983 resultados para Carvalho, Bernardo, 1960 - Crítica e interpretação


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Temos como principal objetivo nesse estudo analisar, enquanto narrativas de resistncia, os romances Tristessa do escritor norte americano Jack Kerouac e Nove Noites do brasileiro Bernardo Carvalho. Partimos da hiptese que ambos constituem narrativas de resistncia inerente escrita (BOSI, 2012), quando a resistncia no tema da obra, mas manifesta-se na construo das personagens e no desenrolar da trama. Neste caso, o elemento utilizado como meio de manifestar a resistncia a melancolia. Pretendeu-se verificar por meio de um estudo de caso, como ambos os romances trabalham representaes do sujeito em sua relao com a morte com base em processos melanclicos e como a melancolia se encontra ligada a uma atitude de resistncia predominante na escrita. Assim, examina-se a melancolia enquanto patologia (FREUD, 2005) e elemento esttico, assim como o processo da narrativa de resistncia ao mesclar tica e esttica. Para tanto foram considerados os contextos sociais nos quais as narrativas foram escritas, e como estes indicam que cada romance faz uma crítica social a uma fora opressora contempornea a sua publicao. Durante nosso estudo, por meio de anlise comparativa, constatamos que temas com a perda, a morte, a runa, o afastamento melanclico, a marginalizao social e a transitoriedade do real so comuns aos dois romances.

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Esta dissertao estuda o papel do sujeito na literatura e sua relao com a cultura e alteridade atravs da anlise de duas obras: Nove noites, de Bernardo de Carvalho e Corao das Trevas de Joseph Conrad. As obras estudadas mostram a crise que atinge os protagonistas dos dois livros depois do encontro com outras culturas. Em Nove noites o outro representado pelo ndio e em Corao das Trevas pelos africanos. Em Nove noites o antroplogo Buell Quain se suicida depois de uma estada entre os ndios Krah, e em Corao das Trevas vemos a deteriorao do homem branco representada pelo personagem de Kurtz. Considerado um homem notvel e um altrusta na Europa, Kurtz teria se corrompido no contato com a realidade do Congo e se torna, nas palavras do narrador Marlow, um dos demnios da terra. A dissoluo da personalidade e cdigo moral do homem branco, representada pelos dois personagens, ser estudada analisando a relao entre personalidade e cultura e como a falta de apoio e controle grupal desarticula valores at ento considerados estveis, assim como o contato com o outro. Esta desarticulao do sujeito causada pelo choque cultural se soma crise geral do sujeito moderno e ao mal-estar na civilizao, como descrito por Freud. A posio paradoxal do antroplogo, que se situa entre duas culturas, faz parte desta anlise, do mesmo modo questes pertinentes a posio dos ndios e africanos no Congo. No caso especfico de Corao das Trevas trabalha-se a interseo entre a anlise do sujeito, e suas implicaes, e a construo do personagem de Kurtz como smbolo da violncia colonial. O trabalho analisa tambm as semelhanas entre as duas obras, tanto temticas como em suas tcnicas narrativas e a influncia da obra de Conrad nos romances de Carvalho

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Tendo como objeto de estudo o livro Lavoura arcaica, de Raduan Nassar, e a obra cinematogrfica homnima, de Luiz Fernando Carvalho, este trabalho se debrua sobre as anlises possveis no processo de adaptao como recriao da obra, interpretando temas como a famlia, as paixes proibidas e o trgico. Para tal estudo, a viso terica de autores como Freud, Bataille, Marcuse, Bakhtin e Nietzsche, em seus pontos convergentes, auxilia a compreenso secular de interditos, proibies e transgresses, presentes na obra de Nassar.

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A proposta da tese investigar o papel da linguagem na indicao das obras literrias (juvenis) contemporneas. Para operacionaliz-la, mergulha-se na anlise dos textos em busca de marcas lingstico-discursivas que revelam seu padro de qualidade, observando a Lngua Portuguesa em funcionamento: suas manifestaes fonolgicas, morfolgicas, sintticas, semnticas geradoras de efeitos de sentido inditos, a fim de abrir espao no chamado cnone literrio, incorporando novos ttulos e escritores brasileiros. Pretende-se traar um percurso alternativo de leituras, visando conquista de alunos matriculados no final do Ensino Fundamental e Ensino Mdio, para que se tornem membros, de fato, da comunidade de leitores, cujos horizontes no se limitam ao perodo escolar. Objetiva-se, portanto, desenvolver no educando habilidades de leitura, interpretação e expresso (oral e escrita) em sua lngua materna, levando-o a refletir sobre a lngua no processo de ensino-aprendizagem. Como a tese privilegia a trade Lngua Portuguesa-Ensino-Leitura, tendo como corpus o discurso literrio, busca-se sensibilizar o estudante para questionar-se acerca das escolhas lingstico-discursivas do escritor na elaborao esttica de sua narrativa, com o fito de ativar a participao do leitor na construo de sentido(s) da histria. Intenta-se, enfim, ter a lngua como o prprio tema das aulas de Portugus, focalizando a relao entre a produo dos textos e suas finalidades interativas

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A obra O vendedor de passados, do escritor angolano Jos Eduardo Agualusa, tem como enredo um homem que tem o estranho ofcio de comercializar passados. Os clientes normalmente costumam procur-lo por questes de ordem financeira e social, tendo os novos passados a funo de apresent-los melhor sociedade. A trama ganha novos contornos com a chegada de um estrangeiro que se coloca disposio do vendedor para que este lhe atribusse a identidade que considerasse a melhor. Questes referentes identidade e suas implicaes emergem. O processo, que a princpio parecia simples, torna-se cada vez mais obscuro. A memria atua como um dos fatores de maior interferncia no procedimento, atribuindo a ele maior complexidade. As experincias do indivduo tambm sofrem mutaes com o procedimento de compra. E por fim, a identidade do sujeito sofre modificaes com a obteno de um novo passado. Tais questes que surgem em decorrncia do peculiar comrcio de passados sero foco de estudo da presente dissertao

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Leitura da narrativa O estrangeiro, de Albert Camus, e da narrativa flmica O homem que no estava l, dos irmos Ethan Coen e Joel Coen, com vistas a propor uma reflexo literria sobre o desconcerto do sujeito num mundo de solido, indiferena e nonsense existencial. Oriundas do esmaecimento de qualquer sentimento diante da inexorabilidade da conscincia da finitude, pelo comparatismo e com apoio no conceito de intertextualidade, so passadas em revista as trajetrias contingentes de Ed Crane − protagonista da obra cinematogrfica − e Meursault, personagem central do romance camusiano. Luz e sombra potencializam a aterradora atmosfera de absurdo na qual se desequilibra Ed Crane, em sua existncia obscura, em contraponto com a claridade reinante no percurso de Meursault. Ambos os personagens so condenados pela sociedade, de maneira inslita e definitiva, por intermdio de textos que denunciam, outrossim, a engrenagem trgica do sistema judicirio, permitindo-nos conectar os citados personagens, Plume Um certo Plume, de Henri Michaux e Joseph K. angstia errante engendrada por Franz Kafka em O processo

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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This paper analyzes the character Bigger Thomas Native Sons American novel published in 1940 by African-American author Richard Wright. Through this character we try to study more the post-slavery racial issue in a country where racial segregation was legally sustained and how this issue was reflected in society and identity formation of their native sons African-American

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A obra romanesca de Mia Couto o objeto da investigao desta tese, ponto de partida para tentar compreender a contribuio do autor na afirmao do romance africano e na reconstruo da identidade de seu pas, Moambique. Para tanto, o estudo discute a importncia da revelao de uma paisagem oculta ao leitor, de matriz cultural e complexo entendimento. O captulo que traz esta anlise mostra como a obra retrata as condies histricas e polticas de dominao, desigualdade, identificando aqui e l um tom levemente engajado na escrita miacoutiana, tanto quanto suas posies ideolgicas, suas denncias. Entre os temas mais destacados na obra est o animismo africano que d origem a uma srie de circunstncias sobrenaturais nos enredos, como uma lembrana constante: em frica, os espritos esto por toda a parte, mantendo intensa relao com os vivos. Em torno da questo, a tese discute o fato de parte da crítica classificar a obra por gneros como o Realismo Mgico, o Maravilhoso e o Fantstico. Tambm so investigadas as estratgias narrativas deste autor, suas opes regulares na composio de enredos, personagens, nomes de personagens e epgrafes. Com base nessas marcas e em outros traos comuns a todos os seus romances talvez presentes igualmente em seus contos descobre-se a adequao entre a criao de um sistema de pensamento dicotmico, que atravessa a obra, e estruturas frasais que revelam algo significativo: os romances de Mia Couto so propositivos, especialmente quando convidam o leitor ao movimento constante de questionamento de suas prprias certezas

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Anlise do romance Onde andar Dulce Veiga?(1990), de Caio Fernando Abreu, com fundamento nas idias de Theodor Adorno, especificamente com base na Teoria Esttica. A crítica empreende-se sob trs diferentes vertentes: o cinema noir, a msica e a autobiografia, sendo essa ltima uma caracterstica ligada crítica cultural. Na primeira, detectam-se as influncias da linguagem do cinema, em que o lado sombrio da realidade forte aliado na composio do romance. Na segunda, observam-se os novos paradigmas culturais que emergiram nos anos de 1980 como ndices metaficcionais, na tica de Theresinha Barbieri (2003), de outros analistas, e que do forma variada mixagem do todo social. Na terceira vertente, cruzam-se os percursos da vida de Caio Fernando Abreu com a narrativa de fico Onde andar Dulce Veiga?, a partir da coletnea de cartas, publicadas por Italo Moriconi (2002), escritas em trs diferentes dcadas: a de 1960, a de 1970 e a de 1980. Pela correspondncia, verifica-se que o projeto do romance habitou o imaginrio do jornalista, desde 1970, especialmente quando Caio Fernando Abreu passou a trabalhar em redaes de jornais e revistas. Assim, os aspectos da vida convertem-se em experincia esttica

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A presente dissertao parte da leitura do Livro do Desassossego de Fernando Pessoa (composto por Bernardo Soares ou Vicente Guedes, dependendo da fase de escrita do Livro), estabelecendo com ele uma relao dialgica, buscando gerar um pensamento sobre o livro a partir dele prprio. A pesquisa realizada procurou, sobretudo, tratar da encenao da palavra Desassossego na obra e a sua importncia como elemento de coeso no ambiente partido que o Livro. Para isso, efetivou-se uma anlise da palavra desassossego e as suas diversas formas de escrita durante a interminvel feitura da obra. Este trabalho, no entanto, no pretende expor uma definio para o que seria desassossego. Laborando exatamente no vis oposto, visa-se encenao do desassossego atravs da aproximao, ou seja, da experincia do desassossego na prpria escrita sobre ele. O estudo aqui apresentado constri-se como uma forma de narrativa de pensamento, realizando-se como registro da reflexo sobre a palavra desassossego, sobre o livro e sobre questes a ele pertinentes e por ele levantadas, como a problematizao da heteronmia, do gnero autobiogrfico, da editorao e das ideias de vida e literatura

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O perodo de transio da dcada de 20 para a de 30 dentro do Modernismo brasileiro muito estudado por crticos. Por um lado, defende-se a ideia de que ambas as dcadas pertencem a um mesmo movimento, mas com perspectivas diferentes. Por outro, cogita-se que os dois momentos constituem movimentos literrios distintos. Para Joo Luiz Lafet, a gerao de 20 e a de 30 fazem parte de um mesmo movimento, contudo, h uma distino entre elas: a dcada de 20 caracterizou-se por uma nfase em um projeto esttico, em que predomina o trabalho com a lngua e a sua forma, e a gerao de 30, por uma proeminncia de um projeto ideolgico, que priorizou a discusso social. Lus Bueno defende a ideia de que a literatura produzida nos dois decnios se comportou de forma muito divergente e que as duas dcadas no so parte de um mesmo momento literrio, ainda que se reconhea o valor da gerao de 20 para a subsequente. Nesse trabalho, veremos como na obra de Graciliano Ramos esses dois projetos que Lafet prope so indissociveis, sobretudo pelo trabalho do autor com a metalinguagem, entendida como um processo presente em todos os atos da conscincia, como defende Harald Weinrich. Observar-se- em So Bernardo e Vidas secas como a reflexo metalingustica por meio dos narradores e personagens evidencia o trabalho com a lngua esttica e ideologicamente

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Uma das instncias de representao do mundo a linguagem. Por meio da lngua representamos dados de nossa experincia fsica e psquica, ou seja, representamos a realidade que nos cerca. Investigar como o homem representa essa realidade uma questo inesgotvel. Desse modo, necessrio selecionar um aspecto dessa realidade, i.e., fazer um recorte. Para tratar de como o homem representa o mundo, foi escolhido como objeto de pesquisa uma das mais recorrentes representaes feitas pela humanidade, a saber, deus. Os questionamentos em torno do personagem deus podem ser considerados uma das questes ontolgicas do homem. No mbito dos estudos da linguagem, a Lingustica Sistmico-Funcional mostra-se como suporte terico ideal, pois entende que a linguagem possui a habilidade de representar a realidade. O propsito da linguagem de representar ideias e expressar experincias remete Metafuno Ideacional que tem como ferramenta de anlise o Sistema de Transitividade. Sendo assim, nosso objetivo investigar, por meio do Sistema de Transitividade da LSF, que representaes de deus Jos Saramago nos mostra em seu ltimo romance, Caim, e responder s seguintes perguntas: Qual a representao do personagem Deus em Caim a partir da investigao dos enunciados do narrador, do personagem Caim e do prprio personagem Deus? A anlise lingustica corrobora ou no o posicionamento de Saramago expresso por meio de um narrador que se coloca contra Deus? Como a anlise lingustica pode corroborar e sustentar uma anlise literria? O conceito de religio e a relao homem-deus tm uma presena constante na obra de Saramago e, em Caim, o autor desconstri uma tradio judaico-crist, atravs das prprias narrativas bblicas do Velho Testamento. Por meio dos processos analisados possvel observar que o divino, na obra em questo, revestido de caractersticas humanas, vingativo, rancoroso e demonstra pouqussima compaixo por suas criaturas. Para Saramago, o Deus cristo faz dos seres humanos suas marionetes, por exemplo, quando induz Caim ao primeiro homicdio da historia crist. Desse modo, o autor desconstri a concepo judaico-crist do Deus justo, onipotente, onisciente e bondoso. Para o autor, Deus egosta, vingativo e se deixa levar pela ira

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Bentinho no um personagem completamente inocente em suas memrias autobiogrficas. Apesar de se colocar na posio de vtima, algumas atitudes suas dentro do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, so capazes de acusar o narrador de primeira pessoa de outras coisas alm da imagem que pretende fazer de marido trado. Desta forma, este trabalho vai investigar como o personagem, atravs de sua verso casmurra, sai da posio de acusador para a de ru. Veremos como o personagem, que tem o poder da narrativa nas mos, ironicamente trai a si mesmo, deixando-se mostrar, mesmo que sem claramente perceber, suas caractersticas acusatrias. Assim, encontraremos nele no s um personagem ciumento com toques de loucura, mas tambm uma pessoa to dissimulada e manipuladora quanto Capitu, sua namorada e depois esposa a quem julga e condena ao longo do romance. Ser como ela leva Bento ao mesmo destino da moa: a solido e o exlio que, no caso dele, acontece, em sua prpria terra natal. H ainda um segundo corpus sobre o qual esta anlise se debrua: a microssrie Capitu (2008), exibida pela TV Globo em comemorao ao centenrio de morte de Machado de Assis. Mostraremos como o trabalho audiovisual dirigido por Luiz Fernando Carvalho levou para a televiso as orientaes de Machado de Assis, mantendo o mistrio do Bruxo do Cosme Velho. Alm disso, a microssrie tambm traduz em imagens a ideia de que Bentinho um reflexo, um desdobramento de Capitu.