9 resultados para CALLIANASSIDAE


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In this study, the gross morphology of the mouthparts and foregut of the ghost shrimp Lepidophthalmus siriboia were investigated from larvae and postlarvae reared in the laboratory. The mouthparts (maxillae and maxillipeds) of the zoeae have a reduced number of setae and spines (or is absent in some individuals), and the foregut, under developed, have few minute setae in the cardiac and pyloric chambers. In contrast, after the metamorphosis into megalopa stage, all feeding appendages have many setae and, the foregut shows a well-developed gastric mill with strong lateral teeth. In the juvenile stage occurs an increase of setae and spines in the mouthparts and the foregut becomes more specialized. These observations strongly suggest that a lecithotrophic development occurs during all zoeal stages but the megalopa and juvenile stages are feeding animals. The functional morphology of the feeding structures of L. siriboia and other decapods will be briefly discussed.

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The Pinnotheridae family is one of the most diverse and complex groups of brachyuran crabs, many of them symbionts of a wide variety of invertebrates. The present study describes the population dynamics of the pea crab Austinixa aidae (Righi, 1967), a symbiont associated with the burrows of the ghost shrimp Callichirus major (Say, 1818). Individuals (n = 588) were collected bimonthly from May, 2005 to September, 2006 along a sandy beach in the southwestern Atlantic, state of São Paulo, Brazil. Our data indicated that the population demography of A. aidae was characterized by a bimodal size-frequency distribution (between 2.0 and 4.0 mm and between 8.0 and 9.0 mm CW) that remained similar throughout the study period. Sex ratio does not differ significantly from 1:1 (p > 0.05), which confirms the pattern observed in other symbiontic pinnotherids. Density values (1.72 ± 1.34 ind. • ap.-1) are in agreement with those found for other species of the genus. The mean symbiosis incidence (75.6%) was one of the highest among species of the Pinnotheridae family, but it was the lowest among the three studied species of the genus. Recruitment pattern was annual, beginning in May and peaking in July, in both years, after the peak of ovigerous females in the population (from March to May). Our findings describe ecological and biological aspects of A. aidae similar to those of other species of this genus, even from different geographic localities.

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A alimentação é considerada crítica em cultivo de larvas de decápodes. No entanto, algumas espécies podem apresentar reservas nutritivas suficientes para completar o desenvolvimento larval sem a necessidade de alimentação externa (conhecido como desenvolvimento larval lecitotrófico). No presente estudo, dois experimentos foram realizados para verificar se o callianassídeo Lepidophthalmus siriboia tem comportamento lecitotrófico ou se precisa de alimento externo para completar o desenvolvimento larval: Experimento 1, larvas submetidas a um período inicial de alimentação e, Experimento 2, larvas submetidas a um período inicial de inanição. Em ambos os experimentos, observou-se altas taxas de sobrevivência, com apenas 2 megalopas e 1 zoea III mortos. Estes resultados sugerem fortemente que larvas de L. siriboia são lecitotróficas, tendo reservas suficientes para completar o desenvolvimento larval, enquanto o estágio de megalopa apresenta lecitotrofia facultativa. Os períodos larvais de cada estágio nos tratamentos foram bastante semelhantes. No entanto, foram observadas algumas diferenças significantes entre alguns períodos, os quais podem estar relacionados às condições de cultivo, provavelmente devido a fatores abióticos, à variabilidade individual da condição larval, ou ainda a fatores como estresse causado às fêmeas ovígeras durante embriogênese.

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O presente estudo investigou se o callianassid Callichirus major apresenta um comportamento lecitotrófico durante o desenvolvimento larval. Dois experimentos foram realizados. No primeiro experimento, larvas foram submetidas a um período inicial de alimentação, enquanto no segundo elas foram submetidas a um período inicial de inanição. No experimento 1, 80% das larvas de C. major mudaram com sucesso para o estágio de juvenil no tratamento com larvas alimentadas diariamente. Nos tratamentos com larvas alimentadas por 1, 2 e 3 dias, houve uma mortalidade total antes de alcançarem o estágio de megalopa. No experimento 2, as larvas zoés mostraram mais resistência quando submetidas a um período inicial de inanição. Nos tratamentos nos quais as larvas estiveram em inanição por 1, 2 e 3 dias, as taxas de sobrevivência foram100%, 60% e 90%, respectivamente. Porém atrasos na duração do desenvolvimento dos estágios de zoés foram observados. Houve mortalidade total para as larvas cultivadas no tratamento com ausência constante de alimento. Os resultados sugerem não existir um comportamento lecitotrófico nas zoés de C. major.

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Os Thalassinidea são invertebrados marinhos de grande importância na ecologia de ambientes de fundos moles, especialmente dado sua influência nos fluxos de oxigênio, energia e nutrientes e, atividades bioturbadoras. Estes organismos vivem em galerias das quais dependem para diversas necessidades, como proteção, reprodução e alimentação. Em alguns lugares do mundo este grupo tem sido explorado para utilização como isca. A espécie Lepidophthalmus siriboia Felder & Rodrigues, 1993 (Crustacea: Callianassidae) ocorre desde a Flórida até o Brasil. Este estudo tem como objetivo avaliar a dinâmica e a estrutura populacional de L. siriboia na ilha de Maiandeua (PA), associando os processos observados com características ambientais ligadas ao sedimento e à água. As coletas ocorreram mensalmente entre junho de 2007 e maio de 2008, sendo os organismos capturados utilizando bomba de sucção. Em laboratório, os animais foram sexados, medidos e pesados. Nas fêmeas ovígeras foi contado o número de ovos aderidos aos pleópodos. O crescimento foi estimado através da equação de crescimento de Von Bertalanffy que estabelece a relação entre o comprimento total (CT) e a idade (t). Foi capturado um total de 1268 indivíduos (753 machos e 515 fêmeas), cujos comprimentos variaram de 0,3 a 1,85 cm e o peso de 0,01 a 3,09 g. Os comprimentos médios mensais das fêmeas foram significantemente maiores do que dos machos (p<0.05) em quase todos os meses do ano. O comprimento da carapaça e o comprimento do propódio para os machos tiveram alta e significante correlação, com crescimento alométrico positivo para ambos os sexos. O tamanho de primeira maturação obtido foi de 0,7 cm para as fêmeas e 0,6 cm para os machos. Os machos foram proporcionalmente mais abundantes, totalizando 59,4% de todos os organismos capturados (proporção sexual de 1,46 machos: 1 fêmea). Houve predomínio significativo de machos nas classes de comprimento entre 0,2 e 1,2 cm e de fêmeas nas classes de comprimento maior/igual a 1,2 cm. Foram registradas 139 fêmeas ovígeras, na qual a maioria (48,2% do total) ocorreu no intervalo de classe 1,1 a 1,2 cm de comprimento da carapaça. A fecundidade absoluta variou de 0 a 1546 ovos/fêmea, com valor médio de 826,25 ovos/fêmea. Observou-se correlação significativa entre o número de ovos, peso e comprimento da carapaça. As fêmeas tiveram crescimento maior que dos machos, sendo observados valores para machos de L_: 1,63 , K: 1, C: 0,2, WP: 0,18 e para fêmeas; L_: 1,68, K: 0,8, C: 0,2 e WP: 0,09. As estimativas de mortalidade dos machos foram maiores que para as fêmeas em todos os métodos utilizados: curva de captura (Z=1,67 e Z=0,11 para machos e fêmeas), Beverton e Holt (Z=1,9 e Z= 1,76 para machos e fêmeas) e Powell–Wetherall (Z/K=3,98 e Z/K= 2,25 para machos e fêmeas). Foram registrados três pulsos principais, sendo um pulso registrado em novembro, um em fevereiro e outro em maio. Os resultados obtidos permitem concluir: 1. comprimento médio dos machos é inferior ao das fêmeas ao longo do ano; 2. fêmeas são dominantes nas classes de comprimento superiores (_1,2 cm); 3. a reprodução é contínua com a ocorrência de fêmeas ovígeras ao longo do ano; 4. parâmetros de crescimento estimados foram maiores para as fêmeas do que para machos; 5. Fêmeas tiveram redução da taxa de crescimento em janeiro (WP: 0,09) e machos em fevereiro (WP: 0,18); 6. a mortalidade é maior para os machos; 7. Recrutamento ocorre ao longo do ano com três picos pronunciados em novembro, fevereiro e maio.

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A morfologia dos apêndices bucais e o estômago de larvas e pós-larvas de Lepidophthalmus siriboia cultivados em laboratório foi investigada. Os apêndices bucais (maxilas e maxilípedes) durante os estágios zoeae apresentam número reduzido de cerdas e espinhos, ou mesmo, ausentes em alguns indivíduos. O estômago aparece pouco desenvolvido, com poucas cerdas pequenas nas câmaras cardíaca e pilórica. Contrariamente, após a metamorfose para o estágio megalopa, todas estas estruturas bucais possuem muitas cerdas, e o estômago apresenta um moinho gástrico bem desenvolvido com dois fortes dentes laterais. No estágio juvenil ocorre incremento de cerdas e espinhos em todas estruturas bucais e o estômago torna-se mais especializado. Estas observações sugerem fortemente que as zoeae de L. siriboia têm desenvolvimento lecitotrófico, mas que as megalopae e juvenis passam a ingerir alimentos exógenos.

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Based on the hypothesis that reproduction is a continuous process in tropical habitats, we analysed reproductive periodicity and egg production in the callianassid ghost shrimp Lepidophthalmus bocourti, one of the most common species in mangrove systems along the Pacific coast of Central America. During one year (May 2008 to April 2009), individuals of L. bocourti (N = 499) were collected nearshore Gulf of Nicoya, Pacific coast of Costa Rica. Observations were made on presence or absence of incubated embryos, and gonad activity of females was analysed as gonadosomatic index (GSI). Our results revealed that L. bocourti has a marked seasonal breeding period, which contradicts previous reports regarding coastal marine decapods from the tropics. Ovigerous females were found only from June to August, while high GSI values were obtained from March to July. The increase of GSI and appearance of ovigerous females were associated with a concomitant decrease of salinity, but not with temperature. We assume that reproduction of L. bocourti is adapted to local changes of environmental conditions, and that a decrease in salinity during rainy season may serve as a triggering factor for ovarian development. Compared to other ghost shrimps, L. bocourti produced on average more (2002 +/- 1365) and smaller (0.87 +/- 0.109 mm) eggs, which seems to suggest that this species does not have an abbreviated larval development as reported for other species of genus. The deviation from the generalization of constant reproduction in the tropics for shallow water marine invertebrates and its probable cause are adequately discussed.

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Wild-caught larvae, attributed to the lobster shrimp Arius serratus, consisting of two zoeal stages and a decapodid (megalopa), are described in detail. Parentage of larvae was ascertained based on geographic distribution of axiideans and gebiideans (= former thalassinideans) within the study area and close morphological resemblance to other congeneric larval stages. Larvae of A. serratus represent the first described 'thalassinidean' larvae from Canadian Atlantic waters and the first for Axiidae within the northwest Atlantic. Among axiidean larvae, those of A. serratus most closely resemble larvae of A. stirhynchus from the eastern Atlantic. Distinct features include the spination of the pleon that set A. serratus zoeae apart from those of most other 'thalassinideans' but that, in combination with a telson very similar to Homarus americanus, contributes to the general resemblance of A. serratus larvae to those of the American lobster. The primary distinction between these taxa is the presence of a chela on the third pereiopod in the latter that is not present in the former. In view of these appendages being prone to loss or damage, other characters that separate these taxa are listed and discussed. Given the uncertain status of some taxa within Axiidae and limited detailed information of larvae with certain parentage, difficulties in delineating the family based on larvae persist, as they do for cladistic analyses using adult morphology and molecular approaches.

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The complete larval development of the ghost shrimp Lepidophthalmus siriboia Felder & Rodrigues, 1993 was described and illustrated in detail from specimens reared in the laboratory. Ovigerous females were collected at Canela Island in the northeastern region of the State of Pará. The larvae hatch as a prezoea, in which they persist for less than 3 hours. The larval development consists of three zoeal stages and a megalopa. The zoeal development averaged from 69 to 111 hours. The period in the megalopa stage was about 185 hours (about 8 days). The percentage of individuals succeeding in molt into juvenile stage was 91,8%. The first juvenile stage was reached 254 hours (about 10 days) after hatching. Morphological comparisons and their relationship with larvae of congeneric species are briefly discussed.