920 resultados para Fauna cinegética
Resumo:
A caça e a pesca são exemplos clássicos de exploração de recursos naturais pelo homem, uma vez que estas atividades vêm sendo desenvolvidas desde a pré-história e, para algumas comunidades, continua sendo fonte de alimento tão importante quanto era para nossos antepassados. A pesca e outros produtos oriundos do extrativismo vegetal têm sido alvo constante de pesquisas para atender o mercado industrial, em detrimento dos estudos de etnoconservação. Em conseqüência desse desinteresse institucional e de outros fatores políticos intrínsecos, pouco se sabe sobre a biologia, a ecologia, a etologia e principalmente sobre a intensidade de exploração da fauna cinegética nos trópicos. Há uma grande lacuna sobre estudos que tratam da dieta de populações tradicionais na Amazônia, sobretudo aqueles que discorrem sobre a importância econômica e nutricional da atividade de caça e sua correlação com a conservação da vida silvestre. Este Estudo de Caso orientou-se para realizar a caracterização da fauna cinegética explorada por famílias extrativistas nas comunidades Aminã e Solimões na Reserva Extrativista do Tapajós/Arapiuns - PA, nas duas estações do ano (chuva e seca), além de revelar parâmetros nutricionais da atividade de caça na dieta protéica daquelas famílias. Os dados de abundância relativa (biomassa) para as espécies registrada nas duas comunidades estudadas mostram que Dasyprocta leporina (cutia) se revelou como a espécie mais pressionada. Quando comparados os Índice de Biomassa (IB) entre as fontes de proteínas animal e entre as comunidades estudadas, concluiu-se que a carne de caça, apesar de ser menos freqüente em termos de dias de consumo em relação ao pescado, as refeições realizadas com carne de caça são mais fartas do que as refeições realizadas com peixe. Além disso, com relação ao Índice de Proteína (IP), quando comparado entre fontes critérios e parâmetros para a implementação de projetos de manejo integrado de fauna em ocupações humanas.
Resumo:
A caça é uma atividade bastante importante para a manutenção das formas tradicionais de vida dos povos indígenas da Amazônia. Entretanto, quando esta atividade não é feita de forma sustentável a sua pressão pode acarretar em extinções locais e desequilíbrios no ecossistema. Este estudo visa caracterizar o uso da fauna cinegética em duas aldeias das etnias Wayana e Aparai no Parque Indígena do Tumucumaque, norte do Estado do Pará. Foram monitorados e entrevistados 29 caçadores em 60 dias de coleta de dados. As entrevistas permitiram levantar 45 espécies de mamíferos ocorrentes na área e também as principais espécies cinegéticas com suas respectivas temporadas de caça. Ao todo foram caçados 219 animais de 35 espécies diferentes, totalizando 2.558 Kg de biomassa. A espécie mais caçada foi Tayassu pecari (n=50; 1.350 Kg), em segundo Ateles paniscus (n=30; 261 Kg). A ave mais caçada foi o Crax alector (n=18; 58,5 Kg); e os lagarto Iguana iguana foi o réptil mais caçado (n=18; 37 Kg). Destes, todos estavam dentro dos pesos médios esperados. Apenas para I. iguana foi observado diferença estatística na razão sexual, e todos os A. paniscus abatidos eram fêmeas. As curvas de sobrevivência das espécies mais caçadas de mamíferos, T. pecari, A. paniscus, Cebus apella (n=16) e Cuniculus paca (n=12) apontam para uma caça centralizada em animais adultos e senis. As espécies favoritas, em ordem decrescente, são A. paniscus, C. apella, C. paca, T. pecari, Pecari tajacu, Tapirus terrestris, Alouatta macconnelli, Mazama americana, C. alector e Psophia crepitans. Foi registrado o mesmo numero de animais caçados entre os métodos de caça ativo-seletivos e oportunistas-não-seletivos. Devido à caça de grandes mamíferos, as formas oportunistas registraram maior quantidade de biomassa abatida (1590 Kg), enquanto os métodos seletivos que focalizaram aves e primatas, totalizaram 968 Kg. Devido a questões culturais os Wayana e os Aparai procuram caçar os animais apenas quando estes estiverem gordos. Raramente caçam animais fora e suas épocas de abate. A atividade de pesca rendeu 1211,7Kg de 44 morfoespécies. A caça representou cerca de 2/3 de toda biomassa consumida. As refeições com base na carne de caça foram mais fartas e renderam mais proteína do que as refeições com peixe. O consumo per capita diário de caça foi de 104,37g e de peixe 22,44g. A área de uso de caça das duas aldeias foi estimada em 518,73 Km². A análise de sustentabilidade de caça sugere que apenas C. apella e A. paniscus estão sendo sobre-explorados.
Resumo:
A parte mais setentrional da Amazônia ocidental tem sido pouco estudada no que diz respeito à diversidade de mamíferos, especialmente a área correspondente aos interflúvios Içá-Japurá e Japurá-Negro, no Brasil. Essa fauna, além das de aves e répteis, vêm sendo constantemente impactada pela atividade humana onde pode se destacar a caça. O objetivo desta dissertação foi iniciar o levantamento sistemático da diversidade da mastofauna das Reservas de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Amanã em diferentes hábitats e o seu uso pela população humana local. Urna listagem atualizada das espécies de mamíferos foi gerada para os interflúvios Içá-Japurá e Japurá-Negro, bem como para cada área amostrada. A caça e suas implicações sobre esta fauna, além das de aves e répteis, foi analisada em seis comunidades da RDS Mamirauá e quatro comunidades da RDS Amanã, de forma a gerar subsídios para o manejo dessas Unidades de Conservação. Para tanto, foram realizadas expedições para o levantamento da mastofauna existente e o monitoramento da atividade de caça em 10 comunidades por um período de dois anos. O estudo realizado representou o primeiro levantamento sistemático sobre a diversidade de mamíferos de Amanã, que considerou todas as ordens presentes na região. Também, a lista da mastofauna produzida para Mamirauá representou um acréscimo de 25 % em relação às listas anteriores. Foram identificadas 57 espécies de mamíferos na área da reserva Amanã e 40 espécies na área da reserva Mamirauá. Os resultados já obtidos esclareceram questões sobre a identidade de algumas espécies de mamíferos das reservas. A diversidade de mamíferos das duas áreas estudadas foi determinante para os padrões de caça encontrados no período de estudo. A atividade de caça em Amanã seguiu o principal padrão da atividade na Amazônia, onde mamíferos herbívoros e aves de grande e médio porte foram as espécies mais caçadas e estas representaram a maior porcentagem no peso abatido. O principal padrão da atividade de caça encontrado em Mamirauá se caracterizou por ter os quelônios, primatas e aves de grande e médio porte como as espécies mais caçadas durante o período de estudo. Foram apresentadas considerações acerca do estabelecimento de estratégias de manejo de fauna cinegética para as áreas de estudo, esperando contribuir para um futuro modelo de uso sustentável da fauna silvestre nas reservas, que leve em consideração aspectos biológicos, econômicos e culturais da região.
Resumo:
O presente estudo descreve, registra e compara estratégias de pesca e manejo comunitário de quelônios aquáticos em três comunidades da várzea de Santarém. Avaliou-se também o consumo de quelônios, incluindo preferências, rejeições e tabus alimentares, e uso destes como recursos terapêuticos na medicina popular. As técnicas de pesca de quelônios empregadas foram descritas, compreendendo variações espacial e sazonal de uso e espécies capturadas e seletividade das técnicas fundamentadas nos saberes locais. Analisaram-se ainda o rendimento das pescarias e as relações entre investimento e retorno das mesmas. Os dados foram coletados entre junho de 2007 a julho de 2008. Realizaram-se conversas informais, acompanhamento das atividades pesqueiras e observação participante nas comunidades. Entrevistas semi-estruturadas também foram realizadas adotando-se o método recordatório alimentar, monitoramento do consumo anual de quelônios e recordações das últimas pescarias de quelônios. Os primeiros relatos de manejo de quelônios na Amazônia são datados da época do contato entre populações ameríndias e europeias. Na década de 70 ações do governo brasileiro foram implementadas fundamentadas no gerenciamento centralizado no poder do Estado. Hoje, práticas de comanejo de quelônios ocorrem em vários lugares na Amazônia, como nas comunidades Ilha de São Miguel, Costa do Aritapera e Água Preta. Mesmo pautados na demanda comunitária os manejos dessas três comunidades apresentam perspectivas diferenciadas em virtude do variado grau de experiência com sistemas de manejo comunitário. A Ilha de São Miguel já realiza o manejo de quelônios há cerca de 40 anos com certo grau de sucesso, enquanto na Água Preta o co-manejo vem sendo estabelecido há 22 anos de forma menos rigorosa e na Costa do Aritapera não se obteve êxito em sua recente implementação. De modo geral, a inclusão dos principais usuários dos recursos naturais em seu manejo ainda se constitui uma tarefa de difícil execução. O grande desafio para o manejo de quelônios e outros recursos da fauna cinegética na Amazônia é o reconhecimento legal de seu uso. O consumo de quelônios é uma tradição enraizada na cultura amazônica, entretanto é criminalizado, constrangendo a maior parte da população a assumir seu uso. Por ser considerada atividade ilegal não há estimativas da quantidade de animais explorados, tornando difícil a implantação de formas de manejo comunitário sustentáveis. Percebeu-se na dieta dos ribeirinhos desse estudo a participação de peixe como principal fonte de proteína animal, enquanto o consumo de quelônios registrado foi relativamente pequeno. Constataram-se diferenças quanto às espécies de quelônios consumidas. Em geral, tracajá (Podocnemis unifilis) (carne e ovos) configura-se como quelônio mais consumido nas três comunidades, sendo a pitiu (Podocnemis sextuberculata) (carne e ovos) consumida principalmente na Costa do Aritapera. As tartarugas (Podocnemis expansa) são pouco utilizadas, não houve registros de coleta de seus ovos, sendo sua carne consumida principalmente na Ilha de São Miguel. Tais variações podem estar relacionadas à combinação de fatores ecológicos e ao histórico do manejo presentes em cada comunidade. Não foram observadas diferenças culturais nas comunidades estudadas quanto ao uso de quelônios. Tartaruga é a espécie mais rejeitada, usada principalmente na medicina popular; tracajá e pitiu em geral são os quelônios preferidos, sendo os três considerados reimosos (animais sujeitos a tabus alimentares em algumas circunstâncias, como doenças, menstruação, gravidez e pós-parto). A espécie mais capturada foi o tracajá, seguindo-se a pitiu e em menor proporção a tartaruga. O tracajá é encontrado em vários ambientes, sendo coletado durante o ano todo nas três comunidades; pitius são capturadas principalmente na Costa do Aritapera no período da seca e da vazante, quando estão concentradas durante a migração ao saírem das áreas inundáveis em direção aos rios e às praias de desova, enquanto tartarugas são pescadas nos lagos protegidos da Ilha de São Miguel, na enchente e na cheia. As técnicas de pesca apresentam uso diferenciado em função do nível do rio. Os pescadores reconhecem tais variações sazonais, as quais aliadas a um conjunto de saberes locais são utilizadas na seleção das técnicas de pesca de quelônios. A pesca de quelônios é realizada em geral de modo oportuno, durante as pescarias de peixes. O rendimento das pescarias de quelônio foi maior quando estas não incluíram a captura de peixes e quando realizadas com uso da mão. O rendimento com base na CPUEN diferiu entre as comunidades estudadas e entre os períodos de pesca, porém não houve diferença significativa no rendimento das pescarias entre esses parâmetros quando a biomassa foi utilizada nos cálculos de CPUE. O pescador, em geral, não está preocupado em maximizar seu rendimento, já que a maior parte das pescarias não se destina a comercialização. O rendimento, desta forma, acaba refletindo mais o acerto de um bom local de pesca do que o esforço de deslocamento empregado na mesma.Quando a mancha era boa os pescadores gastavam pouco tempo, enquanto em manchas menos produtivas gastavam mais tempo. Alguns pontos a serem adotados com vistas à concretização e sucesso do manejo comunitário são sugeridos nesse estudo: (1) definição clara dos direitos de acesso aos recursos e das sanções em caso de infração dos acordos; (2) estabelecimento de programas de capacitação de lideranças comunitárias; (3) criação de um fundo comunitário para desenvolvimento de outras atividades econômicas e investimento na melhoria da qualidade de vida dos moradores e nas próprias ações envolvidas no manejo; (4) reconhecimento e uso do conhecimento ecológico local e do direito de se utilizar o recurso; (5) ampliação regional do modelo comunitário para outras áreas, considerando que algumas espécies realizam grandes migrações; (6) monitoramento das populações exploradas; (7) avaliação periódica da efetivação do manejo e seu papel para os moradores locais; (8) repartição dos benefícios entre os comunitários. No caso específico dos quelônios recomendam-se também a proteção de outros ambientes além das áreas de nidificação e a determinação de um sistema de cotas voltado ao aproveitamento de ovos que seriam perdidos com possibilidade de comercialização para criadores.
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Global warming is already threatening many animal and plant communities worldwide, however, the effect of climate change on bat populations is poorly known. Understanding the factors influencing the survival of bats is crucial to their conservation, and this cannot be achieved solely by modern ecological studies. Palaeoecological investigations provide a perspective over a much longer temporal scale, allowing the understanding of the dynamic patterns that shaped the distribution of modern taxa. In this study twelve microchiropteran fossil assemblages from Mount Etna, central-eastern Queensland, ranging in age from more than 500,000 years to the present day, were investigated. The aim was to assess the responses of insectivorous bats to Quaternary environmental changes, including climatic fluctuations and recent anthropogenic impacts. In particular, this investigation focussed on the effects of increasing late Pleistocene aridity, the subsequent retraction of rainforest habitat, and the impact of cave mining following European settlement at Mount Etna. A thorough examination of the dental morphology of all available extant Australian bat taxa was conducted in order to identify the fossil taxa prior to their analysis in term of species richness and composition. This detailed odontological work provided new diagnostic dental characters for eighteen species and one genus. It also provided additional useful dental characters for three species and seven genera. This odontological analysis allowed the identification of fifteen fossil bat taxa from the Mount Etna deposits, all being representatives of extant bats, and included ten taxa identified to the species level (i.e., Macroderma gigas, Hipposideros semoni, Rhinolophus megaphyllus, Miniopterus schreibersii, Miniopterus australis, Scoteanax rueppellii, Chalinolobus gouldii, Chalinolobus dwyeri, Chalinolobus nigrogriseus and Vespadelus troughtoni) and five taxa identified to the generic level (i.e., Mormopterus, Taphozous, Nyctophilus, Scotorepens and Vespadelus). Palaeoecological analysis of the fossil taxa revealed that, unlike the non-volant mammal taxa, bats have remained essentially stable in terms of species diversity and community membership between the mid-Pleistocene rainforest habitat and the mesic habitat that occurs today in the region. The single major exception is Hipposideros semoni, which went locally extinct at Mount Etna. Additionally, while intensive mining operations resulted in the abandonment of at least one cave that served as a maternity roost in the recent past, the diversity of the Mount Etna bat fauna has not declined since European colonisation. The overall resilience through time of the bat species discussed herein is perhaps due to their unique ecological, behavioural, and physiological characteristics as well as their ability to fly, which have allowed them to successfully adapt to their changing environment. This study highlights the importance of palaeoecological analyses as a tool to gain an understanding of how bats have responded to environmental change in the past and provides valuable information for the conservation of threatened modern species, such as H. semoni.
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As a large, isolated and relatively ancient landmass, New Zealand occupies a unique place in the biological world, with distinctive terrestrial biota and a high proportion of primitive endemic forms. Biology Aotearoa covers the origins, evolution and conservation of the New Zealand flora, fauna and fungi. Each chapter is written by specialists in the field, often working from different perspectives to build up a comprehensive picture. Topics include: the geological history of our land origins, and evolution of our plants, animals and fungi current status of rare and threatened species past, present and future management of native species the effect of human immigration on the native biota. Colour diagrams and photographs are used throughout the text. This book is suitable for all students of biology or ecology who wish to know about the unique nature of Aotearoa New Zealand and its context in the biological world.
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As a large, isolated and relatively ancient landmass, New Zealand occupies a unique place in the biological world, with distinctive terrestrial biota and a high proportion of primitive endemic forms. Biology Aotearoa covers the origins, evolution and conservation of the New Zealand flora, fauna and fungi. Each chapter is written by specialists in the field, often working from different perspectives to build up a comprehensive picture. Topics include: the geological history of our land origins, and evolution of our plants, animals and fungi current status of rare and threatened species past, present and future management of native species the effect of human immigration on the native biota.
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The genus Austronothrus was previously known from three species recorded only from New Zealand. Austronothrus kinabalu sp. nov. is described from Sabah, Borneo and A. rostralis sp. nov. from Norfolk Island, south-west Pacific. A key to Austronothrus is included. These new species extend the distribution of Austronothrus beyond New Zealand and confirms that the subfamily Crotoniinae is not confined to former Gondwanan landmasses. The distribution pattern of Austronothrus spp., combining Oriental and Gondwanan localities, is indicative of a curved, linear track; consistent with the accretion of island arcs and volcanic terranes around the plate margins of the Pacific Ocean, with older taxa persisting on younger island though localised dispersal within island arc metapopulations. Phylogenetic analysis and an area cladogram are consistent with a broad ancestral distribution of Austronothrus in the Oriental region and on Gondwanan terranes, with subsequent divergence and distribution southward from the Sunda region to New Zealand. This pattern is more complex than might be expected if the New Zealand oribatid fauna was derived from dispersal following re-emergence of land after inundation during the Oligocene (25 mya), as well as if the fauna emanated from endemic, relictual taxa following separation of New Zealand from Gondwana during the Cretaceous (80 mya).
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A successful translocation involves many complex factors, including a genetically appropriate source population that can sustain harvest, social and governmental support, assessment of disease transmission risk and a release site with appropriately secure habitat that can support population establishment and persistance. This information is typically discussed during staturory approval processes and can take considerable time. However, following approval, for translocations of most fauna, the initial critical step involves the inherently stressful process of capture, holding, transportation and release. This process is unpredictable and novel, and is especially challenging for wild animals when they are confined in close proximity to conspecifics and humans. In contrast, captive-reared animals have to cope with the unfamiliar challenges of finding food and shelter, along with coping with competition and predation. Little has been written in the scientific literature about the translocation process. This is unsurprising because this process has usually been the realm of skilled practioners, often with animal husbandry backgrounds, rather than research scientists. Highly skilled intuition, observation and the translocation practioner's equivalent of a 'green thumb' often guides the way. However, theory and experimentation, particularly on the effects of stress, is available and this work is invaluable for a successful translocation. Here, we provide a brief description of the translocation process, and discussion of what stress is and how it can be managed. We then provide practical guidelines for the successful translocation of invertebrates, lizards, turtles, passerine birds, marsupials and bats, using examples from Australia and New Zealand.
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Traps baited with synthetic aggregation pheromones of Carpophilus hemipterus (L.), Carpophilus mutilatus Erichson and Carpophilus davidsoni Dobson and fermenting bread dough were used to identify the fauna and monitor the seasonal abundance of Carpophilus spp. in insecticide treated peach and nectarine orchards in the Gosford area of coastal New South Wales. In four orchards 67 178 beetles were trapped during 1994–1995, with C. davidsoni (82%) and Carpophilus gaveni (Dobson) (12.2%) dominating catches. Five species (C. hemipterus, C. mutilatus, Carpophilus marginellus Motschulsky, Carpophilus humeralis (F.) and an unidentified species) each accounted for 0.2–3.2% of trapped beetles. Carpophilus davidsoni was most abundant during late September–early October but numbers declined rapidly during October, usually before insecticides were applied. Spring populations of Carpophilus spp. were very large in 1994–1995 (1843–2588 per trap per week). However, despite a preharvest population decline of approximately 95% and 2–11 applications of insecticide, 14–545 beetles per trap per week (above the arbitrary fruit damage threshold of 10 beetles per trap per week) were recorded during the harvest period and fruit damage occurred at three of the four orchards. Lower preharvest populations in 1995–1996 (< 600 per trap per week) and up to six applications of insecticide resulted in < 10 beetles per trap per week during most of the harvest period and minimal or no fruit damage. The implications of these results for the integrated management of Carpophilus spp. in coastal and inland areas of southeastern Australia are discussed.
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The scombrid Scomberomorus semifasciatus is an important component of inshore fisheries in tropical Australia. Data on the parasite fauna of 593 fish from areas off northern and eastern Australia were examined for evidence of discrete fish populations. The parasites used were juveniles of Pterobothrium pearsoni, Callitetrarhynchus gracilis, Anisakis simplex (sensu latu) and Terranova sp. Tukey Kramer pairwise comparisons gave significant differences in the abundances of two or more parasites between fish from the east coast, the eastern Gulf of Carpentaria and the remainder of northern Australia. Multivariate analysis gave further evidence of differences and the results suggest that at least 4 populations or stocks of grey mackerel occur along the northern and eastern coastline of Australia.
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Grazing by domestic livestock is one of the most widespread uses of the rangelands of Australia. There is limited information on the effects of grazing by domestic livestock on the vertebrate fauna of Australia and the establishment of a long-term grazing experiment in north-eastern Queensland at Wambiana provided an opportunity to attempt an examination of the changes in vertebrate fauna as a consequence of the manipulation of stocking rates. The aim was to identify what the relative effects of vegetation type, stocking rate and other landscape-scale environmental factors were on the patterns recorded. Sixteen 1-ha sites were established within three replicated treatments (moderate, heavy and variable stocking rates). The sites were sampled in the wet and dry seasons in 1999-2000 (T-0) and again in 2003-04 (T-1). All paddocks of the treatments were burnt in 1999. Average annual rainfall declined markedly between the two sampling periods, which made interpretation of the data difficult. A total of 127 species of vertebrate fauna comprising five amphibian, 83 bird, 27 reptile and 12 mammal species were recorded. There was strong separation in faunal composition from T-0 to T-1 although changes in mean compositional dissimilarity between the grazing stocking rate treatments were less well defined. There was a relative change in abundance of 24 bird, four mammal and five reptile species from T-0 to T-1. The generalised linear modelling identified that, in the T-1 data, there was significant variation in the abundance of 16 species explained by the grazing and vegetation factors. This study demonstrated that vertebrate fauna assemblage did change and that these changes were attributable to the interplay between the stocking rates, the vegetation types on the sites surveyed, the burning of the experimental paddocks and the decrease in rainfall over the course of the two surveys. It is recommended that the experiment is sampled again but that the focus should be on a rapid survey of abundant taxa (i.e. birds and reptiles) to allow an increase in the frequency of sampling and replication of the data. This would help to articulate more clearly the trajectory of vertebrate change due to the relative effects of stocking rates compared with wider landscape environmental changes. Given the increasing focus on pastoral development in northern Australia, any opportunity to incorporate the collection of data on biodiversity into grazing manipulation experiments should be taken for the assessment of the effects of land management on faunal species.
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Vertebrate fauna was studied over 10 years following revegetation of a Eucalyptus tereticornis ecosystem on former agricultural land. We compared four vegetation types: remnant forest, plantings of a mix of native tree species on cleared land, natural regeneration of partially cleared land after livestock removal, and cleared pasture land with scattered paddock trees managed for livestock production. Pasture differed significantly from remnant in both bird and nonbird fauna. Although 10 years of ecosystem restoration is relatively short term in the restoration process, in this time bird assemblages in plantings and natural regeneration had diverged significantly from pasture, but still differed significantly from remnant. After 10 years, 70 and 66% of the total vertebrate species found in remnant had been recorded in plantings and natural regeneration, respectively. Although the fauna assemblages within plantings and natural regeneration were tracking toward those of remnant, significant differences in fauna between plantings and natural regeneration indicated community development along different restoration pathways. Because natural regeneration contained more mature trees (dbh > 30 cm), native shrub species, and coarse woody debris than plantings from the beginning of the study, these features possibly encouraged different fauna to the revegetation areas from the outset. The ability of plantings and natural regeneration to transition to the remnant state will be governed by a number of factors that were significant in the analyses, including shrub cover, herbaceous biomass, tree hollows, time since fire, and landscape condition. Both active and passive restoration produced significant change from the cleared state in the short term.
Resumo:
Kielet saksa ja ruotsi. Nimiösivulla teksti Helsingforsiae 1924-27.
Resumo:
Kielet saksa ja ruotsi. Nimiösivulla teksti Helsingforsiae 1924-29.