999 resultados para Fluorose Dentária
Resumo:
A epidemiologia da fluorose dentária resulta de inquéritos realizados recentemente, em decorrência da melhor compreensão de aspectos metabólicos dos fluoretos no organismo humano e de preocupações no âmbito da saúde coletiva. Objetiva-se apresentar os estudos realizados sobre a fluorose entre 1993 e 2006. O período 1993-2004 demarca o intervalo entre a 2ªe a 3ª Conferência Nacional de Saúde Bucal. Em 2005-2006, a busca de dados primários apresentados em reuniões científicas confirmou os achados existentes na literatura, mostrando que a agenda científica brasileira não foi substancialmente influenciada pelas discussões travadas durante a 3ª Conferência. A maioria dos estudos concentra-se em áreas urbanas e a predominância no Brasil dos graus "muito leve" e "leve" de fluorose mostra não haver comprometimentos de ordem funcional. A baixa percepção da fluorose pela população, aliada à sua baixa prevalência, evoca o necessário debate sobre as questões de saúde coletiva no país. Visto que a produção científica nacional constitui uma importante fonte de conhecimentos para subsidiar a elaboração de políticas públicas para o setor da saúde, os sucessivos e pontuais estudos analisados mostram que, no que diz respeito à fluorose, o diagnóstico epidemiológico reafirma a necessidade, a importância e a segurança da fluoretação das águas de abastecimento público como medida de saúde coletiva.
Resumo:
OBJETIVO: Determinar a prevalência e a intensidade de fluorose dentária em crianças com idade entre 7 e 12 anos. MÉTODOS: A população de estudo foi constituída por 266 crianças matriculadas em uma escola pública do Município do Rio de Janeiro, RJ. As crianças tinham idades entre 7 e 12 anos e foram selecionadas pelo método de amostragem aleatória simples. Todos os exames foram feitos entre os meses de agosto e dezembro de 1999 por um único examinador treinado e calibrado (Kappa = 0,92). Depois da obtenção do consentimento dos pais, as crianças tiveram seus incisivos superiores permanentes inspecionados sob luz natural. Os dentes foram previamente limpos e secos com rolos de algodão. Os critérios de Russel foram empregados, no diagnóstico diferencial, entre fluorose dentária e opacidades decorrentes de outras causas. O índice de Thylstrup e Fejerskov foi utilizado na determinação da intensidade de fluorose. RESULTADOS: A prevalência de fluorose foi igual a 7,9% (IC 95%, 5,0-11,8). A intensidade variou de 1 a 3, sendo que 77% dos dentes afetados tiveram registros de grau 1. CONCLUSÃO: A fluorose dentária não se constitui em problema de saúde pública para a população estudada.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar limitações do estudo de fluorose dentária em inquéritos transversais. MÉTODOS: Foram utilizados dados dos estudos Condições de Saúde Bucal da População Brasileira (SBBrasil 2003) e da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal (SBBrasil 2010). A estimativa de tendência epidemiológica da fluorose na população de 12 anos, aspectos da confiabilidade dos dados, bem como a precisão das estimativas, foram avaliadas nessas duas pesquisas. A distribuição da prevalência de fluorose foi feita segundo os domínios de estudo (capitais e regiões) e o ano estudado. Foram expressos também os intervalos de confiança (IC95%) para a prevalência simples (sem considerar os estágios de gravidade). RESULTADOS: A prevalência da fluorose dentária apresentou uma variação considerável, de 0% a 61% em 2003 e de 0% e 59% em 2010. Foram observadas inconsistências nos dados em termos individuais (por ano e por domínio) e no comportamento da tendência. Considerando a expectativa de prevalência e os dados disponíveis nas duas pesquisas, o tamanho mínimo da amostra deveria ser de 1.500 indivíduos para se obterem intervalos de 3,4% e 6,6% de confiança, considerando um coeficiente de variação mínimo de 15%. Dada a subjetividade na natureza de sua classificação, exames de fluorose dentária podem apresentar mais variação do que aqueles realizados para outras condições de saúde bucal. O poder para estabelecer diferenças entre os domínios do estudo com a amostra do SBBrasil 2010 é bastante limitado. CONCLUSÕES: Não foi possível analisar a tendência da fluorose dentária no Brasil com base nos estudos de 2003 e 2010; esses dados são apenas indicadores exploratórios da prevalência de fluorose. A comparação fica impossibilitada pelo fato de terem sido utilizados modelos de análise diferentes nos dois inquéritos. A investigação da fluorose dentária em inquéritos de base populacional não é viável técnica nem economicamente, a realização de estudos epidemiológicos localizados com plano amostral é mais adequada.
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OBJETIVO: Analisar a tendência de prevalência de fluorose dentária em crianças de 12 anos em contexto de exposição a múltiplas fontes de flúor. MÉTODOS: Realizou-se análise de tendência da prevalência de fluorose dentária no período de 1998 a 2010 na cidade de São Paulo, SP. As prevalências foram calculadas para diferentes anos (1998, 2002, 2008 e 2010), a partir de dados secundários obtidos em levantamentos epidemiológicos com amostras representativas da população de 12 anos de idade. A ocorrência de fluorose foi avaliada sob luz natural utilizando o índice de Dean, preconizado pela Organização Mundial da Saúde e categorizada em normal, questionável, muito leve, leve, moderada e severa. Em 1998 foram examinadas 125 crianças; 249 em 2002; 4.085 em 2008; e 231 em 2010. RESULTADOS: Em 1998 a prevalência de fluorose foi de 43,8% (IC95%35,6;52,8), em 2002 de 33,7% (IC95% 28,2;39,8), de 40,3% (IC95% 38,8;41,8) em 2008 e de 38,1% (IC95% 32,1;44,5) em 2010. As categorias muito leve + leve registraram 38,4% (IC95%30,3;47,6) em 1998, 32,1% (IC95% 26,6;38,2) em 2002, 38,0% (IC95% 36,5;39,5) em 2008 e 36,4% (IC95%30,4;42,7) em 2010. Não se observou fluorose severa com significância estatística. CONCLUSÕES: A prevalência de fluorose dentária em crianças paulistanas pode ser classificada como estacionária no período de 1998 a 2010, tanto em geral quanto ao se considerarem apenas as categorias muito leve + leve.
Resumo:
O objetivo deste estudo foi determinar a freqüência e severidade da fluorose dentária em escolares de 5 a 12 e de 15 anos de idade da cidade de Marinópolis, São Paulo, Brasil, com o propósito de se obter um banco de dados-base inicial para o monitoramento da fluorose dentária nesta população. Foram envolvidos todos os escolares de ambos os sexos, nas idades citadas, matriculados nas instituições de ensino da referida cidade e tendo como pré-requisito a condição de residirem em Marinópolis desde o nascimento, totalizando 320 escolares. Os exames foram realizados por um examinador previamente calibrado para a aplicação do Índice de Dean. de acordo com os resultados, a prevalência de fluorose dentária no grupo estudado foi de 17,2%; no entanto, considerando apenas os graus de fluorose que determinam comprometimento estético (leve, moderado e severo), o percentual foi de 7,19%. O grau predominante foi o muito leve (10,0%) seguido pelos graus leve (5,3%), moderado (1,3%) e severo (0,6%). Conclui-se que a fluorose dentária na população estudada não se constitui em problema de amplas dimensões; estudos posteriores, contudo, são necessários, a fim de identificar as causas da presença de casos de fluorose moderada e severa.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Pós-graduação em Odontologia Preventiva e Social - FOA
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Pós-graduação em Ciência Odontólogica - FOA
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
OBJETIVO: Analizar limitaciones del estudio de fluorosis dentaria en pesquisas transversales. MÉTODOS: Se utilizaron datos de estudios de de Condiciones de Salud Bucal de la Población Brasileña (SBBrasil 2003) y de la Investigación Nacional de la Salud Bucal (SBBrasil 2010). La estimativa de tendencia epidemiológica de la fluorosis en la población de 12 años, aspectos de la confiabilidad de los datos, así como la precisión de las estimativas, fueron evaluadas en estas dos investigaciones. La distribución de la prevalencia de la fluorosis fue hecha de acuerdo con los dominios de estudio (capitales y regiones) y el año estudiado. Se expresaron también los intervalos de confianza (IC95%) para la prevalencia simple (sin considerar las fases de la gravedad). RESULTADOS: La prevalencia de la fluorosis dentaria presentó una variación considerable, de 0 a 61% en 2003 y de 0 a 59% en 2010. Se observaron inconsistencias en los datos en términos individuales (por año y por dominio) y en el comportamiento de la tendencia. Considerando la expectativa de prevalencia y los datos disponibles en las dos investigaciones, el tamaño mínimo de la muestra debería ser de 1.500 individuos para obtener intervalos de 3,4% y 6,6% de confianza, considerando un coeficiente de variación mínimo de 15%. Dada la subjetividad en la naturaleza de su clasificación, exámenes de fluorosis dentaria pueden presentar más variación de los realizados para otras condiciones de salud bucal. El poder para establecer diferencias entre los dominios del estudio con la muestra de SBBrasil 2010 es bastante limitado. CONCLUSIONES: No fue posible analizar la tendencia de la fluorosis dentaria en Brasil con base en los estudios de 2003 y 2010; esos datos son sólo indicadores exploratorios de la prevalencia de la fluorosis. La comparación se hace imposible por el hecho de haber sido utilizado modelos de análisis diferentes en las dos pesquisas. La investigación de la fluorosis dentaria en pesquisas de base poblacional no es viable técnica y económicamente, la realización de estudios epidemiológicos localizados con plan de muestreo es más adecuada.
Resumo:
A fluorose dentária origina-se da exposição do germe dentário, durante o seu processo de formação, a altas concentrações do íon flúor. Este trabalho teve como objetivo fazer uma revisão da literatura narrativa sobre os estudos da fluorose dentária na década de 2001 a 2010. Foi feita uma pesquisa na base de dados da Biblioteca Brasileira de Odontologia (BBO) e em livros textos da área de cariologia, usando as palavras-chave: fluorose dentária, microabrasão de esmalte, epidemiologia, intoxicação por flúor, abastecimento de água, percepção visual, tratamentos de fluorose dentária. A ação dos fluoretos é basicamente dose dependente. A exposição adequada a fluoretos ajuda no controle da cárie dentária. Uma dose muito alta pode causar pigmentação marrom, com manchas brancas e hipomineralização superficial, em dentes homólogos, até o ponto em que o esmalte se torna muito poroso e altamente manchado. Além da dosagem de flúor, outros fatores interferem na severidade da doença: baixo peso corporal, taxa de crescimento esquelético e períodos de remodelamento ósseo constituem-se fases de maior absorção do flúor; estado nutricional, altitude e alterações da atividade renal e da homeostase do cálcio também são fatores relevantes. A observação das características clínicas com finalidades de diagnóstico deve ser realizada com boa iluminação, após profilaxia e secagem prévia dos dentes, e um dos fatores para diferenciar o diagnóstico de fluorose e defeitos de esmalte é observar se as alterações estão em dentes homólogos. A forma mais comum de fluorose é a leve. Observa-se, entretanto, que a proporção de indivíduos que apresentam as formas moderada e severa ainda é pequena, mas existe um aumento significativo nos locais onde a fluorose é endêmica e isto se deve à alta concentração do fluoreto nas fontes naturais de água. A fluoretação da água é importante medida preventiva para o declínio da prevalência de cárie dentária, mas, deve ser monitorada, a fim de que o teor de flúor seja mantido dentro dos padrões adequados para o controle da cárie e prevenção da fluorose dentária. A literatura relata várias formas de tratamento clínico do esmalte comprometido por fluorose, entre eles, técnicas mais invasivas, como coroas protéticas e facetas estéticas, e menos invasivas, como as técnicas de clareamento dental e microabrasão de esmalte, a qual não causa nenhum desconforto trans e pós-operatório aos pacientes a ela submetida. Nos casos de fluorose leve, que são as formas mais prevalentes, o tratamento mais indicado é a combinação das técnicas de microabrasão de esmalte e clareamento dental, por serem considerados os tratamentos menos invasivos já fundamentados na literatura para a diminuição dos efeitos da fluorose, podendo promover um maior benefício ao paciente quando utilizados em conjunto.
Resumo:
A fluorose dentária origina-se da exposição do germe dentário, durante o seu processo de formação, a altas concentrações do íon flúor. Este trabalho tem como objetivo avaliar a prevalência e a severidade do índice de fluorose dentária nos alunos da localidade do Amargoso, no município de Verdelândia-MG. Foi realizado um estudo epidemiológico transversal e controlado em 52 crianças de 07 a 12 anos de idade, de ambos os sexos, na Escola Jornalista Bicalho Brandão, na localidade do Amargoso, matriculados regularmente. Posteriormente, foi elaborado um plano de ação para enfrentamento do problema da fluorose no local. A fluoretação da água é uma importante medida preventiva para o declínio da prevalência de cárie dentária, mas, deve ser monitorada, a fim de que o teor de flúor seja mantido dentro dos padrões adequados para o controle da cárie e prevenção da fluorose dentária. As altas prevalências de fluorose dentária estão presentes onde existem fontes naturais com alto teor de flúor ou ingestão de múltiplas fontes desse íon. O tratamento mais indicado é a combinação das técnicas de microabrasão de esmalte e clareamento dental, sendo menos invasivos para a diminuição dos efeitos da fluorose dentária, e quando em conjunto promovem maior benefício ao paciente.
Resumo:
A atenção à saúde bucal, é constituída por um conjunto de ações, que incluindo a assistência odontológica não se esgota nela. Tais ações podem ser desencadeadas e coordenadas fora do setor de saúde, envolvendo profissionais de várias áreas (saneamento básico, renda, lazer, difusão de informações, ações educativas, orientações, controle de placa). A exposição frequente ao flúor associada a modificações na ingestão de carboidratos fermentáveis, maior acesso aos serviços odontológicos e ampliação da educação em saúde bucal são fatores responsáveis pelo declínio na prevalência e severidade da cárie dentária, o qual tem sido observado em países desenvolvidos. Neste contexto o objetivo deste estudo foi demonstrar por meio de uma revisão literária a importância do conhecimento da fluorose na atualidade, bem como suas causas e conseqüências. Pode-se concluir que o uso inadequado e a ingestão excessiva de flúor pelas crianças de pouca idade indicam a necessidade de projetos educacionais para a população, com o objetivo de reduzir o potencial de risco de fluorose dental