421 resultados para Autran Dourado


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Pós-graduação em Letras - FCLAS

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The name Godofredo Rangel has been fixed itself in the history of Brazilian literature mainly as Monteiro Lobato's eternal friend and correspondent. Nevertheless, his memory is revered by writers of the same strain as Carlos Drummond de Andrade and Autran Dourado. The latter, above all, in more than one occasion, declared having had in Rangel a master in writing, whose guidance had been fundamental to the development of his literary vocation. In the novel Um artista aprendiz (n.t.: An apprentice artist), from 1989, Dourado narrates the trajectory of a novice writer, whose  encounter with the literary personality of Godofredo Rangel, fictionalized by the author in the character of Sílvio sousa, is also decisive. This study consists of the comparison between the testimony of Autran Dourado about Godofredo Rangel and the fictional matter of the novel, searching in them the elements to understand what Dourado and others considered as being a work of mastery in the literary art.

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Todos sabemos, por observação ou por própria experiência, que é um mito considerar a infância como um tempo de plena harmonia, como se a felicidade fosse condição obrigatória no cotidiano dos pequenos; todos sabemos quão intensa pode ser a dor no horizonte restrito da dependência. Neste artigo, pretende-se traçar um paralelo entre o modo como duas crianças, diferentes, mas em certo sentido bem próximas, uma menina e um menino, vivenciam e enfrentam a experiência da morte. A análise focará o comportamento dos narradores em “Manuela em dia de chuva”, de Autran Dourado, e “Campo geral”, de Guimarães Rosa, em especial no momento em que se apresenta o confronto com a perda irreparável do irmão, que protegia e orientava. Experiência da dor, fonte de aprendizado, passagem da infância à maturidade.Tristeza e alento, formas de narrar a solidão e o desamparo, mas também de celebrar, no Mutum ou na casa da família, a força da vida, que continua.

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A prática intertextual posta em jogo na reescrita do conto Missa do Galo, de Machado de Assis, por fi ccionistas brasileiros revela não apenas a atualidade da narrativa machadiana como também aspectos de interesse para discutirmos as distintas concepções de escrita fi ccional a partir da matriz oferecida à leitura. É o que propomos realizar, acompanhando as variações sobre o mesmo tema modalizadas por Nélida Piñon, Lygia Fagundes Teles, Autran Dourado, Osman Lins, Julieta Ladeira e Antonio Callado, o que nos permitirá estabelecer inter-relações para comentarmos as confl uências e divergências entre os contos, a partir de procedimentos estruturais e imagens presentes nas narrativas.

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Este estudo propõe uma leitura da obra Os sinos da agonia (1974), de Autran Dourado. A variedade de caminhos e a multiplicidade de soluções formais do romance brasileiro contemporâneo o caracterizam, inclusive com soluções diversas adotadas na mesma obra. Este é o caso de Os sinos da agonia (1974), de Autran Dourado. Neste estudo, procuramos seguir algumas estratégias do autor na elaboração do romance e na condução do relato, particularmente a relação entre a ficção e a história que dá sustentação ao enredo e as relações que o romance mantém com a tragédia clássica.

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Este trabalho, sob a luz da intertextualidade e sua fortuna teórica, tenciona analisar de que forma a escritora carioca Nélida Piñon repete, modifica ou acrescenta dados em relação ao conto "Missa do Galo", produzido por Machado de Assis e editado em 1893. Após o transcurso de 71 anos em relação à publicação de um dos mais relevantes trabalhos que compõem a obra machadiana, Osman Lins e Julieta de Godoy Ladeira planejaramreescrever Missa do Galo, inspirados pelo aparecimento de versões derivadas das obras épicas de Homero e pelas retomadas temáticas impelidas na pintura e na música durante a década de 60. Treze anos depois, Nélida Piñon, Antonio Callado, Autran Dourado e Lygia Fagundes Telles aderem ao projeto literário concebido pelos dois autores. O resultado é a elaboração, em Missa do galo: variações sobre o mesmo tema, de seis primorosas propostas de aproximação do texto de Machado, estando os escritores cientes de que, segundo Osman Lins, por melhores que se houvessem nesse desafio, jamais conseguiriam superar o talento e a engenhosidade do criador de Memórias póstumas de Brás Cubas.

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Limnoperna fortunei (Dunker, 1857), conhecido vulgarmente como mexilhão dourado é proveniente do sudeste asiático. Foi, provavelmente, introduzido nos nossos mananciais, não intencionalmente, através da água de lastro, com os primeiros registros na América do Sul, em 1991,no Rio da Prata, nas proximidades de Buenos Aires, Argentina. Foi visto pela primeira vez na área do Delta do Jacuí, em frente ao porto de Porto Alegre, RS, Brasil, no ano de 1998. Sua população vem se expandindo em superfície e densidades que ultrapassam 100.000 i/m2 e, desde o ano de 2000, vem causando problemas de entupimentos em indústrias e todas as captadoras de água no município de Porto Alegre, entorno do lago Guaíba e do baixo Rio Jacuí. A espécie vem causando uma série de danos à fauna bentônica nativa e à vegetação ripária, desencadeando a diminuição das mesmas. A carência de dados sobre o ciclo de vida e a dinâmica populacional da espécie na bacia do Guaíba, motivaram o desenvolvimento deste trabalho. As coletas foram realizadas no lago Guaíba, Praia do Veludo, ao sul do município de Porto Alegre, quinzenalmente, ao longo de 16 meses (setembro 2002 a dezembro de 2003), acompanhadas das análises físicas e químicas da água. As larvas foram coletadas com rede de plâncton, com abertura de malha equivalente a 36 µm, filtrando-se a quantidade de 30 litros de água. A incidência de pós-larvas, foi verificada através de amostradores artificiais dispostos em seis suportes de ferro, cada um contendo quatro amostradores (tijolos vazados) colocados entre os juncais, a uma altura de 20 cm do fundo. Em cada suporte, os tijolos foram trocados: um em quinze dias, um a cada mês, outro semestralmente e o último, que permaneceu até completar um ano, foi considerado o controle do experimento. A coleta de exemplares adultos de L. fortunei efetivou-se sobre ramos submersos do “sarandi”, Cephhalanthus glabratus (Spreng.) K. Schum, onde foram extraídos cilindros com aproximadamente quatro centímetros de diâmetro e 10 centímetros de comprimento. Os resultados foram reunidos em dois capítulos sob a forma de artigos científicos. O primeiro reúne informações, com a descrição, medidas e ilustrações de cada fase larval de Limnoperna fortunei desde a fase larval ciliada, a larva trocófora com quatro estágios diferenciados e os estágios valvados, com as larvas “D”, veliger de charneira reta, veliger umbonado, pediveliger, até a pós-larva ou plantígrada. O segundo capítulo contém os dados ambientais correlacionados às densidades de larvas, pós-larvas e adultos e o resultado de uma série de análises multivariadas da quantidade dos indivíduos nas diferentes fases de vida e época do ano e das medidas dos indivíduos adultos com as datas de coleta Através dos testes quantitativos registrou-se que: a quantidade de larvas variou de 0 a 23 indivíduos por litro; as larvas estiveram presentes em todos os meses do ano, com picos de densidade alta na primavera no mês de outubro, tanto no ano de 2002 como 2003, e densidades menores sob temperaturas abaixo de 15º C. A quantidade média de pós-larvas variou de 1 a 7545 indivíduos por amostrador (tijolo). As pós-larvas estiveram presentes em todos os meses do ano, com picos de densidade na primavera, particularmente no mês de novembro 2003, seguindo-se ao pico larval do mesmo ano. Os adultos atingiram o tamanho máximo de 38mm. A densidade populacional de adultos agregados calculada por i/m2 variou de 15.700 i/m2 a 99.700 i/m2 em fevereiro de 2003. As análises de ordenação e agrupamento separaram a população em geral, em quatro grupos conforme a densidade de cada fase em diferentes épocas do ano. Os adultos foram ordenados em três diferentes grupos conforme as classes de comprimento que aqui denominase de recrutas, adultos menores e adultos maiores. Estes três grupos estão também relacionados às diferenças de comportamentos quanto à habilidade de locomoção e capacidade de fixação. Considerando os adultos conforme suas classes de comprimento, constatou-se a predominância dos recrutas (5 a 7mm de comprimento), presentes durante todos os meses amostrados. Seguiu-se aos picos de pós-larvas um recrutamento que se tornou mais intenso, em fevereiro de 2003 e se prolongou até agosto do mesmo ano. Os amostradores controle com medidas das populações submersas durante os meses mais frios apresentaram populações com comprimento médio menor que as do verão. Apesar de não ter-se encontrado correlação entre a quantidade de larvas e os picos de temperatura, houve uma diminuição da quantidade de larvas nos picos de temperaturas mais baixas e uma coincidência entre os picos de densidade larval e as oscilações bruscas na temperatura que ocorreram nos meses menos frios. Vendavais e tempestades ocorridas na primavera de 2002 seriam as causas prováveis da baixa densidade de pós-larvas após o pico larval no início da primavera de 2002. Os dados apresentados referentes ao ciclo de vida de Limnoperna fortunei são básicos à elaboração de projetos de pesquisa que objetivem a gestão e o controle do animal. Os resultados do presente trabalho, de um modo geral, também poderiam subsidiar métodos de controle do mexilhão dourado adequados e com isto minimizar prejuízos financeiros e impactos ambientais maiores do que o do próprio animal, advindos da aplicação de técnicas indevidas de gestão.