982 resultados para Filosofia inglesa Séc. XVIII
Resumo:
No sistema de Berkeley chamado de imaterialismo a substncia material negada, existindo apenas dois tipos de entes: aqueles que percebem (os espritos) e aqueles que so percebidos (as ideias). Os objetos sensveis no possuem qualquer existncia alm daquela que lhes atribuda pelo ato da percepo. Assim, diz o autor, ser ser percebido (esse est percipi), e tudo o que se conhece so as qualidades reveladas durante o processo de percepo sensvel. No entanto, tal afirmao parece nos conduzir para uma forma bastante particular do relativismo, um subjetivismo individualista, que implica grandes problemas. Em suas duas obras mais importantes: Tratado sobre os princpios do conhecimento humano e Trs dilogos entre Hylas e Philonous, Berkeley faz vrias aluses relatividade das qualidades sensveis. Com efeito, as qualidades percebidas de cada objeto so diferentes, segundo os indivduos. Entretanto, a opinio dos comentadores sobre a relevncia que Berkeley atribui a tais referncias relativistas divergente. O objetivo do presente trabalho , ento, tentar apresentar uma possvel soluo para o problema das referncias relativistas no imaterialismo de Berkeley. Pretendemos investigar ao longo dos quatro captulos que se seguem, cada um abordando um aspecto relevante acerca da relao entre o relativismo e a teoria de Berkeley, como pode ser possvel que o filsofo concilie as duas posies, conservando intacta a possibilidade de conhecimento objetivo do mundo, e a sintonia que alega manter com o senso comum.
O governo protetor: a representao do poder poltico em cerimoniais rgios portugueses (séc. XVIII-XIX)
Resumo:
Ao inventariarmos as grandes celebraes da monarquia portuguesa, encontraremos algumas que so cerimoniais eminentemente religiosos. Dentre eles, h a procisso do Anjo da Guarda do Reino de Portugal (no terceiro domingo de julho), instituda no século XVI como celebrao da realeza, das quais toda a Corte participava e eram realizadas por todo o reino portugus. Tambm as aclamaes de Da. Maria I (1777) e D. Joo VI (1818) utilizam elementos de carter religioso (smbolos e idias). Estas celebraes colocam-nos a hiptese de uma srie de articulaes entre os procedimentos religiosos e o poder real. em funo do exame daquelas procisses e destes cerimoniais, procuramos esboar uma imagem do rei portugus: um rei-protetor, detentor de um poder de salvao.
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Na sequncia de trabalhos anteriores, analisam-se aqui algumas das reflexes de natureza fontico-fonolgica presentes na obra de Francisco Jos Freire, Reflexes sobre a lngua portuguesa, avaliando a sua contribuio para o conhecimento da lngua portuguesa no séc. XVIII.
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O presente trabalho uma abordagem terica e interpretativa msica para traverso de Antnio Rodil (c.1730-1787), Pedro Avondano (1714-1782) e dos irmos Pla. A interao entre as duas componentes do discurso so fundamentos essenciais para uma global compreenso das obras, sendo por sua vez, foco central no tratamento do estilo galante ibrico. A dissertao esta dividida em 5 captulos; 1. contextualizao da prtica musical em Portugal na segunda metade do séc. XVIII; 2. o percurso artstico do flautista Antnio Rodil (c.1730-1787); 3. a msica de cmara de Pedro Avondano (1714-1782) e a primeira obra conhecida para o traverso em Portugal A Collection ofLisbon Minuets for two Violins or two German flutes and bass (1766); 4. o traverso na obra dos irmos PLA; 5. reflexes em torno das questes interpretativas.
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A presente dissertao tem como objetivo mostrar como a literatura gtica pode ser atemporal, subvertendo as mentes e conceitos de seus leitores. Partindo do contexto histrico e cultural em que The Monk se inseriu, esse trabalho visa levantar as questes e elementos to fortemente reprimidos em nossa sociedade desde o final do século XVIII, como as idias de mal, abjeo e expresso do eu, em um dilogo permanente com a teoria de Michel Foucault, David Punter, Julia Kristeva, entre outros. Desta forma, a anlise do romance se d paralelamente a uma crtica social, visto que a obra gtica tem por um de seus fins denunciar e deslocar a realidade social. Em ltima instncia, ser feita a anlise algumas personagens do romance e sua respectiva importncia na obra
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Ps-graduao em Filosofia - FFC
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Na primeira metade do século XVIII, duas revoltas sacudiram as capitanias do Par e do Maranho. A primeira delas teve como protagonista o procurador das cmaras de So Lus e Belm, Paulo da Silva Nunes que, no espao de quinze anos, acumulando documentos e renovando queixas apresentou um dos mais contundentes esboos de acusaes contra os jesutas, documento esse mais tarde utilizado por Pombal em sua campanha contra os regulares da Companhia. Nessa revolta, discutia-se a legalidade das formas de cativeiros dos ndios e o poder temporal dos aldeamentos indgenas por parte dos padres da Companhia, o que dificultava o acesso dos moradores mo-de-obra escrava. A segunda revolta teve como principal arquiteto um morador da cidade de So Lus chamado Gregrio de Andrade da Fonseca, que se rebelou contra alguns representantes da administrao local, especialmente os da Ouvidoria, que se opuseram aos privilgios que ele havia obtido graas s redes de clientela constitudas na regio. Essas revoltas possuem importncia capital por apresentar uma srie de elementos da cultura poltica que caracterizava as relaes entre os habitantes do Estado do Maranho com os segmentos estabelecidos na Corte.
Cruentas guerras: ndios e portugueses nos sertes do Maranho e Piau (primeira metade do século XVIII)
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As capitanias do Maranho e do Piau foram palco de muitas guerras entre lusobrasileiros e ndios na primeira metade do século XVIII. Esta dissertao trata desses conflitos que aconteceram durante a expanso portuguesa nessa regio. A pesquisa procura analisar como o espao das capitanias do Maranho e Piau descrito nos relatos que tratam sobre as guerras, bem como a maneira pela qual as tropas contriburam para alterao na paisagem da regio. A dissertao reflete tambm sobre a composio dos espaos indgenas na paisagem colonial e as relaes que os grupos indgenas mantinham entre eles e com os luso-brasileiros. Outra discusso feita pela dissertao trata da maneira pela qual as guerras faziam parte das relaes de poder existentes no Estado do Maranho e Gro-Par e como a realizao delas dependia de interesses particulares.
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O objetivo deste trabalho discutir sobre o processo de militarizao da capitania do Gro-Par na primeira metade do século XVIII. Trata-se das polticas de defesa engendradas pela Coroa portuguesa para essa regio. Para a anlise utilizamos como objeto de estudo a tropa paga por ser esta a fora militar profissional na colnia, e ainda a responsvel por empreender aes de guerra e guarnio. Nesse sentido, este estudo procura desenvolver e discutir questes como: a representao das companhias pagas nas diversas correspondncias entre a colnia e o reino, e a partir disso perceber o estado militar da capitania; a composio da tropa por meio da anlise do recrutamento compulsrio e de seus mltiplos significados para os soldados e para a regio; e a mobilizao dessa fora de defesa atravs do mapeamento do destacamento de soldados e da movimentao de tropas no Gro-Par. Trata-se ainda, da implicao dessa mobilizao na famlia do recrutado.
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A maior parte dos estudiosos da obra de Verney destacam no domnio da filosofia natural a sua defesa do experimentalismo e a adopo, dentro do eclectismo filosfico, de uma postura de adeso ao newtonianismo. Nas linhas que se seguem propomo-nos aprofundar a matriz newtoniana do pensamento de Verney ao nvel das fontes (autores e livros) mencionados no Verdadeiro Mtodo de Estudar, em particular na sua Carta X. Analisa-se as suas referncias aos Principia de Newton bem como ao Clculo Integral e Diferencial com a citao de Leibniz, os irmos Bernoulli e o Marqus de l Hpital e outros matemticos contemporneos. Assinala-se a ausncia de qualquer aluso segunda grande obra de Newton, a ptica. Por ltimo, discute-se a incluso sistemtica de autores e obras italianas, menos conhecidos da Europa culta da poca, que parece terem sido importantes na formao moderna do jovem Verney radicado em Roma.
Resumo:
A dissertao busca demonstrar como o final do século XVIII portugus foi marcado por tentativas de estabelecimento de programas de reformas pautadas em estratgias reformistas, no sentido de salvar Portugal da difcil situao social, poltica econmica em que o mesmo se encontrava. Nesse sentido, destaca a administrao de D. Rodrigo de Souza Coutinho, ministro da marinha e do ultramar e terico da Ilustrao luso-brasileira, que teve como proposta manter e explorar a Amrica portuguesa, baseado no mercantilismo ilustrado. A dissertao destaca, ainda, o papel da Academia Real das Cincias de Lisboa, reduto da intelectualidade luso-brasileira, cujo auxlio permitiu que fosse colocada em prtica uma explorao renovada e til das riquezas do Brasil, calcada no ideal de reforma das Luzes.
Resumo:
A presente dissertao tem como objetivo analisar de que forma a educao oferecida a mulheres do final do século XVIII e incio do século XIX pode ter contribudo para a composio de personagens femininas nos romances Razo e sensibilidade (1811) e Orgulho e preconceito (1813), da escritora britnica Jane Austen (1775 1817). O presente trabalho apresenta o pensamento de importantes nomes da literatura, da crtica e teoria literrias, como tambm da histria, como suporte no mapeamento no apenas do que era discutido a respeito do momento e do lugar em que Jane Austen e os romances aqui em tela se inserem, mas principalmente acerca da educao feminina
Resumo:
Ao contrrio do perodo precedente de criao da chamada cincia moderna, o século XVIII parece no desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento da fsica. Na viso de muitos autores, o século das luzes considerado como uma fase de organizao da mecnica que teve seu coroamento com as obras de Lagrange, imediatamente precedidas por Euler e dAlembert. Muitos autores afirmam que na formulao da mecnica racional houve uma eliminao gradual da metafsica e tambm da teologia e que o surgimento da fsica moderna veio acompanhado por uma rejeio da metafsica aristotlica da substncia e qualidade, forma e matria, potncia e ato. O ponto central da tese mostrar que, no século XVIII, houve uma preocupao e um grande esforo de alguns filsofos naturais que participaram da formao da mecnica, em determinar como seria possvel descrever fenmenos atravs da matemtica. De uma forma geral, a filosofia mecanicista exigia que as mudanas observadas no mundo natural fossem explicadas apenas em termos de movimento e de rearranjos das partculas da matria, uma vez que os predecessores dos filsofos iluministas conseguiram, em parte, eliminar da filosofia natural o conceito de causas finais e a maior parte dos conceitos aristotlicos de forma e substncia, por exemplo. Porm, os filsofos mecanicistas divergiam sobre as causas do movimento. O que faria um corpo se mover? Uma fora externa? Uma fora interna? Fora nenhuma? Todas essas posies tinham seus adeptos e todas sugeriam reflexes filosficas que ultrapassavam os limites das cincias da natureza. Mais ainda: conceitos como espao, tempo, fora, massa e inrcia, por exemplo, so conceitos imprescindveis da mecnica que representam uma realidade. Mas como a manifestao dessa realidade se torna possvel? Como foram definidos esses conceitos? Embora no percebamos explicitamente uma discusso filosfica em muitos livros que versam sobre a mecnica, atitudes implcitas dessa natureza so evidentes no tratamento das questes tais como a ambio universalidade e a aplicao da matemtica. Galileu teve suas motivaes e suas razes para afirmar que o livro da natureza est escrito em liguagem matemtica. No entanto, embora a matemtica tenha se tornado a linguagem da fsica, mostramos com esta tese que a segunda no se reduz primeira. Podemos, luz desta pesquisa, falarmos de uma mecnica racional no sentido de ser ela proposta pela razo para organizar e melhor estruturar dados observveis obtidos atravs da experimentao. Porm, mostramos que essa cincia no foi, como os filsofos naturais pretendiam que assim fosse, obtidas sem hipteses e convenes subjetivas. Por detrs de uma representao explicativa e descritiva dos fenmenos da natureza e de uma consistncia interna de seus prprios contedos confirmados atravs da matemtica, verificamos a presena da metafsica.