999 resultados para Discurso de renúncia


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O objetivo deste trabalho é investigar como as representações discursivas do locutor e dos alocutários são construídas no discurso de renúncia ao mandato de senador, proferido por Antonio Carlos Magalhães (ACM), na 62ª sessão deliberativa ordinária, em 30/5/2001. A perspectiva teórica que adotamos situa-se no campo da Linguística do Texto, com foco na abordagem da Análise Textual dos Discursos ATD (Adam, 2011). A noção de representação discursiva apresentada pela ATD constitui um dos aspectos da dimensão semântica do texto e baseia-se parcialmente nos trabalhos de Grize sobre a esquematização (1990, 1996). Complementamos as categorias de análise com contribuições que nos permitem detalhar a expressão linguística, textual, e discursiva das representações discursivas (Neves, 2006; Castilho 2010; Rodrigues, Passeggi, Silva Neto, 2010; Rodrigues et al. 2012; Passeggi, 2012). O enfoque metodológico é qualitativo, descritivo e interpretativista (Minayo, 1994; Trivinõs; 1987; Gil, 2002). Os procedimentos de análise utilizam as categorias semânticas de referenciação, predicação, modificação (de referentes e predicações), localização espacial e temporal, conexão e comparação. A representação discursiva do locutor (ACM) é constituída pelo conjunto de representações mais específicas, expressas nas referenciações e nas suas modificações: vítima; político; sigla; baiano, nordestino; presidente do senado; senador confiante; condenado. ACM, como protagonista, assume sempre a sua voz no discurso, manifesta seus pontos de vista e posiciona-se como sujeito ativo, consciente da importância do seu papel político e social, que o torna alvo e vítima das ações dos adversários. Complementando essa referenciação, as predicações e suas modificações se expressam através de verbos de ação, em especial, verbos na 1ª pessoa do singular que marcam o tempo presente, real e conclusivo de ações que constroem um cenário positivo para si mesmo. A localização temporal e espacial, indica as ações realizadas pelos participantes nas diversas etapas temporais selecionadas pelo texto, articuladas a três espaços principais: o Senado Federal, o Brasil e, naturalmente, a Bahia. Por sua vez, conectores adversativos (sobretudo, mas ), explicativos e condicionais acompanham e estruturam o ritmo argumentativo do discurso de renúncia de ACM

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A presente dissertação de mestrado pretende abordar as vicissitudes do discurso do capitalista sobre o sujeito. Para tanto, toma como ponto de partida a afirmação de Lacan, em suas palestras em Saint-Anne sobre O saber do psicanalista, de que o que caracteriza o discurso do capitalista é a foraclusão da castração. A partir dessa colocação representada no matema do discurso do capitalista pelo desaparecimento da disjunção entre produto e verdade, bem como pela ausência de um vetor entre agente e Outro, o que demonstra que esse discurso não promove laço social , percorre-se algumas questões que reverberam sobre o sujeito, dentre as quais se destaca: se o sujeito não existe fora do laço social, que sorte de efeitos a ele resulta por freqüentar um discurso que se apresenta como dominante na contemporaneidade em que a castração está foracluída e, portanto, também o liame social? Tendo em vista que a Verwerfung é o que opera no discurso do capitalista, lança-se a hipótese de que a esquizofrenização no nível do discurso resulte na propagação do que Helene Deutsch convencionou chamar de como se. Esse fenômeno surgiria como uma suplência imaginária a que recorreria o sujeito como estabilização face aos efeitos decorrentes da foraclusão da castração no discurso do capitalista. Trata-se de um discurso psicotizante que, ao contrário dos quatro discursos apresentados por Lacan no seminário O avesso da psicanálise, não promove laço social. Se discurso é o que faz laço social e Freud, em 1930, anunciara que a principal fonte de sofrimento de que padece o homem é a relação com os demais, o mal-estar na civilização é o mal-estar dos laços sociais. Logo, os quatro discursos participam do mal-estar na civilização. Ao contrário destes, o discurso do capitalista, na tentativa de eliminar o mal-estar, foraclui o laço social. Por promover o gozo ao invés da renúncia à pulsão, o discurso do capitalista acaba por instigá-la. E, como toda pulsão é pulsão de morte, não é outra coisa senão o empuxo mortífero ao gozo que o discurso do capitalismo produz. A potência que o discurso do capitalista adquiriu na contemporaneidade é analisada a partir de sua íntima relação com o discurso da ciência. A partir de algumas colocações de Hannah Arendt acerca da banalidade do mal presente em um sistema totalitário como o nazista, cogita-se a hipótese de que a aliança entre os discursos do capitalista e da ciência resulte no surgimento de uma nova forma de totalitarismo: o totalitarismo de consumo.

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Partindo das considerações de que os termos sujeito e subjetividade permeiam o discurso psicanalítico contemporâneo e de que são, direta e indiretamente, atribuídos a Freud a despeito de ele próprio nunca tê-los conceituado, esta pesquisa tem como objetivo caracterizar um perfil de sujeito a partir do discurso freudiano. O trabalho orientou-se pela metodologia da Análise Institucional do Discurso, uma analítica do domínio subjetivo que toma o discurso em seu caráter de ato e acontecimento. Primeiramente se realizou um estudo de As técnicas de si, de Michel Foucault, de modo a permitir o circunstanciamento da psicanálise como uma técnica que produz um si, um sujeito este circunstanciamento permitiu, então, tomar sujeito e subjetividade na qualidade de produções histórica, geográfica e analiticamente contextualizadas, não como formas de imanência ou transcendência. A partir desse pressuposto, elaborou-se uma análise institucional do discurso de O mal-estar na civilização que privilegiou não apenas seu conteúdo, mas principalmente seu modo de produção, colocando em relevo o contexto presente no texto, as interlocuções que se criam, os lugares atribuídos e ocupados, as expectativas assim mobilizadas, as estratégias discursivas utilizadas, os jogos de poder e verdade exercidos, bem como os efeitos de reconhecimento e desconhecimento então facultados. Esta análise mostrou que Freud exerce uma perspectiva de interioridade, pois o mal-estar que acomete a civilização é compreendido em analogia à concepção psicanalítica de desenvolvimento individual, explicando, em suma, a cultura pelo prisma do indivíduo; evidenciou que as teorizações sobre a vida instintiva são a principal sustentação do discurso sobre o mal-estar da civilização; apontou como as estratégias discursivas utilizadas por Freud promovem a subjetivação, por parte do leitor, daquilo que seu discurso produz como verdade; e que o conceito de indivíduo é ocasião de exercício daquela perspectiva de interioridade e de atualização dos pressupostos teóricos. Com base nisso, pôde-se caracterizar um sujeito universal; psicologizado; determinado sobretudo pelos movimentos da sexualidade e da agressividade; cuja tônica recai sobre o dito mundo interno; dotado de origens e propósitos concernentes à vida instintiva; e cujo perfil é delimitado pela tarefa de administração dos instintos, isto é, cujo perfil se dá entre os imperativos superegóicos de renúncia e a margem de liberdade de que dispõe para satisfazer as exigências do princípio de prazer. Observou-se também, na esteira do pontuado por Guirado (2010), que em geral Freud naturaliza os termos do discurso teórico, fazendo de sua universalização a condição e o limite para se pensar o domínio subjetivo e a singularidade; diferentemente de Foucault, que compreende esse domínio em referência às relações de poder e saber, de forma contextualizada. Do ponto de vista da análise institucional do discurso freudiano, concluiu-se, finalmente, que o si ao qual a técnica psicanalítica dá lastro é efeito da perspectiva exercida por Freud, que promove o reconhecimento da interioridade instintiva como crivo da civilização, de um modo de vida e de si mesmo

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No âmbito de um projeto, já concluído, sobre escolhas vocacionais realizadas pelos alunos à entrada do ensino secundário em Portugal, um dado mereceu a nossa particular atenção: a renúncia da influência, ou seja, a crença de que a escolha efetuada foi liberta de qualquer tipo de influência evidenciou-se como valor comum partilhado por todos os jovens inquiridos. Com base em dados, quantitativos (inquérito por questionário a 1793 alunos do ensino secundário) e qualitativos (24 entrevistas individuais semidiretivas a alunos do mesmo nível de ensino), recolhidos no âmbito do citado projeto, este artigo procura (re)situar a negação das influências externas no processo de definição do percurso escolar no quadro dos processos de construção de si na adolescência. Faremos isso confrontando a autonomia reivindicada pelos adolescentes com as fontes de influência que participam e suportam essa mesma escolha. Assim, identificar-se-ão ao longo do artigo quem são os interlocutores dos alunos no processo de (re)definição das suas vocações, a que suportes informativos recorrem para apoiar as suas escolhas e que grau de importância atribuem a estas fontes de informação. O conjunto dos dados apresentados permite melhor compreender a complexidade inerente aos processos de individuação na adolescência, ao enquadrar os legítimos discursos de afirmação de si na densa teia de relações sociais em que têm lugar, destacando o papel diferenciado desempenhado pelo mundo escolar, pela família e pela mídia.

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This work analyses texts on indigenous women´s participation in the Mexican Zapatista Army, Ejército Zapatista de Liberación Nacional. The EZLN came to public attention after ten years of clandestine organization in 1994 in Chiapas, a southern state of Mexico neighboring Guatemala. Along the invasion of various municipalities in Chiapas, the Zapatista Army published their own Revolutionary Laws, directed to the Mexican government that included a section on women´s own laws. The indigenous women´s participation in a guerrilla movement in the economically poorest area of Mexico raised many questions among Mexican feminists and some of them fiercely criticized the laws for not being liberating or feminist at all. The question is, did the indigenous women want the laws to be feminist? To answer the main research question How is the position of women constructed in the Zapatista discourse? I analyze texts by various actors in the discourse within the theoretical framework of critical discourse analysis and the feminist theories of intersectionality. The connecting point in this interdisciplinary framework is the question of power and hegemony. The actors in the discourse are the women commanders themselves, the men commanders, the Zapatista spokesperson, subcomandante Marcos and the Mexican feminists. The texts analyzed are the letters of the EZLN to the media and discourses in public reunions, first published in Mexican newspapers and international discussion lists on the Internet and after 2005, on the Zapatista´s own webpage. The results show that instead of discussing whether the Zapatista women´s participation is feminist or not, the action itself provoked such wide discussion of the diversity within the feminist movement that it is a contribution itself. The work also shows that the use of language can be one tool in the quite recent paradigm of intersectionality in feminist theories.

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Prólogo: "El objetivo del presente trabajo es entroncar un texto de la colonización y descubrimiento de América con la tradición humanista. El relato denominado Naufragios del tesorero de la expedición de Pánfilo de Narváez, Álvar Núñez Cabeza de Vaca, debe ser visto, a nuestro entender, desde esta tradición alimentada por las vertientes grecolatina y judeocristiana y la continuidad de un corpus literario al cual pertenecen autores como Dante Alighieri, el Inca Garcilaso de la Vega o Cervantes...

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Resumen: Los conceptos de “libertad” y “democracia” que se presentan en los discursos de Monseñor Miguel de Andrea durante los años 1932 y 1946 fueron fundamentales para elaborar una estrategia comunicacional orientada a combatir el comunismo y defender los valores republicanos. Se parte de la premisa de que el discurso es una herramienta primordial para difundir ideas y pensamientos, formar opinión y movilizar a la acción. El carácter excepcional de Miguel de Andrea en el mundo eclesiástico e intelectual de su tiempo lo convierten en una figura clave en la defensa de la Constitución y la democracia del período de entreguerras.

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La convocatoria a recorrer un “Año de la fe” permitió a Benedicto XVI centrar su alocución de 2012 a la Rota romana en ese próximo acontecimiento eclesial. La extrema importancia que el Pontífice atribuye a su llamada a renovar la fe católica se puso de manifiesto en las palabras que dirigiera unos días más tarde a la plenaria de la Congregación para la Doctrina de la Fe...

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Resumen: En el presente ensayo abordamos el tema del análisis del discurso científico presentando nuevas categorías y formas de organización para la descripción del mismo. Su aplicación facilita la transmisión de las prácticas metodológicas y clarifica la comprensión de los conceptos involucrados en la producción de propuestas de investigación, tesis y artículos científicos. Se hace uso principalmente de adverbios de posición en lengua latina ya que los mismos dan una indicación clara de la relación entre las partes del discurso propio de este género.

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Resumen: El objetivo de este trabajo es analizar la estrategia política del presidente Roberto M. Ortiz durante el período en actividad (1938-1940) para combatir el fraude electoral y normalizar las prácticas electorales e institucionalidad democrática de la Argentina de fines de los años treinta. Se presume que el presidente orientó su proyecto político de una manera aperturista y de diálogo sincero con la Unión Cívica Radical (UCR). Para ello promovió dos estrategias claras: lograr el apoyo de los sectores liberales del Ejército, e intervenir las provincias con prácticas fraudulentas. Su política contra el fraude provocó una situación inédita de erosión de la coalición de partidos oficialistas, base de sustentación del Poder Ejecutivo. Sin apoyo partidario, Ortiz quedó aislado y en clara confrontación con el Senado, dominado por grupos conservadores.

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Resumen: El objetivo de este trabajo es analizar comparativamente el modo en que la prensa gráfica de circulación nacional construyó en noticia el discurso pronunciado por el ex presidente Néstor Kirchner en ocasión de la promulgación de una medida de política de comunicación. Se trata del decreto firmado por el ex primer mandatario el 20 de mayo de 2005, que dispuso la suspensión del cómputo de todas las licencias de radio y televisión del país por un plazo de diez años. El estudio de las noticias se aborda desde una perspectiva interdisciplinaria que combina el análisis del discurso con herramientas metodológicas propias de las teorías sobre el periodismo.

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Integran este número de la revista ponencias presentadas en Studia Hispanica Medievalia VIII: Actas de las IX Jornadas Internacionales de Literatura Española Medieval, 2008, y de Homenaje al Quinto Centenario de Amadis de Gaula.

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Abstract: The present article discusses about the representation of Octavius, Mark Antony and Cleopatra in three coins, to reflect about how the ancient mintage contributed for these personages could shape their images to the populus romanus in general.

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Dueños de un discurso contestatario y crítico, pero a la vez formativo y comprometido con el hombre trabajador como centro de sus proyectos, el principal objetivo del movimiento anarquista argentino fue impugnar, cuestionar y contradecir el discurso oficialista. Una de las tácticas que utilizaron los militantes libertarios fue la propaganda por el hecho o acción directa, como denominaremos los actos terroristas ácratas. Si bien en la Argentina encontramos una importante literatura libertaria con un lenguaje perturbador y radicalizado, los sucesos violentos fueron aislados, aunque no por ello dejaron de preocupar tanto a la clase dirigente como a la sociedad en general, que llegó a identificar al militante ácrata con un criminal y lo transformó en un problema de higiene y seguridad pública. Esta situación, sumada no sólo al tenor violento que caracterizó los conflictos laborales, sino también a las noticias nada tranquilizadoras que llegaban de Europa, donde una ola de atentados sacudió la opinión pública, provocaron un pánico exagerado en los distintos ambientes sociales. La consecuencia directa fue la celebración del Centenario en medio de una oleada de huelgas, protestas y con declaración del estado de sitio.