164 resultados para Erythrina falcata Behnt.
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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O estudo das estruturas fitossociológicas e de tamanhos em fragmentos florestais secundários permite inferências a respeito da composição e das estruturas originais do início da sucessão secundária. Em se tratando de matas de galeria ou ciliares, a importância desses estudos aumenta com a crescente pressão causada por impactos em cursos d'água e suas margens, especialmente as construções de barragens para hidrelétricas. Com este trabalho objetivou-se descrever a estrutura de uma mata de galeria secundária e, a partir desta, identificar uma população de espécie arbórea que participou do início do processo sucessional nessa floresta. Em seguida, com esses dados, objetivou-se estudar a estrutura genética e levantar dados sobre a biologia dessa espécie, que provavelmente iniciou o processo sucessional. Foi realizado um censo de todas as árvores que apresentassem circunferência do caule a 1,3 m do solo maior ou igual a 10 cm. Das 48 espécies de árvores incluídas, 87,5% são endozoocóricas e 12,5 anemocóricas. Das anemocóricas, as com menores diásporos apresentaram maior densidade nessa floresta, que está isolada das outras por pastagens. A mata de galeria em questão apresentou como espécies mais importantes (VI) ovata, Erythrina falcata e Euterpe edulis. Espécies de Ficus do subgênero Urostigma apresentaram grande biomassa, apesar da baixa densidade. Erythrina falcata foi considerada uma das espécies de maior importância, provavelmente associada às espécies de Ficus, no início da sucessão secundária, pela estrutura de diâmetros de caule por ela apresentada. Em Erythrina falcata foram analisados os sistemas isoenzimáticos de Isocitrato Desidrogenase, Peroxidase, Fosfogluco Mutase e Xiquimato Desidrogenase por meio de zimogramas. A população dos 27 indivíduos de Erythrina falcata mostrou-se em equilíbrio de Hardy-Weinberg e com relativa alta diversidade alélica. A população de Erythrina falcata mostrou possuir condições biológicas e ecológicas para iniciar a sucessão secundária. A alta diversidade genética da população de Erythrina falcata pode ter sido um dos fatores determinantes do sucesso de colonização da área. A associação de Erythrina falcata com figueiras pode ter sido determinante no sucesso desse processo em seu início, e a associação inicial deve ter funcionado como sistema de baixa diversidade de espécies, comparável a outras florestas alagadas do Sudeste brasileiro.
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Erythrina falcata Benth. tem sido usada na recuperação de ecossistemas degradados, como planta ornamental e em sistemas agroflorestais. Entretanto, a produção de mudas por sementes é difícil. O objetivo deste trabalho foi avaliar a propagação vegetativa de E. falcata utilizando estacas caulinares provenientes de árvores adultas (estacas herbáceas, semilenhosas e de rebrota) e mudas, coletadas em quatro épocas do ano e o efeito do ácido indolbutírico (AIB) no enraizamento de estacas dessa espécie. Depois de preparadas, as estacas foram imersas em ácido indolbutírico (AIB, 0, 1,5 e 3 g L-1). O material se desenvolveu em tubetes de plástico (55 mL), em casa de vegetação climatizada, a uma temperatura de 25 a 30ºC e umidade relativa do ar acima de 80%, em substrato de vermiculita granulometria média. Maior porcentagem de enraizamento (73%), comprimento das quatro maiores raízes (46 mm) e número de raízes (6,2) foram obtidos em estacas de mudas coletadas no verão. Não houve enraizamento em estacas semilenhosas, provenientes de árvores adultas. A imersão das estacas em AIB não exerceu qualquer influência no enraizamento. As estacas de mudas coletadas no verão são as de melhor propagação vegetativa em virtude de melhor porcentagem de enraizamento e sobrevivência.
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O principal objetivo deste trabalho foi avaliar a resposta de cinco espécies arbóreas nativas submetidas a extremos climáticos de geada em um sistema agroflorestal, na região de Florianópolis, Santa Catarina (latitude de 27º35' S , longitude 48º34' W e altitude de 1,84 m). O solo é do tipo Neossolo quartzarênico hidromórfico distrófico, textura arenosa, com elevada flutuação do lençol freático. Foram tomadas sete parcelas de dez árvores, seguindo o delineamento estatístico inteiramente casualizado. Os parâmetros analisados foram altura total, número de folhas, incremento médio em altura total e número de folhas de cada árvore (quantificados a cada quatro meses), porcentagem de árvores com folhas danificadas pela geada e sobrevivência de cada planta após a geada. Os parâmetros estatísticos analisados foram a média e o desvio-padrão. Para analisar os resultados utilizou-se o teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os ingás (Inga uruguensis e Inga sessilis) apresentaram tolerância à geada e um alto potencial para implantação em SAFs nas condições edafoclimáticas em estudo. A espécie tucaneira (Citharexylium myrianthum) apresentou pouca tolerância à geada, porém mostrou alta taxa de rebrota. As espécies corticeira (Erythrina falcata), olandi (Calophyllum brasilienses) e licurana (Hieronyma alchorneoides) apresentaram alta mortalidade em razão da geada, não se mostrando indicadas para compor um SAF na região em estudo.
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Flores são consideradas um importante recurso na alimentação de aves em épocas secas. A interação entre aves e árvores do gênero Erythrina (E. falcata e E. verna) foi estudada em quatro regiões do Estado do Rio de Janeiro: Serra dos Órgãos, Serra da Mantiqueira, Vale do Paraíba e região litorânea da Costa Verde. A amostragem foi realizada na época mais seca do ano. Objetivou-se listar as espécies de aves que utilizam recursos florais e descrever os comportamentos associados. Ao todo, 27 espécies de aves foram observadas alimentando-se de néctar ou outros recursos florais e 16 apenas predando artrópodes atraídos pelas flores. A presença de um número elevado de espécies e o tempo despendido por elas nas árvores corroboram a relevância do néctar e das florações como recursos alimentares para a comunidade de aves na época mais seca do ano. É discutido também o papel exercido pelas aves na polinização.
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Aeschynomene falcata is an important forage species; however, because of low seed production, it is underutilized as forage species. Aeschynomene is a polyphyletic genus with a challenging taxonomic position. Two subgenera have been proposed, and it is suggested that Aeschynomene can be split in 2 genera. Thus, new markers, such as microsatellite sequences, are desirable for improving breeding programs for A. falcata. Based on transferability and in situ localization, these microsatellite sequences can be applied as chromosome markers in the genus Aeschynomene and closely related genera. Here, we report the first microsatellite library developed for this genus; 11 microsatellites were characterized, with observed and expected heterozygosities ranging from 0.0000 to 0.7143 and from 0.1287 to 0.8360, respectively. Polymorphic information content varied from 0.1167 to 0.7786. The departure from Hardy-Weinberg equilibrium may have resulted from frequent autogamy, which is characteristic of A. falcata. Of the 11 microsatellites, 9 loci were cross-amplified in A. brevipes and A. paniculata and 7 in Dalbergia nigra and Machaerium vestitum. Five of these 7 cross-amplified microsatellites were applied as probes during the in situ hybridization assay and 2 showed clear signals on A. falcata chromosomes, ensuring their viability as chromosome markers.
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Neural mechanisms underlying the onset and maintenance of epileptic seizures involve alterations in inhibitory and/or excitatory neurotransmitter pathways. Thus, the prospecting of novel molecules from natural products that target both inhibition and excitation systems has deserved interest in the rational design of new anticonvulsants. We isolated the alkaloids (+)-erythravine and ( +)-11-alpha-hydroxyerythravine from the flowers of Erythrina mulungu and evaluated the action of these compounds against chemically induced seizures in rats. Our results showed that the administration of different doses of (+)-erythravine inhibited seizures evoked by bicuculline, pentylenetetrazole, and kainic acid at maximum of 80, 100, and 100%, respectively, whereas different doses of (+)-11-alpha-hydroxy-erythravine inhibited seizures at a maximum of 100% when induced by bicuculline, NMDA, and kainic acid, and, to a lesser extent, PTZ (60%). The analysis of mean latency to seizure onset of nonprotected animals, for specific doses of alkaloids, showed that (+)-erythravine increased latencies to seizures induced by bicuculline. Although (+)-erythravine exhibited very weak anticonvulsant action against seizures induced by NMDA, this alkaloid increased the latency in this assay. The increase in latency to onset of seizures promoted by (+)-11-alpha-hydroxy-erythravine reached a maximum of threefold in the bicuculline test. All animals were protected against death when treated with different doses of (+)-11-alpha-hydroxy-erythravine in the tests using the four chemical convulsants. Identical results were obtained when using (+)-erythravine in the tests of bicuculline, NMDA, and VIZ, and, to a lesser extent, kainic acid. Therefore, these data validate the anticonvulsant properties of the tested alkaloids, which is of relevance in consideration of the ethnopharmacological/biotechnological potential of E. mulungu. (C) 2010 Elsevier Inc. All rights reserved.
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O cultivo in vitro de embriões zigóticos é uma técnica promissora para se avançar no estudo do desenvolvimento embrionário e da quebra da dormência de sementes. Diante do exposto, objetivou-se, com este trabalho, avaliar o efeito dos reguladores vegetais 6-benzilaminopurina (BAP) e ácido naftalenoacético (ANA) no potencial morfogenético, in vitro, de embriões zigóticos de mulungu. Embriões zigóticos maduros, oriundos de sementes foram utilizados inteiros, ou seccionados em plúmula, região intermediária e radícula, sendo posteriormente inoculados em meio de cultura WPM, suplementado com combinações de BAP (0,0; 2,0; 4,0; 8,0; 12,0 e 16,0 µM) e ANA (0,0; 1,0 e 2,0 µM), acrescido de 87,64 mM de sacarose e solidificado com 0,7% de ágar. Após 30 dias, avaliaram-se a percentagem de regeneração dos embriões e ápice plumular, o número de brotos, o número de folhas, o comprimento da parte aérea dos brotos, o número de raízes e a percentagem de formação de calos oriundos da região intermediária e da radícula. É possível a regeneração in vitro de mulungu, a partir dos explantes plúmula e embriões zigóticos inteiros, cultivados em meio de cultura WPM, suplementado com 4,0 µM de BAP. Regiões intermediárias e da radícula promoveram a formação de calos compactos (96,06%), na combinação de 10,63 µM BAP e 2,0 µM de ANA.
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Estudos recentes têm evidenciado a importância de flores como recurso alimentar de diversas espécies de aves neotropicais. Este estudo teve o objetivo de listar espécies e descrever o comportamento das aves que se alimentaram de recursos florais de Erythrina fusca (Fabaceae) no Pantanal Mato-Grossense. Para isso, foram acompanhadas aves que se alimentaram em 14 árvores floridas dessa espécie em um total de cerca de 25 horas de observação. Como resultados, 20 espécies de aves pertencentes a sete famílias taxonômicas foram observadas alimentando-se de recursos florais de E. fusca. Apesar de várias espécies de aves terem apresentado comportamentos destrutivos em maior proporção, algumas espécies, sobretudo das famílias Trochilidae e Icteridae, apresentaram estratégias alimentares compatíveis com o transporte de pólen. O cruzamento dos dados obtidos neste estudo com os da literatura indicam que a família Icteridae pode ter relevante papel na polinização dessa espécie vegetal.
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The soft scale Cryptostigma urichi (Cockerell, 1894) and the mealybug Farinococcus multispinosus Morrison, 1922 are reported cohabiting inside branches of Anadenanthera falcata (Benth.) Speg. (Angico-preto), both tended by the ant Azteca oecocordia Longino, 2007 (Hymenoptera, Formicidae). This interaction was observed in the Cerrado region sensu stricto, at the Federal University of São Carlos, UFSCar, Brazil. A. oecocordia is recorded for the first time in Brazil.
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Anadenanthera peregrina var. falcata (angico-do-cerrado), uma leguminosa arbórea, forma associações simbióticas com bactérias fixadoras de nitrogênio (rizóbios) e com fungos micorrízicos arbusculares. Com o objetivo de avaliar a eficiência da inoculação de fungos micorrízicos e rizóbios no crescimento inicial de plantas de angico-do-cerrado, crescidas em solo autoclavado e em solo não autoclavado com e sem inoculação, foi desenvolvido um experimento em casa de vegetação, utilizando raízes micorrizadas de milho e uma mistura de isolados de rizóbios como inoculantes. O crescimento das plantas foi influenciado positivamente pela concomitante inoculação do fungo micorrízico e do rizóbio, tendo as plantas desse tratamento apresentado biomassa cerca de 60 % maior do que o controle no décimo mês. A inoculação de apenas um dos microssimbiontes, entretanto, não provocou diferença na produção de biomassa das plantas. A percentagem de colonização micorrízica foi significativamente mais alta e o número de nódulos maior nas raízes das plantas crescidas no solo não autoclavado, ocasionados pela população de fungos e rizóbios nativos. Nesse tratamento, houve pequeno acúmulo de matéria no xilopódio, provavelmente em virtude do dreno fotossintético por parte dos microssimbiontes, e a concentração de P na parte aérea e xilopódio dessas plantas foi cerca de 1,2 e 8 vezes maior, respectivamente, por causa da colonização micorrízica.
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Sardinia is the second largest island in the Mediterranean and, together with Corsica and nearby mainland areas, one of the top biodiversity hotspots in the region. The origin of Sardinia traces back to the opening of the western Mediterranean in the late Oligocene. This geological event and the subsequent Messinian Salinity Crisis and Pleistocene glacial cycles have had a major impact on local biodiversity. The Dysdera woodlouse hunter spiders are one of the most diverse ground-dweller groups in the Mediterranean. Here we describe the first two species of this genus endemic to Sardinia: Dysdera jana sp. n. and Dysdera shardana sp. n. The two species show contrasting allopatric distribution: D. jana sp. n. is a narrow endemic while D. shardana sp. n. is distributed throughout most of the island. A multi-gene DNA sequence phylogenetic analys based on mitochondrial and nuclear genes supports the close relationships of the new species to the type species of the genus Dysdera erythrina. Age estimates reject Oligocene origin of the new Dysdera species and identify the Messinian Salinity Crises as the most plausible period for the split between Sardinian endemics and their closest relatives. Phylogeographic analysis reveals deep genetic divergences and population structure in Dysdera shardana sp. n., suggesting that restriction to gene flow probably due to environmental factors could explain local speciation events. Taxonomy, phylogeny, DNA sequencing, Mediterranean biogeography, phylogeography
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In vitro bioassays with leave extracts of Erythrina speciosa showed promising activity against Trypanosoma cruzi. From the flowers of E. speciosa two alkaloids were isolated: erysotrine and erythartine. The leaves furnished one alkaloid, nororientaline. The structures were determined on the basis of spectroscopic evidence. This is the first report about the investigation of alkaloids in flowers and leaves of this species, as well the first report of nororientaline occurrence in this plant.
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We report herein the synthesis of some beta-D-galactopyranosylamine and beta-lactosylamine amides and sulfonamides. The interactions of these compounds with lectins from the seeds of Erythrina cristagalli (LEC) and Ricinus communis (RCA120) were evaluated in a hemagglutination inhibitory activity assay. D-Galactose and lactose were used as reference compounds. The beta-lactosylamine amides and sulfonamides were nearly as active as lactose in inhibiting LEC mediated hemagglutination and were less active against RCA120 agglutinin. The beta-D-galactopyranosylamine amides and sulfonamides were, with one exception, considerably less active than D-galactose in the assay with both lectins.
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The synthesis of two new D-galactose-based dimers having a 1,4-butanediamine spacer is reported aiming at the evaluation of their interaction with the Erythrina cristagalli lectin. The title compounds were prepared in four and five steps from 2,3,4,6-tetra-O-acetyl-β-D-galactopyranoside bromide, in 20 % and 15 % overall yield, respectively, using the Doebner modification of the Koenavenagel reaction as the key sep. The lectin-carbohydrate interaction could be evaluated for only one dimer, due to solubility problems. A twofold enhancement of affinity was observed, compared to the corresponding monovalent ligand.