900 resultados para Fibrose pulmonar Teses
Resumo:
A fibrose pulmonar uma doena pulmonar crnica caracterizada pelo acmulo excessivo de matriz extracelular (MEC) e um remodelamento na arquitetura pulmonar. Embora j se saiba da participao do estresse oxidativo e da inflamao na fibrose de forma isolada, importante observar como se comporta o estresse oxidativo na fibrose quando esta ocorre associada a uma doena de base. O presente estudo teve como objetivo investigar o perfil inflamatrio e oxidativo na fibrose pulmonar associado ao enfisema pulmonar prvio. Camundongos C57BL/6 foram divididos em trs grupos: grupo controle (n=5) que receberam salina intranasal (50 l) e foram sacrificados no 21 dia; grupo bleomicina (BLEO) (n=15) que receberam bleomicina intratraqueal (0.1 U/animal) no dia 0 e foram sacrificados nos 7 (n=5), 14 (n=5) e 21 (n=5) dias e grupo PPE (elastase) + BLEO (n=21) que receberam elastase (3U/animal) e aps 14 dias receberam bleomicina e foram sacrificados nos 14(n=7), 21 (n=7), 28 (n=7) e 35 (n=7) dias. Foram realizadas anlises histolgicas atravs de H&E e picro-sirius; anlises bioqumicas para superxido dismutase (SOD), catalase (CAT), glutationa peroxidase (GPx) e glutationa-S-transferase (GST) e ELISA para Interleucina (IL)-1β e IL-6. A fibrose pulmonar ocorreu a partir do 14 dia (p<0.001) e o enfisema concomitante a fibrose pulmonar a partir do 28 dia (p<0.001) e um aumento de fibras colgenas no grupo BLEO 21(p<0.001) e PPE + BLEO 21(p<0.001). As enzimas antioxidantes CAT (p<0.01), SOD (p<0.01) e GPx (p<0.01) reduziram e a GST aumentou no grupo BLEO 21 dias (p<0.05). No grupo PPE + BLEO 21 dias houve reduo das enzimas antioxidantes CAT, SOD, GPx (p<0.05) e GST. Os nveis de xido foram altos nos grupos BLEO 21 dias (p<0.01) e PPE + BLEO 21 dias (p<0.01). A IL-1β mostrou-se elevada no grupo BLEO 7 dias quando comparado ao controle (p<0.001) e ao grupo PPE + BLEO 7 dias (p<0.01). Conclumos que a resposta inflamatria inibiu a ao do sistema antioxidante contribuindo para o agravamento da leso. Isso sugere que terapias anti-inflamatrias podem contribuir tanto para reduo da resposta inflamatria quanto de forma indireta no sistema antioxidante.
Influncia do equilbrio redox na resistncia a fibrose pulmonar induzida por bleomicina em camundongos
Resumo:
O desenvolvimento de fibrose pulmonar (FP) induzida por bleomicina tem sido associado com as caractersticas genticas e estresse oxidativo. Nosso objetivo foi investigar a influncia do equilbrio redox sobre a resistncia a fibrose pulmonar induzida por bleomicina em diferentes linhagens de camundongos. Uma nica dose de bleomicina (0,1 U/camundongo) ou salina (50 mL) foi administrada por via intratraqueal (i.t.) em camundongos C57BL/6, DBA/2 e camundongos BALB/c. Vinte e um dias aps a administrao de bleomicina, a taxa de mortalidade foi acima de 50% em camundongos C57BL/6 e 20% em DBA/2, enquanto no foi observada em BALB/c. Houve um aumento na elastncia (p<0.001), ΔP2 (p<0.05), ΔPtot (p<0.01) e DE,l (p<0.05) em camundongos C57BL/6. O volume dos septos aumentaram em camundongos C57BL/6 (p<0.05) e DBA/2 (p<0.001). Os nveis de INF-γ foram reduzidas em camundongos C57BL/6 (p<0.01). Nveis OH-prolina foram aumentados em camundongos C57BL/6 e DBA/2 (p<0.05). Atividade e expresso de SOD foram reduzidas em camundongos C57BL/6 e DBA/2 (p<0.001 e p<0.001, respectivamente), enquanto que a atividade de CAT reduziu em todas as linhagens (C57BL/6: p<0.05; DBA/2: p<0.01, BALB/c: p<0.01). A atividade da GPx e expresso GPx 1/2 diminuiram em camundongos C57BL/6 (p<0.001). Ns conclumos que a resistncia da FP pode tambm estar relacionada com a atividade e expresso de SOD em camundongos BALB/c
Resumo:
A interleucina 13 (IL-13) tem sido apontada como um dos principais mediadores em processos de ativao de fibroblastos e induo de fibrose pulmonar, sendo, portanto, considerada como um alvo teraputico importante. A silicose uma doena pulmonar inflamatria crnica, de carter ocupacional, caracterizada por uma intensa resposta fibrtica e granulomatosa. Com base nestas observaes, tivemos por objetivo investigar o potencial efeito da administrao da imunotoxina IL-13-PE38QQR (IL-13PE) sobre o modelo de silicose em camundongos. Camundongos Swiss-Webster foram anestesiados e instilados intranasalmente com partculas de slica (10 mg), sendo a administrao da IL-13PE (200ng/dia) realizada por via intranasal, uma vez ao dia em dias alternados no perodo entre 21 a 27 dias aps a provocao. Analisamos o componente inflamatrio, a deposio de colgeno e a rea de granuloma avaliados atravs de tcnicas clssicas de histologia, incluindo colorao com H&E e Picrus-sirius, ou ainda a quantificao do contedo de colgeno por Sircol. Os componentes de matriz extracelular fibronectina e laminina foram avaliados atravs de imunohistoqumica. Citocinas e quimiocinas foram quantificadas por sistema de ELISA. As medidas de funo pulmonar e resposta de hiperreatividade foram realizadas atravs do sistema de pletismografia de corpo inteiro invasiva. Verificamos que o tratamento curativo com a IL-13PE inibiu de forma acentuada o comprometimento da funo pulmonar nos camundongos silicticos, incluindo tanto aumento da resistncia como da elastncia, assim como a resposta de hiperratividade das vias areas ao agente broncoconstrictor metacolina. De forma coerente, os animais silicticos quando submetidos ao tratamento com IL-13PE apresentaram marcada reduo do componente inflamatrio pulmonar e da resposta fibrtica, atestado pela diminuio na produo de colgeno, laminina e fibronectina e reduo importante da rea de granuloma. De forma semelhante, as citocinas (TNF-α e TGF-) e quimiocinas (MIP-1α, MIP-2, TARC, IP-10, MDC) detectadas em quantidade aumentada no pulmo de animais silicticos foram reduzidas pelo tratamento com a IL-13PE. Em concluso, nossos resultados mostram que a administrao curativa da IL-13PE foi capaz de inibir os componentes inflamatrios e fibrticos da fase crnica do quadro silictico em camundongos, o que se refletiu de forma clara na melhora da funo pulmonar. Em conjunto, nossos achados indicam que a utilizao da IL13PE parece constituir uma abordagem teraputica extremamente promissora para aplicao em casos de doenas crnicas de natureza fibrtica como a silicose.
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Resumo no disponvel
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A infeco pulmonar de etiologia bacteriana um dos principais problemas que levam a morbi-mortalidade na fibrose cstica (FC). Staphylococcus aureus se destaca como um dos micro-organismos mais frequentes e com um agravante para a teraputica quando se apresentam resistentes oxacilina (MRSA). Amostras MRSA podem ser classificadas tanto genotipicamente quanto fenotipicamente em MRSA adquiridas na comunidade (CA-MRSA) ou adquiridas no hospital (HA-MRSA). Fenotipicamente, essa classificao muito controversa, podendo se basear em critrios epidemiolgicos ou ainda pelo perfil de susceptibilidade aos antimicrobianos. Por outro lado, a classificao genotpica consiste na determinao dos cassetes cromossmicos (SCCmec), local de insero do gene mecA (que confere resistncia a meticilina). Atualmente so reconhecidos 11 tipos de SCCmec, sendo os de tipo I ao III e VIII relacionados ao gentipo HA-MRSA e IV ao XI ao gentipo CA-MRSA. Classicamente CA-MRSA capaz de produzir a toxina Panton-Valentine leukocidin (PVL), codificada pelos genes luk-S e luk-F que est associada pneumonia necrotizante e infeces de tecidos moles em pacientes com FC com quadros de exacerbao pulmonar. No Brasil, raros so os trabalhos envolvendo caracterizao de SCCmec em amostras de pacientes com FC. Diante disso, este estudo teve como objetivo principal a caracterizao dos tipos de SCCmec e ainda a determinao do perfil de susceptibilidade a antimicrobianos em uma populao de MRSA recuperada de pacientes com FC assistidos em dois centros de tratamento no Rio de Janeiro, Hospital Universitrio Pedro Ernesto (HUPE) e Instituto Fernandes Figueira (IFF). Foram estudadas 108 amostras de MRSA isoladas do perodo de 2008 a 2010, sendo 94 oriundas de 28 pacientes adultos atendidos no IFF e 14 de 2 pacientes adultos atendidos no HUPE. Foram encontradas altas taxas de resistncia para os antimicrobianos oxacilina, cefoxitina e eritromicina. Todas as amostras foram sensveis vancomicina e a linezolida quando determinada as Concentraes Inibitrias Mnimas (CIM). Atravs da tcnica de PCR foi possvel a tipificao dos SCCmec em 82,4% das amostras, sendo 64% destas compatveis ao gentipo CA-MRSA. No houve diferena estatstica nas taxas de susceptibilidade aos antimicrobianos entre as amostras CA-MRSA e HA-MRSA. Foram encontrados os SCCmec dos tipos I, III, IV e V, sendo os tipos I e IV os mais frequentes. O gene que codifica a toxina PVL foi encontrado em 34,2% das amostras e foi observado em amostras CA-MRSA e HA-MRSA. Nosso estudo se destaca por apresentar um alto percentual de amostras CA-MRSA e ainda por ser o primeiro do pas a detectar a presena do gene que codifica a toxina PVL em pacientes com FC. Alm disso, de forma indita na literatura, encontramos o gene luk-S, em amostras classificadas como HA-MRSA em pacientes com FC. Os poucos estudos nacionais, bem como as diferenas encontradas entre trabalhos, refletem a necessidade de conhecimento mais aprimorado do MRSA envolvido nas infeces pulmonares dos pacientes com FC.
Resumo:
Silicose uma doena pulmonar causada pela inalao de partculas de slica, na qual vrios so os mediadores inflamatrios implicados. Neste estudo investigamos o envolvimento do xido ntrico (NO) nas alteraes de funo pulmonar e hiper-reatividade das vias areas, em camundongos estimulados com slica por via intranasal. Foram analisados parmetros como i) funo pulmonar (resistncia e elastncia) e hiper-reatividade das vias areas ao aerossol com metacolina (3 27 mg/mL) atravs de sistema de pletismografia invasiva, e ii) alteraes morfolgicas, mediante tcnicas clssicas de histologia e imuno-histoqumica. Verificamos que a instilao de partculas de slica (10 mg) causou aumento nos nveis basais de resistncia e elastncia pulmonar, bem como de hiper-reatividade das vias areas metacolina, em tempos que variaram de 2 a 28 dias. Observamos uma correlao temporal com as alteraes morfolgicas no tecido pulmonar, que refletiram presena de resposta inflamatria e infiltrado celular intenso, seguidos de progressiva fibrose e formao de granulomas. Os tempos de 7 e 28 dias ps-estimulao com slica foram selecionados para os ensaios subsequentes, por corresponderem s fases aguda e crnica da silicose experimental, respectivamente. Foram detectados nveis elevados de xido ntrico (NO), bem como de peroxinitrito/expresso da enzima iNOS no lavado broncoalveolar e no tecido pulmonar de camundongos estimulados com slica, respectivamente. Em outro grupo de experimentos, observamos que camundongos depletados para o gene codificante para a enzima NOS induzida (iNOS) apresentaram abolidas as respostas de aumento nos nveis basais de resistncia e elastncia pulmonares, bem como da hiper-reatividade das vias areas metacolina em comparao aos animais selvagens (C57BL/6). A inibio da resposta inflamatria e fibrtica granulomatosa foi tambm notada no caso dos animais nocautes para iNOS. O tratamento com 1400W, um inibidor da enzima iNOS, diminui de forma marcada as alteraes de funo pulmonar e fibrose tecidual verificadas nos camundongos silicticos. Em concluso, nossos resultados mostram que o comprometimento da funo pulmonar, representado pelo aumento na resistncia/elastncia e hiper-reatividade das vias areas, mostraram-se correlacionados maior gerao de NO e de peroxinitrito, assim como da expresso da enzima iNOS. A depleo do gene codificante ou, ainda, o bloqueio da enzima iNOS aboliram a resposta de comprometimento da funo pulmonar e fibrose tecidual na silicose experimental. Em conjunto estes achados indicam que o NO parece ser um mediador importante no contexto da silicose, colocando-se como um alvo teraputico em potencial no tratamento de doenas de carter fibrtico.
Resumo:
Staphylococcus aureus resistente meticilina (MRSA) um importante patgeno pulmonar em pacientes com fibrose cstica (FC). Caracteriza-se pela resistncia a todos os β-lactmicos, devido a presena do elemento gentico mvel SCCmec o qual abriga o gene mecA. Alm disso, reconhecido por vrios fatores de virulncia o qual destacamos a toxina Panton-Valentine Leukocidin (PVL), uma citolisina formadora de poros na clula hospedeira, e por apresentar diversos clones epidmicos envolvidos em surtos hospitalares. O objetivo desse estudo foi caracterizar a epidemiologia de MRSA, isolados de pacientes com FC referente a dois centros de referncia no Rio de Janeiro a partir da aplicao de tcnicas fenotpicas e genotpicas. Um total de 57 amostras de MRSA foi submetido ao teste de difuso em gar para 11 antimicrobianos a fim de avaliar perfil de resistncia, com aplicao da tcnica da PCR foi tipificado o SCCmec e investigado a presena do gene LukS-PV responsvel pela codificao da toxina PVL com intuito de estabelecer uma melhor caracterizao epidemiolgica dos clones identificados pela tcnica do MLST (Multilocus Sequence Typing). Os antimicrobianos no β-lactmicos apresentaram um percentual de resistncia abaixo de 50%, em que destacamos a eritromicina com o maior percentual 45,6% e quanto ao perfil de resistncia 24,6% foram multirresistentes. Com exceo do SCCmec II, os outros tipos foram encontrados (I, III, IV e V) com os respectivos percentuais de 22,8% (n=13), 7,1% (n=4), 61,4% (n=35) e 3,5% (n=2) e apenas 5,3% (n=3) das amostras no foram caracterizadas, no h dados da prevalncia do SCCmec IV. Vinte (35,1%) amostras apresentaram produtos de amplificao compatvel com a presena do gene lukS, aproximadamente metade dessas amostras (55%) estava correlacionada ao SCCmec IV. Com a anlise do MLST, obtivemos os STs 1 (n=1, 1,7%), 5 (n=28, 49,1%), 30 (n=11, 19,3%), 72 (n=1, 1,7%), 398 (n=1, 1,7%), 1635 (n=7, 12,3%), 1661 (n=2, 3,5%), 239 (n=5, 8,8%), e ainda identificamos um novo ST (2732) presente em 1 amostra. A partir de uma anlise associativa entre o MLST e o SCCmec foi possvel observar a presena de linhagens caractersticas de clones epidmicos, como o UK-EMRSA-3 (ST5, SCCmec I), USA 800/peditrico (ST5, SCCmec IV), Oceania Southwest Pacific Clone - OSPC (ST30, SCCmec IV) e Brazilian Epidemic Clone - BEC (ST239, SCCmec III). Em concluso este estudo o primeiro a caracterizar linhagens epidmicas de MRSA nos centros de atendimento a pacientes com FC no Rio de Janeiro, sendo necessrio um monitoramento constante a fim de evitar a disseminao desses clones.
Resumo:
A mortalidade na Fibrose Cstica (FC) decorrente de infeces pulmonares causadas comumente por: Pseudomonas aeruginosa, Staphylococcus aureus e espcies do Complexo Burkholderia cepacia (CBc). Mais recentemente, tem sido observada a emergncia de BGN-NF raros, como Achromobacter xylosoxidans, porm, sua prevalncia, potencial de transmisso e significado clnico so desconhecidos. O objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrncia de colonizao crnica por A. xylosoxidans e avaliar a possibilidade de transmisso cruzada entre os pacientes acompanhados em dois centros de referncia na cidade do Rio de Janeiro. Foram includos 39 pacientes com FC, com pelo menos uma cultura positiva para o gnero Achromobacter spp., em um total de 897 analisadas, do perodo de janeiro de 2003 a dezembro de 2008. A frequncia de isolamento de Achromobacter spp. nas culturas analisadas foi de 14,5% (130 em 897 culturas). A maioria (n=122; 93,8%) foi identificada como A. xylosoxidans por testes fenotpicos e pelo sequenciamento do gene rrs que codifica o 16S rRNA. A anlise do polimorfismo gentico dos isolados de A. xylosoxidans pela tcnica de PFGE, mostrou 22 grupos clonais. Destes, sete foram compartilhados entre pacientes distintos sugerindo transmisso cruzada. Apenas o clone G foi amplamente disseminado entre 56,4% dos pacientes estudados, sugerindo a possibilidade de um surto. Os 15 clones restantes constituram-se em clones exclusivos por pacientes. Os cinco pacientes colonizados cronicamente por A. xylosoxidans mostraram a prevalncia de clones nicos. At o momento, este o primeiro caso da ocorrncia de surto por A. xylosoxidans em pacientes com Fibrose Cstica. A. xylosoxidans um microrganismo que vem se destacando em frequncia e como um possvel patgeno pulmonar nesses pacientes. Entretanto, at o momento os dados so insuficientes para avaliar a sua contribuio para a evoluo da doena pulmonar. Estudos que busquem elucidar as caractersticas de A. xylosoxidans que o permitem colonizar persistentemente o pulmo dos pacientes com FC, bem como seu potencial de virulncia, so necessrios.
Resumo:
Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq)
Resumo:
O termo silicose refere-se ao processo de fibrose pulmonar causado pela inalao de poeira contendo slica. uma doena ocupacional, incurvel, que se inicia nas vias areas distais e pode progredir independente do trmino da exposio. Os testes de funo pulmonar, apesar de no serem utilizados como ferramenta diagnstica para silicose, so amplamente empregados para acompanhar longitudinalmente esses indivduos. Estudos recentes sugerem que a Tcnicas de Oscilaes Foradas (FOT) pode ser aplicada para deteco de alteraes pulmonares precoces em indivduos com silicose. Contudo, existem poucos estudos descrevendo as alteraes de mecncia respiratria associada com a silicose atravs da FOT. Neste contexto, os objetivos deste estudo so: (1) analisar as alteraes de mecnica respiratria de indivduos portadores de silicose com diferentes graus de obstruo e (2) avaliar a capacidade da FOT em detectar alteraes na funo pulmonar decorrentes da silicose. Trata-se de um estudo transversal controlado com avaliao de casos prevalentes, tendo como unidade de avaliao o indivduo. Os exames realizados incluram medidas de espirometria e FOT. Foi selecionado um total de 67 indivduos, 46 portadores de silicose e 21 sadios, caracterizando o grupo controle. Os indivduos com diagnstico de silicose foram divididos em trs grupos classificados de acordo com o nvel de obstruo sugerido pela espirometria. Essa classificao resultou em trs categorias: Indivduos normais ao exame espiromtrico (NE), n= 12; com distrbio ventilatrio obstrutivo leve (DVOL), n=22; com distrbio ventilatrio obstrutivo moderado ou acentuado (DVOMA), n= 12. Todos os indivduos realizaram exames da FOT para anlise das propriedades resistivas e reativas do sistema respiratrio. Posteriormente aos exames da FOT os indivduos foram submetidos espirometria. Considerando os grupos divididos a partir da espirometria, os parmetros resistivos e reativos e a impedncia do sistema respiratrio em 4Hz (Z4Hz) se modificaram significativamente com a progresso da distrbio obstrutivo. Na anlise do poder diagnstico da FOT os parmetros R0, Rm, Rsr4 e |Z4Hz| mostraram-se precisos para identificar as modificaes de mecnica respiratria em pacientes com silicose apresentando distrbio ventilatrio obstrutivo leve. Para distrbio ventilatrio obstrutivo moderado e acentuado todos os parmetros analisados apresentaram habilidade para identificar essas alteraes. Na anlise entre o grupo controle e normal ao exame, nenhum parmetro da FOT apresentou valor de acurcia adequado para uso clnico. Esses resultados so coerentes com as alteraes fisiopatolgicas relacionadas silicose, confirmando o potencial da FOT na avaliao das modificaes de mecnica respiratria em doentes com silicose.
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O objetivo desta dissertao discutir o lugar que o fazer literrio ocupa no processo de resistncia poderes hegemnicos. Como fontes primrias centrais, foram escolhidos o romance histrico The Farming of Bones (1998) e a narrativa autobiogrfica Brother, Im Dying (2007), ambos escritos pela autora haitiana-americana Edwidge Danticat. Em The Farming of Bones, Danticat reconstri ficcionalmente o trgico e obscuro episdio ocorrido em 1937 quando o ento ditador da Repblica Dominicana, Rafael Trujillo, ordenou o extermnio de todos os haitianos que residiam e trabalhavam em cidades dominicanas prximas fronteira com o Haiti. O silncio por parte dos governos de ambos os pases em torno do massacre ainda perdura. A publicao do romance histrico de Danticat 61 anos aps tal ato de terrorismo de Estado se torna, desta forma, exemplo de como o fazer literrio e o fazer histrico podem fundir-se. Em Brother, Im Dying, Danticat narra a histria da vida e da morte de suas duas figuras paternas, seu pai Andre (Mira) Dantica e seu tio Joseph Dantica (que a criou dos 4 aos 12 anos, no Haiti). Joseph, sobrevivente de um cncer de laringe, foi pastor batista e fundador de uma igreja e uma escola no Haiti. Morreu dois dias depois de pedir asilo poltico nos EUA e ser detido na priso Krome, em Miami. Mira, que migrara no incio da ditadura de Franois Duvalier para os EUA, onde trabalhou como taxista, morreu vtima de fibrose pulmonar poucos meses depois de seu irmo mais velho. Edwidge Danticat recebeu a notcia de que o quadro de seu pai era irreversvel no mesmo dia em que descobriu que est grvida de sua primeira filha. Com uma escrita que abrange tanto a narrativa de si quanto a narrativa do outro, alm das esferas pblicas e privadas, Danticat cria em Brother, Im Dying um locus de fazer auto/biogrfico que dialoga com questes de dispora, identidade cultural e memria. Os ensaios publicados em Create Dangerously (2010) e as vrias entrevistas concedidas por Danticat tambm reforam meu argumento que Edwidge Danticat exerce seu papel de artista engajada atravs de seu fazer principalmente, mas no exclusivamente literrio. Desta forma, a autora constri uma possibilidade de resistncia ao discurso hegemnico que opera tanto em seu pas de origem quanto em seu pas de residncia.
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OBJETIVO: Estudar os padres clnicos, radiolgicos e histopatolgicos da bipsia transbrnquica (BTB) utilizados para a confirmao diagnstica em pacientes com suspeita clinica de doena pulmonar intersticial (DPI) atendidos em um hospital universitrio de nvel tercirio. MTODOS: Os pronturios, laudos radiolgicos e de bipsias transbrnquicas de todos os pacientes com suspeita de DPI submetidos a BTB entre janeiro de 1999 e dezembro de 2006 no Hospital das Clnicas de Botucatu, localizado na cidade de Botucatu (SP), foram revisados. RESULTADOS: Foram includos no estudo 56 pacientes. Desses, 11 (19,6%) apresentaram o diagnstico definitivo de fibrose pulmonar idioptica (FPI), que foi significativamente maior nos casos nos quais DPI era uma possibilidade diagnstica em comparao com aqueles nos quais DPI era a principal suspeita (p = 0,011), demonstrando a contribuio da BTB para a definio diagnstica dessas doenas. O exame histopatolgico dessas bipsias revelou que 27,3% dos pacientes com FPI apresentavam o padro de pneumonia organizante, o que pode sugerir doena mais avanada. O padro histolgico indeterminado foi o mais frequente, refletindo a caracterstica perifrica da FPI. Entretanto, o padro fibrose apresentou alta especificidade e alto valor preditivo negativo. Para os padres sugestivos de FPI em TC, a curva ROC indicou que a melhor relao entre sensibilidade e especificidade ocorreu com a presena de cinco alteraes radiolgicas, sendo o aspecto de favo de mel fortemente sugestivo de FPI (p = 0,01). CONCLUSES: Nas DPIs, a TC de trax deve ser sempre realizada e a BTB usada em situaes individualizadas, conforme a suspeita e distribuio das leses.
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Ps-graduao em Pesquisa e Desenvolvimento (Biotecnologia Mdica) - FMB
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Introduo: O diagnstico microbiolgico da infeco por Legionella complexo, pois a bactria no visualizada colorao de Gram no escarro, e sua cultura no realizada na maioria dos laboratrios clnicos. A imunofluorescncia direta nas secrees respiratrias tem baixa sensibilidade, em torno de 40% e a tcnica da PCR no ainda recomendada para o diagnstico clnico (CDC, 1997). A deteco de anticorpos no soro a tcnica mais utilizada, e o critrio definitivo a soroconverso para no mnimo 1:128, cuja sensibilidade de 70 a 80% (Edelstein, 1993). Como critrios diagnsticos de possvel pneumonia por Legionella, eram utilizados: ttulo nico de anticorpos a L pneumophila positivo na diluio 1:256, em paciente com quadro clnico compatvel (CDC, 1990) e o achado de antgeno a Legionella na urina (WHO, 1990). Nos ltimos anos, porm, com o uso crescente do teste de antigenria, foram detectados casos de pneumonia por Legionella, que no eram diagnosticados por cultura ou sorologia, tornando-o mtodo diagnstico de certeza para o diagnstico de pneumonia por Legionella (CDC, 1997). Por sua fcil execuo, resultado imediato, e alta sensibilidade - de 86% a 98% (Kashuba & Ballow, 1986; Harrison & Doshi, 2001), tem sido recomendado para o diagnstico das PAC que necessitam internao hospitalar (Mulazimoglu & Yu, 2001; Gupta et al., 2001; Marrie, 2001), especialmente em UTI (ATS, 2001). Vrios estudos documentaram baixo valor preditivo positivo do ttulo nico positivo de 1:256, tornando-o sem valor para o diagnstico da pneumonia por Legionella, exceto, talvez, em surtos (Plouffe et al., 1995). Outros detectaram alta prevalncia de anticorpos positivos na diluio 1:256 na populao, em pessoas normais (Wilkinson et al., 1983; Nichol et al., 1991). A partir de 1996, o CDC de Atlanta recomendou que no seja mais utilizado o critrio de caso provvel de infeco por Legionella pneumophila por ttulo nico de fase convalescente 1:256, por falta de especificidade(CDC, 1997). A pneumonia por Legionella raramente diagnosticada, e sua incidncia subestimada. Em estudos de PAC, a incidncia da pneumonia por Legionella nos EUA, Europa, Israel e Austrlia, foi estimada entre 1% a 16% (Muder & Yu, 2000). Nos EUA, foi estimado que cerca de 8 000 a 23 000 casos de PAC por Legionella ocorrem anualmente, em pacientes que requerem hospitalizao (Marston et al., 1994 e 1977). No Brasil, a incidncia de PAC causadas por Legionella em pacientes hospitalizados tema de investigao pertinente, ainda no relatado na literatura. Objetivo: detectar a incidncia de pneumonias causadas por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, em pacientes que internaram no Hospital de Clnicas de Porto Alegre por PAC, por um ano. Material e Mtodos: o delineamento escolhido foi um estudo de coorte (de incidncia), constituda por casos consecutivos de pneumonia adquirida na comunidade que internaram no HCPA de 19 de julho de 2000 a 18 de julho de 2001. Para a identificao dos casos, foram examinados diariamente o registro computadorizado das internaes hospitalares, exceto as internaes da pediatria e da obstetrcia, sendo selecionados todos os pacientes internados com o diagnstico de pneumonia e de insuficincia respiratria aguda. Foram excludos aqueles com menos de 18 anos ou mais de 80 anos; os procedentes de instituies, HIV-positivos, gestantes, pacientes restritos ao leito; e portadores de doena estrutural pulmonar ou traqueostomias. Foram excludos os pacientes que tivessem tido alta hospitalar nos ltimos 15 dias, e aqueles j includos no decorrer do estudo. Os pacientes selecionados foram examinados por um pesquisador, e includos para estudo se apresentassem infiltrado ao RX de trax compatvel com pneumonia, associado a pelo menos um dos sintomas respiratrios maiores (temperatura axilar > 37,8C, tosse ou escarro; ou dois sintomas menores (pleurisia, dispnia, alterao do estado mental, sinais de consolidao ausculta pulmonar, mais de 12 000 leuccitos/mm3). O estudo foi previamente aprovado pela Comisso de tica em Pesquisa do HCPA. Os pacientes eram entrevistados por um pesquisador, dando seu consentimento por escrito, e ento seus dados clnicos e laboratoriais eram registrados em protocolo individual. No houve interferncia do pesquisador, durante a internao, exceto pela coleta de urina e de sangue para exame laboratoriais especficos da pesquisa. Os pacientes eram agendados, no ambulatrio de pesquisa, num prazo de 4 a 12 semanas aps sua incluso no estudo, quando realizavam nova coleta de sangue, RX de trax de controle, e outros exames que se fizessem necessrios para esclarecimento diagnstico.Todos os pacientes foram acompanhados por 1 ano, aps sua incluso no estudo.Foram utilizadas a tcnica de imunofluorescncia indireta para deteco de anticorpos das classes IgG, IgM e IgA a Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6 no soro, em duas amostras, colhidas, respectivamente, na 1 semana de internao e depois de 4 a 12 semanas; e a tcnica imunolgica por teste ELISA para a deteco do antgeno de Legionella pneumophila sorogrupo 1 na urina, colhida na primeira semana de internao. As urinas eram armazenadas, imediatamente aps sua coleta, em freezer a 70C, e depois descongeladas e processadas em grupos de cerca de 20 amostras. A imunofluorescncia foi feita no laboratrio de doenas Infecciosas da Universidade de Louisville (KY, EUA), em amostras de soro da fase aguda e convalescente, a partir da diluio 1:8; e a deteco do antgeno de Legionella pneumophila sorogrupo 1, nas amostras de urina, foi realizada no laboratrio de pesquisa do HCPA, pelos investigadores, utilizando um kit comercial de teste ELISA fabricado por Binax (Binax Legionella Urinary Enzyme Assay, Raritan, EUA). As urinas positivas eram recongeladas novamente, para serem enviadas para confirmao no mesmo laboratrio americano, ao fim do estudo. Foram adotados como critrios definitivos de infeco por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, a soroconverso (elevao de 4 vezes no ttulo de anticorpos sricos entre o soro da fase aguda e da fase convalescente para no mnimo 1:128); ou o achado de antgeno de L pneumophila sorogrupo 1 na urina no concentrada, numa razo superior a 3, conforme instrues do fabricante e da literatura.Os pacientes foram classificados, de acordo com suas caractersticas clnicas, em 1) portadores de doenas crnicas (doenas pulmonares, cardacas, diabete mellitus, hepatopatias e insuficincia renal); 2) portadores de doenas subjacentes com imunossupresso; 3) pacientes hgidos ou com outras doenas que no determinassem insuficincia orgnica. Imunossupresso foi definida como esplenectomia, ser portador de neoplasia hematolgica, portador de doena auto-imune, ou de transplante; ou uso de medicao imunossupressora nas 4 semanas anteriores ao diagnstico (Yu et al., 2002b); ou uso de prednisolona 10 mg/dia ou equivalente nos ltimos 3 meses (Lim et al., 2001). As caractersticas clnicas e laboratoriais dos pacientes que evoluram ao bito por pneumonia foram comparados quelas dos pacientes que obtiveram cura. Para a anlise das variveis categricas, utilizou-se o teste qui-quadrado de Pearson ou teste exato de Fisher. Para as variveis numricas contnuas, utilizou-se o teste t de Student. Um valor de p< 0,05 foi considerado como resultado estatisticamente significativo (programas SPSS, verso 10). Foi calculada a freqncia de mortes por pneumonia na populao estudada, adotando-se a alta hospitalar como critrio de cura. Foi calculada a incidncia cumulativa para pneumonia por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, em um hospital geral, no perodo de 1 ano. Resultados: durante um ano de estudo foram examinados 645 registros de internao, nos quais constavam, como motivo de baixa hospitalar, o diagnstico de pneumonia ou de insuficincia respiratria aguda; a maioria desses diagnsticos iniciais no foram confirmados. Desses 645 pacientes, foram includos no estudo 82 pacientes, nos quais os critrios clnicos ou radiolgicos de pneumonia foram confirmados pelos pesquisadores. Durante o acompanhamento desses pacientes, porm, foram excludos 23 pacientes por apresentarem outras patologias que mimetizavam pneumonia: DPOC agudizado (5), insuficincia cardaca (3), tuberculose pulmonar (2), colagenose (1), fibrose pulmonar idioptica (1), edema pulmonar em paciente com cirrose (1), somente infeco respiratria em paciente com sequelas pulmonares (4); ou por apresentarem critrios de excluso: bronquiectasias (4), HIV positivo (1), pneumatocele prvia (1). Ao final, foram estudados 59 pacientes com pneumonia adquirida na comunidade, sendo 20 do sexo feminino e 39 do sexo masculino, com idade entre 24 e 80 anos (mdia de 57,6 anos e desvio padro de 10,6). Tivemos 36 pacientes com doenas subjacentes classificadas como doenas crnicas, dos quais 18 pacientes apresentavam mais de uma co-morbidade, por ordem de prevalncia: doenas pulmonares, cardacas, diabete mellitus, hepatopatias e insuficincia renal; neoplasias ocorreram em 9 pacientes, sendo slidas em 7 pacientes e hematolgicas em 2. Dos 59 pacientes, 61% eram tabagistas e 16,9%, alcoolistas. Do total, 10 pacientes apresentavam imunossupresso. Dos demais 13 pacientes, somente um era previamente hgido, enquanto os outros apresentavam tabagismo, sinusite, anemia, HAS, gota, ou arterite de Takayasu. A apresentao radiolgica inicial foi broncopneumonia em 59,3% dos casos; pneumonia alveolar ocorreu em 23,7% dos casos, enquanto ambos padres ocorreram em 15,2% dos pacientes. Pneumonia intersticial ocorreu em somente um caso, enquanto broncopneumonia obstrutiva ocorreu em 5 pacientes (8,5%). Derrame pleural ocorreu em 22% dos casos, e em 21 pacientes (35%) houve comprometimento de mais de um lobo ao RX de trax. Foram usados beta-lactmicos para o tratamento da maioria dos pacientes (72,9%9). A segunda classe de antibiticos mais usados foi a das fluoroquinolonas respiratrias, que foram receitadas para 23 pacientes (39,0%), e em 3 lugar, os macroldeos, usados por 11 pacientes (18,6%). Apenas 16 pacientes no usaram beta-lactmicos, em sua maioria recebendo quinolonas ou macroldeos. Dos 43 pacientes que usaram beta-lactmicos, 25 no usaram nem macroldeos, nem quinolonas. Em 13 pacientes as fluoroquinolonas respiratrias foram as nicas drogas usadas para o tratamento da pneumonia. Do total, 8 pacientes foram a bito por pneumonia; em outros 3 pacientes, o bito foi atribudo a neoplasia em estgio avanado. Dos 48 pacientes que obtiveram cura, 33 (68,7%) estavam vivos aps 12 meses. Os resultados da comparao realizada evidenciaram tendncia a maior mortalidade no sexo masculino e em pacientes com imunossupresso, porm essa associao no alcanou significncia estatstica. Os pacientes que usaram somente beta-lactmicos no apresentaram maior mortalidade do que os pacientes que usaram beta-lactmicos associados a outras classes de antibiticos ou somente outras classes de antibiticos. Examinando-se os pacientes que utiizaram macroldeos ou quinolonas em seu regime de tratamento, isoladamente ou combinados a outros antibiticos, observou-se que tambm no houve diferena dos outros pacientes, quanto mortalidade. Os pacientes com padro radiolgico de pneumonia alveolar tiveram maior mortalidade, e essa diferena apresentou uma significncia limtrofe (p= 0,05). Nossa mortalidade (11,9%) foi similar de Fang et al. (1990), em estudo clssico de 1991 (13,7%); foi tambm similar mdia de mortalidade das PAC internadas no em UTI (12%), relatada pela ATS, no seu ltimo consenso para o tratamento emprico das PAC (ATS, 2001). Foram detectados 3 pacientes com pneumonia por Legionella pneumophila sorogrupo 1 na populao estudada: 2 foram diagnosticados por soroconverso e por antigenria positiva, e o 3 foi diagnosticado somente pelo critrio de antigenria positiva, tendo sorologia negativa, como alguns autores (McWhinney et al., 2000). Dois pacientes com PAC por Legionella no responderam ao tratamento inicial com beta-lactmicos, obtendo cura com levofloxacina; o 3 paciente foi tratado somente com betalactmicos, obtendo cura. Concluses: A incidncia anual de PAC por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6, no HCPA, foi de 5,1%, que representa a incidncia anual de PAC por Legionella pneumophila sorogrupos 1 a 6 em um hospital geral universitrio. Comentrios e Perspectivas: H necessidade de se empregar mtodos diagnsticos especficos para o diagnstico das pneumonias por Legionella em nosso meio, como a cultura, a sorologia com deteco de todas as classes de anticorpos, e a deteco do antgeno urinrio, pois somente com o uso simultneo de tcnicas complementares pode-se detectar a incidncia real de pneumonias causadas tanto por Legionella pneumophila, como por outras espcies. A deteco do antgeno de Legionella na urina o teste diagnstico de maior rendimento, sendo recomendado seu uso em todas as PAC que necessitarem internao hospitalar (Mulazimoglu & Yu, 2001; Gupta et al., 2001); em todos os pacientes com PAC que apresentarem fatores de risco potenciais para legionelose (Marrie, 2001); e para o diagnstico etiolgico das pneumonias graves (ATS, 2001). Seu uso indicado, com unanimidade na literatura, para a pesquisa de legionelose nosocomial e de surtos de legionelose na comunidade.