437 resultados para Cicatrização
Resumo:
Estudo experimental em animais. A mitomicina C vem sendo usada como inibidor de fibroblastos, acarretando, com isso, diminuição do processo cicatricial em feridas cirúrgicas. OBJETIVO: Este trabalho visa avaliar o uso de Mitomicina C para diminuir o processo cicatricial, através de seu uso tópico com reforços posteriores injetáveis. MATERIAL E MÉTODOS: Foi usado um modelo de feridas em dorso de ratos, com retirada circular da pele e cicatrização por segunda intenção. Foram usados 18 ratos, divididos em três grupos: controle; com uso tópico; e com reforço de mitomicina C injetável, mensalmente e por 2 meses. Após 3 meses os animais foram sacrificados e as cicatrizes retiradas cirurgicamente e submetidas a estudo histológico. RESULTADOS: Notou-se sob vários critérios que a cicatrização com o uso tópico é menos intensa, mas ao se usar o reforço injetável os parâmetros voltam a ser comparados ao do grupo controle. DISCUSSÃO: Acreditamos que a administração injetável de mitomicina C nas cicatrizes, pela sua elevada característica tóxica, acarreta destruição tecidual e neoformação cicatricial. CONCLUSÕES: A mitomicina C diminui o processo cicatricial quando usada topicamente, mas acarreta aumento da cicatrização quando nestas feridas são feitos reforços injetáveis.
Resumo:
Várias terapias adjuvantes à cirurgia vêm sendo usadas para modular o processo cicatricial nas pregas vocais, entre elas a Mitomicina tópica (MTC). OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da MTC no processo de cicatrização de pregas vocais de suínos 30 dias após exérese de fragmento de mucosa com laser de CO2 mediante a mensuração da deposição de colágeno. FORMA DE ESTUDO: Experimental em suínos. MATERIAIS E MÉTODOS: Dois grupos de 6 suínos cada foram avaliados após exérese de fragmento de mucosa de prega vocal a laser de CO2 (grupo controle sem uso e grupo experimento com uso de MTC tópica). Após 30 dias os animais foram submetidos à eutanásia, sendo coletadas amostras das pregas vocais para análise histológica, a fim de quantificar a deposição de colágeno mediante coloração de Picrosirius Red. RESULTADOS: A média da área do colágeno total das pregas vocais do grupo controle foi de 2648,03 µm2, enquanto a média do colágeno total das pregas vocais do grupo experimento foi de 2200,30 µm2 (p = 0,0043). CONCLUSÃO: A MTC usada topicamente após a exérese de fragmento de mucosa da prega vocal a laser de CO2 em suínos, diminui, significativamente, a deposição do colágeno total.
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Otite média secretora (OMS) e otite média aguda recorrente (OMAR) podem necessitar tratamento cirúrgico para adequada ventilação da orelha média. A abertura clássica do tímpano (timpanocentese) requer incisão por microlanceta sob controle de microscópio cirúrgico e mantém-se patente por alguns dias. Estudos recentes sugerem que a timpanocentese feita por diferentes lasers pode permanecer permeável por maior tempo, o que possibilitaria a normalização da otite média. MATERIAL E MÉTODOS: Neste estudo experimental 34 ratos linhagem Wistar, albinos, machos adultos pesando cerca de 300g, foram anestesiados com cetamina 27 mg/kg e xilazina 2,7 mg/kg. A seguir, foram submetidos à timpanocentese incisional com microlanceta no ouvido direito (ML-OD), e à timpanocentese mediada por laser de argônio no ouvido esquerdo (LA-OE). RESULTADOS: Não houve diferença significativa no tempo de cicatrização das timpanocenteses feitas com laser de argônio ou microlanceta. Todas as timpanocenteses cicatrizaram em 10 dias. CONCLUSÃO: A timpanocentese com laser de argônio apresentou patência e cicatrização semelhantes à técnica clássica com microlanceta realizada em ratos Wistar sem enfermidades de orelha média.
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Estudo experimental em animais. A mitomicina C vem sendo usada como inibidor de fibroblastos, acarretando, com isso, diminuição do processo cicatricial em feridas cirúrgicas. OBJETIVO: Este trabalho visa avaliar o uso de Mitomicina C para diminuir o processo cicatricial, através de seu uso tópico com reforços posteriores injetáveis. MATERIAL E MÉTODOS: Foi usado um modelo de feridas em dorso de ratos, com retirada circular da pele e cicatrização por segunda intenção. Foram usados 18 ratos, divididos em três grupos: controle; com uso tópico; e com reforço de mitomicina C injetável, mensalmente e por 2 meses. Após 3 meses os animais foram sacrificados e as cicatrizes retiradas cirurgicamente e submetidas a estudo histológico. RESULTADOS: Notou-se sob vários critérios que a cicatrização com o uso tópico é menos intensa, mas ao se usar o reforço injetável os parâmetros voltam a ser comparados ao do grupo controle. DISCUSSÃO: Acreditamos que a administração injetável de mitomicina C nas cicatrizes, pela sua elevada característica tóxica, acarreta destruição tecidual e neoformação cicatricial. CONCLUSÕES: A mitomicina C diminui o processo cicatricial quando usada topicamente, mas acarreta aumento da cicatrização quando nestas feridas são feitos reforços injetáveis.
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Relata-se a completa cicatrização de lesões de leishmaniose tegumentar americana, com Pamoato de Cicloguanil (Comolar Parke-Davis) em 33 pacientes, dos quais 28 receberam dose única e 5 dose dupla desse quimioterápico. O diagnóstico foi comprovado pela presença de leishmanias ao exame direto de laboratório. A idade das lesões variou de 8 dias até 12 meses, com 82% dos casos entre 8 e 30 dias. O tempo médio de cicatrização foi de 104 dias variando entre 60 e 170 dias, para os doentes que receberam apenas uma dose do medicamento. Os doentes que receberam duas doses tiveram a completa cicatrização com tempo médio de 163 dias, após a primeira dose e 85 dias após a segunda. Após a cicatrização, os doentes foram controlados por um período médio de 8,4 meses variando entre 3 e 19 meses. A observação mostrou que a cura das lesões é de forma mais retardada, podendo em muitos casos haver uma recrudescência das lesões e, em alguns casos, uma segunda dose acelera a cura.
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As feridas crónicas representam um problema grave de saúde pública e uma das causas de grande consumo de recursos em saúde. Recentes avanços no conhecimento do mecanismo de cicatrização levaram ao desenvolvimento de novos tratamentos. Definir o papel e eficácia destes novos tratamentos é o próximo passo. Os autores procuraram neste trabalho abordar algumas terapêuticas, que não terapia compressiva e material de penso, na cicatrização de feridas crónicas.
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A cicatrização de feridas constitui um processo complexo e coordenado, envolvendo a interacção entre células e vários sistemas mensageiros. Este processo pode dividir-se em 3 fases: inflamatória, proliferativa e de remodelação. O mecanismo exacto das feridas crónicas permanece ainda por esclarecer. Os avanços recentes da biologia molecular permitiram identificar moléculas que evidenciaram novos mecanismos fisiopatológicos das feridas crónicas, assim como possíveis alvos terapêuticos. Este artigo tem como objectivo uma revisão dos mecanismos envolvidos na cicatrização, pilar fundamental para a compreensão e abordagem de doentes com feridas crónicas, prática corrente em Dermatologia.
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Na abordagem da cicatrização de uma ferida cirúrgica deve equacionar-se a cicatrização por segunda intenção como uma alternativa válida, revelando excelentes resultados e claras vantagens após selecção adequada dos doentes. Os autores descrevem o caso de um doente do sexo masculino com 66 anos de idade, submetido a excisão de um carcinoma espinocelular da concha do pavilhão auricular direito e subsequente cicatrização por segunda intenção. Discutem-se algumas particularidades desta técnica revendo a literatura relevante.
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OBJETIVO: A relação temporal entre disfunção ventricular (DV) após infarto do miocárdio (IM) e função mecânica do miocárdio remanescente não está estabelecida. O trabalho analisou, por ecodopplercardiograma (ECO), a função ventricular de ratos com IM de grandes dimensões e a função mecânica de músculos papilares (MP) no término do período de cicatrização. MÉTODOS: Estudados ECO e MP de 9 ratos Wistar (IM), três semanas após IM e 9 controles (C). Determinaram-se: tensão desenvolvida (TD) e sua primeira derivada positiva e negativa, tempo de pico de tensão, tensão de repouso e tempo de relaxamento a 50% de TD em concentrações de cálcio (em mM) de 0,5, 1,0, 1,5, 2,0 e 2,5. Após rianodina, foram promovidas contrações tetânicas em concentrações de cálcio de 1,5, 2,5 e 5,0. RESULTADOS: O ECO caracterizou DV com marcada anormalidade do volume diastólico e da fração de ejeção do VE, além de nítido padrão restritivo do fluxo sangüíneo pela valva mitral. Não foi identificada diferença significante entre os dados de mecânica miocárdica dos ratos IM e C. CONCLUSÃO: A insuficiência cardíaca (IC) que ocorre em ratos com IM > 40% do VE, no final do período de cicatrização, não depende de disfunção miocárdica. As modificações estruturais da câmara e a menor população de miócitos devem fundamentar a DV e a IC.
Resumo:
The effect of testosterone propionate in different treatments was tested in adult male rats (250 g.) with mechanical skin experimental lesions. The whole period of cicatrization was investigated in normals, castrated and testosterone treated animals. We could not detect any alteration in the regeneration process in both treated and untreated rats (normals and castrated). Diffusing factor obtained from homologous testis, directly applied upon the lesions also do not change the healing period. Related to the course of the healing process, little evidence is presented by variance analysis that significative differences could be detected in the first periods, in both castrated and testosterone treated groups; however new well planed experiments should be carried to test this point.
Resumo:
Objetivou-se neste estudo verificar os efeitos da terapia física descongestiva (TFD) na cicatrização de úlceras venosas. Trata-se de um estudo intervencionista, quase experimental, do qual participaram 20 clientes, divididos em 2 grupos: o grupo controle (n=10) e o grupo de intervenção (n=10). Os clientes do primeiro grupo foram tratados apenas com curativo convencional e os do segundo grupo, com curativo convencional e terapia física descongestiva (associação de técnicas: drenagem linfática manual, enfaixamento compressivo, elevação dos membros inferiores, exercícios miolinfocinéticos e cuidados com a pele). Ambos os grupos foram tratados durante seis meses. Os clientes submetidos à TFD apresentaram significante redução de edema e da dor, além de melhora no processo cicatricial. Os resultados permitiram verificar que a terapia descongestiva estimula o processo de cicatrização de úlceras venosas, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos.
Resumo:
Com o objetivo de avaliar a influência de bloqueadores H2 no processo de cicatrização de lesões gástricas suturadas foram estudadas vinte cobaias machos. Após anestesia geral, laparotomia, gastrotomia de 0,5cm de extensão na parede anterior do corpo gástrico e gastrorrafia, os animais foram separados em dois grupos (GI e GII) com dez cobaias cada. As do GI receberam injeções de 0,1ml de água destilada e as do GIl 0,75mg de ranitidina, por via intramuscular, de 12/12 horas, iniciadas imediatamente após a operação e mantidas até as datas de sacrifício, realizado em número igual de cobaias, no segundo e no décimo dias de pós-operatório (PO). As peças operatórias ressecadas foram avaliadas detalhadamente. À macroscopia observou-se deiscência de sutura gástrica em um animal do GI no décimo dia de PO. A face mucosa de todas as peças apresentava enantema na linha de sutura no segundo dia de PO, porém, no décimo dia de PO o aspecto era normal, com pequena cicatriz branca no local. À microscopia, no segundo dia de PO, observou-se processo inflamatório agudo grave em ambos os grupos. No décimo dia de PO evidenciou-se inflamação moderada no GI e leve no Gil. À morfometria não houve diferença significante entre os grupos, em relação ao número de células inflamatórias, mas a densidade volumétrica de fibroblastos e de fibras colágenas foi significativamente maior no GII no décimo dia de PO. Concluiu-se que o tratamento de cobaias com bloqueadores H2 não provocou retardo da cicatrização de feridas gástricas suturadas.
Resumo:
A cicatrização da pele e do intestino podem ser influenciadas pela elevação da bilirrubina. Com o objetivo de avaliar o possível efeito da icterícia obstrutiva sobre a sutura da pele e de anastomose jejunal, foram estudados 32 ratos, divididos em quatro grupos (n=8) e acompanhados em períodos pós-operatórios de sete e 14 dias. Todos os animais foram submetidos a laparotomia e anastomose jejunal. Os grupos 1 e 2 serviram como controle dos grupos 3 e 4, os quais foram submetidos a ligadura do ducto biliopancreático. Os animais dos grupos 1 e 2 mantiveram o mesmo peso corporal durante todo o período de acompanhamento, enquanto os ictéricos apresentaram uma queda ponderal significativa após sete dias (p<0,05). Não houve diferença na resistência da sutura de pele entre os ratos ictéricos e não-ictéricos. Após duas semanas, a icterícia reduziu a resistência anastomótica jejunal (p<0,01). O exame histológico revelou menor grau de desenvolvimento da fibrose cicatricial nas anastomoses dos ratos ictéricos. Conclui-se que a icterícia obstrutiva pode atuar negativamente sobre a cicatrização tissular. Deve-se ressaltar a importância dos fatores associados à icterícia na gênese desse efeito.
Resumo:
É grande o número de pessoas que inalam nicotina diariamente através do hábito de fumar e eventualmente têm que ser submetidos a intervenção cirúrgica no aparelho digestivo. Sendo a nicotina um agente que tem sido implicado no retardo da cicatrização das feridas, foi realizado estudo experimental em ratos com o objetivo de testar o seu efeito na evolução histológica da cicatrização de anastomoses intestinais. Foram utilizados 17 ratos Wistar com média de peso 275±14g, divididos aleatoriamente em grupo I (n=9) e grupo II (n=8), anestesiados com éter sulfúrico e operados com técnica asséptica. A nicotina foi administrada por via subcutânea na dose de 5mg/kg em dias alternados, durante 17 dias nos ratos do grupo I e foi usado placebo no grupo II. Após sete dias de uso da nicotina e do placebo, foi feita secção transversal do jejuno a 5 cm do duodeno e anastomose com polipropileno 6-0. No décimo dia os ratos foram mortos com superdose de éter sulfúrico e foi feita biópsia da anastomose. Após processamento dos cortes histológicos e coloração pela hematoxilina-eosina, os dados foram quantificados por escores. A análise histológica revelou que o grupo I atingiu o escore 135 (média 15±4,41) e o grupo II, 218 (média 27,25±4,89). De acordo com o teste t, a diferença mostrou-se significativa (p<0,05). Os dados permitem concluir que a nicotina, quando administrada por via subcutânea em ratos, contribui para prejudicar a cicatrização de anastomoses intestinais.
Resumo:
O retardo da cicatrização de feridas em pacientes diabéticos eleva os custos hospitalares e a morbidade dos procedimentos operatórios. O objetivo deste trabalho é avaliar a influência da suplementação dietética de óxido de zinco e cromo (ZC) na reparação tecidual de feridas cutâneas. Foram estudados 69 ratos Wistar, pesando entre 200-270 gramas, separados em cinco grupos (G). Na primeira semana do experimento induziu-se diabetes com streptozotocin em 53 animais (GIII, GIV, GV). A partir do 8º dia os ratos normais (GI, GII) e os diabéticos receberam, além de ração e água: GI, nenhum tratamento (NT); GII, ZC adicionados à água; GIII, NT; GIV, insulina; GV, ZC e insulina. No 15º dia foi retirado fragmento elíptico de pele e subcutâneo do dorso dos animais. Nos 15º, 22º, 29º e 36º dias, as feridas operatórias foram fotografadas. Essas fotografias foram transferidas para computador, onde foram calculadas as suas áreas. Os valores obtidos foram submetidos à análise estatística. No 22º dia da avaliação, não houve diferença significante (NS) na redução das áreas das feridas operatórias entre os grupos. Nas datas seguintes, os ratos diabéticos não tratados (GIII) também não apresentaram diferença significante na redução das áreas das feridas operatórias (RA) em relação aos normais (GI). Mas os tratados com zinco e cromo e com insulina (GII, GIV e GV) apresentaram RA significativamente maior do que os do GIII. O GV apresentou maior RA do que o GIV, porém NS. Conclui-se que o tratamento de ratos diabéticos com insulina e a suplementação dietética de ZC favorecem a cicatrização de feridas cutâneas.