2 resultados para Etnogenese


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Esta dissertação busca, através do estudo antropológico sobre o processo de etnogênese, inserir-se na ótica de produções científicas que abordam a temática dos territórios quilombolas no Brasil. Para tanto, se propõe a investigar, a partir do método etnográfico, o processo que engendra as identidades étnicas produzidas pelas ações protagonizadas por distintos agentes sociais. O universo de pesquisa abrange o território do Quilombo da Anastácia, no município de Viamão/RS, o qual vem construindo uma trajetória de resistência e luta naquilo que as falas nativas denominam como a busca pelas terras perdidas. A proposta é a análise do processo de etnogênese a partir do pleito reivindicatório de reconhecimento da posse territorial e do auto-reconhecimento como quilombolas, analisando como diferentes agentes sociais – as comunidades quilombolas, o movimento social negro em sua multiplicidade e agentes do poder público – atuam e contribuem para a (re) fabricação de identidades coletivas e étnicas. Este projeto atém-se na singularidade desse pleito, pois o RS – é um estado agrário e de majoritária população não negra – fato que contrasta com outros estados da nação, por conta disso ressalta-se, também, o processo de territorialização protagonizado pelo retorno dos parentes ao território de origem comum.

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esta dissertação analisa aspectos relativos ao processo de etnogênese dos negros na Argentina, particularmente, em Buenos Aires. Trato de etnogênese dos afroargentinos no contexto mais amplo de transnacionalização dos movimentos sociais, fazendo uma apreciação dos debates atuais observados na Argentina sobre relações étnicas e raciais e as políticas reparatórias. Pretende-se compreender como fluxos e agentes transnacionais revitalizam a discussão sobre as descontinuidades entre o "étnico", o "racial" e o "nacional" nos debates sobre identidade nacional Argentina e reordenam noções e classificações raciais. Para tanto, observo os lugares em que transcorreram os debates e os agentes que participam diretamente dos fatos relativos a inserção no censo nacional de uma quantificação dos afrodescendentes na Argentina visando fundamentar as políticas reparatórias de Estado. Através da observação direta e de entrevistas abertas, este trabalho toma o episódio recente da modificação do censo como foco de uma situação exemplar prestando atençaõ às negociações e disputas entre diferntes atores (funcionários do governo local, agentes globais e ativistas). O censo está enquadrado numa problemática teóricamais ampla sobre composição étnica da nação e que expressa de modo mais claro um campo de tensões políticas. Dessa forma, explora-se como algumas das lideranças étnicas refletem sobre reconfiguração de sua identidade étnica e se vêem comprometidas, como mediadoras, com as políticas de Estado e as tendências internacionais Analiso depoimentos de líderes afrodescendentes na Argentina que estão despontando nas negociações com os atores globais, mostrando histórias pessoais de inserção em movimentos sociais mais longa e diversa do que poderíamos supor, que não veríamos se adotássemos as "suspeitas" que recaem sobre a instrumentalidade de seu envolvimento. Dessas trajetórias podemos conhecer algo a mais da reflexão contínua sobre identidade étnica e o modo como se fabrica no bojo das trajetórias militares bem como perceber a variedade de experiências que compõem e o modo como se reconfiguram frente a novos fluxos sociais.