7 resultados para Chiasmocleis mehelyi
Resumo:
Introduction: Our purpose was to assess how pairs of sibling horseshoe bats coexists when their morphology and echolocation are almost identical. We collected data on echolocation, wing morphology, diet, and habitat use of sympatric Rhinolophus mehelyi and R. euryale. We compared our results with literature data collected in allopatry with similar protocols and at the same time of the year (breeding season). Results:Echolocation frequencies recorded in sympatry for R. mehelyi (mean = 106.8 kHz) and R. euryale (105.1 kHz) were similar to those reported in allopatry (R. mehelyi 105–111 kHz; R. euryale 101–109 kHz). Wing parameters were larger in R. mehelyi than R. euryale for both sympatric and allopatric conditions. Moths constitute the bulk of the diet of both species in sympatry and allopatry, with minor variation in the amounts of other prey. There were no inter-specific differences in the use of foraging habitats in allopatry in terms of structural complexity, however we found inter-specific differences between sympatric populations: R. mehelyi foraged in less complex habitats. The subtle inter-specific differences in echolocation frequency seems to be unlikely to facilitate dietary niche partitioning; overall divergences observed in diet may be explained as a consequence of differential prey availability among foraging habitats. Inter-specific differences in the use of foraging habitats in sympatry seems to be the main dimension for niche partitioning between R. mehelyi and R. euryale, probably due to letter differences in wing morphology. Conclusions: Coexistence between sympatric sibling horseshoe bats is likely allowed by a displacement in spatial niche dimension, presumably due to the wing morphology of each species, and shifts the niche domains that minimise competition. Effective measures for conservation of sibling/similar horseshoe bats should guarantee structural diversity of foraging habitats.
Resumo:
O processo de introdução de espécies é reconhecido como a segunda causa mais importante de erosão da diversidade biológica em muitos ambientes no Brasil e no mundo. As espécies invasoras possuem não apenas o poder de sobrevivência e adaptação em outros ambientes, mas a capacidade de dominar a diversidade biológica nativa através da alteração das características básicas dos processos ecológicos naturais e das interações. A jaqueira, Artocarpus heterophyllus Lamarck (Moraceae), tem sua origem nas florestas tropicais da Índia, tendo sido introduzida no Brasil ainda no período Colonial e atualmente é invasora em áreas de Mata Atlântica. Este estudo fornece os primeiros dados sobre a influência da espécie exótica invasora Artocarpus heterophyllus sobre comunidades de anuros de folhiço. As amostragens foram realizadas em uma área de Mata Atlântica, no litoral sudoeste do estado do Rio de Janeiro, incluindo informações sobre riqueza de espécies, densidades específicas e parâmetros ambientais. Nosso estudo foi realizado no Parque Estadual da Ilha Grande entre janeiro de 2009 e março de 2011. Para amostrar a comunidade de anuros de folhiço usamos 154 parcelas de 5 x 5 m, sendo 77 delas em áreas com jaqueiras e 77 em áreas sem jaqueiras, totalizando 3.850 m de chão de floresta amostrados. Nós amostramos um total de 613 anuros habitando o chão da floresta, pertencentes a dez espécies: Brachycephalus didactylus; Chiasmocleis sp.; Haddadus binotatus; Ischnocnema guentheri; Ischnocnema octavioi; Ischnocnema parva; Leptodactylus marmoratus; Physalaemus signifer; Rhinnela ornata e Zachaenus parvulus. Seis das dez espécies foram comuns às áreas com e sem jaqueiras, sendo a similaridade entre as duas áreas de 60%. As áreas com jaqueiras tiveram o dobro (N = 18) de parcelas sem nenhum anfíbio. O número de anfíbios registrados nas parcelas com jaqueiras (38%) foi menor do que o encontrado nas áreas sem jaqueiras (62%). O anfíbio predominante no folhiço em ambas às condições foi Ischnocnema parva, tendo abundancia maior nas parcelas sem jaqueiras. A densidade total de anuros vivendo no chão da floresta nas áreas com jaqueiras (12,2 ind/100 m) foi menor que nas áreas sem jaqueiras (19,7 ind/100 m). Entre os parâmetros ambientais analisados os que possuíram maior influência sobre a abundância de anfíbios foram a profundidade do folhiço e o pH do solo. Os dados sugerem que a jaqueira, além de ocupar o habitat de espécies nativas, é capaz de promover alterações na estrutura desses habitats que irão intervir na fauna do local.
Resumo:
Pós-graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) - IBB