11 resultados para Dipsas


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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

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The reproduction and activity of Dipsas albifrons (Sauvage, 1884) from the southern Atlantic Forest, Brazil, were studied by analysing 144 preserved specimens. Females attained larger body sizes than males. Contrary to other Dipsadini of lower latitudes, reproduction in D, albifrons is seasonal with vitellogenesis and oviposition occurring in the rainy season and the hatching of the juveniles occurring at the end of the rainy season. Similar to other Dipsadini, clutch size in D. albifrons is relatively small, ranging from one to eight eggs. Clutch size was significantly, correlated to female body size. Adult males and females showed a bimodal activity pattern. Seasonal variation in climate, reproductive cycles and feeding are considered to be the main factors responsible for the observed activity trend.

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A subfamília Dipsadinae engloba 22 gêneros da fauna de colubrídeos neotropicais e 24 outros considerados incertae sedis, mas com caracteres comuns aos dipsadíneos. Os gêneros Dipsas, Sibon, Sibynomorphus e Tropidodipsas formalmente compõem a tribo Dipsadini a qual é considerado um grupo monofilético bem fundamentado. A tribo é caracterizada por serpentes que apresentam um alto grau de especialização morfológica, relacionado ao modo de alimentação e adaptações ao hábitat em que vivem. O gênero Dipsas inclui aproximadamente 32 espécies, distribuídas do México até a América do Sul, é constituído por serpentes de corpo delgado e alongado, com cabeça curta e proeminente, olhos grandes, pupilas verticais e ausência de sulco mentoniano. As espécies são notavelmente variáveis na coloração, número de escamas e outros caracteres morfológicos. Essa extrema variação tem dificultado a definição dos limites entre as espécies e a interpretação de padrões de variação geográfica. A grande variação morfológica dos caracteres presentes nas espécies D. catesbyi e D. pavonina, associada à dificuldade de identificação dos táxons e à escassez de informações sobre as suas distribuições geográficas, justificam a necessidade de uma análise mais detalhada destas espécies. Para tal, o presente estudo foi dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo corresponde à análise da variação individual, sexual e geográfica de D. catesbyi e D. pavonina, e a comparação dos caracteres morfológicos entre as duas espécies. O segundo corresponde à análise da macroestrutura das glândulas cefálicas nestas duas espécies, relacionando-as com outros táxons de Dipsadinae.

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Fatores ecológicos como a utilização do ambiente e a alimentação, podem influenciar na morfologia corporal e cefálica de um organismo, porém, esta também pode ser o reflexo da linhagem filogenética a que ele pertence. A subfamília Dipsadinae inclui serpentes sul-americanas formadas por dois clados, um incluindo Geophis e Atractus e outro incluindo Dipsas, Ninia, Sibon e Sibynomorphus, que formam a tribo Dipsadini. As serpentes desta tribo apresentam um alto grau de modificações na morfologia corporal e cefálica relacionadas ao ambiente e a alimentação malacófaga. As espécies de Dipsas e Sibon possuem especializações relacionadas à utilização do ambiente arborícola, conferindo um melhor desempenho na locomoção pela vegetação, enquanto que as espécies de Sibynomorphus, em sua grande maioria, são adaptadas ao ambiente terrestre. Quanto à alimentação todas elas apresentam, em diferentes graus, uma série de modificações cranianas relacionadas à manipulação e ingestão de gastrópodes, lesmas e caramujos. Considerando que existe uma relação direta entre a forma da cabeça e a dieta, este trabalho tem como objetivo analisar as divergências da morfologia cefálica relacionadas à dieta entre espécies de Dipsas e Sibynomorphus, assim como analisar possíveis convergências entre espécies destes gêneros e Tomodon dorsatus, espécie da tribo Tachymenini, reconhecidamente especialista em lesmas. Para isto este trabalho está estruturado em duas partes: a primeira refere-se à Introdução geral, onde é apresentada uma ampla abordagem sobre as adaptações morfológicas relacionadas à alimentação dos Dipsadini, assim como as vantagens da utilização da técnica de morfometria geométrica em estudos morfológicos; e a segunda parte refere-se ao trabalho propriamente dito, intitulado “Ecomorfologia de três espécies de Dipsas Laurenti, 1768 e Sibynomorphus Fitzinger, 1843 (Dipsadidae: Dipsadinae)”.

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Although snake infralabial glands are generally constituted of mucous cells, among dipsadines, they are much more developed and predominantly serous in nature, possibly due to the peculiar feeding habits of some species of this group, the ""goo-eaters"", which feed on soft and viscous invertebrates. We compared the morphology and histochemistry of the infralabial glands of three goo-eater species of Southeast Brazil, Atractus reticulatus, Dipsas indica and Sibynomorphus mikanii. In A. reticulatus the glands are formed by mixed acini composed of mucous and seromucous cells and in D. indica, they are composed of mucous tubules and seromucous acini. In S. mikanii the glands are organized in seromucous acini; mucous cells are restricted to the gland anterior region and to the duct lining epithelium. Ultrastructurally, secretory granule electron density varies from low to moderate, depending on their mucous or seromucous nature. The results indicate a large morphological and histochemical variation in the infralabial glands, probably reflecting differences in the secretion chemical composition and in feeding specialization among the three species. The protein content in the secretory cells can be related with the presence of toxins that can be used in chemical prey immobilization or detaching of snails from their shells. (c) 2007 Elsevier Ltd. All rights reserved.

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A relatively large amount of variation occurs in the reproductive ecology of tropical snakes, and this variation is generally regarded as being a consequence of seasonality in climate and prey availability. In some groups, even closely related species may differ in their reproductive ecology; however, in others it seems to be very conservative. Here we explore whether characters related to reproduction are phylogenetically constrained in a monophyletic group of snakes, the subfamily Dipsadinae, which ranges from Mexico to southern South America. We provide original data on reproduction for Leptodeira annulata, Imantodes cenchoa, and three species of Sibynomorphus from southern, southeastern and central Brazil, and data from literature for other species and populations of dipsadines. Follicular cycles were seasonal in Atractus reticulatus, Dipsa, albifrons, Hypsiglena torquata, Leptodeira maculata, L. punctata, Sibynomorphus spp. and Sibon sanniola from areas where climate is seasonal. In contrast, extended or continuous follicular cycles were recorded in Dipsas catesbyi, D. neivai, Imantodes cenchoa, Leptodeira annulata, and Ninia maculata from areas with seasonal and aseasonal climates. Testicular cycles also varied from seasonal (in H. torquiata) to continuous (in Dipsa,5 spp., Leptodeira annulata, L. maculata, N. maculata, and Sibynomorphus spp.). Most dipsadines are small (less than 500 rum SVL), and females attain sexual maturity with similar relative body size than males. Sexual dimorphism occurred in terms of SVL and tail length in most species, and clutch size tended to be small (less than five eggs). Combat behavior occurs in Imantodes cenchoa, which did not show sexual size dimorphism. Reproductive timing, for both females and males, varied among species but in general there were no differences between the tribes of Dipsadinae in most of the reproductive characteristics, such as mean body size, relative size at sexual maturity, sexual size and tail dimorphism, duration of vitellogenesis or egg-carrying in oviducts.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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A busca por padrões de estrutura e composição das comunidades é essencial para prover informações que permitam o manejo sustentado de populações e monitoramento de atividades antrópicas. Na região neotropical, onde ocorre grande riqueza de espécies e complexas relações ecológicas entre elas, estudos envolvendo ofidiofauna ainda são escassos, o que faz com que o entendimento dos processos responsáveis pela estruturação de suas comunidades ainda seja incipiente. No Brasil, vários trabalhos foram desenvolvidos na tentativa de explicitar os fenômenos responsáveis pelos padrões de ocorrência e interações das espécies de serpentes. Objetivando esclarecer quais os fatores que determinam os padrões observados e que afinidades (ecológicas e/ou históricas) as espécies compartilham, foi realizado estudo da taxocenose de serpentes da FLONA de Caxiuanã e áreas adjacentes, durante os anos de 2005 e 2006. Utilizou-se conjuntamente quatro métodos de amostragem (Procura Limitada por Tempo-PLT, Encontros Ocasionais-EO, Armadilhas de Interceptação e Queda-AIQ e Coletas por Terceiros-CT), em cinco áreas (IBAMA e Caquajó, no interior da FLONA de Caxiuanã; Enseada e dois pontos com influência antrópica: Marinaú e Mojuá, estando esses três últimos localizados em áreas adjacentes à FLONA. Foram registrados 378 espécimes distribuídos em cinco famílias, 35 gêneros e 50 espécies. Com os novos registros obtidos nesse estudo, o número de espécies de serpentes para a FLONA de Caxiuanã e áreas adjacentes passa de 63 para 69. Os métodos que apresentaram melhor desempenho em número de indivíduos foram PLT (199/378) e CT (159/378). EO (11/378) e AIQ (9/378) foram os métodos menos eficazes. A riqueza estimada (Jackknife 1), a partir de dados obtidos através de PLT, foi de 56 (+ ou – 4) espécies. O número de espécies estimado para as áreas preservadas foi maior que para áreas antropizadas. A composição das espécies de serpentes da área estudada apresentou maior similaridade com outras taxocenoses de áreas amazônicas. As espécies mais abundantes, acessadas através de PLT, foram Imantodes cenchoa, Corallus hortulanus e Leptodeira annulata. Quando todos os métodos foram considerados, Bothrops atrox, Imantodes cenchoa e Corallus hortulanus foram as espécies mais representadas. As áreas mais antropizadas, localizadas fora da FLONA (Marinaú e Mojuá), apresentaram menores abundância e riqueza de espécies em comparação com áreas protegidas, localizadas no interior da FLONA. Nove espécies foram consideradas potencialmente especialistas: Lachesis muta (pequenos mamíferos), Atractus schach (minhocas), Dipsas catesbyi (moluscos - lesmas), Helicops trivitatus e Hydrops triangularis (peixes), Siphlophis compressus (lagartos), Xenopholis scalaris, Taeniophallus brevirostris (anfíbios anuros) e Tantilla melanocephala (centopéias). Os itens mais acessados foram “lagartos”, “anfíbios anuros” e “pequenos mamíferos”. Serpentes com hábitos primária ou exclusivamente diurnas prevaleceram na comunidade analisada. A ausência de sazonalidade reprodutiva foi característica da maioria das espécies e isso se deve, muito provavelmente, à pouca diferença na temperatura ao longo do ano. A taxocenose de serpentes da FLONA de Caxiuanã e áreas adjacentes está, basicamente, formada por grupos contendo espécies onde, em geral, hábitos diários e de dieta estão sobrepostos. Além dos diversos fatores ecológicos, também fatores históricos, como adaptações morfológicas das espécies, têm grande influência na composição da taxocenose analisada. A grande dificuldade na realização de estudos de comunidades de serpentes está na escassez de dados das espécies, portanto torna-se imperioso que estudos de Ecologia e História Natural continuem sendo exaustivamente conduzidos em uma mesma localidade, objetivando a elucidação dos padrões de respostas aos diversos fatores relacionados à existência das espécies nos diferentes biomas.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Pós-graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) - IBRC

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)