112 resultados para Forrageamento
Resumo:
Durante 13 meses (de janeiro de 1986 a janeiro de 1987), quatro trilhas, de aproximadamente 2,5 km de comprimento cada uma, cortando diferentes ambientes de mata de terra firme, foram seguidas diariamente por um mínimo de dois pesquisadores para observar animais forrageando no chão o em diferentes estratos da floresta. O local de estudo foi em porção de floresta protegida em Tucuruí, estado do Pará. Foram investigadas por observação contínua no campo as tendências sazonais de utilização de ítens de alimentos preferidos demonstrados por quelôneos: os jabutis Geochelone carbonaria, G. denticulata e a aperema Platemys platicephala; por roedores: o quatipuru Sciurus gilvigularis e a cutia Dasyprocta aguti; por cervídeos: o veado-mateiro Mazama americana e o veado fuboca Mazama guazoubira; e por primatas: o macaco-prego Cebus apella, o guariba Alouatta belzebul, o cuxiú Chiropotes satanas , o macaco-mão-de-ouro Saimiri sciureus, e o sagui preto Saguinus midas. Todos esses animais foram estudados através de observação contínua nessas trilhas de transectos, estabelecidas na mata de terra firme. As observações foram feitas pela manhã entre 06:00 e 10:00 horas e à tarde, entre 15:00 e 19 horas. O estudo demonstrou que as dietas dessas espécies animais de habitat de terra firme depende da disponibilidade de alimento na floresta na estação do ano. A importância desses ítens de alimento é demonstrada pela mudança sazonal da atividade de forrageamento, dependendo do ítem alimentar em oferta. Os jabtutis (Geochelone carbonaria e G. denticulata) alimentam-se basicamente de frutos disponíveis entre setembro e janeiro, sendo esses mesmo frutos compatilhados por cutia (Dasyprocta aguti), enquanto o macaco-prego (Cebus apella) expande sua dieta baseada em frutas, em dois picos, um entre janeiro e março, com um máximo de atividade em fevereiro, e outro pico entre julho e dezembro. Essas mesmas frutas são também compartilhadas por Chiropotes satanas. Embora o guariba (Alouatta belzebul) seja observado comendo grande porcentagem de folhas, nas estações de produção de frutos, porém, durante os dois picos anuais, (fevereiro e dezembro) tornam-se oportunisticamente frugívoros.
Resumo:
Investigamos o efeito do forrageamento de formigas de correição da espécie Eciton burchelli, a qual caça em forma de enxame, sobre a comunidade de aranhas de liteira em uma floresta tropical de terra firme na Amazônia Central. O método usado foi a amostragem de aranhas por triagem manual de liteira, coletando-se 20 quadrados na frente de 7 enxames de caça das formigas e 20 quadrados logo após a passagem das formigas. As aranhas foram identificadas ao nível de gênero ou espécie e efeitos significativos foram avaliados levando-se em conta o espectro de aranhas-presa destas formigas, conhecido por um estudo na mesma área. Discutem-se as dificuldades e possíveis erros na avaliação do efeito das formigas sobre artrópodos causados pela variância natural de abundâncias e pela restrição da metodologia sob as circunstâncias estudadas.
Resumo:
Foi estudado o comportamento de forrageamento de Suiriri affinis (suiriri-do-cerrado) e S. islerorum (suiriri-da-chapada), duas espécies de Tyrannidae que ocorrem em sintopia nos cerrados do Brasil central. Durante o ano de 2003 foram registradas 188 observações de forrageamento para S. affinis e 150 para S. islerorum. Foram encontradas diferenças significativas entre as duas espécies em relação à altura e substrato de forrageamento, fitofisionomia utilizada e densidade da folhagem no local do ataque. O comportamento e a direção do ataque, a espécie de planta e a distância de vôo não diferiram entre as espécies. A análise de 26 conteúdos estomacais de membros do gênero revelou o consumo exclusivo de artrópodes. A baixa porcentagem de observações de forrageamento direcionadas a frutos (apenas 7% e 9%, respectivamente) confirmou o caráter insetívoro do gênero.
Resumo:
O presente artigo descreve o comportamento de forrageamento e a dieta de Polystictus superciliaris (Wied, 1831), espécie pouco conhecida e de distribuição geográfica restrita às montanhas do leste do Brasil. Este trabalho foi realizado entre abril e dezembro de 2005 no Parque Estadual da Serra do Rola Moça, município de Nova Lima, Minas Gerais (20°03'S, 44°00'W). Para cada observação de forrageamento foram registrados os comportamentos de ataque, a direção e o substrato do ataque, a altura do substrato de forrageamento e a fitofisionomia onde o ataque ocorreu. Para a determinação da dieta da espécie foram feitas observações diretas de campo, sendo também analisado o conteúdo estomacal de 16 indivíduos. Polystictus superciliaris usa preferencialmente a canga couraçada (93,3%), tendo como substrato principal as folhas (69,1%) das plantas mais abundantes na área. A espécie é generalista quanto ao comportamento de ataque. A análise de conteúdos estomacais revelou a presença exclusiva de artrópodes. As observações confirmaram o caráter insetívoro de P. superciliaris, que não foi observado consumindo frutos ou outro material de origem vegetal.
Resumo:
As formigas cortadeiras apresentam uma sofisticada divisão de trabalho durante o forrageamento, cultivo do jardim de fungo e devolução dos materiais forrageados. Materiais com diferentes graus de hidratação e dureza (esponja floral, isopor, plástico e argila) foram oferecidos a duas colônias de laboratório de Acromyrmex subterraneus brunneus Forel, 1911. As diferentes categorias de tamanho de operárias foram observadas durante a execução de 14 subtarefas. Probabilidade relativa de desempenho e as curvas aloéticas foram usadas para verificar a flexibilidade comportamental e os padrões comportamentais estereotipados das operárias. Os padrões comportamentais possibilitaram estabelecer papeis dentro de prováveis subcastas.
Resumo:
Bioensaios foram realizados a campo no Município de Olhos D'Água, Minas Gerais, para verificar a ação indireta do extrato pirolenhoso sobre Atta sexdens rubropilosa Forel, 1908 (Hymenoptera: Formicidae). Mudas de eucalipto prontas para o plantio foram pulverizadas ou imersas em soluções de água e extrato pirolenhoso, nas concentrações de 0,1; 0,2; 0,5; 1,0 ou 2,0%, sendo a testemunha constituída por água. Essas mudas foram plantadas a 10 cm de distância de uma trilha ativa de A. sexdens rubropilosa, próxima ao formigueiro-sede, e oferecidas em bioensaios com ou sem chance de escolha. Foi avaliada a porcentagem de forrageamento de A. sexdens rubropilosa, a cada 24 horas, durante duas semanas; e a cada 15 dias, até três meses. Foi, também, avaliada a longevidade das mudas a campo a cada 15 dias, por um período de três meses. O extrato pirolenhoso, entre 0,1 e 2%, favorece entre 57,67 e 100% o forrageamento de A. sexdens rubropilosa por mudas de eucalipto tratadas via irrigação ou imersão. A longevidade das mudas varia entre seis e 45 dias. A dosagem de adubação influencia o forrageamento de formigas-cortadeiras, pois mudas tratadas com 100% da adubação recomendada sofrem maior atividade de corte, entre 80 e 100%, por A. sexdens rubropilosa, do que mudas tratadas com metade da adubação. A. sexdens rubropilosa é capaz de reconhecer diferentes substratos, selecionando os que podem suprir as deficiências nutricionais da sua colônia.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
This study investigated the influence of intrinsic and extrinsic factors on the feeding ecology and foraging behavior of the whiptail lizard Ameivula aff. ocellifera, a new species widely distributed in the Brazilian Caatinga, and that is in process of description. In attendance to the objectives, the Dissertation was structured in two chapters, which correspond to scientific articles, one already published and the other to be submitted for publication. In Chapter 1 were analyzed the general diet composition, the relationship between lizard size and prey size, and the occurrence of sexual and ontogenetic differences in the diet. Chapter 2 contemplates a seasonal analysis of diet composition during two rainy seasons interspersed with a dry season, and the quantitative analysis of foraging behavior during two distinct periods. The diet composition was determined through stomach analysis of lizards (N = 111) collected monthly by active search, between September 2008 and August 2010, in the Estação Ecológica do Seridó (ESEC Seridó), state of Rio Grande do Norte. Foraging behavior was investigated during a rainy and a dry month of 2012 also in ESEC Seridó, by determining percent of time moving (PTM), number of movements per minute (MPM) and prey capture rate by the lizards (N = 28) during foraging. The main prey category in the diet of Ameivula aff. ocellifera was Insect larvae, followed by Orthoptera, Coleoptera and Araneae. Termites (Isoptera) were important only in numeric terms, having negligible volumetric contribution (<2%) and low frequency of occurrence, an uncommon feature among whiptail lizards. Males and females did not differ neither in diet composition nor in foraging behavior. Adults and juveniles ingested similar prey types, but differed in prey size. Maximum and minimum prey sizes were positively correlated with lizard body size, suggesting that in this population individuals experience an ontogenetic change in diet, eating larger prey items while growing, and at the same time excluding smaller ones. The diet showed significant seasonal differences; during the two rainy seasons (2009 and 2010), the predominant prey in diet were Insect larvae, Coleoptera and Orthoptera, while in the dry season the predominant prey were Insect larvae, Hemiptera, Araneae and Orthoptera. The degree of mobility of consumed prey during the rainy seasons was lower, mainly due to a greater consumption of larvae (highly sedentary prey) during these periods. Population niche breadth was higher in the dry season, confirming the theoretical prediction that when food is scarce, the diets tend to be more generalized. Considering the entire sample, Ameivula aff. ocellifera showed 61,0 ± 15,0% PTM, 2,03 ± 0,30 MPM, and captured 0,13 ± 0,14 per minute. Foraging mode was similar to that found for other whiptail lizards regarding PTM, but MPM was relatively superior. Seasonal differences were verified for PTM, which was significantly higher in the rainy season (66,4 ± 12,1) than in the dry season (51,5 ± 15,6). It is possible that this difference represents a behavioral adjustment in response to seasonal variation in the abundance and types of prey available in the environment in each season
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
The foraging behavior of two White-backed stilts (Himantopus melanurus) was studied in a lake at the municipality of Santa Gertrudes, state of São Paulo, Brazil. The foraging strategies observed were classified in two categories: pluging (65.8% of total maneuvers) and pecking (34.3%). Only in 26.8% of the foraging maneuvers the individuals captured preys (72.9% by plunging and 27.1% by pecking). When comparing both strategies, plunging was successful 29.7% of the times, but pecking only 21.2%. At the study site, individuals foraged only up to 20 m away from the lake margin. The foraging area exploited by the White-backed stilts was estimated in about 720 m 2. Foraging activities lasted since before sunrise until after sunset. © 2006 Instituto de Ciências Biológicas - UFMG.
Resumo:
Pós-graduação em Agronomia (Proteção de Plantas) - FCA
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
Os meliponídeos são um táxon chave para a manutenção da biodiversidade por realizarem a polinização de diversas espécies. O padrão de coleta de recursos naturais é amplamente estudado e esta relacionado com a polinização, pois influencia tanto a coleta de recursos pelas abelhas quanto na fecundação cruzada das plantas. Néctar e pólen são recursos altamente disputados, tanto por outras espécies de meliponídeos quanto por outros animais. Dessa maneira, aprender a localização de um recurso, e a hora do dia que tal recurso é oferecido, é uma vantagem adaptativa importante. Nesse trabalho foi estudado se duas espécies de abelhas sem ferrão, Melipona fasciculata e Scaptotrigona postica, apresentam atividade alimentar antecipatória (AAA) como mecanismo importante para maximização da exploração de um recurso renovável. Em ambas ocorreu o fenômeno da antecipação, que deve ter evoluído para minimizar a competição com outras colônias, embora a precisão dessa antecipação varie entre as duas espécies.
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)