913 resultados para Capitalist Discourse


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Esta dissertação propõe investigar o fenômeno das toxicomanias como conseqüência do declínio da imago paterna na cultura atual. O estudo foi iniciado pelo cotejamento do tema na teoria de Sigmund Freud e pela interpretação de que a toxicomania é uma resposta à satisfação sexual recalcada. A pesquisa explorou ainda esse tema no ensino escrito e falado de Jacques Lacan. O uso abusivo de drogas promove um gozo auto-erótico que busca liberar o toxicômano de ter que lidar com os impasses da castração. Por tal motivo foi explorada a queda da operatividade do significante Nome-do-Pai na atualidade. Se o significante autentica o sujeito do inconsciente e opera como regulador de gozo, a ascensão do objeto a ao zênite social provoca efeitos decisivos sobre o sujeito: a inconsistência do Outro, a predominância do discurso da ciência e do capitalista, e a proliferação dos novos sintomas. Nesse sentido, a segunda clínica de Lacan, a chamada clínica borromeana, foi utilizada para interpretar os modos de gozo na contemporaneidade. O atendimento de um paciente psicótico que faz uso de drogas mostrou a importância de trabalhar o diagnóstico diferencial para orientar a direção do tratamento.

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Desde a criação do instituto de Berlim, em 1919, primeiro serviço ambulatorial em que psicanalistas prestavam assistência aos neuróticos de guerra, a psicanálise não mais se limita às quatro paredes de um consultório particular. A aplicação da psicanálise se dá nas mais diversas instituições e o hospital geral é uma delas. Portanto, esse trabalho é resultado de um estudo realizado durante o estágio que fazia parte do programa da especialização em Psicologia Hospitalar do Instituto Central do Hospital das Clínicas de São Paulo. Além disso, encontra-se aqui também experiências decorrentes de nossa experiência enquanto pesquisador auxiliar do mesmo instituto. Assim, atendimentos à beira dos leitos do pronto socorro, de unidades de tratamento intensivo, de enfermaria, além de atendimentos ambulatoriais, discussão de casos e o trabalho de consultoria e interconsultoria com equipes multiprofissionais, são relatados nesta dissertação, numa tentativa de seguir a indicação freudiana de que, em Psicanálise, clinica e pesquisa coincidem. O objetivo principal deste trabalho foi dissertar sobre as possibilidades e limites de atuação do analista em um hospital geral, partindo da indicação lacaniana de que todo discurso traz em sua estrutura a marca do real, ou seja, o impossível de coincidir seu produto com a verdade, que é sempre não toda. Para isso, coloca-se em relevo a necessidade do retorno de cada um psicanalista aos fundamentos da teoria freudiana e da técnica da psicanálise para que possa não só entrar, mas se inserir em uma equipe multiprofissional. Além disso, partimos da teoria dos quatro discursos de Jacques Lacan para diferenciar a ética da psicanálise da ética aristotélica e a ética dos bens. Isso se faz importante para evidenciar que os limites de atuação de um analista no contexto hospitalar são mais éticos do que burocráticos. Posteriormente, considerando a avaliação como um dos principais efeitos do discurso capitalista no hospital, discutimos o sentido do significante eficácia em psicanálise, ao se diferenciar eficácia simbólica de eficácia analítica. Finalmente, delimitamos que as especificidades de atuação do analista no hospital refere-se ao método e não à teoria e, com isso, propomos a localização subjetiva como o que geralmente se faz possível no hospital em termos de entrevistas preliminares

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O presente trabalho de pesquisa envolve os casos de toxicomanias, como um novo sintoma, e a relação com a subjetividade de nossa época, provocando um questionamento sobre a clínica e a direção do tratamento. A mudança operada na cultura destaca o discurso do mestre atual como aquele que leva em si a marca do declínio dos ideais e das identificações não mais estabelecidos por um significante mestre e, sim, pelo mercado, provocando um imperativo feroz de Um gozo que promete a satisfação plena através do objeto, no caso, a droga. Vimos nos casos das toxicomanias e do alcoolismo, a ilusória completude capturada por um gozo auto- erótico que ludibria o sintoma com a droga e silencia o sujeito. O resultado do entrelaçamento do discurso capitalista com o discurso da ciência recai sobre a droga inserindo-a como mercadoria, cuja produção cada vez mais desenfreada, empurra a uma intoxicação generalizada, de difícil desintoxicação. Com a orientação psicanalítica é possível estabelecer um dispositivo que promova essa desintoxicação, reinventado caso a caso. É ofertar através do discurso do analista, um vazio de significações, de uma não resposta, em que, através da fala do sujeito, seja possível pinçar a função da droga na economia psíquica e os significantes que marcam sua história. O debate sobre a política pública e a função da psicanálise nos serviços públicos deve-se orientar pela singularidade e a dimensão ética do gozo no que concerne a proposta universalizante da política pública.

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O Programa de Desenvolvimento Sustentável Socioambiental e Cultural da Terra Indígena Apucaraninha foi criado como condicionalidade para que a comunidade pudesse receber parte dos recursos oriundos da compensação pela construção e operação da Usina Hidrelétrica de Apucaraninha, instalada dentro das terras indígenas. Teoricamente criado para ser um programa em que os índios participassem de forma ativa e igualitária na sua construção e implementação, já nasce contraditório frente à hegemonia da ideologia da sociedade envolvente imersa na ideologia do management. É assim que tenho como objetivo compreender como o management, enquanto ideologia que se materializa em discurso, atua sobre o Programa de Sustentabilidade Socioambiental e Cultural na Terra Indígena Apucaraninha, Paraná. Para isso, faço uma pesquisa qualitativa em que os discursos, coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e grupo focal, aplicados aos indígenas e aos não-indígenas participantes do programa, foram interpretados sob a perspectiva dos elementos da Análise do Discurso na Linha Francesa. Como apoio, ainda analisei documentos do programa e os emitidos pelo Ministério Público Federal. Os principais resultados mostram que, como eu já desconfiava, o programa exclui a participação dos indígenas de fato, uma vez que eles são considerados pelos \"brancos\", de maneira estereotipada, como irracionais, indolentes e atrasados e, assim, incapazes de escolher o \"melhor caminho\" para a sustentabilidade do programa que, neste momento, passa se orientar por uma visão economicista e materialista, contrário a lógica dos índios Kaingang. Ao discurso do management, sustentado pelo discurso capitalista, que promete a felicidade, se junta o discurso do colonizador, que trabalha desclassificando o modo de vida dos indígenas, os colocando em uma situação de vulnerabilidade que pode, assim, promover o seu extermínio, mesmo que não seja físico

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The current study has two complementary aims. On the one hand, it was to develop a semiotic analysis under a perspective of the interdircourse; on the other hand, it was to study the structure and functioning of the discourse and the discursive pratictice of the two most important cooperative currents in Brazil nowadays, the Solidarity Economy and the Official Cooperativism and verify the interdiscursive relationship which is at the basis of its constitution. For this, it was analyzed some doctrinal texts of both movements, which socially have different kinds of conflicts, including the discursive. The results have shown that a discourse is the opposite of the other. Therefore, while the Official Cooperativism emphasizes economic success and keeps relationships with the discourse of capitalist companies, the Solidarity Economy adopts the point of view of fighting against social inequalities, establishing a discontinuous relationship with the capitalist discourse

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This article discusses the project of the Information Society and the discourses that undergo it, as part of a political and ideological conception universalized by those countries that created and dominate computer technology, which is in turn is aligned with the Post-Fordist industrial capitalist order and its emphasis on economic accumulation and consumerism. We explain how information technology creates routines and legitimate social orders, taking for analyzes the case of the Clinton-Gore policy in the United States, when the discourse of the computer society was associated with the development and social welfare. This association is revealed in the speech made by Clinton in the city of Knoxville in year 1996. There we see the beginnings of the concern about the Digital Divide as a new form of "social disease" that prevents the passage to a better world, focused on productivity, accumulation and consumption in information-dense societies. This generates a clash between the industrial-graph-centric world and the oral-pre-industrial communities, as a result of attempting to transplant the institutional forms of the developed West. We explain the pillars of the new computerized order, and how they replaced previous epic narratives creating techno-deterministic or techno-phobic discourses in prejudice of more critical approaches. We identify the effects such deterministic discourses that connote the association between the Information Society, welfare and development, questioning the urgency of deploying this system at global level without profound critical discussion, clear goals focused on the benefit of the human beings, and the open participation of the users of the system.

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In this chapter, the way in which varied terms such as Networked learning, e-learning and Technology Enhanced Learning (TEL) have each become colonised to support a dominant, economically-based world view of educational technology is discussed. Critical social theory about technology, language and learning is brought into dialogue with examples from a corpus-based Critical Discourse Analysis (CDA) of UK policy texts for educational technology between1997 and 2012. Though these policy documents offer much promise for enhancement of people’s performance via technology, the human presence to enact such innovation is missing. Given that ‘academic workload’ is a ‘silent barrier’ to the implementation of TEL strategies (Gregory and Lodge, 2015), analysis further exposes, through empirical examples, that the academic labour of both staff and students appears to be unacknowledged. Global neoliberal capitalist values have strongly territorialised the contemporary university (Hayes & Jandric, 2014), utilising existing naïve, utopian arguments about what technology alone achieves. Whilst the chapter reveals how humans are easily ‘evicted’, even from discourse about their own learning (Hayes, 2015), it also challenges staff and students to seek to re-occupy the important territory of policy to subvert the established order. We can use the very political discourse that has disguised our networked learning practices, in new explicit ways, to restore our human visibility.

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Many contemporary currents in applied linguistics have favored discourse studies within assessment; there have been calls for cross-fertilization with other areas within applied linguistics, critiques of the positivist tradition within language testing research, and the growing impact of Conversation Analysis (CA) and sociocultural theory. This chapter focuses on the resulting increase in discourse-based studies of oral proficiency assessment techniques. These studies initially focused on the traditional oral proficiency interview but have since been extended to new test formats, including paired and group interaction. We discuss the research carried out on a number of factors in the assessment setting, including the role of the interlocutor, candidate, and rater, and the impact of tasks, task performance conditions, and rating criteria. Recent research has also concentrated more specifically on the assessment of pragmatic competence and on the applications of technology within the assessment of spoken language, including the comparability of semidirect and direct methods for such assessment and the use of computer corpora.

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This article examines interview talk of three students in an Australian high school to show how they negotiate their young adult identities between school and the outside world. It draws on Bakhtin’s concepts of dialogism and heteroglossia to argue that identities are linguistically and corporeally constituted. A critical discourse analysis of segments of transcribed interviews and student-related public documents finds a mismatch between a social justice curriculum at school and its transfer into students’ accounts of outside school lived realities. The article concludes that a productive social justice pedagogy must use its key principles of (con)textual interrogation to engage students in reflexive practice about their positioning within and against discourses of social justice in their student and civic lives. An impending national curriculum must decide whether or not it negotiates the discursive divide any better.

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Perspectives on work-life balance (WLB) reflected in political, media and organisational discourse, would maintain that WLB is on the agenda because of broad social, economic and political factors (Fleetwood 2007). In contrast, critical scholarship which examines work-life balance (WLB) and its associated practices maintains that workplace flexibility is more than a quasi-functionalist response to contemporary problems faced by individuals, families or organisations. For example, the literature identifies where flexible work arrangements have not lived up to expectations of a panacea for work-home conflicts, being characterised as much by employer-driven working conditions that disadvantage workers and constrain balance, as they are by employee friendly practices that enable it (Charlesworth 1997). Further, even where generous organisational work-life balance policies exist, under-utilisation is an issue (Schaefer et al, 2007). Compounding these issues is that many employees perceive their paid work as becoming more intense, pressured and demanding (Townsend et al 2003).

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One of the most wide-ranging and sophisticated critiques of creative industries policy argues that it is a kind of Trojan horse, secreting the intellectual heritage of the information society and its technocratic baggage into the realm of cultural practice, suborning the latter's proper claims on the public purse and self-understanding, and aligning it with inappropriate bedfellows such as business services, telecommunications and calls for increases in generic creativity. Reviewing the broad adoption of the concept in policy discourse around the world, this paper suggests that rather than a Trojan horse, it might be better thought of as a Rorschach blot, being invested in for varying reasons and with varying emphases and outcomes. Based on spatial analysis, then, the critique may need modification. Temporally as well, the critique may have been overtaken by later developments taking policy emphases 'beyond' the creative industries.

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A body of critical legal scholarship argues that, by the time they have completed their studies, students who enter legal education holding social ideals and intending to use their legal education to achieve social change, have become cynical about the ability of the law to do so and no longer possess such ideals. This is explained by critical scholars to be the result of a process of ideological indoctrination, aimed at ensuring that graduates uphold the narrow and conservative interests of the legal profession and capitalist society, being exercised by law schools acting as adjuncts of the legal profession, and exercised upon the passive body of the law student. By using Foucault’s work on knowledge, power, and the subject to interrogate the assumptions upon which this narrative is based, this thesis intends to suggest a way of thinking differently to the approach taken by many critical legal scholars. It then uses an analytics of government (based on Foucault’s notion of ‘governmentality’) to consider the construction of the legal identity differently. It examines the ways in which the governance of the legal identity is rationalised, programmed, and implemented, in three Queensland law schools. It also looks at the way that five prescriptive texts to ‘surviving’ law school suggest students establish and practise a relation to themselves in order to construct their own legal identities. Overall, this analysis shows that governance is not simply conducted in the profession’s interests, but occurs due to a complex arrangement of different practices, which can lead to the construction of skilled legal professional identities as well as ethical lawyer-citizens that hold an interest in justice. The implications of such an analytics provide the basis for original ways of understanding legal education, and legal education scholarship.