969 resultados para Cunha, Euclides da, 1866-1909 Crítica e interpretação
Resumo:
A presente tese representa um esforo no sentido de contextualizar a caminhada do ensaio de interpretação do Brasil, durante o sculo XIX, com base em trs aspectos: a construo do tema nacional, em Varnhagen; a aquisio de uma linguagem de corte subjetivo, em Joaquim Nabuco; e o relacionamento entre cincia e literatura, em Euclides da Cunha. Na introduo, ocorrem aproximaes de natureza conceitual acerca das caractersticas mais salientes do ensaio como gnero na literatura e da noo de identidade nacional. No primeiro captulo, os objetivos se transferem para a investigao dos antecedentes da interpretação do Brasil, principalmente aqueles localizados nos textos de no fico, a exemplo da carta de Pero Vaz Caminha e dos relatos de viagem durante o perodo colonial. O segundo captulo descreve os esforos para a criao de uma lngua literria correspondente ao novo estatuto de independncia poltica, tendncias inventariadas pela prosa e poesia do perodo, em textos como a Histria Geral do Brasil, de Francisco Adolfo de Varnhagen. O influxo de uma nova subjetividade sobre a linguagem constitui o escopo do terceiro captulo que tambm reproduz parte da fortuna crítica do ensaio O Abolicionismo, de Joaquim Nabuco. Em quarto, o dilogo entre cincias sociais e a interpretação do Brasil servem de contraponto ao levantamento de obras que j aproximam a questo social (o caso de Os Sertes, de Euclides da Cunha). No quinto captulo, uma breve reconstituio da passagem do ensaio de interpretação do Brasil no sculo XX. Por ltimo, na coda, a trajetria do ensaio de interpretação do Brasil, at meados de 1900
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Dois romances escritos em pases e em contextos histricos distintos aparecem como um retrato da situao do campo atravs do tempo em Brasil e Portugal. O processo de unio dos homens em torno de um motivo comum, a oportunidade de sobrevivncia na terra atravs da garantia do trabalho, se transforma na luta desses contra a alienao e, posteriormente, contra a fora armada que protege o Estado e o grande proprietrio. As questes que envolvem a terra transcendem o carter comumente telrico uma vez que essa tambm personagem efetivamente ativo na vida dos homens do campo. Tambm personagem mltiplo esse homem, representado pelas figuras do sertanejo baiano e o campons alentejano: guardam em si a ambiguidade da fragilidade do corpo que, justamente, se torna em sua maior fora. O movimento para a luta transforma homens e terra, muda a Histria. Esse processo visto e traduzido por Euclides da Cunha em Os sertes e por Jos Saramago em Levantado do cho. A campanha de Canudos e as lutas pelo direito ao trabalho no campo portugus so prximas, desse modo, por representarem ambos, sob a perspectiva dos narradores desses dois romancistas, uma anlise das injustias cometidas pelo poder do Estado contra os que nada possuem e o levantar desses por seus direitos, pela transformao do estado de coisas
Traduzindo a alteridade : a questo da identidade nacional em Eduardo Acevedo Daz e Euclides da Cunha
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A presente tese intitulada Traduzindo a Alteridade: a questo da identidade nacional em Eduardo Acevedo Daz e Euclides da Cunha tem como objetivo analisar a construo dos arqutipos nos textos Ismael e Os Sertes e de como tais tipos colaboraram para a construo do conceito de nao nas obras em questo, bem como analisar a utilizao da imagem do outro nessa mesma construo. Com base na Literatura Comparada, nos Estudos de Traduo, na Teoria da Literatura e em outras reas do conhecimento, foi possvel constatar que os autores uruguaio e brasileiro se valeram da obra Facundo: civilizao e barbrie no pampa argentino, de Domingo Faustino Sarmiento, para comporem suas obras, ainda que distantes temporalmente e com vises diferentes. Esse movimento mostra que as produes literrias latino-americanas possuem uma ligao porque igualmente registraram os tipos presentes no lugar e o prprio lugar em que habitavam, colaborando, assim, para a construo do sistema literrio latino-americano, visto que, em alguns casos, esses arqutipos eram comuns entre os diferentes pases. A convergncia desses arqutipos, como o gacho/gaucho do pampa do Rio Grande do Sul do Brasil, do Uruguai e da Argentina, demonstra que a cultura ultrapassa fronteiras polticas, e corrobora a idia de ngel Rama acerca da existncia da comarca cultural. No caso do arqutipo do sertanejo, fundamentado por Euclides da Cunha, no h um correspondente nas demais produes em questo, principalmente porque sua identidade est impregnada de cor local, cujas particularidades no so compartilhadas pelos demais pases. A convergncia ou divergncia das caractersticas de cada tipo local interfere na produo das tradues, uma vez que, quando dessemelhantes, a visibilidade do tradutor necessria e sua interferncia acontece no sentido de aproximar o diferente da cultura alvo. Tambm os Estudos de Traduo e as anlises tradutrias colaboraram igualmente para que as investigaes acerca das obras evolussem no sentido de estudarmos como se deu, na escrita dos autores e dos tradutores, a conscincia do outro no processo de construo do eu nacional.
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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Ps-graduao em Estudos Literrios - FCLAR
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Relatrio assinado por Euclides da Cunha
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Mode of access: Internet.
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"Supplemental to the List of lands in the forest preserve." Albany, 1909.
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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The article presents the main ideas of Euclides da Cunha (1866-1909), a famous Brazilian intellectual from the beginning of the twentieth-century. Da Cunha was one of the first writers to provide a proto-sociological account of subaltern people in Brazil. The aim of the article is to review his contributions in the light of contemporary discussions concerning postcolonialism and decolonisation.
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O presente estudo constitui-se em uma leitura fincada nos moldes esttico-recepcionais do romance Grande serto: veredas, do escritor Joo Guimares Rosa (1908-1967). Aps um estudo histrico-artstico das categorias de heris apresentadas no decorrer da histria literria universal e analisadas pela crítica, tais como na epopia (heri pico), no medievo (heri medieval), na tragdia (heri trgico) e no romance (heri romanesco), incluindo a categoria de heri formulada por Georg Lukcs: o heri demonaco, bem como o heri na modernidade (heri moderno), apresentar-se- um exame diferenciado da figura da persona baseado na tipologia terico-crítica jaussiana de heri, que, por sua vez, ser utilizado para considerao de um estudo interpretativo e de recepo crítica sobre a personagem na obra rosiana, sobretudo a partir de 1956. Dessa forma, demonstrar-se- que a atualidade do tema sustentada pelas obras literrias, que se oferecem como objetos de interrogao para o pensamento crtico, renovando os princpios tericos de cada poca. Para tanto, a anlise volta-se para o estudo de importantes nomes da crítica literria no Brasil e no exterior, cuja seleo se deu em funo da categoria do heri, tais como Manuel Cavalcanti Proena (1958), Mario Vargas Llosa (1966), Antonio Candido (1969), Walnice Nogueira Galvo (1972), Benedito Nunes (1982), Davi Arrigucci Jr (1994), Jos Antonio Pasta Jr (1999) e Ettore Finazzi-Agr (2004), com a finalidade de compreender e explicitar a importncia da reconstruo do horizonte de expectativa a partir da trade hermenutica que permite ao leitor participar da gnese do objeto esttico, expandindo seu contexto e significaes.
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A presente pesquisa analisou a posio e ao poltica nas Assembleias de Deus do Brasil nos perodos 1930-1945 e 1978-1988. Defendemos a tese de que desde 1930 h no interior do pentecostalismo brasileiro posies e intervenes no mundo da poltica. Tanto no perodo de 1930-1945 como o de 1978-1988 nossas anlises sero realizadas a partir das temporalidades discutidas por Giorgio Agamben: chronos, ain e kairos. No que diz respeito ao primeiro perodo 1930-1945, as pesquisas quase sempre vinculam o discurso escatolgico do pentecostalismo a processos de alienao e no envolvimento com a poltica partidria. Entretanto, acredita-se que as narrativas escatolgicas no foram causa de certo afastamento da esfera pblica brasileira, mas sim efeito de processos de excluso aos quais homens e mulheres de pertena pentecostal estiveram circunscritos. Doutrinas como a escatologia e a pneumatologia foram potencializadoras de processos que aqui denominamos de biopotncia. J no segundo perodo, de 1978-1988, a posio e a ao poltica que predominaram no pentecostalismo estiveram relacionadas com a biopoltica. Chamamos de captulo intermedrio ou de transio o perodo correspondente s datas 1946-1977. Nele descreveremos e analisaremos personalidades pentecostais de destaque no campo da poltica brasileira. Metodologicamente, fizemos nossa anlise a partir de artigos publicados no rgo oficial de comunicao da denominao religiosa em questo, o jornal Mensageiro da Paz. Esse peridico circula desde 1930. Alm dos artigos, destacamos tambm as autoras e os autores, todas elas e todos eles figuras de destaque no assembleianismo. Ao longo da pesquisa questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Defendemos a tese de que desde 1930, que o incio de nossa pesquisa, h posio e ao poltica nas Assembleias de Deus. Como resultado disso, questionamos a ideia do apoliticismo pentecostal. Nossa hiptese de que no perodo 1930-1945 o pentecostalismo foi um polo de biopotncia. Se a biopoltica o poder sobre a vida, a biopotncia o poder da vida. Doutrinas como a escatologia e pneumatologia contriburam para que nos espaos marginais onde se reuniam os pentecostais fossem criados novos modelos de sociabilidade e de cooperao; eram tambm espaos de criao de outras narrativas e de crítica a modelos hegemnicos e excludentes. O pentecostalismo foi um movimento que promoveu a dignidade humana de sujeitos subalternos.
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This study focuses on the representations of science and technology in the thinking of the Brazilian intellectual Gustavo Barroso in the period between 1909 and 1935. As one of the main leaders of the Brazilian Integralism, we will discuss,especially, his eugenic vision, prior to his participation in integralism and the influence of this science in building his authoritarian and anti-Semitic thinking. We seek to realize Gustavo Barroso dialogue, in a context of profound social and political changes, with the search for a nationalism "truly Brazilian." The methodology used was of a documentary and literature research , highlighting the analysis of Gustavo Barroso books, which were used as primary sources: Intelligencia das Coisas(1923), Aqum da Atlntida (1931), Brasil Colnia de Banqueiros (1934), O Integralismo de Norte a Sul (1934), O Quarto Imprio (1935) e A Palavra e o Pensamento Integralista (1935), and, also, some of his articles surveyed in the National History Museum collection. The survey results show that in this period Gustavo Barroso went on to develop in his writings an eugenic and authoritarian political vision, later, in his integralist phase, linked strongly to an anti-Semitic view.
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Esta tese visa a analisar trs perspectivas nacionalistas oferecidas pela obra crítica de Machado de Assis. Buscamos, inicialmente, a feio intelectual do jovem Machado no interior do projeto romntico-nacionalista, com o qual estava alinhado e do qual se afastaria paulatinamente. Para tanto, foi cotejado, inicialmente, com dois militantes daquele nacionalismo defensivo: Santiago Nunes Ribeiro e Joaquim Norberto de Sousa Silva. Esse lugar de onde falava Machado ganha em definio num segundo momento, quando empreendemos a anlise comparativa de seus textos com os de Macedo Soares e Jos de Alencar. Sobretudo entre 1859 e 1872, Machado de Assis construiria sua crítica teatral, tornando-se um paladino da comdia realista francesa. A primeira face nacionalista de sua crítica afirma-se nesse profundo envolvimento de Machado com o projeto de um teatro brasileiro pautado no potencial pedaggico da alta comdia. A segunda perspectiva nacionalista define-se medida que se define o classicismo moderno de Machado, uma articulao muito pessoal de sua viso universalista com a j instaurada modernidade literria. Para a anlise desse vis, usamos o corpus de sua crítica literria construda como gnero autnomo, oferecida convencionalmente ao pblico, por via da qual escritores e leitores se habilitariam a intervir na sociedade, cumprindo, patrioticamente, a misso para a qual a literatura os preparara. A partir de 1883, depois de quase cinco anos afastado da crnica, Machado a retoma, usando-a para exercitar, mais franca e assiduamente, uma particular teoria da cultura brasileira e, paralelamente, uma espcie de busca de nosso carter nacional. Dessa forma, seu nacionalismo, numa terceira angulao, orienta-se para a experincia humana, que, entre incorporar o fundamento externo e resistir a ele, acaba por formar algo irremediavelmente brasileiro; essa crnica, portanto, carrega uma crítica de feio cultural, no sentido de Machado ter-se comprometido com significaes e valores de nossa vida social. Ao examin-lo como escritor que, inicialmente, se postou contra o colonialismo cultural; que, a seguir, se engajou num projeto civilizatrio conduzido pelo teatro e pela literatura e que, por fim, investigou a sensibilidade coletiva brasileira a partir de suas representaes culturais, esta tese faculta uma apreenso mais criteriosa das intersees entre os temas nacionalismo e Machado de Assis