965 resultados para Arqueología islámica
Resumo:
Este texto surge de una reflexión dilatada en el tiempo y dialogada en el espacio, en el marco de una fecunda discusión sobre la historia y la arqueología del occidente musulmán medieval, auspiciada por la Foundation des Treilles con la intención de hacer un balance crítico de las investigaciones y los descubrimientos producidos en los últimos veinte años en al-Andalus, el Magreb y Sicilia. De acuerdo con esta filosofía, mi aportación preliminar tenía como objetivo mostrar los avances en la caracterización material del emirato en al-Andalus y sus implicaciones históricas. El resultado final, deudor de la estimulante discusión preliminar, se sitúa conscientemente en un terreno más reflexivo y se aborda en dos partes diferenciadas. La primera se dedica a analizar el papel de la arqueología en la construcción de los modelos historiográficos sobre el temprano al-Andalus, desde una perspectiva no tanto historiográfica cuanto valorativa de los progresos y debates que han presidido buena parte de la investigación histórica y arqueológica sobre la formación de al-Andalus durante las últimas décadas, y que han conducido, tras un dinamismo sin precedentes, a una fase mucho más introspectiva. La segunda parte pretende discutir las futuras estrategias de investigación que se plantean en la actualidad a partir de casos de estudio concretos para, trascendiendo el ámbito cronológico temprano en el que se sitúa mi intervención, repensar el sentido y el significado de la investigación histórico-arqueológica sobre al-Andalus, en el marco de una arqueología medieval de orientación cada vez más “europeizante” y feudal.
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El periodo de los reinos de taifas andalusíes sigue aportando novedades numismáticas de gran interés. En el presente artículo damos a conocer tres fracciones de dinar de época taifa que presentan variantes en la disposición de las leyendas no conocidas hasta el momento: una a nombre de ʻAli Iqbāl al-Dawla de Denia, otra de Muqātil Sayf al-Milla de Tortosa, y la última de Calatayud a nombre de Muḥammad ʻAḏid al-Dawla. Estas piezas fueron halladas formando parte de un tesorillo exhumado en el transcurso de una excavación arqueológica de un solar en la calle Jabonerías de Murcia.
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Presentamos un conjunto de 424 monedas y 4 objetos de oro recuperados durante la excavación de una vivienda islámica en la calle Jabonerías de Murcia construida en el siglo XI. Las monedas se hallaban en el interior de una vasija cerámica que se ocultaba en uno de los muros de dicha casa. El tesorillo está compuesto por moneda procedente del norte de África y Sicilia, mayoritariamente fatimí, y fracciones de dinar de las taifas andalusíes.
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El proyecto de investigación arqueológica sobre el yacimiento ilicitano del Castellar d’Elx tiene como objetivo documentar, quizá, uno de los yacimientos arqueológicos más interesantes, controvertidos y olvidados que el panorama de la arqueología islámica puede ofrecer en la provincia de Alicante. La investigación ha sido impulsada por el Museo Arqueológico de Alicante (MARQ), con la participación de la Universidad de Alicante y el apoyo del Museo Arqueológico y de Historia de Elche (MAHE). Su objetivo primordial es la explicación histórica del asentamiento a la luz de los convulsos procesos de la formación de una sociedad islámica entre los siglos VIII y X, entre los que se sitúa la problemática de la localización del topónimo árabe al-‘Askar (el campamento), citado por el geógrafo oriental al-Ya’qûbi en su obra Kitab al-buldan, fechada a finales del siglo IX.
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Este trabajo recoge información sobre las murallas de Madrid y su aportación al conocimiento de la sociedad medieval madrileña. En primer lugar, realiza un recorrido histórico-arqueológico sobre la ciudad, tanto del Madrid Andalusí, ciudad islámica, como del Madrid ciudad cristiana. Se ofrece también una guía de los recintos amurallados de la ciudad. El primer recorrido describe la ciudad islámica, situada junto al Viaducto, declarada Monumento Histórico-Artístico. En los cinco recorridos restantes, el itinerario es Puerta de Moros, Puerta Cerrada, Puerta de Guadalajara, Puerta de Balnadú, Alcázar y Palacio Real. Por último, incluye un glosario de términos.
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Análisis de los datos que proporcionan la arqueología y las fuentes escritas acerca de las diversas funcionalidades del agua en el espacio urbano de Orihuela en el período andalusí. Se dividen en funcionalidades primarias (alimentación y limpieza) y funcionalidades económicas (agricultura y artesanías). Se clasifican al final los datos que poseemos sobre los elementos del espacio del agua de la Orihuela musulmana.
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Complutum, V. 12, pp. 297-309.
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Ao longo da trajectória colonial, a abordagem do Islão moçambicano pelas autoridades portuguesas passou de uma islamofobia renitente, por vezes com gestos esporádicos de aproximação, para um programa de sedução das lideranças islâmicas, desenvolvido entre 1968 e 1974. Partindo deste quadro evolutivo, o presente artigo procura traçar a transformação das políticas dedicadas ao ensino islâmico em Moçambique. Se o tempo islamofóbico viu nesse ensino um factor de “desnacionalização” da população colonizada, o período seguinte encarou-o como obstáculo à ideia de um “Islão português”, obstáculo que alguns pensaram contornar subordinando as escolas corânicas ao sistema oficial de ensino. O artigo analisa também as tensões suscitadas por estas políticas, focando a reacção de hostilidade por parte do meio católico mais conservador
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Nesta dissertação, é feito o estudo de um conjunto osteológico faunístico de um silo de armazenagem do castelo de Aljezur, datados dos séculos XII/XIII, de acordo com os princípios metodológicos da disciplina da Zooarqueologia. O conjunto foi recolhido em campanhas arqueológicas que tiveram lugar em 1993, tendo-se mantido inédita. Neste estudo em particular, conclui-se que o castelo de Aljezur, sob a ocupação islâmica nos séculos XII/XIII terá sido ocupado por uma comunidade cuja estratégia de subsistência assentava na atividade cinegética de espécies como o coelho-comum, o javali, o veado-vermelho e o lince-ibérico, e à pecuária de ovino-caprinos, equídeos e galo doméstico, com auxílio do cão doméstico na caça e na guarda de rebanhos. No caso dos animais de maior porte, as espécies caçadas e de criação, com a exceção do lince, eram esquartejadas e a sua carne consumida, de acordo com técnicas gastronómicas específicas. Neste caso, os restos foram rejeitados como entulho de colmatação no que fora provavelmente um silo de armazenagem de cereais escavado no solo. O gato doméstico provavelmente integra também este conjunto, justificando-se a sua presença como animal de estimação. Já a presença de lince se justifica pelo interesse da pele. É de salientar ainda que os equídeos, o cágado-mediterrânico e o sapo integravam também os costumes alimentares desta comunidade. Por fim, menciona-se ainda a presença de murídeos, justificando-se a sua presença como animais comensais, típicos dos contextos urbanos.
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Alcácer do Sal é uma cidade que esteve desde sempre ligada ao rio Sado, permitindo essa mesma ligação, que nela se fossem fixando ao longo do tempo, distintos povos, provindos das mais diversas partes do mundo. Esta ocupação por parte das populações, só foi possível, porque o território era abundante em recursos naturais e, entre eles, possuía solos bastante férteis para a agricultura. Uma das comunidades que mais marcas deixou da sua presença naquele núcleo urbano, foi, sem dúvida, a muçulmana, tal como se pode verificar no topónimo que dá o nome à cidade, assim como pela presença dos vários vestígios materiais, como a imponente fortificação militar, que se ergue na colina mais alta da povoação, assim como pelas estruturas e espólios encontrados nas diversas intervenções arqueológicas realizadas naquela cidade. Tendo em conta estes aspetos, esta dissertação pretende fazer uma aproximação ao estudo do urbanismo da medina islâmica de al-Qasr, abarcando cronologicamente o século IX, altura em que os Banu Danis se fixam na cidade, até aos inícios do século XIII, correspondente à última fase de ocupação muçulmana da cidade.
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A arqueologia da Amazônia boliviana ou das "Terras Baixas" compreende um imenso território que mostra, a luz da informação disponível, significativas descontinuidades espaço-temporais. A identificação nesta área de sociedades constituindo "cacicados da floresta tropical" a partir de critérios baseados em preconceitos, requer a reavaliação da pré-história regional do ponto de vista causal. A arqueologia beniana (de Llanos de Mojos) é conhecida, fundamentalmente, a partir das escavações de Erland Nordenskiöld, que sem dúvida estabeleceu as bases conceituais existentes atualmente. Entre os anos de 1977 e 1981 uma missão do Museu de La Plata (Argentina), sob a direção de B. Dougherty, e em estreita colaboração com o Instituto de Arqueologia de La Paz (Bolívia) e com o Amazonian Ecosystem Research (EUA), conduziu pesquisas sistemáticas considerando variados itens antropológicos e produzindo numerosas datações de radiocarbono. Estas contribuições ajudaram a esclarecer, mas não a simplificar o panorama pré-hispânico regional, tão importante na temática arqueológica sul-americana. Complementa este artigo uma exaustiva lista de bibliografias que facilita o acesso ao conhecimento sobre este grande território.
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Os tribunais – não apenas o TEDH, mas também e sobretudo os tribunais nacionais – têm vindo a assumir um papel importante na integração dos muçulmanos nas sociedades europeias, sendo como são, com crescente frequência, chamados a arbitrar disputas culturais e jurídicas entre a lei estadual e as normas éticas e jurídicas contidas na Lei islâmica (Sharia) e invocadas pelas partes em litígio como fundamento para os comportamentos ou as reivindicações sub judice. Quando as partes no litígio são estrangeiros, a operação das regras de Direito Internacional Privado pode implicar a aplicação de disposições de Direito estrangeiro com fundamento religioso (como acontece, por exemplo, com o Código da Família do Reino de Marrocos, largamente fundado na Lei islâmica), um resultado que só poderá ser afastado se se concluir que a aplicação de tais disposições é contrária a princípios de ordem pública do Estado do foro, tais como o princípio da igualdade entre homens e mulheres. Quando as partes no litígio têm a nacionalidade do Estado do foro, o que é cada vez mais frequente, as normas éticas e jurídicas de origem islâmica poderão ser atendidas ou não pelos tribunais, dependendo do entendimento que os concretos juízes tenham do que sejam o secularismo, a liberdade de religião ou crença, o princípio da igualdade e a proteção dos direitos das minorias.