999 resultados para Cognição Ampliada
Resumo:
Os crimes de abuso de informação privilegiada e manipulação do mercado estão em relação com a responsabilidade penal das pessoas colectivas como os bancos e com a chamada globalização. § The crimes of insider trading and market manipulation abuse are in relation to the criminal liability of legal persons such as banks and so-called globalization.
Resumo:
Um dos desafios mais importantes para as ciências humanas e particularmente para a educação consiste na compreensão das relações entre o comportamento, a cognição e a linguagem. O presente artigo apresenta uma concepção encorporada da cognição e da linguagem a partir da etologia humana. Baseando-se nas ideias da fenomenologia biológica sobre a intencionalidade, apresentam-se algumas das condições para o acesso científico às relações corpo-mente.
Resumo:
Numa recensão às conferências sobre "Metafísica - Conceitos e Problemas" {Metaphysik. Begriffe und Probleme), proferidas por Adorno, na Universidade de Frankfurt, no segundo semestre de 1965 e publicadas postumamente, o filósofo dinamarquês Stâle R. S. Finke (1999) analisa os "esforços" de Adorno por "recuperar a concepção da experiência metafísica". Uma tal recuperação teria de ser compreendida num quadro de pensamento que é o da "dialéctica negativa", por sua vez tributária dos padrões kantianos de "consciência conceptual e autonomia moral" que Adorno articula naquilo a que Finke chama o "projecto" ou o "ideal de liberdade expressiva". O conceito de experiência metafísica, formulado nas referidas conferências, seria, assim, da maior importância para Adorno, pois que nele se daria expressão ao objectivo da "dialéctica negativa" (a Negative Dialektik foi publicada no ano seguinte, 1966): "a invocação do não-idêntico como condição de experiência e de expressão". "Relacionada intrinsecamente" com o "donnnio da experiência possível", histórica e cultural, isto é, com tudo aquilo que constrange a autonomia (por um lado permitindo, por outro lado limitando as possibilidades do eu), a concepção da experiência metafísica em Adorno convoca essas possibilidades do eu como inalcançadas
Resumo:
Cognição e Linguagem são importantes em Geografia, desde as origens, perante a pertinente interrogação sobre a superfície da Terra e a localização relativa, suscitando uma linguagem por palavras ou descrições escritas e mapas esboçados, como linguagem específica da Geografia acerca das configurações da superfície terrestre. Cognição e Linguagem expressa por palavras e mapas suscitaram controvérsia que foi acentuada pela Revolução Copemiana. Com a Renascença, as idéias de Humanismo e Utopia infiuenciaram a configuração de mapas sobre espaços e territórios, em que se sobrepunha a linguagem e representação num só plano sem diferenciações de distâncias e contrastes. Ao mesmo tempo, alargava-se o conhecimento sobre o Mundo, assim como a representação e linguagem pelos portulanos e mapas, até que no século XVII o périplo mun-, dial foi completado.
Resumo:
Toda a obra de Clarice nasce de um intuito cognoscitivo de carácter genérico que se vai concretizar de formas diversas nos textos e nas modulações que esses textos sugerem. A origem do conhecimento parte, para a autora, do cruzamennto do seu próprio eu (“eu me uso como forma de conhecimento”), com o mundo que a rodeia. Mas este é um eu que “não pode ser consciente do que pensa” e que produz “um pensamento que tem que ser um sentir”. Tal “insuficiência da inteligência”, assumida individualmente porque se ficar consciente do que pensa Clarice afirma não poder mais pensar, é acompanhada pela valorização da intuição, do instintivo, do inconsciente, mais próximo do mistério da existência e do ser. Esta tendência é visível na obra através da utilização de personagens como as crianças e os bichos em textos como “Perdoando Deus”, “O Crime do professor de Matemática”, “O Jantar”, A Paixão segundo G.H. ou A Maçã no Escuro.
Resumo:
Os estudos de lingüística, ao mesmo tempo que descrevem e analisam as formas disponíveis em cada sistema, assentam essa descrição em propostas metateóricas de forma a delimitar uma compreensão sobre o funcionamento das línguas naturais. Ao definir um conjunto de hipóteses, a lingüística constrói os mecanismos abstractos que regulam a produção e o reconhecimento de formas. No quadro teórico onde me situo (Teoria Formal Enunciativa, doravante TFE) entende-se a actividade da linguagem como uma actividade de produção e de reconhecimento de formas lingüísticas. A partir da sub-teoria dos níveis de representação metalinguística propõe- se um modelo de descrição dos factos da língua assumindo-se que o nível textual - ou lingüístico - é representante de um primeiro nível a que o lingüista não tem directamente acesso: o nível nocional. Será neste nível que às noções - feixes de propriedades físico-culturais - se associam as operações que se evidenciarão no nível textual como marcas gramaticais pertinentes.
Resumo:
Na semana do 5 de Outubro, quando vinha a caminho da Faculdade, reparei, por mero acaso, num jornal que se encontrava em exposição no quiosque da esquina. Tratava-se do "A República", sendo o seu director Antônio José de Almeida. Num primejro momento estranhei... qualquer coisa ali não batia certo. Do fundo da memória vinham nomes e imagens aprendidas há longo tempo atrás. Seria uma reedição dos primeiros números do jomal em recordação da efeméride comemorada nessa mesma semana? Resolvi adquiri-lo. Tratava-se, afinal, de uma reposição do título, mantendo-se contudo o cabeçalho de há oitenta e nove anos. Lá dentro, entre outros dedicados mais ou menos ao reviver do passado hoje, um dos artigos chamou-me particularmente a atenção, mais pelo nome e pelo tom que pelo conteúdo. Intula- se "Entre as brumas da memória", e é a ele, mais do que ao nosso hino, que se deve o subtítulo que escolhi.
Resumo:
Nas ciências da hnguagem assiste-se desde há alguns anos já a uma importante diversificação de interesses e de perspectivas. As preocupações de Chomsky na procura de mecanismos inatos de produção da linguagem desembocaram em campos muito próximos das ciências cognitivas (ligadas à inteligência artificial). Actualmente o próprio cognitivismo se confronta com correntes de tipo conexionista (que substituem os símbolos isolados por redes e estruturas dinâmicas). A dimensão cognitiva e comunicacional da linguagem é abordada por disciplinas tão diferentes como a Lógica, Lingüística, Semiótica, Pragmática, Filosofia Analítica, Estética, Ética, Retórica. Limitar-me-ei aqui a uma só, a semiótica (dinâmica) em pontos que tangem a questão da percepção e do continuísmo, sabida que é a ligação que J. Petitot em particular mantém com o conexionismo e o seu "fisicismo": o objecto não é uma entidade discreta e dotada de uma identidade própria, mas uma singularidade sobre um espaço contínuo, podendo variar indefinidamente os modos como o apreendemos.
Resumo:
RESUMO: Os circuitos fronto-estriatais constituem um sistema em ansa fechada que une diversas regiões do lobo frontal aos gânglios da base, participando, com outras áreas cerebrais, no controlo do movimento, cognição e comportamento. As Distonias Primárias, a Doença de Parkinson e a Hidrocefalia de Pressão Normal, são doenças do movimento caracterizadas por disfunção do circuito fronto-estriatal motor. A conectividade funcional entre as diversas ansas do sistema fronto-estriatal, permite prever que as doenças do movimento possam também acompanhar-se de sintomas da esfera cognitiva e comportamental, cuja avaliação seria importante no manejo diagnóstico e terapêutico dos doentes. Objectivos Os nossos objectivos foram avaliar, por estudos clínicos, a relação entre sintomas motores, cognitivos e comportamentais em três doenças do movimento com fisiopatologias diversas - distonias Primárias, Doença de Parkinson e Hidrocefalia de Pressão Normal - analisando os dados sob a perspectiva teórica fornecida pelo conhecimentos dos vários circuitos frontoestriatais. Os nossos objectivos específicos para cada doença foram: a) Distonias Primárias: avaliação de disfunção executiva em doentes com Distonia Primária e relação com a gravidade dos sintomas motores b) Doença de Parkinson: 1. avaliação breve das funções mentais nas fases iniciais da doença, incluindo análise longitudinal para determinação de factores preditivos para declínio cognitivo; 2. relação entre a função motora e cognitiva e a Perturbação do Comportamento do sono REM, incluindo análise longitudinal; 3.avaliação de sintomas psiquiátricos, de um ponto de vista global e especificamente com incidência sobre as Perturbações do Controlo do Impulso (PCI). c) Hidrocefalia de Pressão Normal: 1. caracterização das alterações da marcha, incluindo comparação com a Doença de Parkinson; 2. caracterização das alterações cognitivas e da relação entre estas e a disfunção da marcha; 3. estudo evolutivo das alterações da marcha e cognitiva em doentes submetido a cirurgia e doentes não submetidos a cirurgia. Métodos: A Distonia Primária, a Doença de Parkinson e a Hidrocefalia de Pressão Normal foram diagnosticadas segundo critérios clínicos validados. Sempre que justificado, foram recrutados grupos de controlo, com indivíduos sem doença, emparelhados para idade, sexo e grau de escolaridade. Os doentes foram avaliados com instrumentos de aplicação clinica directa, incluindo escalas de função motora, testes neuropsicológicos globais e dirigidos às funções executivas e escalas de avaliação psiquiátrica. Testes aplicados nas Distonias Primárias: Unified Dystonia Rating Scale, Wisconsin Card Sorting Test, teste de Stroop, teste de cubos da WAIS, Teste de Retenção Visual de Benton; na Doença de Parkinson: Unified Parkinson's Disease Rating Scale, Frontal Assessment Battery (FAB), Mini-Mental State Examination (MMSE), REM-sleep behaviour disorder Questionnaire; Symptom Chek-list 90-R, Brief Psychiatric Rating Scale, FAS (fluência verbal lexical) Nomeação de Animais (Fluência verbal semântica), prova de repetição de dígitos (WAIS), Rey auditory verbal learning test, teste de Stroop, matrizes progressivas de Raven, Questionnaire for Impulsive-Compulsive Disorders; na HPN: prova cronometrada de marcha,MMSE, prova de memória imediata da WAIS, prova de repetição de dígitos (WAIS), FAB, desenho complexo de Rey, teste de Stroop, cancelamento de letras, teste Grooved Pegboard. Os doentes com HPN foram também submetidos a estudo imagiológico. A avaliação estatística foi adaptada às características de cada um dos estudos.Resultados Distonias Primárias: encontrámos défices de função executiva, envolvendo dificuldade na mudança entre sets cognitivos, bem como correlação significativa entre as pontuações nos testes cronometrados e a gravidade dos sintomas motores. Doença de Parkinson: os doentes com DP obtiveram pontuações significativamente inferiores na FAB e em sub-testes do MMSE (memória e função visuo-espacial). A pontuação no MMSE encontrava-se significativamente correlacionada com itens da função motora não relacionados com o tremor. A disfunção da marcha, a disartria, o fenótipo não tremorígeno, a presença de alucinações e pontuação abaixo do ponto de corte na MMSE, foram factores preditivos de demência na avaliação longitudinal. A rigidez e a disartria foram factores preditivos de declínio nas funções frontais. A disfunção frontal foi factor preditivo de declínio na pontuação do MMSE. Encontrámos uma prevalência elevada de RBD nas fases iniciais da DP, que o estudo longitudinal mostrou ser factor preditivo de declínio motor, nomeadamente por agravamento da bradicinésia. Encontrámos também uma prevalência elevada de sintomas psiquiátricos, nomeadamente psicose, depressão, ansiedade, somatização e sintomas obsessivo-compulsivos. As PCI não se encontravam relacionadas com o fenótipo motor, com as complicações motoras do tratamento dopaminérgico ou com a disfunção cognitiva. HPN: os doentes com HPN e os DP apresentaram um padrão disfunção da marcha semelhante, caraterizado por passos curtos, lentidão e dificuldades de equilíbrio, sendo os sintomas mais graves na HPN. Os doentes de Parkinson com maior duração de doença, maior dose de dopaminérgicos e fenótipo motor acinético-rígido apresentaram um padrão de disfunção da marcha de gravidade semelhante ao encontrado na HPN. As alterações vasculares da substância branca, em particular as encontradas na região frontal, encontravam-se negativamente correlacionadas com a melhoria da marcha após PL. O estudo das funções cognitivas mostrou um padrão de atingimento global, com valores mais baixos na cópia do desenho complexo de Rey. Os resultados nas provas de função cognitiva não se encontravam significativamente correlacionados com os resultados na prova da marcha. A progressão na disfunção da marcha encontrava-se relacionada com o tratamento não cirúrgico, idade superior na primeira avaliação, presença de lesões da substância branca, e presença de factores de risco vascular, ao passo que não foram encontrados factores que predissessem de modo significativo o agravamento da função cognitiva. Conclusões: Os resultados dos diversos estudos, evidenciam a presença de alterações cognitivas e comportamentais nas três doenças de movimento. O padrão destas alterações e o modo como estas se relacionaram com os sintomas motores variou de doença para doença. Nas Distonias primárias, a perseveração cognitiva poderá ser o sintoma correspondente à perseveração motora própria da doença, sugerindo disfunção no circuito dorso-lateral frontoestriatal. A correlação entre a gravidade motora da doença e o resultado nos testes cognitivos cronometrados, poderá ser o efeito da relação entre bradicinésia e bradifrenia. Na Doença de Parkinson, o espectro de alterações é mais acentuado, espelhando a disseminação do processo degenerativo no SNC. Para além dos sintomas de disfunção executiva, sugerindo disfunção das tês ansas não motoras, existem sinais de disfunção cognitiva global, estas com uma influência mais significativa no desenvolvimento da demência. A relação entre os diferentes sintomas motores e cognitivos é também complexa, embora se evidencie uma dissociação significativa entre o tremor, sem relação com os sintomas não motores, e os sintomas motores não tremorígenos, relacionados com o declínio cognitivo. Enquanto que a presença de RBD parece ser um factor preditivo de agravamento motor, os sintomas psiquiátricos, também muito frequentes, apresentam uma relação menos clara com a função motora. Destes, os sintomas obsessivo-compulsivos são aqueles que com mais frequência se atribuem a disfunção do sistema fronto-estriatal, nomeadamente da ansa orbito-frontal. As PCI também não mostraram ter relação com os sintomas motores ou cognitivos. Na HPN, é patente o carácter fronto-estriatal das alterações da marcha, demonstrado tanto na sua caracterização quanto no efeito deletério das lesões vasculares da substância branca do lobo frontal na recuperação da marcha após PL. As alterações cognitivas parecem ter um padrão mais difuso, o que talvez explique a falta de correlação com os sintomas motores - esta dissociação pode ser causada quer por diferença nos mecanismos fisiopatológicos quer por presença de comorbilidades cognitivas. --------- ABSTRACT: Fronto-striatal circuits constitute a closed loop system which connects different parts of the frontal lobes to the basal ganglia. They are engaged in motor, cognitive and behavioural control. Primary Dystonia, Parkinson's Disease and Normal-Pressure Hydrocephalus are movement disorders caused by disturbance of the motor fronto-striatal circuit. The existence of cognitive and behavioural dysfunction in these movement disorders is predictable, given the functional connectivity between the several distinct loops of the circuit. Evaluation of cognitive and behavioural dysfunction in these three disorders is thus both of clinical and theoretical relevance. Objectives Our objectives were to evaluate, by clinical means, the relation between motor, cognitive and behavioural symptoms in three movement disorders with different pathophysiological backgrounds - Primary Dystonia, Parkinson's Disease and Normal-Pressure Hydrocephalus - and to analyse the study results under the theoretical framework formed by present knowledge of the fronto-estriatal system. Specific objectives: a) Primary Dystonia: executive dysfunction assessment and correlation analysis with motor dysfunction severity; b) Parkinson's Disease: 1. brief cognitive assessment in the early stages of disease, including a longitudinal analysis for determination of predictive factors for cognitive decline; 2. to investigate the relation between RBD and cognitive and motor dysfunction, including a longitudinal analysis; 3. psychiatric symptom assessment, with particular incidence on Impulse Control Disorders; c) Normal-Pressure Hydrocephalus: 1. gait dysfunction characterization and comparison with Parkinson's Disease patients; 2. determination of cognitive dysfunction profile and its relation with gait dysfunction; 3. follow-up study of cognitive and motor outcome in patients submitted and not submitted to shunt surgery. Methods: Primary Dystonia, Parkinson's Disease and Normal Pressure Hydrocephalus were diagnosed according to clinically validate criteria. Where warranted, we recruited control groups formed by healthy individuals, matched for age, sex and educational level. Patients were evaluated with instruments of direct clinical application, including motor function scales, neuropsychological tests aimed at global and executive functions and psychiatric rating scales. Tests used in Primary Dystonia: Unified Dystonia Rating Scale, Wisconsin Card Sorting Test, Stroop Test, Cube Assembly test (WAIS), Benton’s Visual Retention Test; in Parkinson's Disease: Unified Parkinson's Disease Rating Scale, Frontal Assessment Battery (FAB) , Mini-mental State Examination (MMSE), REM-sleep behavior disorder Questionnaire, Symptom Check-list 90- R, Brief Psychiatric Rating Scale, FAS (phonetic verbal fluency), semantic verbal fluency test, digit span test (WAIS), auditory verbal learning test,Stroop test, Raven's progressive Matrices, Questionnaire for Impulsive-Compulsive Disorders; in NPH: timed walking test, MMSE, immediate memory task (WAIS), digit span test (WAIS), FAB, Rey’s Complex Figure test, Stroop test, letter cancellation test, Perdue Pegboard test. NPH patients were also subjected to an imaging study. Statistics were adapted to the characteristics of each study.Results: Primary Dystonia: we found set-shifting deficits as well as significant correlation between timed neuropsychological tests and dystonia severity. Parkinson's Disease: PD patients had significantly lower scores on the FAB and on the memory and visuo-spatial tests of the MMSE; MMSE scores were significantly correlated to non-tremor motor scores; gait dysfunction and speech scores, non-tremor motor phenotype, hallucinations and scores bellow cut-off on the MMSE were predictive of dementia at follow-up; speech and rigidity scores were predictive of frontal type decline; frontal dysfunction was predictivy of decline in MMSE scores; RBD bradykinesia worsening; psychiatric symptoms were prevalent, particularly Psychosis, Depression, Anxiety, Somatisation and Obsessive-Compulsive Symptoms; Impulse Control Disorders were unrelated to motor phenotype,motor side effects of dopamine treatment and executive function; NPH: gait dysfunction was worse in NPH when compared to PD patients, although the pattern was similarly characterized by slowness, short steps and disequilibrium; PD patients whose gait disturbance was as severe as that of NPH patients were characterized by longer disease duration, predominance of non-tremor motor scores, more advanced disease stage and higher dopamine dose; frontal white matter lesions correlated negatively with improvement after LP; cognitive function assessment revealed wide spread deficits, with lower results on the drawing of the complex figure of Rey, which were not significantly correlated to gait dysfunction; older age, white matter lesions and the presence of vascular risk factors were predictive factors for motor but not cognitive function worsening. Conclusion: Results from our studies highlight the presence of cognitive and behavioural dysfunction in all three movement disorders. Symptom pattern and the relation with ovement derangement varied according to the disease. In Primary Dystonia, set-shifting difficulties could be the cognitive counterpart of motor perseveration characteristic of this disorder, suggesting dysfunction of the dorso-lateral circuit. The relation between timed tests and dystonia severity could suggest a relation between bradyphrenia and bradykinesia in Primary Dystonia. In Parkinson's Disease patients, the spectrum of non-motor symptoms is wider, probably reflecting the spread of neurodegeneration beyond the fronto-striatal circuits. While frontal type deficits predominate, suggestive of dorso-lateral and orbito-frontal dysfunction, non-frontal deficits were also apparent in the initial stages of disease, and were predictive of dementia at follow-up. The relationship between cognitive and motor symptoms is complex, although the results strongly suggest a dissociation between tremor symptoms, which bore no relation with non-motor symptoms, and non-tremor symptoms,whichwas frequent, and a predictive factor for which were related with cognitive decline. While RBD was found to be a predictive factor for bradykinesia worsening, psychiatric symptoms, which were also frequent, showed no apparent relation with motor dysfunction. Relevant to our theoretical consideration was the high prevalence of OCS, which have been attributed to orbito-frontal dysfunction. As to the particular case of ICD, we found no relation either with motor or cognitive dysfunction. The fronto-striatal nature of gait dysfunction in NPH is suggest by the clinical characterization study and by the effects of frontal white matter lesions on gait recovery after LP, whereas cognitive dysfunction presented a more diffuse pattern, which could explain the lack or relation with gait assessment results and also the different outcome on the longitudinal study - this dissociation could be caused by a real difference in pathophysiological mechanisms or, in alternative, be due to the existence of cognitive comorbidities.
Resumo:
RESUMO: A cognição social encontra-se frequentemente alterada na esquizofrenia. Esta alteração relaciona-se com a diminuição do funcionamento social,caracterizando-se quer por défices quer por vieses cognitivos sociais. No entanto, existem poucos instrumentos fiáveis e válidos para avaliar a cognição social na esquizofrenia, nomeadamente capazes de medir os vieses cognitivos sociais e a cognição social auto-relevante. Adicionalmente, as bases biológicas da disfunção social não estão totalmente esclarecidas. Evidências recentes sugerem que o peptídeo oxitocina (OXT) influencia o funcionamento social, e que esta relação poderá ser mediada pela cognição social. Este Trabalho de Projecto descreve a contribuição do autor para o desenvolvimento e avaliação psicométrica inicial de um novo instrumento de avaliação da cognição social, e a utilidade desta escala na investigação das associações entre a OXT e a capacidade e vieses cognitivos sociais. A Waiting Room Task (WRT), uma escala constituída por 26 vídeos sequenciais que simulam a experiência de observar outra pessoa numa sala de espera, foi administrada num estudo transversal com 61 doentes com esquizofrenia e 20 controlos saudáveis. Observou-se uma menor capacidade cognitiva social e um aumento dos vieses cognitivos sociais nos doentes com esquizofrenia, comparativamente aos controlos. Nos controlos e doentes com delírios, o desempenho na WRT correlacionou-se significativamente com os níveis de OXT. Esta correlação não se observou nos doentes sem delírios, sugerindo que o papel da OXT na cognição social poderá encontrar-se atenuado neste grupo. Estes achados fornecem suporte inicial para a adequação da WRT como instrumento de avaliação da cognição social na esquizofrenia, podendo ainda ser útil na investigação da sua base biológica. ------------ ABSTRACT: Social cognition is often impaired in schizophrenia. This impairment is related to poor social functioning and is characterized by both social cognitive deficits and biases. However, there are few reliable and valid measures of social cognition in schizophrenia, particularly measures of social cognitive bias and of self-relevant social cognition. Also, the biological bases of social dysfunction are not well understood. Emerging evidence suggests that the peptide oxytocin (OXT) influences social functioning, and that this relationship may be mediated by social cognition. This Research Project describes the author’s contribution to the development and initial psychometric testing of a new measure of social cognition, and the utility of this instrument to examine associations between OXT and social cognitive capacity and bias. The Waiting Room Task WRT), a video-based test comprising 26 sequential videos simulating the experience of facing another person in a waiting room, was administered in a cross-sectional study involving 61 patients with schizophrenia and 20 healthy controls. Social cognitive capacity was lower and social cognitive bias was increased in patients with schizophrenia compared with controls. Among controls and patients with delusions, performance on the WRT was significantly correlated with OXT level. This correlation was not found in patients without delusions suggesting that OXT’s role in social cognition may be blunted in this group. These findings provide initial support for the adequacy of the WRT as a measure for assessing social cognition in schizophrenia that may also be useful in understanding its biological underpinnings.
Resumo:
Se para Chomsky o léxico é um conjunto de exceções que não obedecem aos princípios normais de organização linguística, para certas visões estruturalistas é um campo onde se podem delimitar inequivocamente variadas áreas, pertencendo umas ao verdadeiro léxico da língua e outras a subgrupos que nele não se podem incluir (terminologias, antropónimos, entre outros). Partindo de um dessas áreas ou subgrupos habitualmente ignorado (as palavras que designam marcas comerciais) pretende-se apresentar uma visão integradora do léxico como rede, fazendo evidenciar a importância que a dimensão emotiva das unidades lexicais possui na respetiva estruturação global.
Resumo:
OBJETIVO: A SCoRS é uma medida coprimária de avaliação da cognição na esquizofrenia, baseada em entrevista, relacionada à performance cognitiva e ao funcionamento no mundo real. Em sua versão original, envolve entrevistas com pacientes e informantes. O objetivo do presente trabalho foi buscar evidências de validade de construto convergente e de fidedignidade da versão brasileira da SCoRS (SCoRS-Br) em contextos sem disponibilidade de informantes qualificados. MÉTODO: Foram incluídos 49 pacientes com diagnóstico de esquizofrenia, segundo o DSM-IV. A validação de construto convergente foi realizada utilizando-se o teste R1 e o Miniexame do Estado Mental (MEEM) como instrumentos-padrão. Estimativas de correlação foram avaliadas pelo método de Pearson. Avaliou-se, ainda, a consistência interna da SCoRS. RESULTADOS: A correlação de Pearson entre os resultados da SCoRS sob a perspectiva do entrevistador e os resultados do teste R1 mostrou-se baixa, mas significativa. O coeficiente de Cronbach foi de 0,8829 para a SCoRS examinador e 0,8468 para a SCoRS paciente e o split-half foi de 0,811 e 0,806, respectivamente. CONCLUSÕES: Os resultados evidenciam a validade convergente e fidedignidade da SCoRS, mesmo empregada sem a utilização de informantes. Estudos são necessários para a investigação dos demais critérios de validação.
Resumo:
OBJETIVO: Revisar sistematicamente a literatura sobre programas psicoterapêuticos para a esquizofrenia com enfoque em CS, cujos métodos envolvam estratégias metacognitivas. MÉTODOS: Foi realizada uma busca na base MedLine, por trabalhos publicados em inglês ou português utilizando a frase "Social cognition" AND "Schizophrenia" [Mesh] AND "Psychotherapy" [Mesh] e os limitadores "Humans", "Clinical Trial", "Meta-Analysis" e "Randomized Controlled Trial". Adicionalmente, foram elaborados critérios de inclusão para selecionar os trabalhos com abordagem metacognitiva. RESULTADOS: Dezessete estudos foram selecionados, abrangendo essencialmente programas de reconhecimento do afeto facial e de emoções, Teoria da Mente (ToM), imitação e tomada de perspectiva em situações sociais. CONCLUSÃO: A maior parte dos estudos mostrou que seus programas são eficazes para melhorar medidas de psicopatologia, CS e funcionamento social. Futuras pesquisas deverão esclarecer sobre segurança, especificidade e durabilidade dessas intervenções.