924 resultados para Cidades - No cinema
Resumo:
Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Estudos Americanos), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras
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A investigação da metrópole contemporânea a partir do cinema comporta o recorte de imagens produzidas em diferentes tempos e contextos, promovendo assim uma análise pendular e intertextual sob a ótica do imaginário urbano. Cruzar o olhar crítico e poético da cidade, captado pelo cinema de impressão, com a produção híbrida de filmes que abordam aspectos cotidianos da cidade de Porto Alegre é um dos objetivos desta dissertação, assim como revelar quais camadas de tempo e quais interfaces físicas e sociais estão sendo representadas por esta filmografia. A representação da cidade filmada encontra-se num universo tanto próximo das práticas individuais quanto universais. Parte-se então da leitura superposta de filmes curtas-metragens produzidos no contexto porto-alegrense, entre as décadas de 1970 e 90, organizados aos pares, e entendidos como fragmentos capazes de promover a reflexão palimpséstica da cidade. A metodologia adotada para radiografar a cidade filmada fundamenta-se nas técnicas de montagem desenvolvidas por Walter Benjamin.
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Assim como a arquitetura, o cinema é uma das artes onde o sentido espacial é mais forte. Ao incorporar o tempo como uma de suas dimensões, o espaço fílmico permite que falemos de uma ficção arquitetônica, de uma narratividade que nos faz construir uma via subjetiva de análise que extrapola o mero papel técnico, englobando os papéis crítico e experimental. Acentuando a impressão de realidade pela apresentação de formas em movimento, a arquitetura fílmica desempenha papel orquestral e atua como agente ativo de referência e legitimação espaçotemporal, tornando a experiência cinematográfica única. Mesmo não havendo como não sacrificar a continuidade dentro deste esquema e admitindo que o espaço fílmico seja diferente do real, pois sofre extrema influência de seus condicionantes técnicos , que agem como recortes da realidade e determinam, desta maneira, as relações entre tempo e espaço, o que interessa é que a representação deste espaço possa contribuir para a revelação de outras formas de se enxergar o fenômeno arquitetônico. É justamente a filmabilidade da arquitetura que, numa sociedade onde a comunicação é eminentemente visual, vai de encontro ao seu papel de discurso, de paradigma visual para a própria realidade. Ao pensar o espaço real representando e recriando suas formas, a arquitetura fílmica pode inclusive se configurar como uma espécie de arquitetura marginal, servindo de importante base para questionamentos e proposições sobre si mesma, indicando os gostos, medos e anseios de cada período e lançando novas idéias A arquitetura, banhada por fatores de ordem cultural, econômica, política e social tem, portanto, o poder de sintetizar a experiência espacial fílmica, fazendo da simulação gerada por sua representação peça chave na análise dos espaços imaginários do cinema, já que a sobreposição entre realidade e ficção produz imagens e situações emblemáticas que se refletem na própria percepção espacial e se incorporam definitivamente à vivência urbana individual e coletiva de seus habitantes/espectadores. Pelo alcance atual do cinema é pertinente, portanto, que se investiguem as interfaces entre ambos. Dentro do estudo proposto estão sete filmes com os quais se espera mostrar porção relevante do que se pensou e representou sobre a arquitetura fílmica ao longo dos anos, mostrando que ela é muito mais que mera “cenografia”, pois permite a ligação entre tempo, espaço e homem. Não interessa saber, portanto, se estas arquiteturas são um modelo objetivo de espaço, mas sobretudo se são um laboratório de reflexão sobre uma certa idéia de sociedade
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Desde a criação do cinema, em 1895, a cidade vem sendo retratada de forma surpreendente para quem a vivencia em seu cotidiano. A arte do cinema amplia o sentido de realidade e provoca um impacto sobre o universo psicológico e social do homem. O cinema brasileiro acompanha, através de sua vasta produção, o percurso da cidade no tocante ao desenvolvimento estético, social, cultural, político e econômico, apresentando a forma através da qual o homem se relaciona com essas variáveis. O historiador Michel de Certeau desenvolve em sua obra o tema da inventividade do cotidiano, no que se refere à prática do espaço. Os conceitos de espaço (um lugar praticado), e de lugar (um espaço geométrico), permitem aprofundar o estudo do papel do homem no cotidiano da cidade. É este o eixo teórico da presente pesquisa, que pretende estudar o imaginário da cidade no cinema brasileiro a partir de três questões principais: a formação do imaginário urbano, a criação da forma da cidade no cinema (locações, cenários e fisionomias) e o estado de solidão e isolamento vivido pelo homem nas grandes cidades. Para tal, foram escolhidas para análise as seguintes produções brasileiras: Dias de Nietzsche em Turim (2001) de Julio Bressane, O Príncipe (2002) de Ugo Giorgetti e O Outro Lado da Rua (2004) de Marcos Bernstein. A cidade representada nesses filmes nos dá a oportunidade de exercitar o olhar e refletir sobre o cotidiano da vida urbana e seus reflexos no universo psicológico do homem contemporâneo
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La tesis parte del presupuesto que el cine ofrece la imensa capacidad de entretejer de forma compleja realidad e imaginación. Con eso sugerimos que tal cual una "escuela de vida", según la definición de Edgar Morin (2003), el cine, por medio de sus producciones y exibiciones, pude ser capaz de operar un movimiento de reinvención de una estética del vivir en el espacio de lo improbable. De ahi surge la pregunta: ¿Cómo un fenómeno artístico, estético e imagético puede realizar tal movimiento? Tomando como referencia el guión de vida del personaje de la vida real José Isaias de Lucena Filho, más conocido por Zezeco, encontramos pistas de esa reinvención. Residente de una pequeña ciudad del interior de la província de Rio Grande do Norte, llamada Ouro Branco, en la década del 1960, se desplazó hacia el centro-sur de Brasil y retornó a su lugar de partida con la idea de trabajar proyectando peliculas. De manera singular y plural, este sujeto asumió el riesgo y la incertidumbre de enfrentar determinismos sociales, climáticos y culturales para proponer nuevas simbolizaciones por medio del cine itinerante. La presencia del séptimo arte en pequeñas ciudades de hábitos rurales marcadas por la miséria, el hambre, la negligéncia, el coronelismo político y los problemas climáticos, alteró escenários, actualizó mitos y proporcionó nuevas interacciones entre los sujetos. Zezeco entró en las cifras del éxodo rural y emigró hacia Rio de Janeiro, pero su éxodo fue cinematográfico, porque le sirvió como base para la inserción de efectos especiales fantásticos y poéticos en guiones de vidas inmersas en lo trivial y lo contingente. Tal cual un cinematógrafo vivo, capturó el escenário cultural efervescente de Rio de Janeiro y lo proyectó en la pequeña ciudad de Ouro Branco y en otras ciudades del interior de las províncias de Rio Grande do Norte y Paraiba. Con ello le atribuyó un nuevo uso a la vida de su lugar de partida y de retorno. Actuó en la ambiguedad, la ambivalencia y la complejidad entre el sapiens e el demens; real e imaginario; prosa y poesia de la vida; razón y pasión; racional y simbólico; lógico y mítico. El alcance de la investigación contempla entrevistas, memória, registros manuscritos y fotografías de colección particular de habitantes de la ciudad de Ouro Branco-RN. Como referenciales teóricos principales, tenemos las obras de Edgar Morin sobre el cine y de otros autores como Giorgio Agamben y Maria da Conceição de Almeida que expanden la comprensión sobre el entreejido de realidad e imaginación, vida e ideas
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In itinerant film projects made in Brazil, the unique experience of watching movies on the big screen is held in open spaces, through the establishment of a contemporary ritual, under which the presence of spectators is primordial. Considering this dynamic of the performance of itinerant cinema, the main objective of this research is to analyze the process of reception of the spectators of the sessions of Cine Sesi Cultural, conducted by the Social Service Industry - Sesi, in Rio Grande do Norte state. The body of research was composed by the audience of the movie sessions of the edition developed in 2010. Analyses were made from the look on the specific audience of open sessions of this cinema project throughout a case study. Theoretical authors of Latin American as Jesus Martin-Barbero, Guillermo Orozco, Eliseo Veron and Nestor Garcia Canclini, which have important theoretical basis for the analysis of research on the cinematographic reception of the spectators, were taken as a basis. In this discussion are associated with contributions from Brazilian authors as Roseli Paulino, Fernando Mascarello, Mauro Wilton Souza, Nilda Jacks and Carolina Escostesguy. Besides the reception study, the research focuses on aspects that relate to and explain the circumstances in which itinerant cinema emerges as an alternative exhibition, for example, the context of the exhibition of films in the country, lack of public policies in the audiovisual sector, and mainly the closing of movie theaters in the inner cities of the country and the consequent migration of these rooms to the malls. Seeking to reduce the existing gap in the studies of the reception of spectators to the cinema in the country, this research presents a deeper analysis of the reception of the public of the itinerant cinema as a contribution to an important database for the diagnosis of projects such as the Cine Sesi Cultural
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A compreensão da realidade imaginária do cinema e sua ligação com a arquitetura e urbanismo, vão além de representações cenográficas meramente ilustrativas. Mais do que perceber a distinção entre real e imaginário, é necessário entender a relação entre essas duas dimensões, tanto do ponto de vista histórico, como daquele propositivo, do pensar e refletir sobre projeto da cidade contemporânea. Arrisca-se em pensar em uma unidade complexa complementar se tomarmos as tangências históricas e estéticas que permeiam essa relação. Através da análise do espaço apresentado pela indústria cinematográfica a partir dos anos ’80, é possível delinear algumas hipóteses de como se pode indagar sobre o projeto da cidade contemporânea, diante das grandes transformações porque passaram o espaço urbano, a identidade dos lugares, da memória, enfim da cidade através de imagens, tecnologia e dinâmicas de rede e geografias descontínuas. Essa condição pode ser notada, mais especificamente, a partir de três filmes, utilizados neste trabalho como suporte de reflexão: do caos e sobreposição de extratos de alta densidade de peter greenaway, típicos da cidade como palimpsesto da cidade contemporânea, do vazio perturbador de lars von trier na morte do espaço público anunciado por richard sennet, ao o espaço labiríntico de christopher nolan a partir das geografias descontinuas das cidades em redes. A imagem como fator inevitável na sociedade contemporânea enlaça, cada vez mais profundamente, a relação entre arquitetura e cinema juntamente com as técnicas construtivas, a tecnologia e as relações humanas que transformam a forma de habitar as grandes metrópoles
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Este trabalho examina a representação das cidades na obra de Woody Allen. No intuito de compreender a saída do cineasta patrimônio da cidade de Nova York para a Europa, retoma-se criticamente a questão da Era da Lista Negra, das runaway productions e dos blockbusters. Para analisar os filmes de Allen na Europa considera-se importante entender como a cidade de Nova York configura-se no início da carreira do diretor, notadamente, em filmes que estabelecem um contraponto entre o Brooklyn e Manhattan. Em seguida, examina-se a questão crítica fundamental do trabalho: o cartão-postal corporativo na Europa. Nesse sentido, propõe-se a análise dos cartões-postais de Barcelona, Paris e Roma. O filme Vicky Cristina Barcelona adquire centralidade nesta pesquisa por apresentar de maneira exemplar a paisagem postiça da cidade encarcerada sob intervenção corporativa.
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The book is an in-depth view of recent Italian cinema - bringing an interdisciplinary knowledge to the study of a complex cinema industry. The book aims to address a number of questions about Italian cinema of the last twenty years, bringing interdisciplinary knowledge to a cinema that eschews traditional definitions and categories, and challenges critical assumption about a film industry that is struggling to find a new direction. In doing so, Recent Italian Cinema offers a transverse analysis of the Italian cinema industry in its dealings with national and international production, and of the themes and issues that have emerged in films produced during the period 1980-2006.
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This Australasian horror special issue is an important step forward in putting Australian and New Zealand horror movies on the map of film and cinema studies as a subject worthy of intellectual debate. The journal issue is the first devoted solely to the academic discussion of Australasian horror movies. While an Australian horror movie tradition has produced numerous titles since the 1970s achieving commercial success and cult popularity worldwide, the horror genre is largely missing from Australian film history. While there have been occasional essays on standout titles such as Wolf Creek (Mclean, 2005), an increasing number of articles on ‘Ozploitation’ movies, and irregular discussion about Australian Gothic, overall the nature of Australian horror as a genre remains poorly understood. In terms of New Zealand, debate has tended to revolve around ‘Kiwi Gothic’ and of course Peter Jackon’s early splatter films, rather than Kiwi horror as a specific filmmaking tradition.
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Different terminologies have been used to characterize the Chinese independent cinema in the 1990s. These definitions focus on the experimental practices outside the official production system and independent of official ideology. The film industry has had distinctive development since the entry of WTO in 2001. Private investors have played essential role in cinematic economy; strict censorship has been obviously relaxed; the film industry is being divided into two opposing extremes. Thus, it is necessary to give a new definition of the Chinese independent cinema. The definition of independent cinema in today China I suggest in the light of American independence is that any film that has not been financed, produced and distributed by majors is independent. At least four corporations are majors in the Chinese film industry. They are China Film Group Corporation, Huayi Brothers Corporation, PolyBona Film Distribution Corporation and Shanghai Film Group Corporation. Except the four majors, all the other film production or distribution companies are independents.
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While Australian cinema has produced popular movie genres since the 1970s, including action/adventure, road movies, crime, and horror movies, genre cinema has occupied a precarious position within a subsidised national cinema and has been largely written out of film history. In recent years the documentary Not Quite Hollywood (2008) has brought Australia’s genre movie heritage from the 1970s and 1980s back to the attention of cinephiles, critics and cult audiences worldwide. Since its release, the term ‘Ozploitation’ has become synonymous with Australian genre movies. In the absence of discussion about genre cinema within film studies, Ozploitation (and ‘paracinema’ as a theoretical lens) has emerged as a critical framework to fill this void as a de facto approach to genre and a conceptual framework for understanding Australian genres movies. However, although the Ozploitation brand has been extremely successful in raising the awareness of local genre flicks, Ozploitation discourse poses problems for film studies, and its utility is limited for the study of Australian genre movies. This paper argues that Ozploitation limits analysis of genre movies to the narrow confines of exploitation or trash cinema and obscures more important discussion of how Australian cinema engages with popular movies genres, the idea of Australian filmmaking as entertainment, and the dynamics of commercial filmmaking practises more generally.
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The Australian screen industries are a leading domestic creative industry sector at a crossroad. New production, distribution and exhibition technologies are challenging traditional models of ‘filmmaking’. For the screen industries to remain competitive they must renovate business models for an emerging marketplace. This paper is a preliminary examination of three key aspects of next generation filmmaking: post-cinema approaches to screen production, emerging production and business models, and issues for policy.