7 resultados para Externalismo


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O objetivo da tese é investigar a constituição da interioridade a partir de uma abordagem externalista. Os processos pelos quais o autoconhecimento é constituído são considerados como estando associados ao desenvolvimento da perspectiva da primeira pessoa. Adotar uma perspectiva de primeira pessoa é tornar-se capaz de fazer referência a si mesmo e conhecer seus próprios estados mentais e corporais. A autoconsciência e o autoconhecimento foram tradicionalmente subsumidos à idéia de Descartes da autoridade da primeira pessoa. Segundo a tese cartesiana, teríamos acesso privilegiado e não-empírico aos nossos estados mentais que se expressaria por meio de um conhecimento. A tese central do externalismo afirma, ao contrário, que o conteúdo dos estados mentais é constituído, em parte, pelas relações com o ambiente. A adoção da tese externalista coloca em dúvida a suposição cartesiana de que temos acesso privilegiado aos conteúdos de nossos pensamentos, restringindo, assim, a autoridade da primeira pessoa. O externalismo perceptivo de Davidson, por exemplo, oferece uma solução ternária eu-intérprete-mundo para as origens do autoconhecimento. A tese de Davidson é apresentada como reconciliando o autoconhecimento e as idéias centrais do externalismo. São apresentados dois modelos da gênese externa do eu:1) os modelos ecológicos que propõem um desenvolvimento do sentido de eu como uma função das interações do eu com o ambiente; 2) o modelo psicológico de Winnicott que propõe a emergência do sentido de eu a partir de uma relação ternária entre o eu, os outros e os objetos transicionais. Defendemos a tese de que o modelo psicológico de Winnicott é o mais adequado para descrever a conceitualização epistemológica de Davidson das origens externalistas do autoconhecimento.

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Meu objetivo é mostrar que as teses externalistas os significados não estão na cabeça e os pensamentos não estão na cabeça não implicam, necessariamente, a tese mais radical a mente não está na cabeça. Trato dessa questão no âmbito do Externalismo Social de Tyler Burge e Lynne Baker, argumentando que a importância que esses pensadores atribuem à linguagem nas questões relativas à mente não significa, como uma leitura apressada poderia sugerir, a redução da mente à linguagem e, muito menos, a eliminação da mente. A minha conclusão é que o externalismo social linguístico não se constitui como uma estratégia eficaz de enfrentamento dos problemas da natureza da mente e de sua relação com o corpo.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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O artigo discute a proposta de Skinner para a ciência do comportamento, caracterizando-a como "externalista" (voltada para as relações do organismo com eventos que lhe são externos). Examina-se o discurso de Skinner sobre diferentes explicações para o comportamento, em obras de 1938, 1953 e 1990, a fim de indicar sua preocupação permanente com a definição das fronteiras entre análise do comportamento e (neuro)fisiologia. Apontam-se aspectos da elaboração skinneriana que a tornam insuficiente para sustentar uma declaração coerente sobre a autonomia de uma ciência do comportamento e procura-se ilustrar como essa dificuldade se reflete na literatura contemporânea da área.

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O bi-dimensionalismo epistêmico é a tese de que os estados mentais de um indivíduo tem uma dupla divisão, tendo, então, um conteúdo amplo e um conteúdo estreito. Um conteúdo amplo é aquele cuja determinação depende em parte de propriedades extrínsecas ao sujeito: ou seja, é aquele que possui relação com o mundo externo ao sujeito, seja físico ou social. Já o conteúdo estreito é o conteúdo plenamente determinado por propriedades intrísecas ao sujeito, sem precisar recorrer a nada externo. Este conteúdo estreito será, de acordo com o bi-dimensionalismo de Jackson e de Chalmers, o conteúdo representativo de um estado mental, dado através de descrições sobre aquilo que o sujeito sabe e acredita sobre o mundo ao seu redor. O objetivo desta dissertação ao tratar sobre esta forma de bi-dimensionalismo é o de apresentá-lo como uma possível resposta para dois problemas gerados pela afirmação externalista de que nomes próprios e termos de tipos naturais são designadores rígidos e pela afirmação de que todo conteúdo de um estado mental é amplo. Estes dois problemas são a incompatibilidade do conteúdo amplo com o acesso privilegiado e a sua incompatibilidade com o papel explicatório que estados mentais intencionais parecem ter em relação aos comportamentos de um indivíduo, pois, se os indivíduos não possuem um acesso privilegiado aos conteúdos dos seus estados mentais, tal conteúdo amplo não poderá ser visto como sendo um causalmente relevante para os seus comportamentos. Contudo, os argumentos apresentados pelo externalismo semântico parecem ainda convincentes demais para considerar tais consequências como sendo um bom motivo para se abandonar a tese externalista. Além disso, vários exemplos do funcionamento da linguagem (como os casos do uso de nomes próprios e termos de espécies naturais) parecem indicar que o externalismo semântico é correto. Assim, neste trabalho, analisarei a teoria bi-dimensional à luz das afirmações externalistas sobre o significado e sobre a individuação dos conteúdos dos estados mentais, ou seja, como podendo ser uma teoria que, além de ser uma capaz de fornecer uma resposta viável para estes dois problemas, é também compatível com o conteúdo amplo da forma como é afirmado pelo externalismo.

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mongst the trends in Mathematics Education, which have as their object a more significant and criticallearning, is the Ethnomathematics. This field of knowledge, still very recent amongst us, besides analyzing an externalist history of the sciences in a search for a relationship between the development of the scientific disciplines and the socio-cultural context, goes beyond this externalism, for it also approaches the intimate relationships betwe_n cognition and culture. In fact, the Ethnomathematics proposes an alternative epistemological approach associated with a wider historiography. It struggles to understand the reality and come to the pedagogical action by means of a cognitive approach with strong cultural basis. But the difficulty of inserting the Ethnomathematics into the educational context is met by resistance from some mathematics educators who seem indifferent to the influence of the culture on the understanding of the mathematics ideas. It was with such concerns in mind that I started this paper that had as object to develop a curricular reorientation pedagogical proposal in mathematics education, at the levei of the 5th grade of the Ensino Fundamental (Elementary School), built from the mathematical knowledge of a vegetable farmers community, 30 km away from the center of Natal/RN, but in accordance with the teaching dimensions of mathematics of the 1 st and 2nd cycles proposed by the Parâmetros Curriculares Nacionais - PCN: Numbers and Operations, Space and Form, Units and Measures, and Information Treatment. To achieve that, I developed pedagogical activities from the mathematical concepts of the vegetable farmers of that community, explained in my dissertation research in the period 2000 through 2002. The pedagogical process was developed from August through Oecember 2007 with 24 students of the 5th Grade of the Ensino Fundamental (Elementary School) of the school of that community. The qualitative analysis of the data was conducted taking into account three categories of students: one made up of students that helped their parents in the work with vegetables. Another one by students whose parents and relatives worked with vegetables, though they did not participate directly of this working process and one third category of students that never worked with vegetables, not to mention their parents, but lived adjacent to that community. From the analyses and results of the data gathered by these three distinct categories of students, I concluded that those students that assisted their parents with the daily work with vegetables solved the problem-situations with understanding, and, sometimes, with enriching contributions to the proposed problems. The other categories of students, in spite of the various field researches to the gardens of that community, before and during the pedagogical activities, did not show the same results as those students/vegetable farmers, but showed interest and motivation in ali activities of the pedagogical process in that period

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Donald Davidson ha tenido un papel extremamente importante en lo que hoy se llama Externismo. Sin embargo, la formulación exacta de su externismo no es obvia porque sus compromisos están dispersos a lo largo de muchos de sus artículos. El objetivo de este trabajo es explorar los detalles de su externismo. Indicaremos que Davidson, sin duda defiende, que la mente no está auto-contenida. No obstante, tal idea tiene por lo menos dos sentidos distintos en su trabajo: por un lado, estados y contenidos mentales deben ser individuados, en parte, respecto a factores externos a la piel de uno, porque fueron causados por ellos; y por otro lado, estados y contenidos mentales deben ser individuados por factores externos porque la mente está constituida por conocimiento. Indicaremos que la relación entre estos dos niveles explicativos, aparentemente armoniosa, se vuelve conflictiva dentro del mismo programa davidsoniano. ______________________________________________________________________________________________ ABSTRACT