957 resultados para Equipe infirmière somatique
Resumo:
Deux ans aprs la cration du poste d'infirmier au Service de Psychiatrie de Liaison du CHUV Lausanne, nous proposons de faire le constat de nos rflexions issues de cette nouvelle pratique. Nous voulons, en portant un regard extrieur sur les quipes infirmières, dfinir notre implication au sujet des difficults relationnelles qu'elles peuvent rencontrer auprs d'un malade. Nous constatons que ce vcu difficile peut tre influenc par des facteurs de stress lis au contexte des soins somatiques aigus, ceux-ci se surajoutant une problmatique relationnelle ou psychiatrique. Nous postulons que la position double du rle de l'infirmier psychiatrique de liaison, que nous dfinissons dans cet article, (infirmier tiers pour les quipes infirmières, et infirmier "spcialiste" pour le patient), permet d'offrir des espaces intermdiaires de rflexions quant une recherche de comprhension d'une relation soignant / soign et de proposer des outils spcifiques aux quipes infirmières.
Resumo:
Este estudo teve como objeto as prticas educativas em sade desenvolvidas no Programa de Sade da Famlia (PSF), no Municpio do Rio de Janeiro. O objetivo geral foi a compreenso das prticas educativas realizadas pelos profissionais que atuam no PSF. O interesse se deu pelo fato de reconhecer o PSF como espao privilegiado no desenvolvimento de prticas educativas voltadas para a conscientizao popular, nos aspectos sociais, polticos e da sade, pelas suas caractersticas de atuao em territrio definido, e na lgica de vigilncia sade. Ressalta-se a importncia da Educao em Sade como estratgia de interveno por uma sociedade mais saudvel. Trata-se de pesquisa qualitativa descritiva, realizada entre 2007 e 2008. A anlise dos dados foi orientada pelo mtodo de Anlise de Contedo. Os dados foram coletados atravs de entrevista semi-estruturada, com cinco equipes de sade da famlia, totalizando vinte profissionais. Na anlise foram identificadas quatro categorias: organizao do processo de trabalho, papel do profissional na equipe, organizao da prtica educativa e fatores que interferem na realizao das prticas educativas. Na anlise verificou-se que os profissionais enfrentam dificuldades no planejamento das prticas educativas, relacionadas, principalmente, falta de capacitao pedaggica e dificuldade de organizao do processo de trabalho, centrado no modelo biomdico. Os agentes comunitrios se destacam na realizao das atividades, com o apoio da equipe, principalmente da enfermeira. Os temas so escolhidos, prioritariamente, a partir da identificao das necessidades de sade dos usurios pelos profissionais. Verifica-se que h dificuldade na definio dos objetivos das prticas educativas. Predomina o formato de grupos, voltados para a promoo da sade, mas tambm com enfoque preventivista. Verifica-se a presena de prticas com outras formas de relao entre profissionais e usurios, num exerccio de cidadania para a qualidade de vida. A avaliao realizada informalmente, entre os profissionais e, geralmente, se detm quantidade de usurios participantes, ou na constatao de mudana de comportamento do usurio. Os fatores que interferem dizem respeito s relaes estabelecidas entre os profissionais, e entre estes e os usurios. A violncia associada ao narcotrfico surge como fator que prejudica a atividade no territrio. As capacitaes em prtica educativa tambm so mencionadas. Verifica-se que a forma de organizao do processo de trabalho influencia fortemente, visto que a realizao das prticas educativas depende diretamente da dinmica dada ao trabalho, e do espao destinado para essa atividade na diviso do trabalho. As questes relacionadas infra-estrutura so relatadas, principalmente, no que diz respeito escassez de material, recursos financeiros, e espao fsico inadequado. Percebe-se que a falta da sistematizao da prtica educativa parece comprometer as transformaes necessrias para o seu aprimoramento e reflete a falta de compreenso dos profissionais sobre a importncia do processo educativo para a sade e como instrumento de transformao social e poltica dos sujeitos. Percebe-se, ainda, a necessidade de investimentos para a qualificao do profissional do PSF, no somente em relao s prticas educativas, mas tambm para que seja possvel operar as mudanas necessrias para a reorientao do modelo de ateno sade proposto pelo PSF.
Resumo:
Os pacientes hospitalizados, acamados ou restritos ao leito, apresentam uma gama de fatores de risco para o desenvolvimento das lceras por presso, diante disso, necessitam de uma assistncia de enfermagem qualificada e eficaz na preveno dessas leses, a fim de evitar o desenvolvimento das mesmas. Desta forma, a pesquisa teve como objetivo investigar a influncia da ao educativa junto equipe de enfermagem das enfermarias de Clnica Mdica na preveno das lceras por presso. Tratou-se de um estudo quantitativo com delineamento descritivo com dispositivo de interveno do tipo antes e depois, tendo como cenrio as enfermarias de Clnica Mdica de um hospital universitrio na cidade do Rio de Janeiro. Os sujeitos foram os enfermeiros (n=15) e tcnicos de enfermagem (n=18) da Clnica Mdica e a unidade de medida do estudo foi o nmero de vezes que as aes de enfermagem, referentes preveno das lceras por presso e desempenhadas pelos sujeitos, foram observadas pela pesquisadora. Obtivemos 396 observaes antes da ao educativa e 204 depois da ao educativa. A pesquisa apresentou trs etapas: observao sistematizada antes da ao educativa, realizao da ao educativa e observao sistematizada depois da ao educativa. Os resultados foram obtidos atravs da anlise dos Check list antes e depois da ao educativa e constatamos, por meio de valores percentuais, melhoras significativas. A categoria sempre, considerada o valor ideal para todas as variveis, apresentou aumento de 20 pontos percentuais entre as observaes; a categoria frequentemente apresentou aumento de 07 pontos e a categoria raramente apresentou decrscimo de 27 pontos. Isso demonstra que a ao educativa atingiu o objetivo de sensibilizar a equipe de enfermagem quanto a prevenir as lceras por presso de forma qualificada. Conclumos que as lceras por presso continuam sendo um grande problema de sade pblica, merecendo ateno especial por parte da equipe de enfermagem. Acreditamos que a ao educativa capaz de sensibilizar a equipe de enfermagem e motivar a transformao das aes e condutas, porm, ela pontual e apenas uma parte do processo educacional. Para alcanarmos a mudana comportamental e proporcionar uma assistncia qualificada e eficiente aos pacientes em risco de desenvolver as lceras por presso, sugerimos o desenvolvimento de uma prtica educativa contnua e permanente, capaz de manter a equipe de enfermagem em constante aperfeioamento.
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A presente dissertao teve como objetivo investigar as representaes sociais do trabalho em equipe na Marinha do Brasil. A fundamentao terica do trabalho foi proporcionada pela perspectiva psicossocial das representaes sociais de S. Moscovici, com nfase sobre a abordagem estrutural complementar devida a J-C. Abric. Quanto parte emprica, aplicou-se numa etapa exploratria a tcnica do grupo focal. Numa etapa seguinte, aplicou-se conjuntamente um questionrio com perguntas abertas e fechadas e uma tcnica de evocao livre a cento e trinta e nove militares, pertencentes aos crculos de Suboficiais e Sargentos, de Oficiais Intermedirios e Subalternos e de Oficiais Superiores, oriundos da Fora de Superfcie e da Fora de Submarinos. Os resultados revelaram a presena de diferentes representaes sociais do trabalho em equipe entre Oficiais e Praas, e tambm entre as Foras Operativas pesquisadas. Foi evidenciado que, pelo fato da liderana ser o contedo central das representaes sociais de equipe na MB, existe uma resistncia por parte de todos os grupos pesquisados em formar equipes mais autnomas, apesar de as condutas de lideranas estarem voltadas para o incentivo de opinies e valorizao das participaes dos integrantes da equipe.
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Na dcada de 80 dramticas ocorrncias atingiram o pas e o mundo na rea da sade com a descoberta da Sndrome da Imunodeficincia Adquirida (Aids) sndrome, causada pelo Vrus da Imunodeficincia Humana (HIV). O objetivo deste estudo foi descrever as representaes sociais do HIV/Aids e as memrias sociais do cuidado de enfermagem construdas na dcada de 80 pela equipe de enfermagem. Optou-se por uma abordagem qualitativa, embasada na teoria de representaes sociais e nos conceitos do campo da memria social. Os sujeitos do estudo foram 20 profissionais de enfermagem de servios ambulatoriais e/ou da ateno bsica, atuantes em 11 instituies pblicas de sade da cidade do Rio de Janeiro que possuem o Programa Nacional de DST/Aids. A coleta de dados foi realizada atravs de entrevista semiestruturada e questionrio de caracterizao scio profissional. A anlise dos dados deu-se em duas etapas, a primeira atraves da tcnica de anlise de contedo temtica destinada a identificar nos depoimentos dos entrevistados os contedos discursivos relativos a dcada de 80. Posteriormente os trechos selecionados foram submetidos anlise lexical pelo software Alceste 4.10. Obteve-se trs classes temticas que abordaram: As percepes e as aes do cuidado de enfermagem na dcada de 80; Os primeiros contatos profissionais e pessoais com HIV/Aids e A mdia e a construo das representaes sociais do HIV/Aids. Na primeira classe os profissionais de enfermagem relatam as memrias referentes aos cuidados prestados na dcada de 80, descrevendo como esse cuidado era prestado, o medo da contaminao e os profissionais que atuavam na prestao de servios. Na classe 2 os sujeitos resgatam as primeiras vivncias com as pessoas com HIV/Aids e os sentimentos experimentados neste primeiro contato. As caractersticas fsicas, os aspectos emocionais, a introduo do AZT e o abandono familiar so elementos destacados. Na classe 3 so relatas as memrias referentes ao incio da epidemia de HIV/Aids, com destaque para as ancoragens representacionais do surgimento do vrus, tendo especialmente o macaco como hospedeiro. Os meios de comunicao surgiram como formadores das memrias do incio da epidemia, veiculando imagens, como a do cantor Cazuza, fortemente citado pelos sujeitos. Conclui-se que este estudo permitiu compreender, atravs das memrias e das representaes, como se constituiu a atuao dos profissionais no incio da epidemia, assim como a permanncia de elementos simblicos at hoje nas representaes sociais do HIV/Aids.
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Pressupe-se que o cotidiano do cuidar da integralidade do cliente com cncer de cavidade bucal (CCB) reveste-se de significado especial devido sensibilidade e responsabilidade dos profissionais de enfermagem; e, do mesmo modo, exige destas pessoas competncia e habilidades tcnicas e sociais para atuar constantemente com o sofrimento. Portanto, foram elaboradas as questes de pesquisa: quais so os limites e possibilidades da aplicao do processo clnico de cuidar em enfermagem ao cliente com cncer na cavidade bucal? Os objetivos foram: descrever os limites e possibilidades de aplicao do Process Clinical Caritas, formulado por Jean Watson, aos clientes com cncer na cavidade bucal; identificar as caractersticas individuais e profissionais dos membros da equipe de enfermagem atuantes na rea de oncologia; identificar os aspectos do cuidar componentes do Process Clinical Caritas (PCC) aplicados pela equipe de enfermagem junto aos clientes com CCB, analisando a autopercepo da equipe de enfermagem sobre o seu desenvolvimento de tecnologias de cuidados, comparando-o aplicao do PCC proposto por Jean Watson. O estudo centra-se na teorizao do cuidado transpessoal, visando compreenso dos aspectos do bem-estar propiciado, inclusive pela autntica relao interpessoal entre profissional de enfermagem e cliente. Escolheu-se a abordagem de pesquisa quantitativa, aplicando-se o mtodo descritivo e a tcnica de autorrelato. A investigao ocorreu no perodo de agosto a setembro de 2012 em uma Instituio de Sade Federal do Rio de Janeiro, Brasil, especializada em oncologia. Foram sujeitos do estudo 33 membros da equipe de enfermagem, atuantes em servio de tratamento de CCB. Para implementar a tcnica de autorrelato, utilizou-se um formulrio, contendo, na primeira parte, as variveis sociodemogrficas e profissionais, e na segunda, uma adaptao dos 10 aspectos do PCC. Os dados quantitativos foram tratados mediante estatstica descritiva simples, e as respostas sobre a aplicao do PCC foram submetidas anlise de contedo. Constatou-se que, do total de 33 sujeitos, 88% eram do sexo feminino, 37% na faixa etria de 30 a 39 anos. Predominou a renda individual de 4 a 8 salrios mnimos. A maioria da equipe era composta por tcnicos de enfermagem. Havia 26 especialistas em oncologia; 78% eram estatutrios com carga horria de 40 horas semanais, com exerccio predominante de 11 a 15 anos. Referente aplicao dos 10 aspectos do PCC, foram delimitadas quatro categorias: respeitando as praticas espirituais e a religiosidade; proporcionando ao cliente uma relao de cuidado e conforto; ser presente e tratar o cliente com empatia e respeito; competncia e orientao ao autocuidado para o cuidado integral ao cliente. Aplicando o critrio de avaliao prtica dos aspectos do PCC, verificou-se que somente trs: prticas de amor e gentileza; desenvolvendo relao de ajuda; e ajudar nas necessidades bsicas atenderam ao PCC. Conclui-se, que alm da realizao dos cuidados tcnicos ao cliente com CCB, necessrio que a equipe de enfermagem se conscientize da importncia do cuidado transpessoal para a reconstituio do equilbrio corporal fsico, mental e espiritual do cliente, visando seu bem-estar, apesar das dificuldades do adoecimento.
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O presente trabalho tem como objetivo observar a atuao da equipe de enfermagem na ateno bsica, buscando caracterizar como se do as interaes com o usurio, e priorizando a escuta como requisito da integralidade. Para que os profissionais de sade percebam, identifiquem o sofrimento do usurio, torna-se necessrio uma interao maior entre eles, ou seja, um dilogo. Para o exerccio de um bom dilogo, faz-se necessrio uma escuta atenta, buscando-se detalhes que podem estar ocultos nas falas, alm do acolhimento e o vnculo, que so atributos responsveis pela prtica da assistncia integral. A reduo do sujeito a objeto tem sido a realidade das unidades bsicas de sade, lembrando que os usurios que procuram os servios de sade possuem uma vida fora dali, com estilos variados. O modo de falar, os cuidados prestados variam conforme a rotina de cada um. A pesquisa teve como suporte terico a integralidade como exerccio de boas prticas e produo de cuidado, enfatizando-se a escuta. Trata-se de um estudo de carter qualitativo com abordagem etnogrfica, que permite ao pesquisador fazer uma leitura detalhada da realidade. Os dados foram coletados atravs da observao participante e acompanhamento das atividades realizadas pela equipe de enfermagem de duas unidades bsicas do municpio de Paranava-PR, e os achados foram devidamente registrados em dirio de campo. Aps as observaes, os profissionais foram entrevistados. Participaram como sujeitos da pesquisa sete tcnicos de enfermagem e um profissional administrativo. O material foi submetido tcnica de anlise de contedo. A anlise compreendeu as seguintes etapas: pr-anlise, que se refere leitura inicial de todo o contedo e organizao dos dados, e anlise, que compreende categorizao e tratamento do material. Foram identificados pontos crticos na assistncia durante a observao, como a falta do acolhimento, desorganizao do servio, a falta do exerccio da escuta e o trabalho mecanizado. Nas entrevistas, foi possvel desenvolver categorias com os relatos coletados, destacando-se a sensibilidade ao paciente, procura do melhor, falta de tempo e sentido da escuta. Conclui-se que a integralidade ainda uma utopia na realidade dos servios de sade, e que a escuta raramente utilizada e seu sentido to pouco conhecido. A desorganizao do servio de sade nas unidades bsicas e o aparente conformismo dos profissionais frente a suas atividades so fatores predisponentes ao no-exerccio da escuta, dificultando ainda mais a prtica da integralidade. Considera-se fundamental a reflexo, por parte dos profissionais, e soluo dos problemas encontrados, atravs de conscientizao e sensibilizao, modificando a assistncia atravs de reorganizaes do trabalho.
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Este estudo prope uma reflexo acerca do cuidado de enfermagem e suas prticas voltadas pessoa com HIV/Aids desenvolvido por profissionais da equipe de enfermagem. O objetivo geral foi analisar as representaes sociais e as prticas de cuidado de enfermagem a pessoa com HIV/Aids para a equipe de enfermagem que atua no Programa de DST/Aids no Municpio do Rio de Janeiro. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, fundamentada na Teoria das Representaes Sociais. Quanto metodologia este estudo foi desenvolvido com 16 unidades de sade inseridas no Programa Nacional de DST-Aids do Ministrio da Sade, que prestam assistncia a pessoas que vivem com HIV/Aids em nvel ambulatorial. Participaram desse estudo 37 profissionais, sendo 20 enfermeiros e 17 tcnicos e auxiliares de enfermagem. Os dados foram coletados atravs de entrevista semiestruturada, tendo sido analisadas atravs da utilizao do software ALCESTE 4.10; e questionrio de identificao scio-profissional, cuja anlise de dados foi realizada com estatstica descritiva. A partir da anlise ALCESTE foram definidas 7 classes, divididas em dois blocos temticos, sendo o primeiro denominado O HIV/Aids e seus impactos sociais atravs do olhar da equipe de enfermagem. Este bloco abarcou 3 classes, sendo elas: Preconceito e vulnerabilidade no cotidiano do cuidado de enfermagem de pessoas atingidas pelo HIV/Aids (classe1); As relaes familiares e o envolvimento com o HIV/Aids (classe 4) e Memrias scio profissionais sobre o HIV/Aids (classe 7). O segundo bloco temtico denomina-se O HIV/Aids e as prticas de cuidado, e abarca 4 classes da anlise, denominadas: A complexidade do atendimento ambulatorial da pessoa com HIV/Aids (classe 2); As prticas de cuidado da equipe de enfermagem e da equipe multiprofissional (classe 3); A educao em sade como prtica do cuidado de enfermagem (classe 5) e Medidas de proteo e biossegurana dos profissionais de enfermagem (classe 6). No primeiro bloco observa-se as representaes da doena, os estigmas enfrentados pela pessoa com HIV/Aids, as relaes com familiares e profissionais de sade e as memrias da equipe de enfermagem com relao a doena. Observa-se que mesmo aps ter havido mudanas no perfil da doena, as marcas do passado ainda se fazem presentes no cotidiano desses sujeitos, o que se reflete no cuidado de enfermagem, nas relaes familiares e na vida em sociedade. O segundo bloco descreve as prticas institucionais e profissionais de cuidado pessoa com HIV/Aids, observando-se o destaque da autoproteo no cuidado de enfermagem aos sujeitos com HIV/Aids. Tambm so destacados elementos como o cuidado do outro, tais como o vnculo, a postura acolhedora, o apoio psicolgico e o relacionamento interpessoal, que so modalidades reconhecidas como participantes das prticas de cuidado, assim como a educao em sade. Conclui-se que os diversos contedos que compem as representaes sociais e as prticas de cuidado de enfermagem a pessoa com HIV/Aids se apresentam sentimentos, prticas, atitudes, memrias, conceitos e imagens atuais e antigas, com a presena do cuidado instrumental, mas tambm do cuidado relacional.
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Os debates sobre formao profissional em sade ampliaram seu espao na agenda de discusses polticas brasileiras. As Diretrizes Curriculares Nacionais para Cursos na rea de Sade, homologadas pelo Ministrio da Educao em 2001, orientam mudanas em graduao dos profissionais, coerentes com a necessidade indicada pelo Ministrio da Sade de incentivar mudanas na formao em sade com nfase na integralidade da ateno. Este trabalho investigou as propostas das novas Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de odontologia (DCNO), tendo como eixo de anlise o princpio da Integralidade em sade e o trabalho em equipe. A partir do referencial terico da construo da Integralidade em sade, foi analisada a percepo de seus elementos no discurso de gestores acadmicos, professores e alunos de um curso de odontologia e no documento das DCNO. A anlise do documento das DCNO demonstrou uma reduzida sistematizao das ideias e conceitos associados integralidade em sade, reforando a nfase nas prticas do Cirurgio-Dentista ao mbito da Sade Bucal. A anlise das entrevistas revelou certo grau de apropriao, pelos autores estudados, de discursos que ampliam o universo da odontologia, porm referem-se a prticas profissionais e de ensino-aprendizagem ainda bastante calcadas no conhecimento clnico-cirrgico aplicvel ao indivduo. Existe uma associao entre integralidade em sade, perfil generalista e trabalho em equipe integrao das especialidades odontolgicas, viabilizadas pela integrao das clnicas. Nota-se uma tendncia mudana de valores, inclusive nos depoimentos de estudantes, que demonstram interesse nas prticas no setor pblico, reforando a necessidade de ampliao da odontologia na arena de discusses sobre a formao em sade, de modo a aproximar contedos e prticas de sade coletiva com aquelas do campo clnico-cirrgico sob novas perspectivas e aproximar a teoria da rea especfica de atuao, avanando na construo do trabalho em equipe.
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Trata-se de uma pesquisa qualitativa descritiva que teve como objeto de estudo as estratgias de enfrentamento dos pais com o nascimento de uma criana com anomalia craniofacial. Objetivou identificar o impacto causado nos pais frente ao nascimento de um filho portador de anomalia craniofacial; descrever as estratgias de enfrentamento que os pais utilizam para estabelecer vinculao com o filho que apresenta malformao. Utilizou o mtodo Narrativa de Vida, atravs da entrevista gravada com 15 mes e sete pais de crianas com malformao craniofacial. O estudo foi aprovado pelo Comit de tica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. A coleta de dados foi realizada entre junho e agosto de 2014. As narrativas apontaram para a emergncia de trs categorias: Ter um filho com anomalia craniofacial: situao impactante; Estratgias de enfrentamento utilizadas por pais de crianas com malformao craniofacial; Pais e profissionais da equipe de sade: uma relao conturbada. As categorias puderam explicitar que a notcia da malformao gera impacto e crise na vida dos pais e no seio familiar. A grande expectativa na gravidez pelo beb perfeito se transforma em frustrao, choque e culpa. Diante dessa adversidade, as famlias comeam a desenvolver estratgias de enfrentamento que auxiliam vinculao com seu filho malformado. Essa capacidade de desenvolver foras e habilidades para se adaptar nova realidade, minimizando os efeitos negativos, chamada de resilincia. As narrativas apontam a experincia religiosa e a rede de apoio como as principais estratgias de enfrentamento utilizadas pelos participantes. A equipe de sade chamada a apoiar os pais ao longo do processo de adaptao com o filho malformado. Os profissionais de sade podem auxiliar no suporte e adaptao destes pais, diante da nova condio, sendo agentes promotores da escuta teraputica. Compreender o que h por detrs de cada histria desvelada, traz subsdios para potencializar a resilincia no acolhimento institucional dos pais e sua famlia.
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A questo que norteou esta pesquisa aborda os valores que podem sustentar a prtica do acolhimento, na oferta da integralidade do cuidado, no contexto da Estratgia da Sade da Famlia. O acolhimento entendido nesta escrita como uma postura e prtica orientada pelo Cuidado como Valor, pautada por uma relao que instigue o sentimento pblico de responsabilidade daquele que acolhe com quem busca o acolhimento. Alm disso, indaga-se sobre em que meandros e sutilezas do trabalho em equipe as prticas de acolhimento podem surgir ou desaparecer do horizonte tico-poltico deste tipo de interveno. A pesquisa, que tem como campo de estudo a Sade Coletiva, busca agregar elementos da filosofia e sociologia, a fim de realizar aproximaes com outros campos do conhecimento. Para tanto, a obra de Hannah Arendt objeto de constantes aproximaes, principalmente os conceitos de Responsabilidade e Julgamento, que nesta dissertao so defendidos como nexos axiolgicos das prticas de acolhimento. O material estudado nesta pesquisa consiste nas experincias do prprio pesquisador, que so (re)construdas a partir de narrativas. A metodologia utilizada para tratar deste material, em consonncia com o referencial terico adotado, recorre s narrativas buscadas em relatrios e dirios de campo que foram elaborados durante o perodo de insero do pesquisador em uma Unidade Bsica de Sade. A escolha pelas narrativas justificada, pois estas so apropriadas aos estudos que se fundamentam nas ideias fenomenolgicas, alm de manter os valores e percepes presentes na experincia narrada. A anlise de implicao surge como uma importante ferramenta para a pesquisa que conta com participao do prprio pesquisador, uma vez que o contedo de pesquisa emerge a partir da anlise das sensaes e sentimentos que o pesquisador percebe em si mesmo no confronto com o campo, seus participantes e suas relaes. Esse material, quando analisado, d destaque ao lugar do pesquisador no campo, permitindo compreender os nexos de sua interveno, alm colocar luz nos jogos de poder presentes no campo de pesquisa. Os resultados so apresentados luz dos conceitos de Responsabilidade e Julgamento, apoiados no construto do Cuidado como Valor. Na discusso que finaliza esta dissertao possvel encontrar a defesa de valores que possam colocar o homem e no o acmulo de riquezas como o objetivo ltimo das aes de sade. So destacados elementos que permitem divergir de uma viso monolgica de indivduo, fundada pela teoria contratualista e que constitui um dos pilares do utilitarismo, para dar lugar a uma concepo de sujeito constitudo na intersubjetividade, e que tem, portanto, responsabilidade para com os outros e o mundo que o cerca.
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O cncer constitui um problema de sade pblica para o mundo desenvolvido e tambm para naes em desenvolvimento. Segundo a estimativa realizada pelo Inca para o ano de 2012, a partir dos dados dos Registros de Cncer de Base Populacional (RCBP), o percentual mediano dos tumores peditricos encontrava-se prximo de 3%. Para o ano de 2012, com exceo dos tumores da pele no melanoma, estavam previstos 384.340 casos novos de cncer. Destes, ocorrero cerca de 11.530 casos novos de cncer em crianas e adolescentes at os 19 anos. Este estudo teve por objeto as expectativas de vida do adolescente frente ao transplante de clulas tronco hematopoiticas (TCTH) e como objetivos: descrever as expectativas dos adolescentes que se submeteram ao TCTH e analisar compreensivamente as expectativas de vida destes jovens que se submeteram ao TCTH. Trata-se de estudo de natureza qualitativa, pautado no referencial terico-metodolgico da fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz. O cenrio para sua realizao foi uma unidade de Transplante de Medula ssea, localizada em um hospital federal de referncia nacional, localizado na cidade do Rio de Janeiro. Os participantes do estudo foram oito adolescentes, na faixa etria entre 12 e 18 anos de idade, que se encontravam em fase ps-TCTH, em acompanhamento no hospital diariamente ou j de alta hospitalar da unidade. Para a realizao do trabalho de campo, foi utilizada a entrevista fenomenolgica como instrumento de captao das falas, as quais foram guiadas pelas seguintes questes orientadoras: fale para mim como foi esse perodo de adoecimento para voc. Quais as suas expectativas em relao ao transplante de clulas tronco hematopoiticas? O que voc espera da sua vida diria/cotidiana agora aps a realizao do transplante de clulas tronco hematopoiticas? As falas foram transcritas, analisadas para ento serem categorizadas. A partir da anlise compreensiva, emergiram quatro categorias: Ser curado; Ter uma vida normal; Ter uma profisso; Constituir famlia; e Apresentando o motivo porque. O estudo possibilitou atravs dos relatos dos adolescentes mergulhar e adentrar no seu universo de significados sobre o que eles esperam do TCTH para a apreenso do que pensam sobre a sua insero no mundo da vida aps a sua realizao, como tambm remeteu para a ao profissional que vislumbra a atuao multidisciplinar na perspectiva do ns, na qual o adolescente, sua famlia e a equipe sejam parte integrantes desse processo.
Conspirando msica: uma etnografia macrossociologicamente informada do conceito goffmaniano de equipe
Resumo:
Este trabalho um estudo sociolgico sobre o dia a dia de um grupo de indivduos envolvidos na e pela realizao conjunta e simultnea de um processo coletivo de produo, isto , pela coordenao de aes a um s tempo com vistas a um objetivo coletivo comum. Quando se entende o coral da Escola JXa como uma equipe goffmaniana, este objetivo coletivo comum passa a ser a manuteno de uma impresso diante de um pblico atravs da produo musical. Assim, busca-se descrever aqui como os integrantes daquele coral conjugavam seus esforos para parecerem msicos apresentando msicas para uma audincia. Necessariamente, isso implica na mobilizao proficiente de parmetros culturais j estabelecidos como musicais em determinada sociedade. Deste modo, para que aquela equipe pudesse almejar a manuteno de uma impresso, seus integrantes precisariam ter aprendido a entender e a reproduzir convenes musicais. Da a importncia para a anlise de se considerar a longa durao de um campo bourdieusiano. No caso do coral da Escola JXa, as convenes de produo musical eram sintetizadas pela formao SATBar, atravs da qual se dividia funcionalmente o coral em quatro tipos de cantores − soprano, contralto, tenor e bartono. Alm desta categorizao, de origem europeia e renascentista, a presena de uma regente e de um conjunto de instrumentistas tambm se apresentava como condicionamento histrico da produo musical daquela equipe. Assim, tenta-se entender como se construam identidades individuais − de msicos - e coletiva − de um coral − atravs da atualizao situacional de um cnone secular. Alm disso, busca-se caracterizar as dinmicas entre o dia a dia daquele coral e instituies macrossociais mais amplas - como a classificao heteronormativa dos gneros −, mediadas pelas convenes musicais. Finalmente, descreve-se como se manifestava o imperativo categrico situacional dos integrantes do coral − manter-se leal manuteno da identidade da equipe − imediatamente antes, durante e imediatamente depois das apresentaes em pblico.
Resumo:
A Embrapa Mandioca e Fruticultura Tropical instituiu h poucos anos atrs, os ?Dias dos Produtos? pesquisados pelo Centro. A data escolhida para a comemorao do ?Dia do Abacaxi? foi 04 de novembro. Isso porque foi nessa data que o navegador genovs, Cristvo Colombo, em uma de suas histricas viagens, aportou na ilha de Guadalupe, e l encontrou o abacaxi sendo cultivado pelos nativos. Impressionado pela beleza e forma da planta, pelo aroma e sabor do fruto, coletou alguns exemplares e os levou para a Europa, onde esse fruto teve grande aceitao. Em 2007, a comemorao do ?Dia do Abacaxi? foi adiada e ocorreu no dia 10/12/2007 tarde, e tambm teve uma programao diferente, da qual constou, alm da confraternizao informal de praxe, uma sesso tcnica composta de um painel. Nesse painel foram apresentadas quatro palestras referentes a alguns dos impactos e avanos obtidos pela Equipe Tcnica de Abacaxi /ETA, da Unidade, ao longo de sua existncia. Os temas das palestras versaram sobre o VI Simpsio Internacional de Abacaxi (pela primeira vez realizado no continente sulamericano e, mais especificamente, no Brasil); fitossanidade (fusariose) e produo integrada (com destaque para o Tocantins); melhoramento gentico (hbridos resistentes e herana da resistncia); usos alternativos do abacaxi (como ornamental, flor de corte, de vaso e de jardim); e aspectos econmicos e de mercado (peso mdio do fruto brasileiro e posio do Brasil no mercado internacional). As palestras foram apresentadas, respectivamente, pelos pesquisadores Domingo Haroldo Reinhardt (coordenador do simpsio), Aristteles Pires de Matos, Jos Renato Santos Cabral, Janay dos Santos-Serejo, Fernanda Vidigal Duarte Souza e Clvis Oliveira de Almeida.
Resumo:
Les infirmières et les infirmiers qui s'engagent comme enseignantes et enseignants en soins infirmiers passent du statut d'infirmière et d'infirmier expert celui d'enseignante et d'enseignant novice sans vraiment tre prpars. Le manque de connaissances en pdagogie, l'absence de modles de rfrence et la lourdeur de la tche contribuent leur incertitude quant au dsir de persvrer dans le domaine de l'enseignement. Cette situation s'avre critique puisqu'en ce moment on prvoit une pnurie d'infirmières et d'infirmiers et une pnurie de professeurs pour les former. Comment leur venir en aide travers un horaire dj charg? Un programme de mentorat serait-il la solution? Notre recherche a vis dgager les points de vue des enseignantes et des enseignants expriments en soins infirmiers, susceptibles d'tre mentors, sur les dfis relever dans la pratique du mentorat auprs d'enseignantes et d'enseignants novices ainsi que les points de vue des novices sur le sujet.