2 resultados para Carataí


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Este trabalho apresenta informações sobre a pesca, alimentação, reprodução e desenvolvimento embrionário do carataí, Pseudauchempterus nodosus, com base em material coletado no rio Marapanim, PA, no período de dezembro de 1998 a abril de 1999. Para tal, foram realizadas coletas diárias e quinzenais, utilizando-se curral, tapagem e cerca, em quatro trechos do rio: na baía, no funil estuarino, nas porções média e superior. Foi confirmada que a pesca era realizada durante o período reprodutivo da espécie, sendo a maior parte da produção vendida nos municípios vizinhos. Os dados de captura ao longo do rio destacaram a porção superior (33%) e média (44%) como os trechos mais produtivos do rio Marapanim e indicaram que o carataí realiza movimento ascendente regido pela lua. A espécie ingeriu maiores porções de alimento no trecho de água túrbida, principalmente nos córregos de maré, sendo sua dieta composta por anelídeos, artrópodes, moluscos e peixes. As observações locais e a distribuição das freqüências dos ovários nos estádios maduro, de reprodução e esvaziado indicaram que o carataí desova no trecho de água doce e limpa, nas margens do rio e dos igarapés, sob floresta não perturbada. As desovas ocorrem durante os últimos picos das marés máximas de sizigia, e após a retração das marés, os ovos são incubados no solo por cerca de 11 dias até a sizigia seguinte, sob temperatura de 22 a 27,5 °C. Após a eclosão, enquanto a maré não chega, os embriões permanecem na casca e, quando escapam desta, sobrevivem no solo por cerca de duas horas. Esses embriões eclodem aptos a consumir alimento exógeno, enquanto que aqueles incubados na água eclodiam precocemente, aparentando pouca percepção do ambiente. A interferência na reposição anual de carataí no rio Marapanim pareceu depender mais da distribuição das chuvas locais e da integridade da floresta do que da pesca.

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Objective. - To assess the prevalence of stings by small spiny driftwood catfish (carataí) of the genus Centromochlus (Auchenipteridae) accidentally caught in buckets during bucket bathing by riverside people along the Brazilian Amazon and to determine the probability of catching specimens of these fish during random throws of a bucket into the river. Methods. - We interviewed 27 adult residents living at the confluence of the Negro and Solimões rivers in Brazil regarding whether or not they had ever been stung by driftwood catfish while bucket bathing. To assess the likelihood of catching catfish in bathing buckets, we randomly threw a typical plastic bucket used for bathing in 4 series of 10 throws into the river at dusk or night around a floating house. Results. - Seventeen of the 27 subjects (63%) reported being injured by driftwood catfish during bucket bathing. Three individuals (17.6%) had been injured 2 to 3 times, totaling 23 puncture accidents. All stings occurred at dusk or early night. In the 4 series of 10 bucket throws, we caught 3 driftwood catfish (in 1 series we did not catch any fish). Thus, the chance of catching a driftwood catfish in a single bucket throw at dusk was slightly less than 10%. Conclusions. - The prevalence of stings by driftwood catfish to people bucket bathing in this section of the Brazilian Amazon is high, partly because of the relatively high chances of catching these small catfish during random throws of a bathing bucket into the river.