual todo conhecimento é possível e o insere como um sujeito objetivado e subjetivado, um efeito da relação poder-saber, que se efetiva nas práticas sociais, a partir de sua aproximação com os pensamentos de Nietzsche e Canguilhem. Temos como objetivo investigar de que maneira Foucault, a partir deste sujeito, objetivado e subjetivado, encontra a possibilidade de constituição de um sujeito ético, que resistindo à objetivação e à subjetivação dadas, elabora uma estética da existência. Nossa hipótese de trabalho é que Foucault, ao convergir suas pesquisas ao período helenístico-romano, identifica a possibilidade de um governo de si, que permite a elaboração de uma estética da existência, afirmada pela Coragem da Verdade, que tem no cinismo sua maior expressão. Utilizamos como metodologia, a leitura, interpretação e análise crítica de textos de Foucault, bem como de textos de seus comentadores. Como resultado de nossa pesquisa foi possível verificar que Foucault encontra a passagem de um sujeito assujeitado para um sujeito capaz de se subjetivar, através do exercício de um governo de si, de um cuidado de si, calcado na Parrhesía, na Coragem da Verdade. Através do exemplo cínico, pode ser colocada em prática, por um ato de escolha, uma filosofia militante, que faça da vida filosófica e da vida verdadeira uma vida outra: uma estética da existência.

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Como compreender a constituição do sujeito em uma obra que tantas vezes modificou seu trajeto, abordou campos problemáticos bastante diversos, utilizou metodologias tão distintas? Onde reside o ponto de inflexão que cria o sujeito em toda experiência? Estaria ele na linguagem, nos saberes e suas práticas discursivas? Ou seria melhor buscarmos o sujeito nas relações de poder que o constituem? Haveria espaço para práticas de liberdade em um exercício ativo de subjetivação? Partindo dessas questões buscamos apresentar a obra de Foucault como um corpo coerente, apesar de suas diferentes modificações de percurso. Ao buscarmos o sujeito em sua filosofia, o que obtemos é um projeto filosófico baseado nas noções de experiência e de prática, no qual o mundo é pensado como produção, e onde qualquer sujeito e objeto não passam de modulações: figuras gêmeas que nascem como imagens efêmeras em um caleidoscópio. A filosofia de Foucault, portanto, é uma filosofia notadamente empirista, que busca o sujeito em um campo de imanência, em um jogo de relações que o constituirão como correlato subjetivo da experiência. Esta busca empirista é o que se sobressai em sua obra, seja em suas análises sobre os discursos e saberes, sobre a produção artística em geral e literária em especial, sobre as relações de poder, ou sobre a dimensão ética que aponta o exato lugar onde o sujeito é convocado, pelas formas históricas da moral, a tomar parte na própria produção de si.

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Esta tese é uma investigação sobre os sentidos da constituição da subjetividade a partir da ação do pedagógico. O exame das questões que envolvem o conceito de formação e de humano é pensado a partir da indagação: como se chega a ser o que se é? Pelos caminhos da educação e da filosofia tratamos de observar no Humanismo as influências que o afirmaram como um movimento filosófico que toma por fundamento a natureza humana e os limites e interesses do homem, bem como as marcas que, na educação brasileira, permitiram reiterar um humanismo pedagógico na figura do educador Paulo Freire. O tema da formação humana é analisado desde o enfrentamento de uma educação condutora de uma verdade sobre o ser e o saber, a uma ação do pensamento voltada a encontrar possibilidades para pensar com mais potência a educação. Com Michel Foucault conhecemos e refletimos sobre o conhece-te a ti mesmo (gnôthi seautón) e o cuidado de si (epiméleia heautoû), considerando este último como condição de reconfiguração da relação pedagógica que se potencializa no trabalho atento e permanente em torno de si mesmo. Ele afirma uma relação com o saber de maneira a experimentar a vida a partir de uma conversão a si mesmo; de uma relação mais ativa com o processo de aprender; e uma relação nova em que o professor/mestre torna e se torna visível com/em seus educandos/discípulos a partir da manifestação do cuidado traduzida na palavra grega epimelephanía, na medida em que ela desloca o professor do espaço confortável de sabedor e o educando da condição de receptor passivo do saber.

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O presente trabalho é resultado de uma pesquisa no campo da ética e da filosofia política contemporâneas cujo objetivo geral consiste em analisar o modo pelo qual se articulam, no pensamento tardio de Michel Foucault (1926-1984), as noções de governo, resistência e práticas de subjetivação. A questão que o conduz é a do papel das práticas de subjetivação na constituição de novas formas de resistência às práticas de governo da vida humana na atualidade. Procurando respondê-la a partir do pensamento foucaultiano, desenvolvemos a seguinte hipótese: em Foucault, as práticas de constituição dos sujeitos teriam papel de fundamental importância para a elaboração de novas formas de resistência política às diferentes técnicas de governo e condução da vida humana na atualidade, isto é, a importância conferida às formas de subjetivação ética ou às práticas de governo de si, não implica num individualismo ético ou numa redução da política à esfera da ética. Trata-se, ao contrário, de uma investigação acerca do modo pelo qual as práticas de si se encontram inseridas num contexto mais amplo de práticas sociais e de lutas, podendo se constituir como pontos de resistência aos tipos de governamentalidade que, ao longo dos séculos, impuseram aos indivíduos determinadas formas de existência. Trata-se, em todo o trabalho, de uma possível articulação entre ética e política a partir da noção foucaultiana de governamentalidade, que concerne ao par governo dos outros/governo de si, e que é também o fio condutor desta investigação. Método: para verificar nossa hipótese, julgamos necessário articular elementos da trajetória filosófica tardia de Foucault presentes em seus últimos cursos e livros, que permitissem compreender mais apropriadamente a relação que há entre: as formas históricas de governar os indivíduos e as populações nas sociedades ocidentais modernas; as formas de resistência possível a essas formas de governar; e as práticas de subjetivação. Com a pesquisa, verificamos o caráter estratégico e móvel tanto das práticas de governar a si mesmo e aos outros quanto das formas de resistência expressas nas lutas da atualidade e nos modos de subjetivação elaborados por indivíduos e grupos.

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O presente trabalho tem por objetivo investigar a relação do pensamento de Michel Foucault com o de Immanuel Kant a partir das perspectivas encontradas em dois momentos específicos de suas obras em que localiza o pensador alemão no limiar de nossa modernidade: em As palavras e as coisas (1966) e nos textos tardios (1978 a 1984) que versam sobre a resposta dada por Kant à pergunta Was ist Aufklärung?, de 1784. Na primeira parte, analisamos tal perspectiva a partir da distinção kantiana entre o empírico e o transcendental em sua relação com a problematização do sono antropológico". Para tal, centramo-nos nos primeiros escritos de Foucault, tomando como pontos de ancoragem a Tese Complementar (1961) e As palavras e as coisas (1966). Na segunda parte, ela é abordada a partir da questão da Aufklärung em sua relação com a noção de governo, examinando a maneira pela qual Foucault vincula seu trabalho à tradição crítica de uma ontologia do presente que teria sido instaurada pelo pensador alemão. O resultado obtido através do entrecruzamento destas duas perspectivas permite reconhecer que o pensamento de Kant ocupa, para Foucault, um lugar de singularidade na história da filosofia, caracterizado pela reativação permanente de uma atitude que é em si mesma um êthos filosófico, isto é, uma crítica permanente de nosso ser histórico.

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Relación entre la confesión y los mecanismos de control, el problema de los procesos de construcción de subjetividad y la producción de verdad. En términos generales, decir que ese problema está implícito en el desarrollo de todo el trabajo

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Realizamos um inventário sobre a produção acadêmica com base em Michel Foucault em análise das organizações, problematizamos esta produção, de acordo com o pesamento do filósofo e sugerimos possíveis desenvolvimentos.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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O artigo trata de uma discussão sobre a análise de instituições a partir do pensamento de Michel Foucault. Um dos objetivos é interrogar a afirmação de que Foucault definiu os mecanismos disciplinares como restritos ao confinamento em algumas instituições. Visa-se ressaltar que as relações de poder não eram propriedade de uma instituição ou apenas restritas ao Estado. Busca-se pensar como as tecnologias biopolíticas também extrapolam o âmbito estatal e operam governos das condutas por meio de articulações e composições e não ficam apenas fixadas em uma entidade de maneira naturalizada. Outro ponto tratado é o questionamento realizado por Foucault da visão de poder apenas como repressão e massificação operada pelas instituições. Finaliza-se, apontando a preocupação central de Foucault, qual seja, a análise das práticas, e não apenas das instituições.

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Esta tesis utiliza la noción de astucia, cuyas raíces se remontan a la antigua cultura griega, como clave de lectura para abordar las dimensiones involucradas en la problemática del conocimiento en los trabajos de Foucault. En tanto forma de inteligencia práctica que sirve para imponerse frente a realidades donde prima la ambigüedad y el devenir, la astucia resulta una noción adecuada para analizar una perspectiva que toma el conocimiento como un producto histórico cambiante en sus formas y destinado a intervenir en la historia misma. En este marco, la problemática del conocimiento es considerada desde los más tempranos textos del francés para señalar la constancia de dos rasgos que le son esenciales: la invención y la utilidad. La invención como elemento inherente al conocimiento se considera en las dos primeras partes siguiendo su desarrollo cronológico. En primer lugar, a partir de los trabajos de los años cincuenta, en relación con un análisis que sitúa al conocimiento en un ámbito deudor de la imaginación. La dimensión onírica, en tanto forma de la actividad imaginativa que no es gobernada por la conciencia, aparece entonces como fundamento posible para todo conocimiento, incluso empírico y experimental. En segundo lugar, a partir de los trabajos de la década siguiente, la invención se presenta a través de la reformulación teórica del problema del esquematismo, a partir del estudio del lenguaje en la literatura, como el problema del vínculo, fundamental para el conocimiento, entre lo visible y lo decible. La noción de ficción sirve entonces para desplegar los elementos sobre los que el conocimiento podrá apoyarse. El mismo recorrido se ofrece en torno a la utilidad. A partir de los primeros textos se subraya el lugar esencial que Foucault adjudica a la intervención sobre la realidad por parte del conocimiento. Comienza así a esbozarse una concepción de la verdad que no busca tanto representar o reflejar lo real sino más bien transformarlo. El carácter utilitario del conocimiento se desarrolla en la segunda parte a partir del trabajo del francés sobre la Antropología desde el punto de vista pragmático de Kant y encuentra, en la tercera parte de la tesis, un apoyo en la concepción griega arcaica de la verdad. La verdad que surge del conocimiento aparece entonces como una modalidad de esta forma arcaica y radical cuya especificidad consiste en ser un instrumento de intervención y realización efectiva. Finalmente, la última parte de la tesis pone de manifiesto la dimensión política implicada por la forma de verdad que aparece con el conocimiento. En primer lugar, a partir de las transformaciones histórico-institucionales en las que el conocimiento encontró un terreno fértil. En segundo lugar, gracias al establecimiento de un espacio que permite "estar en lo verdadero" a partir de la condición teórica del sentido establecida por Aristóteles. La temática de la astucia se presenta aquí como reformulación de la temática de la astucia de la razón hegeliana y la verdad aparece entonces como una forma de sujeción que opera a través de la exclusión de una alteridad que le es esencial, y que constituye un instrumento exclusivo de funciones sociales específicas.

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Esta tesis utiliza la noción de astucia, cuyas raíces se remontan a la antigua cultura griega, como clave de lectura para abordar las dimensiones involucradas en la problemática del conocimiento en los trabajos de Foucault. En tanto forma de inteligencia práctica que sirve para imponerse frente a realidades donde prima la ambigüedad y el devenir, la astucia resulta una noción adecuada para analizar una perspectiva que toma el conocimiento como un producto histórico cambiante en sus formas y destinado a intervenir en la historia misma. En este marco, la problemática del conocimiento es considerada desde los más tempranos textos del francés para señalar la constancia de dos rasgos que le son esenciales: la invención y la utilidad. La invención como elemento inherente al conocimiento se considera en las dos primeras partes siguiendo su desarrollo cronológico. En primer lugar, a partir de los trabajos de los años cincuenta, en relación con un análisis que sitúa al conocimiento en un ámbito deudor de la imaginación. La dimensión onírica, en tanto forma de la actividad imaginativa que no es gobernada por la conciencia, aparece entonces como fundamento posible para todo conocimiento, incluso empírico y experimental. En segundo lugar, a partir de los trabajos de la década siguiente, la invención se presenta a través de la reformulación teórica del problema del esquematismo, a partir del estudio del lenguaje en la literatura, como el problema del vínculo, fundamental para el conocimiento, entre lo visible y lo decible. La noción de ficción sirve entonces para desplegar los elementos sobre los que el conocimiento podrá apoyarse. El mismo recorrido se ofrece en torno a la utilidad. A partir de los primeros textos se subraya el lugar esencial que Foucault adjudica a la intervención sobre la realidad por parte del conocimiento. Comienza así a esbozarse una concepción de la verdad que no busca tanto representar o reflejar lo real sino más bien transformarlo. El carácter utilitario del conocimiento se desarrolla en la segunda parte a partir del trabajo del francés sobre la Antropología desde el punto de vista pragmático de Kant y encuentra, en la tercera parte de la tesis, un apoyo en la concepción griega arcaica de la verdad. La verdad que surge del conocimiento aparece entonces como una modalidad de esta forma arcaica y radical cuya especificidad consiste en ser un instrumento de intervención y realización efectiva. Finalmente, la última parte de la tesis pone de manifiesto la dimensión política implicada por la forma de verdad que aparece con el conocimiento. En primer lugar, a partir de las transformaciones histórico-institucionales en las que el conocimiento encontró un terreno fértil. En segundo lugar, gracias al establecimiento de un espacio que permite "estar en lo verdadero" a partir de la condición teórica del sentido establecida por Aristóteles. La temática de la astucia se presenta aquí como reformulación de la temática de la astucia de la razón hegeliana y la verdad aparece entonces como una forma de sujeción que opera a través de la exclusión de una alteridad que le es esencial, y que constituye un instrumento exclusivo de funciones sociales específicas.

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Esta tesis utiliza la noción de astucia, cuyas raíces se remontan a la antigua cultura griega, como clave de lectura para abordar las dimensiones involucradas en la problemática del conocimiento en los trabajos de Foucault. En tanto forma de inteligencia práctica que sirve para imponerse frente a realidades donde prima la ambigüedad y el devenir, la astucia resulta una noción adecuada para analizar una perspectiva que toma el conocimiento como un producto histórico cambiante en sus formas y destinado a intervenir en la historia misma. En este marco, la problemática del conocimiento es considerada desde los más tempranos textos del francés para señalar la constancia de dos rasgos que le son esenciales: la invención y la utilidad. La invención como elemento inherente al conocimiento se considera en las dos primeras partes siguiendo su desarrollo cronológico. En primer lugar, a partir de los trabajos de los años cincuenta, en relación con un análisis que sitúa al conocimiento en un ámbito deudor de la imaginación. La dimensión onírica, en tanto forma de la actividad imaginativa que no es gobernada por la conciencia, aparece entonces como fundamento posible para todo conocimiento, incluso empírico y experimental. En segundo lugar, a partir de los trabajos de la década siguiente, la invención se presenta a través de la reformulación teórica del problema del esquematismo, a partir del estudio del lenguaje en la literatura, como el problema del vínculo, fundamental para el conocimiento, entre lo visible y lo decible. La noción de ficción sirve entonces para desplegar los elementos sobre los que el conocimiento podrá apoyarse. El mismo recorrido se ofrece en torno a la utilidad. A partir de los primeros textos se subraya el lugar esencial que Foucault adjudica a la intervención sobre la realidad por parte del conocimiento. Comienza así a esbozarse una concepción de la verdad que no busca tanto representar o reflejar lo real sino más bien transformarlo. El carácter utilitario del conocimiento se desarrolla en la segunda parte a partir del trabajo del francés sobre la Antropología desde el punto de vista pragmático de Kant y encuentra, en la tercera parte de la tesis, un apoyo en la concepción griega arcaica de la verdad. La verdad que surge del conocimiento aparece entonces como una modalidad de esta forma arcaica y radical cuya especificidad consiste en ser un instrumento de intervención y realización efectiva. Finalmente, la última parte de la tesis pone de manifiesto la dimensión política implicada por la forma de verdad que aparece con el conocimiento. En primer lugar, a partir de las transformaciones histórico-institucionales en las que el conocimiento encontró un terreno fértil. En segundo lugar, gracias al establecimiento de un espacio que permite "estar en lo verdadero" a partir de la condición teórica del sentido establecida por Aristóteles. La temática de la astucia se presenta aquí como reformulación de la temática de la astucia de la razón hegeliana y la verdad aparece entonces como una forma de sujeción que opera a través de la exclusión de una alteridad que le es esencial, y que constituye un instrumento exclusivo de funciones sociales específicas.