966 resultados para Azevedo, Aluísio, 1857-1913 Crítica e interpretação


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Considerado pela maioria da crítica como uma literatura ptrida (cf. ULBACH, 1868) ou torpe (cf. VERSSIMO, 1894), acusado de confundir ingenuamente cincia e literatura, bem como de cientizar a linguagem literria, e em particular no Brasil, alm disso, questionado por plgio ou importao de uma moda estrangeira, o naturalismo foi relegado s margens da historiografia literria. Assumindo como ponto de partida esse panorama crtico, a tese prope uma reavaliao crítica e historiogrfica da esttica naturalista, comeando por descrever e analisar sua origem no decurso da histria, a partir do advento do realismo moderno nas obras de Stendhal e de Balzac (cf. AUERBACH, 2004). Enfoca a lenta afirmao dos termos realismo e naturalismo, bem como a importncia da contribuio de diferentes romancistas franceses no processo de consolidao da esttica realista e de seu prolongamento no naturalismo. Discute-se tambm o projeto esttico proposto por Zola, assim como se desconstroem mitos corroborados pela historiografia literria a respeito da teoria e do movimento naturalistas. Por fim, correlacionando a esttica naturalista com o ideal republicano, aborda-se a aclimatao dos princpios naturalistas no Brasil, na obra daquele que foi seu principal representante, Alusio Azevedo. A partir de uma abordagem comparativa entre o naturalismo na Frana e no Brasil, busca-se, em sntese, contribuir para o processo de reviso crítica e historiogrfica de um perodo literrio muito produtivo nos dois pases, no obstante a tendncia para sua desvalorizao em geral observada nas manifestaes da crítica novecentista

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Ao contrrio do que propaga a maioria da crítica, Alusio Azevedo no foi um escritor exclusivamente naturalista. Em sua diversificada produo literria encontramos peas teatrais, escritas individualmente, em parceria com o irmo Artur Azevedo ou com o amigo Emlio Roude; romances-folhetim, que asseguravam sua sobrevivncia; narrativas que podem inscrever-se no gnero fantstico, como os contos Demnios e O impenitente, bem como o romance A mortalha de Alzira; e ainda uma surpreendente novela policial, Mattos, Malta ou Matta? Toda a sua obra, seja ela dramatrgica ou narrativa, revela-nos um escritor em conflito, dividido entre a necessidade de ganhar dinheiro e o desejo de escrever de acordo com suas prprias convices. Este trabalho busca destacar e discutir algumas vertentes estticas de sua obra literria relegadas pela crítica e em geral pouco conhecidas: a narrativa romntica, a policial, a fantstica e sua criao teatral

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The characters of O mulato, Casa de penso and O cortio, well written books by the writer Alusio Azevedo, may be considered predominantly flat, for they were built with a single or few features. This kind of character can be even defined by the type, which represents certain dominant features (professional, psychological, cultural, economic, religious, etc.) from the diegetic universe in which the action takes place. This character subcategory is present in certain artistic periods such as Realism and Naturalism, and can be understood as the main character between the individual and the collective, between the concrete and the abstract. Yet, the social space, in the novels of the above mentioned literary movements configures itself, especially in terms of the presence and types of extras: it is about describing environments that illustrate, almost always, in a historical period context of critical intent, vices and deformations of the society, as we can see depicted in the three novels of the author. In turn, the narrative categories that most decisively influence the space representation are the instance (the narrator) and the narrative perspective (focusing). In the case of O mulato, Casa de penso and O cortio, the dominance is in choosing the omniscient narrator, who prefers a panoramic view, limited to an exterior and strictly objective description. The survey was developed through readings, literary cataloging and corpus discussions, with a theoretical basis determined by three dimensions: a) critical essays about the author and his works, such as those by Jean-Yves Mrian, Alusio Azevedo, vida e obra: (1857-1913) and parts of the literature histories which deal with Naturalism, such as those by Alfredo Bosi, Histria concisa da literatura brasileira, b) theoretical studies about the novel character, such as those by Antonio Candido, A personagem do romance, and the romantic space ...

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Our work aims at investigating the notion of relation in Ferdinand de Saussures linguistic reflections. As we observe his theoretical production, we see this notion was amply worked in the elaboration of other concepts of his, for example, language, signe, value, arbitrariness, among others. However, beyond the capacity of the notion of relation to produce other concepts, the way it was conceived and the theoretical space it was placed allowed Saussure to break through the essentially historical-comparative studies of the epoch, what made a new way of thinking language to have its starting point. Taking it into account, firstly, by reading the work of Herman Paul, the one who represents the neogrammarians in our text, we examine in which way Saussure is distant from his contemporary linguistics when he distinguishes the linguistic relations and give them a new status in his investigation. Secondly, we study how the notion of relation has it own place in Saussures theoretical process of thinking the fundamentals which later would be considered the milestone for Modern Linguistics. For that, we analyse one of his manuscripts, Notes pour un livre sur la linguistique gnrale, and the Course in General Linguistics. The first is composed by sketches which would become a book, as Saussure promised in a letter to Meillet; and the latter contains the principals for the science of Linguistics. So we aim at researching how the notion of relation is treated in this corpus in order to see the way it is conceived both in the particular production of a manuscript written by Saussure itself and the book which was published and considered the turning point for Linguistics.

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Estudo do texto teatral O Mambembe, a partir dos contextos em que foi criado, em 1904, e depois reabilitado, para o pblico e para a crítica, 55 anos depois. A tica da recepo destaca esta pea do conjunto da obra de Artur Azevedo, deixando entrever, principalmente a partir de uma possvel ideologia de um teatro educador dos sentidos, as contradies do texto com o mundo da diverso teatral na entrada do sculo XX carioca, sua tentativa de certa forma de escapar a sua massificao, apelando ao passado e promessa de um futuro mais artstico para o teatro. Na primeira parte se discutem as ideias inaugurais para o teatro de formao na modernidade, e como estas so catalisadas no Brasil em torno de um teatro que civiliza pela formao de almas, at a poca de Artur Azevedo. Depois de explorar alguns aspectos histricos da poca de O Mambembe, expe-se um pequeno painel e algumas consideraes tericas sobre a indstria e a estrutura do teatro ligeiro da entrada para o sculo XX.Na segunda parte do trabalho, ligadas s questes tericas sobre recepo teatral, so discutidas as noes de teatro e cultura de cada poca, atravs de comentrios e críticas de jornais. Depois de uma pequena exposio das mudanas ideolgicas e culturais que se passaram no intervalo dos 55 anos entre uma montagem e outra, o trabalho termina com uma proposta de metaforologia do texto a partir das informaes colhidas e resultados experimentados

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Este trabalho faz uma anlise comparativa de algumas das principais obras de histria literria do Brasil, publicadas no sculo XIX e incio do sculo XX, escritas, respectivamente, por Ferdinand Wolf, Slvio Romero e Jos Verssimo. So analisadas as concepes de nacionalismo, de histria e de literatura que veiculam, relacionando-as com as ideias que circulavam poca em que foram escritos Le Brsil Littraire, de Ferdinand Wolf, a Histria da Literatura Brasileira, de Slvio Romero, e a obra homnima de Jos Verssimo. Sendo assim, alm de analisar as obras comparativamente, o presente trabalho recupera o significado histrico que comportam, uma vez que as insere no quadro de referncias vigentes no momento em que apareceram. Partindo do pressuposto de que a caracterstica principal desses textos a ideia de nacionalismo, estudam-se os significados atribudos a este termo desde meados do sculo XIX at incios do sculo XX, momento em que foram escritas aquelas histrias literrias. Ademais, relacionam-se as narrativas s variadas formas de se pensar a histria, enquanto disciplina, nesse perodo, procurando identific-las pelo modo como constroem a explicao histrica. Por fim, as ideias que apresentam a respeito da literatura so articuladas no s s concepes de nacionalismo e de histria que aqueles textos veiculam, como tambm reflexo que ento se fazia

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Este artigo vincula-se aos estudos sobre o pensamento educacional no Brasil. Abordamos as interpretaes de Jos Verssimo sobre os problemas nacionais da educao brasileira no final do sculo XIX e incio do sculo XX. Nossa inteno apresentar e analisar estas interpretaes, realizadas na Primeira Repblica. Jos Verssimo nasceu em bidos, no Par, em 1857, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1916, passando parte de sua vida intelectual no Par e parte na capital da Repblica, onde fundou e participou ativamente da Academia Brasileira de Letras (ABL) e da Revista Brasileira. O autor foi estudioso importante nas discusses sobre as consequncias do colonialismo portugus e as tentativas frustradas de uma poltica republicana de educao no Brasil. Para Jos Verssimo, a educao pblica deveria estrategicamente superar as degenerescncias raciais, especialmente localizadas nos sertes do Brasil, promovidas pela colonizao. Os "Brasis" que sociologicamente constituam o territrio nacional quela poca so pensados por Verssimo como um entrave a ser superado pela Repblica para a insero do Pas na ordem moderna que, para ele, significava civilizao. Mas esta civilizao almejada se efetivaria, na sua perspectiva, na medida em que todos os brasileiros fossem includos em um projeto de unidade nacional.

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Diversos crticos enfatizaram a vertente de Noite na taverna, de lvares de Azevedo, obra que se consagrou, portanto, como uma narrativa pertencente ao gnero fantstico, apesar de no corresponder plenamente concepo do gnero desenvolvida por Tzvetan Todorov, em Introduo literatura fantstica subsdio fundamental para os estudos da fico inslita. "Fantstica"!, "sobrenatural", "de horror", "ttrica", "sombria", "macabra", "monstruosa", "dantesca", "simbolista avant la lettre", "gtica", "satanista", "byroniana" so alguns dos termos empregados pela crítica nos principais estudos publicados acerca da obra. Trata-se de uma multiplicidade de classificaes que, no entanto, no a caracterizam adequadamente e s demonstram a dificuldade de definir-lhe o gnero. Refletindo sobre tais aspectos e partindo dos principais estudos crticos produzidos sobre a obra desde sua primeira edio, consideramos a pertinncia de a classificarmos como integrante do gnero fantstico. Procura-se ainda, aps minuciosa leitura destes estudos, identificar os momentos da histria e da crítica literria brasileira em que Noite na taverna foi classificada com termos que a associaram a uma forma de literatura incomum no Brasil nacionalista do sculo XIX.

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O Simbolismo surge na Frana em meio a um turbilho de transformaes advindas da modernidade. Estas transformaes levaram os indivduos a repensarem os pressupostos racionalistas e cientificistas. Desta maneira, o esprito da decadncia, que est na base do movimento simbolista, se instaura em 1857, quando Charles Baudelaire lana sua obra As flores do mal, desenvolvendo uma poesia voltada para a inovao do estilo e para uma temtica nova. Para isso, aborda assuntos tabus naquela sociedade, fala da monotonia dos tempos modernos, da solido existencial e inclui coisas consideradas srdidas e repugnantes em seus versos. O movimento, ento, se desenvolve pelo mundo seguindo os pressupostos decadentistas inaugurados por Baudelaire e chega a Portugal e ao Brasil. Nestes pases, veremos que a esttica do Simbolismo no ter o mesmo prestgio que na Frana, porque se desenvolver em oposio ao esprito nacionalista, patritico e positivista, praticado pelo Realismo na prosa e o Parnasianismo na poesia. Assim, o movimento simbolista no ter um lugar de destaque dentro do campo literrio nesses dois pases, permanecendo margem dos cnones hegemnicos. Observaremos como o gnero gtico de lvares de Azevedo e A Gerao do Trovador, anteriores ao Simbolismo no Brasil e Portugal, respectivamente, se constituem como precursores desse movimento esttico. Analisamos ainda o lugar, a potica e a crítica de Nestor Vtor no campo literrio brasileiro e o lugar e a potica de Camilo Pessanha no campo literrio portugus, buscando, com base nas conceituaes tericas de Pierre Bourdieu e Dominique Maingueneau sobre a gnese do campo literrio e o discurso literrio, os diferentes posicionamentos dos agentes, suas cenas de enunciao e seus espaos, responder ao porqu do desprestgio do movimento simbolista no Brasil e em Portugal

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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)

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Ps-graduao em Letras - FCLAS

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O presente estudo constitui-se em uma leitura fincada nos moldes esttico-recepcionais do romance Grande serto: veredas, do escritor Joo Guimares Rosa (1908-1967). Aps um estudo histrico-artstico das categorias de heris apresentadas no decorrer da histria literria universal e analisadas pela crítica, tais como na epopia (heri pico), no medievo (heri medieval), na tragdia (heri trgico) e no romance (heri romanesco), incluindo a categoria de heri formulada por Georg Lukcs: o heri demonaco, bem como o heri na modernidade (heri moderno), apresentar-se- um exame diferenciado da figura da persona baseado na tipologia terico-crítica jaussiana de heri, que, por sua vez, ser utilizado para considerao de um estudo interpretativo e de recepo crítica sobre a personagem na obra rosiana, sobretudo a partir de 1956. Dessa forma, demonstrar-se- que a atualidade do tema sustentada pelas obras literrias, que se oferecem como objetos de interrogao para o pensamento crtico, renovando os princpios tericos de cada poca. Para tanto, a anlise volta-se para o estudo de importantes nomes da crítica literria no Brasil e no exterior, cuja seleo se deu em funo da categoria do heri, tais como Manuel Cavalcanti Proena (1958), Mario Vargas Llosa (1966), Antonio Candido (1969), Walnice Nogueira Galvo (1972), Benedito Nunes (1982), Davi Arrigucci Jr (1994), Jos Antonio Pasta Jr (1999) e Ettore Finazzi-Agr (2004), com a finalidade de compreender e explicitar a importncia da reconstruo do horizonte de expectativa a partir da trade hermenutica que permite ao leitor participar da gnese do objeto esttico, expandindo seu contexto e significaes.

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A fase compreendida pelos historiadores como fase de consolidao ou profissionalizao da imprensa, incio da Repblica at a dcada de 30, corresponde a um perodo relevante da atuao do escritor Monteiro Lobato (1882-1948) como jornalista. O intuito de se abordar os artigos publicados no jornal O Estado de S. Paulo, peridico fundado em 1875 como baluarte das questes ideolgicas republicanas, permite situar o incio da produo de Lobato em 1913. O limite de 1930 justifica-se pelo momento histrico, ou seja, a transio de um pas rural para um estado em franca urbanizao com o advento da era Vargas. Como veculo fugaz, o jornal apresenta-se como oportunidade para se rever uma faceta menos literria do escritor. A observao do conjunto de textos produzidos como artigos para O Estado entre os anos de 1913 e 1923 revela um escritor em fina sintonia com o veculo do qual participava e ajudava a construir, fosse na esfera dos ideais, fosse no crculo das atividades exercidas dentro do jornal. Lobato , com efeito, um jornalista participando ativamente dos ideais polticos e sociais de um grupo cuja influncia extrapolava a to autoproclamada neutralidade do jornal. Havia um projeto de pas em boa parte comum a escritor e jornal, ou melhor, entre o publicista atento e o peridico bem sucedido. Uma velha praga, Urups ou o quase no lembrado Entre duas crises so textos que, postos lado a lado e lidos na seqncia e freqncia que surgem em O Estado, compem um mosaico esclarecedor da viso projetada por Lobato e por um grupo de intelectuais cuja ao pblica, poltica, identifica-os como grupo do Estado