930 resultados para BIOLOGIA MARINHA


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Dissertao mest., Biologia Marinha, Universidade do Algarve, 2007

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Dissertao mest., Biologia Marinha, Universidade do Algarve, 2008

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Dissertao mest., Biologia Marinha, Universidade do Algarve, 2007

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Dissertao de mest., Biologia Marinha (Ecologia e Conservao Marinha), Faculdade de Cincias e Tecnologia, Univ. do Algarve, 2012

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Este trabalho descreve a biologia reprodutiva e dieta da chilreta Sternula albifrons no Sul de Portugal, entre 2008 e 2010. Foram analisadas as variveis reprodutivas: tamanho mdio das posturas, sucesso de ecloso e volume dos ovos entre os vrios anos e habitats natural (Praias) e alternativo (Salinas). A dieta foi caracterizada a partir da identificao dos otlitos sagitais encontrados nos regurgitos recolhidos perto dos ninhos nas colnias das salinas. Foram identificados um mximo de 11 espcies ou gneros de peixe na dieta da chilreta. O peixe-rei (Atherina spp.) e os gbios (Pomatoschistus spp.) foram as espcies com maior frequncia de ocorrncia nos regurgitos (sempre superior a 75% e 25% respectivamente). Foram encontradas diferenas significativas somente na proporo da presa itens no identificados o que se deve s limitaes do prprio mtodo. Os resultados obtidos para as vrias variveis reprodutivas foram comparados com outros estudos anteriores das mesmas colnias por forma a avaliar a adequabilidade das salinas como habitats alternativos de nidificao. No foram encontradas diferenas significativas nas variveis reprodutivas entre os habitats natural e alternativo o que suporta a ideia de que as salinas so um habitat alternativo adequado para a nidificao da chilreta no Sul de Portugal. So discutidas algumas aces de conservao para as colnias em questo.

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O presente estudo estima a biomassa mdia e caracteriza a distribuio espao-temporal dos peixes da familia Sciaenidae no esturio do rio Caet, no litoral norte do Brasil com nfase nas espcies Stellifer rastrifer, Stellifer naso, Macrodon ancytodon e Cynoscion rnicrolepidotus. Estimam-se parmetros biolgicos como a idade da primeira maturao sexual (L<sub>50 </sub>), os perodos de desova, a relao peso-comprimento, hbitos alimentares, a sobreposio das dietas, o consumo mdio de alimento por unidade de peso (Q/B), bem como a estrutura e dinmica populacional. Para tal durante o perodo outubro de 1996 a agosto de 1997, foram feitas 6 coletas bimensais, no esturio do rio Caet. Onze espcies de peixes da famlia Sciaenidae foram coletadas. A biomassa mdia da famlia Sciaenidae foi de 0,840g/m. A distribuio espacial da biomassa no sistema foi relacionada com a dinmica de recrutamento e reproduo das espcies. Assim, os juvenis das espcies S. rastrifer, S. naso e M. ancylodon distriburam-se nas reas mais internas do esturio e os adultos nas reas externas, com maiores teores de salinidade. Os valores de L<sub>50 </sub> foram estimados em 10cm, 10,7cm e 21,5cm, respectivamente. Foram determinados para essas trs espcies dois perodos anuais de reproduo, que definiram dois perodos de recrutamento, cada coorte apresentando diferentes parmetros de crescimento. As relaes peso-comprimento foram do tipo alomtrico positivas, sem mostrar diferenas significativas entre sexos. Foi achada uma mudana na composio da dieta relacionada com o tamanho da espcie. Assim o zooplncton foi comum nos indivduos jovens, para ser substitudo por juvenis de crustceos decpodos, poliquetas e juvenis de peixes nos indivduos maiores. O grau de sobreposio das dietas variou durante o desenvolvimento ontognico das espcies. A relao Q/B mostrou que as espcies menores como S. rastrifer e S. naso consumem anualmente maior proporo de alimento em relao ao seu peso corporal, ao ser comparado com as espcies maiores M. ancylodon e C. rnicrolepidotus. Os resultados demostraram maiores taxas de crescimento, menores comprimentos para cada idade e menor longevidade para os peixes do esturio do Caet, quando comparados com as mesmas espcies em latitudes maiores.

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Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)

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Fanergamas marinhas (gramas marinhas) so plantas com flores adaptadas ao ambiente marinho costeiro da maioria dos continentes do mundo. As gramas marinhas formam extensos bancos e proveem valiosos recursos em guas costeiras rasas em todo o mundo, servindo de alimento e berrio para espcies importantes de pescados comerciais e recreacionais. Nesse estudo foi realizada uma reviso sobre o estado de conhecimento das fanergamas marinhas no Brasil at o presente momento; avaliou-se a importncia do monitoramento em longo prazo e a influncia de fatores ambientais, como o nmero de manchas solares; pesquisou-se tambm a distribuio espacial da grama marinha, bem como a fauna e flora associada; e o crescimento de Halodule wrightii em duas condies ambientais extremas (exposta no ciclo de mar baixa e permanentemente submersa). A reviso bibliogrfica sobre as gramas marinhas foi abrangente e verificou a existncia de algumas lacunas no conhecimento. Atravs do monitoramento a longo prazo pde ser observado que o nmero de manchas solares tem forte relao negativa sobre a altura do dossel das gramas marinhas de regio entre mars. A variao de mars na regio de mediolitoral est relacionada diretamente com a distribuio espacial de Halodule wrightii e, consequentemente na distribuio da fauna e flora associada. A diferena de crescimento nos eixos de Halodule wrightii em condies ambientais diferentes compensada pelas variaes nas caractersticas de distribuio da planta no ambiente, tais como a altura do dossel, a densidade e biomassa de eixos. O monitoramento a longo prazo pode permitir a tomada de aes que auxiliem no manejo e na recuperao desses importantes habitats costeiros.

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Este trabalho teve como objetivo principal implementar um algoritmo emprico para o monitoramento do processo de eutrofizao da Baa de Guanabara (BG), Rio de Janeiro (RJ), utilizando dados de clorofila-a coletados in situ e imagens de satlite coletadas pelo sensor MERIS, a bordo do satlite ENVISAT, da Agncia Espacial Europia (ESA). Para a elaborao do algoritmo foi utilizada uma srie histrica de clorofila-a (Out/2002 a Jan/2012) fornecida pelo Laboratrio de Biologia Marinha da UFRJ, que, acoplada aos dados radiomtricos coletados pelo sensor MERIS em datas concomitantes com as coletas in situ de clorofila-a, permitiu a determinao das curvas de regresso que deram origem aos algortmos. Diversas combinaes de bandas foram utilizadas, com nfase nos comprimentos de onda do verde, vermelho e infra-vermelho prximo. O algoritmo escolhido (R = 0,66 e MRE = 77,5%) fez uso dos comprimentos de onda entre o verde e o vermelho (665, 680, 560 e 620 nm) e apresentou resultado satisfatrio, apesar das limitaes devido complexidade da rea de estudo e problemas no algoritmo de correo atmosfrica . Algortmos tpicos de gua do Caso I (OC3 e OC4) tambm foram testados, assim como os algoritmos FLH e MCI, aconselhados para guas com concentraes elevadas de Chl-a, todos com resultados insatisfatrio. Como observado por estudos pretritos, a Baia de Guanabara possui alta variabilidade espacial e temporal de concentraes de clorofila-a, com as maiores concentraes no perodo mido (meses: 01, 02, 03, 10, 11 12) e nas pores marginais (~ 100 mg.m-3), particularmente na borda Oeste da baia, e menores concentraes no perodo seco e no canal principal de circulao (~ 20 mg.m-3). O presente trabalho pioneiro na construo e aplicao de algoritmos bio-ptico para a regio da BG utilizando imagens MERIS. Apesar dos bons resultados, o presente algortmo no deve ser considerado definitivo, e recomenda-se para trabalhos futuros testar os diferentes modelos de correo atmosfrico para as imagens MERIS.

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Estudos de comunidades de esponjas marinhas so escassos no Brasil, sendo este trabalho pioneiro nessa abordagem para a Ilha Grande - RJ, um local de alta diversidade biolgica. A estrutura das assembleias de esponjas marinhas e da comunidade bentnica marinha sssil foi avaliada, a partir de ndices descritores de diversidade, em seis pontos da Ilha Grande e ilhas prximas, sendo trs do lado continental e trs do lado ocenico. As assembleias foram comparadas entre os diferentes lado e profundidade, atravs da contagem do nmero de indivduos e rea de cobertura por foto-quadrados. Paralelamente, as esponjas foram coletadas, fixadas e posteriormente identificadas atravs de metodologia e literatura especializada. Foi encontrado um total de 5.457 indivduos, representando as Classes Demospongiae e Calcarea, distribudos em 41 espcies e nove morfotipos, indicando maior diversidade para Lagoa Azul e menor para Parnaica, sendo o local com maior riqueza a Ilha do Abrao. Dentre as espcies identificadas, quatro dominaram mais de 50% do total e 26 no alcanaram nem 5% da abundncia absoluta. Anlises de varincia por GLM s evidenciaram diferena significativa para profundidade com substratos diferentes (F= 2,79; p<0,04), enquanto o fator lado (F= 2,23; p>0,16) e a interao entre os fatores (F= 1,17; p>0,38) no tiveram diferena estatstica. As anlises multivariadas de ordenao Cluster e MDS indicaram a formao de quatro assembleias de esponjas: 1) quatro locais com substrato no consolidado; 2) Lagoa Azul com substrato no consolidado; 3) locais ocenicos de substrato rochoso; e 4) locais continentais de substrato consolidado. J para a comunidade geral, 49 espcies foram encontradas, sendo o Filo Porifera o de maior representatividade especfica, apesar das macroalgas terem formado o grupo mais abundante. A comunidade bentnica foi dominada por quatro espcies, que juntas alcanaram mdia de 50% da cobertura bentnica: alga calcria incrustante, algas formadoras de tapete de turf, a esponja Iotrochota arenosa e o zoantdeo Palythoacaribaeorum. Estatisticamente, o lado continental se mostrou diferente do ocenico, o qual possui maior riqueza, diversidade e uniformidade de espcies, muito provavelmente pelo menor nmero de espcies dominantes e aliado a isso maior heterogeneidade de habitats, o que promove o aumento da diversidade. Quinze novas espcies esto sendo registradas para a Baa da Ilha Grande, sendo trs novas espcies, as quais esto sendo descritas por especialistas, e 12 so novos registros de espcies ou gneros para a regio, evidenciando que a diversidade de esponjas marinhas na BIG alta e ainda pouco conhecida e que a formao de assembleias pode ser devida a singularidade de cada local, implicando na necessidade de conservao dos costes rochosos da Ilha Grande e cercanias, a qual pode ser manejada atravs da realizao de rpidos levantamentos sobre a riqueza e o nmero de indivduos da espcie na regio

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Desde a descoberta em 1999 do primeiro vulco de lama no Golfo de Cdis, cerca de 40 locais, de profundidade varivel entre os 200 e os 3900 m, com diferentes graus de emisso de hidrocarbonetos foram localizados e amostrados dentro do programa IOC-UNESCO Training Through Research (TTR) e mais recentemente dentro do projecto europeu HERMES. Neste estudo investigamos as comunidades da macrofauna dos vulces de lama do Golfo de Cdis utilizando uma diversidade de equipamento de amostragem quantitativo e no quantitativo. Mais de 14550 espcimes foram examinados e includos nos diferentes grupos taxonmicos, sendo fornecida uma lista taxonmica detalhada com o menor nvel taxonmico possvel. A biodiversidade, distribuio dos principais taxa, as espcies quimiossintticas e a biodiversidade regional e substituio de espcies so apresentados e discutidos. Dentro da macrofauna, os bivalves (nomeadamente super-familia Thyasiroidea, espcies quimisimbiticos e comunidade de bivalves) e os ofiurideos so estudados em pormenor. Os Thyasiroidea colhidos nos vulces de lama do Golfo de Cdis so revistos. Das sete espcies identificadas, apenas uma Thyasira vulcolutre. sp. nov se encontra associada a um ambiente quimiossinttico. Esta espcie restrita a locais activos, mas no se verificam padres de distribuio para as outras espcies. Os bivalves quimiosimbiticos amostrados so revistos. Das 10 espcies fortemente associadas a ambientes quimiossintticos duas Solemyidae, Petrasma elarraichensis sp. nov. e Acharax gadirae sp. nov., uma Lucinidae, Lucinoma asapheus sp. nov., e uma Vesicomyidae, Isorropodon megadesmus sp. nov. so descritas e comparadas com similares das respectivas famlias. As comunidades de bivalves foram analisadas em detalhe e do estudo de 759 espcimes (49 espcies em 21 familias) descreve-se a diversidade e padres de distribuio. Os Ophiuroidea amostrados nos vulces de lama e ambientes batiais adjacentes so revistos. Treze espcies so includas em 4 famlias, Ophiacanthidae, Ophiactidae, Amphiuridae e Ophiuridae e so identificadas, tendo sido descrita uma nova espcie Ophiopristis cadiza sp. nov. Rcios isotpicos (13C, 15N, 34S) foram determinados em vrias espcies no intuito de investigar a ecologia trfica das comunidades bnticas dos vulces do Golfo de Cdis. Os valores de 13C para os bivalves Solemyidae, Lucinidae e Thyasiridae esto de acordo com os valores para outros bivalves conhecidos por possurem simbiontes tiotrficos. Por outro lado os valores de 13C e 34S para Bathymodiolus mauritanicus sugerem a ocorrncia de metanotrofia. A anlise da fauna heterotrfica indica igualmente que as espcies habitantes da cratera dos vulces de lama derivam a sua nutrio de fontes quimiossintticas. A indicao pela anlise isotpica que as bactrias autotrficas contribuem substancialmente para a nutrio dos bivalves hospedeiros, levou-nos a investigar os endossimbiontes e as suas relaes filogenticas relativamente a outros bivalves atravs da anlise comparativa de anlises de sequncias de 16S ribossomal RNS. Anlises moleculares PCR-DGGE (Denaturing Gradient Gel Electrophoresis) e clonagem de genes de bacterias 16S rRNA confirmaram a presena de simbiontes oxidantes de enxofre e colocam a possibilidade de uma simbiose dupla para o B. mauritanicus. A diversidade microbiana dentro dos Frenulata foi igualmente estudada recorrendo a mtodos moleculares e revelou a no existncia de padro entre espcies, vulces, profundidade e idade do animal sugerindo assim a no procura de simbiontes especficos.

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Os aneldeos poliquetas so elementos importantes em ambientes estuarinos e costeiros, pela sua elevada biodiversidade e abundncia e pelo papel que tm nas cadeias trficas. Algumas espcies so intensivamente exploradas para serem utilizadas como isco na pesca desportiva e profissional, como o caso de Diopatra neapolitana. Apesar da importncia econmica, existem poucos estudos sobre a sua biologia e ecologia. No decorrer deste estudo foram identificadas duas outras espcies do gnero Diopatra em Portugal: D. marocensis, inicialmente descrita para a costa de Marrocos e cuja distribuio actual se sabe estender-se a toda a costa Portuguesa e Norte de Espanha e, D. micrura, espcie nova para a cincia. O presente estudo tem como objectivos principais estudar a diversidade e reproduo do gnero Diopatra, bem como a capacidade de regenerao da espcie D. neapolitana. Este trabalho aborda a distribuio espacial de D. marocensis ao longo da costa Portuguesa e descreve a espcie D. micrura, uma nova espcie do gnero Diopatra Audouin and Milne Edwards, 1833. As trs espcies coabitam em guas transicionais, onde as espcies D. micrura e D. marocensis facilmente se confundem com juvenis de D. neapolitana. Foi realizada uma comparao morfolgica e gentica entre as trs espcies. A espcie D. neapolitana coexiste em algumas reas da Ria de Aveiro com a D. marocensis. Apesar destas duas espcies apresentarem padres reprodutivos muito diferentes, Maio a Agosto o perodo principal para a reproduo de ambas as espcies. D. neapolitana apresenta um desenvolvimento larvar planctnico, e os ocitos presentes na cavidade celmica so esverdeados e apresentam um dimetro de 40-240 m (mdia = 164.3940.79 m) e as fmeas contm no celoma milhares de ocitos. Contrariamente, a espcie D. marocensis reproduz-se por desenvolvimento directo no interior do tubo parental. Os ocitos observados no celoma so amarelos com um dimetro entre 180 e 740 m (mdia = 497.65 31.38 m) e o seu nmero varia entre 44 e 624 (276.85 161.54). Por seu turno, o nmero de ovos observados no interior dos tubos varia entre 75 e 298, com um dimetro entre 600 e 660 m, e o nmero de larvas entre 60 e 194. A proporo machos: fmeas foi de 1:1 para a populao de D. neapolitana e entre 1:2 e 1:4 para a populao de D. marocensis, em que as fmeas dominam a populao durante todo o ano. O estudo da capacidade de regenerao da espcie D. neapolitana, avaliada a partir de experincias de laboratrio, revelou que esta espcie capaz de sobreviver perda de alguns setgeros. Durante a captura de D. neapolitana para vender como isco so normalmente cortados mais de 20 setgeros e de acordo com os nossos resultados a extremidade posterior que fica no tubo no capaz de regenerar a extremidade anterior; a espcie consegue no entanto recuperar de ataques por predadores.

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O papel ecolgico das gorgnias (Octocorallia: Alcyonacea) nos fundos marinhos rochosos mundialmente reconhecido. Contudo, a informao acerca da ecologia e biologia das espcies de gorgnias nas zonas temperadas do NE Atlntico manifestamente escassa, especialmente tendo em considerao as actuais perturbaes globais, regionais e locais. Nos fundos rochosos da costa algarvia at aos 30 m, verificouse que vrias espcies de gorgnias so abundantes e frequentes, nomeadamente Eunicella labiata, Eunicella gazella, Eunicella verrucosa, Leptogorgia lusitanica e Leptogorgia sarmentosa. As populaes de gorgnias so co-dominadas por diferentes espcies que apresentaram elevados ndices de associao, indicando reduzidos nveis de competio entre elas. Em todo o caso, a estrutura dos povoamentos diferiu com as condies locais. Todas as espcies evidenciaram padres de distribuio semelhantes ao longo do gradiente de profundidade, i.e. a abundncia aumenta significamente com a profundidade aps os 15 m. A profundidades mais baixas (at aos 15 m), a distribuio das gorgnias parece ser condicionada por factores abiticos e pela competio com algas. Com efeito, os padres de distribuio espacial das espcies de gorgnias na costa algarvia so determinados pela interaco de presses naturais e antropognicas (ex. pesca). Ainda que as colnias de maior tamanho no tenham sido restritas a reas menos pescadas, em reas mais perturbadas pela pesca, a distribuio dos tamanhos das colnias estava maioritariamente desviada para tamanhos mais pequenos. Os efeitos das perturbaes naturais nas populaes de gorgnias foram evidenciados pela ocorrncia de padres demogrficos distintos em reas vizinhas sujeitas a nveis semelhantes de presses antropognicas. Estes estudos demonstraram, ainda, que os efeitos na distribuio de frequncias de tamanho das colnias so dependentes das espcies de gorgnias em causa: Eunicella labiata no parece ser afectada; Leptogorgia sarmentosa tendencialmente afectada por presses antropognicas; Eunicella gazella e Leptogorgia lusitanica aparentam ser afectadas, quer por presses naturais, quer por presses antropognicas. Os efeitos verificados nos padres da distribuio de frequncias de tamanho, particularmente a tendncia para o desvio destas frequncias para tamanhos mais pequenos em reas sujeitas a perturbaes, podero ter consequncias para a biodiversidade dos fundos sublitorais rochosos na costa algarvia. Com efeito, o presente estudo apoia o paradigma geral de que os corais so habitats que suportam comunidades de elevada biodiversidade e abundncia. Num dos poucos estudos que examinam a relao entre as gorgnias e as suas comunidades de invertebrados epibentnicos, foi verificado que as gorgnias (Eunicella gazella e Leptogorgia lusitanica) sustentam comunidades ricas (11 phyla, 181 taxa) e abundantes (7284 indivduos). Estas comunidades so dominadas por anfpodes, mas os poliquetas tiveram um grande contributo para os nveis elevados de biodiversidade. Verificou-se, igualmente, que o tamanho da colnia desempenha um papel fundamental na biodiversidade, na medida em que as colnias de menor tamanho apresentaram um contributo mais baixo, comparativamente s mdias e grandes. Ainda que ambas as gorgnias partilhem a maioria das espcies amostradas, 11 e 18 taxa foram exclusivos de Eunicella gazella e Leptogorgia lusitanica, respectivamente (excluindo indivduos com presenas nicas). No entanto, a maioria destes taxa eram ou pouco abundantes ou pouco frequentes. A excepo foi a presena de planrias (Turbellaria) de colorao branca nas colnias de Eunicella gazella, provavelmente beneficiando do efeito de camuflagem proporcionado pelos ramos com a mesma colorao. Com efeito, a complementaridade entre as comunidades epibentnicas associadas a ambas as gorgnias diminuiu quando usados os dados de presena/ausncia, sugerindo que os padres de biodiversidade so mais afectados pelas alteraes na abundncia relativa das espcies dominantes do que pela composio faunstica. As comunidades de epifauna bentnica associadas a estas gorgnias no s apresentaram valores elevados de -diversidade, como de - diversidade, resultantes de padres intrincados de variabilidade na sua composio e estrutura. Ainda que o conjunto de espcies disponveis para colonizao seja, na generalidade, o mesmo para ambos os locais, cada colnia apresenta uma parte deste conjunto. Na sua totalidade, as colnias de gorgnias podero funcionar como uma metacomunidade, mas a estrutura das comunidades associadas a cada colnia (ex. nmero total de espcies e abundncia) parecem depender dos atributos da colnia, nomeadamente superfcie disponvel para colonizao (altura, largura e rea), complexidade e heterogeneidade (dimenso fractal e lacunaridade, respectivamente) e cobertura epibentnica colonial (ex. fauna colonial e algas macroscpicas; CEC). Numa primeira tentativa para quantificar a relao entre as gorgnias e os invertebrados epibentnicos a elas associados (em termos de abundncia e riqueza especfica), verificou-se que a natureza e a intensidade destas relaes dependem da espcie hospedeira e variam para os grupos taxonmicos principais. No entanto, independentemente do grupo taxonmico, a riqueza especfica e a abundncia esto significativamente correlacionadas com a CEC. Com efeito, a CEC provavelmente devido a um efeito trfico (aumento da disponibilidade alimentar directo ou indirecto), combinado com a superfcie disponvel para colonizao (efeito espcies-rea) foram as variveis mais relacionadas com os padres de abundncia e riqueza especfica. Por outro lado, ainda que a complexidade estrutural seja frequentemente indicada como um dos factores responsveis pela elevada diversidade e abundncia das comunidades bentnicas associadas a corais, a dimenso fractal e a lacunaridade apenas foram relevantes nas comunidades associadas a Leptogorgia lusitanica. A validade do paradigma que defende que a complexidade estrutural promove a biodiversidade poder ser, ento, dependente da escala a que se realizam os estudos. No caso das gorgnias, o efeito da complexidade ao nvel dos agregados de gorgnias poder ser muito mais relevante do que ao nvel da colnia individual, reforando a importncia da sua conservao como um todo, por forma a preservar a diversidade de espcies hospedeiras, o seu tamanho e estrutura. Actividades antropognicas como a pesca, podem, ainda, ter efeitos negativos ao nvel da reproduo de espcies marinhas. Analogamente ao verificado para os padres de distribuio espacial das populaes de gorgnias na costa algarvia, a informao relativa sua reproduo igualmente escassa. Os estudos realizados em populaes de Eunicella gazella a 16m de profundidade, demonstraram que o desenvolvimento anual das estruturas reprodutivas altamente sincronizado entre os sexos. A razo entre sexos na populao foi de 1.09 (F:M), encontrando-se perto da paridade. A espermatognese estende-se por 6 a 8 meses, enquanto que a oognese mais demorada, levando mais de um ano para que os ocitos se desenvolvam at estarem maduros. Antes da libertao dos gmetas, foi observada uma elevada fecundidade nas fmeas (27.3013.24 ocitos plipo1) e nos machos (49.3031.14 sacos espermticos plipo1). Estes valores encontram-se entre os mais elevados reportados data para zonas temperadas. A libertao dos gmetas (no h evidncia de desenvolvimento larvar, nem superfcie da colnia, nem no seu interior) occorre em Setembro/ Outubro, aps um perodo de elevada temperatura da gua do mar. As fmeas emitem ocitos maduros de elevadas dimenses, retendo, todavia, os ocitos imaturos que se desenvolvem apenas na poca seguinte. Ainda que o efeito da pesca nas populaes de gorgnias da costa do Algarve seja perceptvel, s taxas actuais, o mergulho recreativo no aparenta afectar seriamente estas populaes. Contudo, sendo uma indstria em expanso e conhecendo-se a preferncia de mergulhadores por reas rochosas naturais ricas em espcies bentnicas, futuramente poder vir a afectar estes habitats. A monitorizao de mergulhadores na costa algarvia mostrou que a sua maioria (88.6 %) apresenta comportamentos que podem impactar o habitat, com uma taxa mdia de contactos de 0.3400.028 contactos min1. Esta taxa foi mais elevada em mergulhadores com moderada experincia e na fase inicial do mergulho (010 min). Os contactos com as barbatanas e mos foram comuns, resultando, maioritariamente, na resuspenso do sedimento, mas geralmente apresentando um impacto reduzido. Todavia, a fauna tambm foi afectada, quer por danos fsicos, quer pela interaco com os mergulhadores, e num cenrio de expanso significativa desta actividade, os impactos na fauna local podero aumentar, com consequncias para os ecossistemas de fundos rochosos da costa sul de Portugal. Na sua globalidade, a informao recolhida nos estudos que contemplam esta tese, por ser em grande parte totalmente nova para a regio, espera-se que contribua para a gesto da zona costeira do Algarve.

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Deep-sea resources have been increasingly exploited, and due to that, several ecosystems and species have been considerably affected. Deep-water sharks populations have been of the most disturbed by practices of unselected fisheries, bycatch and discard, mainly due to their low commercial value. Those practices make deep-water sharks very vulnerable to overfishing given their life-history traits, increasing their extinction risk. With the prohibition of the direct fishery, and implementation of quotas and TACs (Total Allowable Catches) regarding the deep-sea shark landings, the official landings have dramatically decreased after the 1990s. However, the IUU (Illegal, unreported and unregulated) catch has exponentially increased. With the analysis of catch per unit effort (CPUE), the depths, and the mean weight of the individuals over the years for each one of the nine most caught species in the Azores, we produced a descriptive analysis of the effect of fisheries in those species. The results show that some of these species have been suffering from a great fishing pressure, and their populations will be greatly affected in the near future if drastic measures are not taken when it comes to managing their long term sustainability.

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Dissertao de Mestrado, Biologia Marinha, Especializao em Pescas e Aquacultura, Faculdade de Cincias do Mar e do Ambiente, Universidade do Algarve, 2008