940 resultados para Aparelho respiratório - Envelhecimento Teses


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O termo limitao ao fluxo expiratrio (LFE) refere-se a uma condio na qual o fluxo expiratrio mximo obtido durante um ciclo da respirao espontnea menor que o previsto e permanece constante apesar do aumento do gradiente pressrico. A LFE pode estar presente durante o envelhecimento pulmonar fisiolgico, e em afeces pulmonares obstrutivas, como na doena pulmonar obstrutiva crnica (DPOC). A aferio direta para determinar a LFE requer a mensurao do volume pela relao entre o fluxo e a presso transpulmonar, porm um mtodo invasivo. Os testes usualmente empregados esto baseados na comparao da curva fluxo-volume expiratrio mximo e corrente, porm estas tcnicas requerem alto grau de colaborao do indivduo e podem gerar alterao do tnus muscular brnquico. Estudos sugerem que a Tcnica de Presso Expiratria Negativa (NEP) pode ser aplicada para deteco da LFE, sendo um mtodo simples, no invasivo e que no requer esforo dos voluntrios. Contudo, ndices quantitativos para a avaliao deste fenmeno ainda no foram definidos, assim como tambm no foram estudadas a LFE no processo de envelhecimento e nos diversos estgios de obstruo das vias areas na DPOC. Neste contexto, os objetivos deste estudo foram: (1) avaliar o comportamento da LFE durante o processo de envelhecimento e (2) estudar a LFE presente nos portadores de DPOC. Trata-se de um estudo transversal controlado com avaliao de casos prevalentes, tendo como unidade de avaliao o indivduo. Os exames realizados incluram medidas de espirometria e NEP. Foram selecionados indivduos saudveis para o grupo envelhecimento separados em trs grupos: grupo jovem (GJ), n=17; grupo meia idade (GMI), n=17 e grupo idoso (GI), n=17. No grupo DPOC foram selecionados indivduos tabagistas e com doena obstrutiva, sendo classificados de acordo com o nvel de obstruo sugerido pela espirometria. Essa classificao resultou em cinco categorias: indivduos normais ao exame espiromtrico (NE, n= 18); com distrbio ventilatrio obstrutivo leve (DVOL, n=15); distrbio ventilatrio obstrutivo moderado (DVOM, n= 18); distrbio ventilatrio obstrutivo acentuado (DVOA, n= 18) e distrbio ventilatrio obstrutivo muito acentuado (DVOMA, n= 18). Todos os indivduos realizaram os exames de NEP e posteriormente foram submetidos espirometria. No estudo sobre envelhecimento o parmetro LFE% foi o que melhor caracterizou a LFE, apresentando uma correlao moderada com a idade. Os parmetros ∆EF0-50% e ∆EF25-75% apresentaram uma correlao razovel com o progredir da idade, possivelmente devido a LFE no idoso apresentar componentes relacionadas s vias areas superiores. No grupo DPOC a NEP caracterizou adequadamente a LFE, sendo o melhor parmetro a LFE%. Alteraes significativas tambm foram encontradas com os parmetros ∆EF0-50% e ∆EF25-75%. Avaliando-se a influncia da idade neste grupo, pode-se observar que a idade um fator de contribui para a LFE, no entanto, o efeito preponderante foi a gravidade da doena. Pode-se concluir que: (1) a NEP til no estudo da LFE em idosos saudveis; (2) nestes indivduos a LFE ocorre principalmente nas vias areas extratorcicas; (3) que a NEP til na avaliao de pacientes com DPOC, e: (4) que os efeitos da DPOC se sobrepe ao efeito do envelhecimento.

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Esta dissertao investiga relaes entre elementos climticos e informaes de sade no Rio Grande do Sul no perodo de 19842000. Basicamente estuda-se a associao entre temperatura sensvel (lida no termmetro de bulbo mido) e os bitos por doenas do aparelho respiratório. O trabalho complementado por uma reflexo mais ampla sobre a abordagem climatolgica no mbito da Geografia. Aps a introduo de conceitos bsicos usados na dissertao (Clima, Espao Geogrfico e Climatologia Geogrfica), segue-se discusso crtica sobre o uso de mdias na caracterizao do clima sul-rio-grandense. As mdias mensais de temperatura sensvel do perodo 19842000 so usadas para explorar relaes de causalidade com os bitos totais em Porto Alegre. Os nmeros de horas de frio para junho, julho e agosto (i.e., o inverno) ao longo desses 17 anos tambm foram usados para estudar as relaes de causalidade com os bitos por grupo de 100.000 habitantes nos municpios de Porto Alegre, Santa Maria, Passo Fundo e Bag nos mesmos meses. Por fim, aborda-se a funo ativa do espao no dimensionamento da relao entre essas variveis. Na associao das mdias mensais de temperatura sensvel com os bitos totais existe uma relao sazonal, mas que no confirmada por uma correlao entre o nmero de horas de frio com os bitos por grupo de 100.000 habitantes. A correlao entre estas variveis ausente ou fraca na maioria das cidades estuda-das para o perodo de inverno. Exceo o ms de junho em Porto Alegre (r = 0,58) e o ms de agosto para Santa Maria (com correlao negativa moderada, r = -0,45, ainda no explicada). Em suma, com exceo parcial de Porto Alegre, as variaes de temperatura sensvel no explicam as taxas de bitos por doenas respiratrias nas cidades investigadas. Outras causas, provavelmente relacionadas qualidade de vida da populao local, devem ser investigadas.

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Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)

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O estudo das causas mltiplas de bitos permite conhecer a extenso real das estatsticas de mortalidade, minimizando a subestimao dos dados de mortalidade por asma. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a tendncia das taxas de mortalidade por asma informada em qualquer linha ou parte do atestado mdico da declarao de bito, no municpio do Rio de Janeiro, no perodo de 2000-2009. Os dados foram obtidos no Sistema de Informaes de Mortalidade (SIM), no perodo de 2000 a 2009, nas Declaraes de bitos (DO) registradas com CID-10 J45 e J46, de residentes do municpio do Rio de Janeiro, com um ano ou mais de idade. Foram calculadas taxas de mortalidade padronizadas por idade, nas seguintes faixas etrias: 1-4 anos, 5-34 anos, 35-59 anos, 60 e mais anos, considerando-se asma como causa bsica e como causas mltiplas, segundo gnero para cada ano do perodo. Para anlise de dados foi utilizado a tcnica de regresso linear. No perodo de 10 anos a asma foi causa bsica em 67,2% dos bitos que mencionaram asma. A subestimao da mortalidade por asma como causa bsica, foi igual a 48,7%. A taxa de mortalidade padronizada por asma como causa bsica declinou de 2000 a 2009 de 2,22 para 1,72/100.000 habitantes em 2009, (&#946;= -0.06, p=0.017) e como causas mltiplas passou de 3,45 para 2,82/100.000 habitantes (&#946;= -0.11, p=0.005). A anlise segundo gnero evidenciou um declnio mais acentuado entre os homens, cuja taxa de mortalidade por asma como causa bsica padronizada passou de 1,58/100.000 em 2000 para 0,59/100.000 em 2009 (&#946;= -0.08, p=0.007); como causa mltipla a taxa diminuiu de 2,49/100.000 em 2000 para 1,11/100.000 em 2009 (&#946;= -0.14, p<0.00001). Entre as mulheres a taxa de mortalidade passou de 2,79/100.000 em 2000 para 2,72/100.000 em 2009 como causa bsica e de 4,29/100.000 em 2000 para 4,32/100.000 em 2009. A regresso linear segmentada, realizada em dois perodos, de 2000 a 2004 e 2004 a 2009, no foi estatisticamente significativa (2000 a 2004: &#946;= -0,16, p=0,131 e 2004 a 2009: &#946;= 0,04, p=0,630). Do total de bitos nos quais a asma foi mencionada como causa mltipla 2,8% ocorreram na idade de 1 a 4 anos e 61% na faixa de 60 anos e mais. Quando a asma foi causa bsica, as causas associadas mais frequentes foram as doenas do aparelho respiratório e nos bitos em que foi classificada como causa associada destacaram-se como causas bsicas as doenas do aparelho respiratório e circulatrio. A magnitude das taxas de mortalidade por asma foi sempre maior nas mulheres comparado aos homens. A srie histrica mostrou tendncia ao declnio nas taxas de mortalidade, segundo causas bsicas e mltiplas, com declnio entre os homens e estabilidade entre as mulheres. A mortalidade por asma foi subestimada quando considerada apenas como causa bsica, o que poderia ser evitado com a utilizao da metodologia de causas mltiplas nas estatsticas de mortalidade da asma.

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Os estudos das secrees traqueobrnquicas so amplamente utilizados nas pesquisas de doenas pulmonares nas diversas espcies animais, inclusive no homem. Os objetivos desta pesquisa foram a viabilizao da tcnica de colheita de lavado traqueobrnquico na espcie ovina e o estudo da relao clnico-citolgica do lavado de ovinos portadores de broncopneumonia e sadios. Foram utilizados 33 ovinos, 18 sadios e 15 portadores de enfermidade respiratria com sinais clnicos de envolvimento das vias areas, divididos nos respectivos grupos, GS e GD. Aps o exame fsico foi realizado o lavado traqueobrnquico por via nasotraqueal. A colheita do lavado foi feita com a inoculao e aspirao de soluo fisiolgica estril. As amostras foram processadas citologicamente atravs de citocentrifugao e coradas pelos mtodos Wright-Giemsa e Shorr. Tanto a contagem total de clulas epiteliais quanto o nmero de hemcias por mililitro foi maior no grupo de animais com broncopneumonia. Nos animais sadios notou-se predomnio de macrfagos, seguido por clulas epiteliais cilndricas, neutrfilos e linfcitos. No grupo de animais doentes havia menor nmero de macrfagos, e predomnio da populao de neutrfilos. Por ser de fcil realizao, pouco dispendiosa e pela obteno representativa de material, a tcnica estudada mostrou-se eficaz na obteno de fluidos traqueobrnquicos e, portanto um bom mtodo de colheita de clulas para uso nas pesquisas de vias areas.

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A sndrome de fragilidade pode ser definida como um estado de vulnerabilidade a agentes estressores, um resultado de declnios orgnicos observados em mltiplos sistemas, comprometendo a habilidade do indivduo em manter a homeostase. O objetivo deste estudo transversal foi avaliar a prevalncia desta condio atravs da Escala de Fragilidade proposta pelo Cardiovascular Health Study em uma populao de idosos, clientes de uma operadora de sade, que vivem na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, alm de observar o comportamento deste instrumento em uma amostra brasileira. 754 indivduos foram avaliados quanto aos cinco critrios da escala alm de variveis sociodemogrficas, capacidade funcional, quedas, perfil cognitivo e comorbidades relatadas. Foram considerados Frgeis aqueles que apresentaram trs ou mais dos seguintes critrios: a) lentificao da velocidade da marcha; b) reduzida fora de preenso palmar; c) sensao de exausto; d) baixa atividade fsica; e) perda de peso. Os resultados apontam que, dentre os avaliados, 9,2% eram Frgeis. Estes eram mais idosos, com pior status socioeconmico, com pior desempenho cognitivo e maior comprometimento funcional (p< 0,05). Entre os 9,2% de Frgeis, 87% apresentaram alterao da velocidade da marcha, 79,7% da fora de preenso palmar, 66,8% baixa atividade fsica, 52,2% relato de sensao de exausto e 36,2% relato de perda de peso. A distribuio de suas frequncias quando comparado ao estudo original foi bastante semelhante. Vrios estudos partem do postulado que a fragilidade pode ser identificada atravs de medidas clnicas. Atravs de sua identificao precoce, possvel reconhecer uma entidade potencialmente reversvel, reduzindo morbidade e mortalidade na populao idosa, no entanto fundamental um estudo acurado sobre como esta entidade ser mensurada e quais sero os critrios adotados para defini-la. Maiores estudos so necessrios para realizar, no Brasil, uma anlise mais aprofundada desta pertinente questo.

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A sndrome de imunodeficincia adquirida (AIDS) um problema de sade pblica que alcanou grandes propores. Na ausncia de uma vacina eficaz ou tratamento efetivo para a doena, esforos tm ser concentrados na preveno. As polticas de sade adotadas pelo governo brasileiro tm resultado em estabilizao da enfermidade no pas na faixa etria mais jovem, muito embora essa tendncia no venha acontecendo nos outros grupos etrios mais velhos. Verificar a incidncia da AIDS em indivduos idosos, no municpio de Niteri, RJ, de acordo com sexo, idade, perodo e coorte de nascimento de 1982-2011, alm de analisar a dinmica espacial da epidemia de AIDS em idosos (indivduos com 60 anos ou mais) no estado do Rio de Janeiro no perodo de 1997-2011, so os objetivos deste estudo. Os dados da populao por idade, sexo e grupo, foram obtidos a partir de: censos populacionais, contagem da populao (1996), projees intercensitrias, informaes do Sistema de Informaes de Agravos de Notificao, de Mortalidade e de Controle de Exames Laboratoriais. As taxas de incidncia por 100 000 foram calculadas para as unidades geogrficas atravs da contagem do nmero de novos casos de AIDS em indivduos com 60 anos ou mais e tamanho da populao do municpio no mesmo grupo etrio. Para avaliar a dependncia espacial das taxas foi calculado o ndice de Moran global. Moran Mapas foram construdos para mostrar regimes de correlao espacial potencialmente distintos em diferentes subregies. Distribuies de probabilidade e mtodo Bayes emprico foram aplicados para a correo das taxas de incidncia da AIDS. Ocorreram 575 casos de AIDS em residentes de Niteri com &#8805;50 anos de idade. Tendncia crescente de taxas de incidncia ao longo do tempo foi detectada em ambos os sexos. No estudo da dinmica espacial da incidncia da AIDS em idosos, Rio de Janeiro, no perodo de 1997 a 2011, as taxas entre homens e mulheres permaneceram flutuantes ao longo de todo o perodo. No foi possvel detectar correlao significativa global, usando o ndice global de Moran. Na costa sudeste do Estado, onde se localizam as grandes reas metropolitanas (Rio de Janeiro e Niteri), observaram-se grupos de cidades com taxas de at 20 casos por 100 000 hab. Esta concentrao se torna mais pronunciada em perodos subsequentes, quando parece ocorrer propagao gradual da epidemia da costa sul at o norte do Rio de Janeiro.

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A constipao intestinal e a disfuno do trato urinrio inferior so condies associadas e bastante prevalentes na infncia e adolescncia. Existem mltiplas teorias para explicar essa associao, como: o efeito mecnico do reto cheio sobre a parede e o colo vesical; estimulo de reflexos sacrais a partir do reto distendido, e mais recentemente, a associao entre a bexiga e o reto no sistema nervoso central. Muitas destas crianas e adolescentes apresentam constipao refratria. Esse fato chama a ateno para a possibilidade de existncia de uma desordem neuromuscular comum envolvendo o clon e o trato urinrio inferior. O objetivo desse estudo foi avaliar o trnsito colnico de crianas e adolescentes com constipao crnica refratria e sintomas do trato urinrio inferior. Foi realizado um estudo observacional com anlise transversal, no qual foram includos 16 indivduos com constipao refratria e sintomas do trato urinrio inferior, com idades entre sete e 14 anos (mdia de idade de 9,67 anos). Os participantes foram avaliados utilizando anamnese padro; exame fsico; dirio miccional e das evacuaes; escala de Bristol; Disfunctional Voiding Scoring System com verso validada para o portugus; ultrassonografia renal, de vias urinrias e medida de dimetro retal; urodinmica, estudo de trnsito colnico com marcadores radiopacos e manometria anorretal. O estudo de trnsito foi normal em trs (18,75%) crianas, dez (62,5%) apresentaram constipao de trnsito lento e trs (18,75%) obstruo de via de sada. A avaliao urodinmica estava alterada em 14 das 16 crianas estudadas: dez (76,9%) apresentaram hiperatividade detrusora associada disfuno miccional, trs (23,1%) hiperatividade vesical isolada e um (6,25%) disfuno miccional sem hiperatividade vesical. Ao compararmos constipao de trnsito lento e disfuno do trato urinrio inferior, dez (100%) sujeitos com constipao de trnsito lento e trs (50%) sem constipao de trnsito lento apresentavam hiperatividade vesical (p=0,036). Sete (70%) sujeitos com constipao de trnsito lento e quatro (66,7%) sem constipao de trnsito lento apresentavam disfuno miccional (p=0,65). Ao compararmos constipao de trnsito lento e a presena de incontinncia urinria, esta estava presente em nove (90%) participantes com constipao de trnsito lento e em um (16,7%) sem constipao de trnsito lento (p = 0,008). Quanto urgncia urinria, estava presente em 10 (100%) e trs (50%) respectivamente (p = 0,036). O escore do Disfunctional Voiding Scoring System variou de 6 a 21. O subgrupo com constipao de trnsito lento mostrou um escore de Disfunctional Voiding Scoring System significativamente maior que o subgrupo sem constipao de trnsito lento. O presente estudo demonstrou alta prevalncia de constipao de trnsito lento em crianas e adolescentes com constipao refratria e sintomas do trato urinrio inferior. Este estudo foi pioneiro em demonstrar a associao entre hiperatividade vesical e constipao de trnsito lento e coloca em voga a possibilidade de uma desordem neuromuscular comum, responsvel pela dismotilidade vesical e colnica. Futuros estudos envolvendo a motilidade intestinal e vesical so necessrios para melhor compreenso do tema e desenvolvimento de novas modalidades teraputicas.

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Nestas aulas recuperam-se conhecimentos bsicos de fiosiologia e anatomia para se enquadrarem os efeitos biolgicos do contacto com substncias txicas.

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Pneumocystis jirovecii conhecido por causar infeces especficas no aparelho respiratório de seus hospedeiros, principalmente em doentes imunocomprometidos, manifestando-se por uma pneumonia grave e por vezes fatal, normalmente designada por pneumonia por Pneumocystis. A caracterizao da diversidade gentica de P. jirovecii tem demonstrado que determinados polimorfismos de base nica podero ser reconhecidos como marcadores moleculares de eleio para o estudo da distribuio geogrfica, vias de transmisso, resistncia/susceptibilidade a frmacos, factores de virulncia e gentica populacional de subtipos genticos. Este estudo teve como objectivo a caracterizao de polimorfismos de P. jirovecii, atravs da metodologia PCR multiplex/Extenso de base nica (do ingls single base extension), com a principal finalidade de constatar eventuais associaes entre polimorfismos de base nica, gentipos multilocus, e dados clnicos e demogrficos da infeco. Sessenta e seis espcimes pulmonares, previamente considerados positivos para P. jirovecii, obtidos entre 2001 e 2012, a partir de doentes portugueses imunocomprometidos, foram seleccionados de forma aleatria para este estudo multilocus. PCR multiplex foi utilizada para a amplificao simultnea de trs regies genmicas: subunidade grande do rRNA mitocondrial, superxido dismutase e dihidropteroato sintetase. Cinco polimorfismos de base nica, previamente correlacionados com parmetros da doena, foram genotipados por extenso de base nica: mt85, SOD110, SOD215, DHPS165 e DHPS171. Um total de 330 polimorfismos de base nica e 29 gentipos multilocus putativos de P. jirovecii foram identificados e caracterizados nos espcimes pulmonares analisados. Os padres de distribuio dos polimorfismos foram analisados, sendo considerada a variao temporal e/ou geogrfica das suas formas allicas. Constatou-se grande diversidade genotpica entre os isolados de P. jirovecii que poder ter influncia a nvel epidemiolgico. Foram observadas associaes estatsticas entre mt85/gentipos multilocus e parmetros demogrficos e clnicos. A correlao mais importante verificou-se entre mt85C e cargas parasitrias baixas a moderadas, enquanto mt85T foi associado com cargas parasitrias altas; MLG5, MLG9 e MLG13 foram associados com cargas parasitrias baixas, moderadas e altas, respectivamente. Tais associaes demonstram que potenciais marcadores moleculares da infeco por P. jirovecii podero existir e que polimorfismos/gentipos especficos podero determinar perfis epidemiolgicos da pneumonia por Pneumocystis. A anlise gentica cruzada permitiu verificar associaes entre polimorfismos de base nica. Os polimorfismos SOD110T e SOD215C, SOD110C e SOD215T, DHPS165A e DHPS171C, DHPS165G e DHPS171T foram associados estatisticamente. Os gentipos multilocus mais prevalentes foram considerados para o teste recombinatrio d1. Dois gentipos multilocus (MLG7 e MLG9) foram observados com elevada frequncia, e a anlise gentica indicou que estes se encontravam sobre-representados na populao de P. jirovecii estudada. Estas evidncias indicam que o fenmeno de desequilbrio de ligao e a propagao clonal de subtipos genticos frequente, considerando que a espcie P. jirovecii poder ser representada por uma populao com estrutura epidmica. O presente trabalho confirmou a importncia do estudo de polimorfismos em P. jirovecii, sugerindo que a caracterizao multilocus poder fornecer informao relevante para a compreenso dos padres, causas e controlo da infeco, melhorando assim a investigao deste importante patogneo.

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RESUMO - Portugal continental, como outros pases europeus, foi afectado por uma onda de calor de grande intensidade no Vero de 2003, com efeitos na mortalidade da populao. O excesso de bitos associados onda de calor foi estimado pela comparao do nmero de bitos observados entre 30 de Julho e 15 de Agosto de 2003 e o nmero de bitos esperados se a populao tivesse estado exposta s taxas de mortalidade mdias do binio 2000-2001 no respectivo perodo homlogo. Os bitos esperados foram calculados com ajustamento para a idade. O nmero de bitos observados (O) foi superior ao nmero esperado (E) em todos os dias do perodo estudado e o seu excesso global foi estimado em 1953 bitos (excesso relativo de 43%), dos quais 1317 (61%) ocorreram no sexo feminino e 1742 no grupo de 75 e + anos (89%). A nvel distrital, Portalegre teve o maior aumento relativo do nmero de bitos (+89%) e Aveiro o menor (+18%). Numa rea geogrfica contnua do interior do territrio (Guarda, Castelo Branco, Portalegre e vora) houve aumentos relativos superiores a 80%. Em termos absolutos, o maior excesso de bitos ocorreu no distrito de Lisboa (mais cerca de 396) e no do Porto (mais cerca de 183). As causas de morte golpe de calor e desidratao e outros distrbios metablicos tiveram os aumentos relativos mais elevados (razes O/E de, respectivamente, 70 e 8,65). Os maiores aumentos absolutos do nmero de bitos ocorreram no grupo das doenas do aparelho circulatrio (mais 758), nas doenas do aparelho respiratório (mais 255) e no conjunto de todas as neoplasias malignas (mais 131). No perodo da onda de calor e no perodo de comparao, a percentagem dos bitos que ocorreu nos hospitais (52% e 56%), no domiclio (32 e 33%) e em outros locais foi semelhante. A discusso sobre os factores que condicionaram a obteno dos valores apresentados, relativos ao excesso de bitos por sexo, grupo etrio, distrito, causa e local da morte, permite concluir que os mesmos se afiguram adequados para medir a ordem de grandeza e caracterizar o efeito da onda de calor na mortalidade. O erro aleatrio, medido pelos intervalos de confiana, e alguns possveis erros sistemticos associados ao perodo de comparao escolhido no devero afectar de modo relevante as estimativas.

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O registo oncolgico uma ferramenta de trabalho de valor inquestionvel no estudo epidemiolgico das neoplasias numa dada populao. Em Portugal e apesar da classe veterinria reconhecer o seu valor, ainda no existe nenhum registo oncolgico veterinrio e este tema tm sido tratado com pouca relevncia. O tema da dissertao deste Mestrado Integrado pretende contribuir para o estudo epidemiolgico da oncologia felina, atravs da apresentao de uma distribuio de leses do foro neoplsico. A recolha de dados reportou-se a um perodo de trs anos (2008-2010), a partir de material fornecido pelo laboratrio de histopatologia da DNAtech. De um total de 992 amostras da espcie felina, nesse perodo de tempo, 707 (71%) foram referentes a leses do foro neoplsico, deste universo, 285 (38,9%) reportaram-se ao grupo de tumores da glndula mamria, 226 (30,9%) aos tumores mesenquimatosos da pele e de tecidos moles; 91 (12,4%) aos tumores epiteliais e melanocticos da pele; 52 (7,1%) aos tumores do aparelho digestivo; 40 (5,5%) aos tumores do sistema hematopoitico, 16 (2,2%) aos tumores que afectaram o olho e ouvido; 5 (0,7%) ao aparelho urinrio; 4 (0,5%) ao aparelho respiratório e, finalmente com menor frequncia 13 (1,7%) foram classificados em outros grupos e sistemas (osso e articulaes, aparelho endcrino, aparelho reprodutor e indeterminados). Observou-se uma proeminncia nos tumores de origem maligna (75%), assim como para os tumores do sexo feminino (66%), o grupo de animais com 10 anos foi aquele que apresentou maior nmero de tumores. A diferente distribuio das neoplasias felinas observadas neste estudo, comparadas com os registos existentes noutros pases enfatiza a necessidade da criao do nosso prprio registo oncolgico.

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A microcirculao cutnea surgiu, nos ltimos anos, como uma alternativa pratica e acessvel para o estudo da circulao perifrica. Tcnicas no-invasivas, como a Fluxometria por Laser Doppler (FLD), a Evaporimetria e a Gasimetria transcutnea em associao a testes de provocao tm transformado a circulao cutnea num atraente modelo de investigao. Este estudo foi aplicado a um grupo de voluntrias jovens saudveis (n= 8, (21,6 2,6) anos) respirando uma atmosfera de 100 % oxignio durante 10 minutos. Este teste permitiu-nos avaliar a resposta circulatria na microcirculao do membro inferior. As tcnicas de medio incluram o fluxo sanguneo local por FLD, apO2 transcutnea (tc) e a Perda Transepidrmica de gua (PTEA) por evaporimetria. A anlise de dados revela que tc-pO2 e FLD se alteraram significativamente durante o teste. Um perfil de evoluo recproca foi registrado para FLD e PTEA, que parece apoiar dados anteriores de que as alteraes no fluxo sanguneo local podem influenciar a funo de barreira epidrmica. Este modelo parece adequado para caracterizar a microcirculao do membro inferior invivo.

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O cerrado o segundo maior bioma do mundo e contm elevada taxa de endemia, estando presentes diversas plantas para fins medicinais. A literatura da etnocincia e da etnobotnica registra que a presena de comunidades tradicionais contribuem na preservao dos ambientes em que esto inseridos, valendo-se desta para valorizao e manuteno destas comunidades (DIEGUES, 2000, GUARIM NETO et al., 2008, OLIVEIRA et al., 2009). Diante disso este estudo objetiva discutir os conhecimentos tradicionais sobre o uso de plantas medicinais pela Comunidade Quilombola do Cedro localizada em Mineiros, GO, Brasil. A metodologia empregada foi anlise etnogrfica donde se coletou informaes junto aos membros da comunidade por meio de observao participante, conversas informais e entrevistas aplicadas a membros da comunidade. Os resultados da pesquisa mostram que o preparo dos remdios fitoterpicos se d de duas formas e locais distintos: (1) no laboratrio de plantas medicinais da comunidade, seguindo uma linha de produo e com procedimentos exigidos pelo controle sanitrio, e (2) nas residncias, baseado no conhecimento tradicional onde o recurso vegetal alm de ser utilizado como remdio, impulsiona a socializao e o compartilhamento de saberes entre a comunidade. Considerando a utilizao de plantas medicinais como parte da cultura da comunidade, observa-se um processo ressignificao cultural com a mudana na forma de preparo dos remdios, antes realizadas apenas nas residncias e recentemente tambm no laboratrio. Esse processo modifica as formas tradicionais de preparo, contudo, as duas formas coexistem, sendo que a tradicional resiste no seio familiar. Em relao s espcies utilizadas, a maior quantidade de plantas indicadas refere-se a tratamentos de sintomas e afeces no aparelho respiratório. A utilizao da flora medicinal e o relacionamento da comunidade quilombola do Cedro com o meio ambiente, fez com que muitas espcies tidas como importantes fossem preservadas, fornecendo contribuies relevantes para a conservao destas espcies e do patrimnio material e imaterial envolvido.