525 resultados para Anuro – Parasito


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A presença de parasitas, que podem afetar inúmeros aspectos da biologia de seus hospedeiros, possivelmente levando a uma queda em seu desempenho. Entretanto, ao longo do estabelecimento da associação parasita-hospedeiro, alterações na fisiologia e morfologia deste último podem representar mecanismos compensatórios para os danos causados pelos parasitas. Sendo assim, carga parasitária deve ser um importante determinante do valor adaptativo (fitness) do hospedeiro. O objetivo do presente trabalho foi estabelecer possíveis correlações entre carga parasitária, massas de diversos órgãos e desempenho locomotor no sapo-cururu, Rhinella ictericus (Anura: Bufonidae). O desempenho locomotor dos indivíduos capturados de R. ictericus foi medido através do uso de uma pista circular de madeira. Durante um período de 10 minutos, os animais foram forçados a manter desempenho locomotor constante e a distância total percorrida foi corrigida para o comprimento rostro-cloacal. Depois das medidas de desempenho locomotor, os órgãos internos foram dissecados, tendo seus parasitas contabilizados. As massas de todos os órgãos escalaram positivamente com a massa corpórea. O número de parasitas nos pulmões e o índice corpóreo também se mostraram positivamente relacionados à variação em massa corpórea. Indivíduos com maior carga parasitária intestinal foram também aqueles que apresentaram um maior número total de parasitas, sugerindo a existência de variação individual na susceptibilidade a diferentes parasitas. O desempenho locomotor foi negativamente associado à carga parasitária total, demonstrando um efeito deletério causado pelos parasitas ao hospedeiro em um aspecto crucial de sua história de vida. Hospedeiros com maior carga parasitária pulmonar apresentaram maior massa intestinal e renal, sugerindo possíveis mecanismos compensatórios dos possíveis danos causados pelos parasitas

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Caramujos do gênero Biomphalaria das espécies B. tenagophila e B. straminea, descendentes de exemplares coletados em oito municípios mineiros, foram infectados com Schistosoma, mansoni das cepas LE e SJ. As taxas de infecção experimenta] variaram de 0 a 28% para B. tenagophila e de 0 a 21% para B. straminea. Esses resultados foram confrontados com os obtidos anteriormente por vários autores, mostrando que mais de 70% dentre 32 populações (doze de B. tenagophila e vinte de B. straminea) de Minas Gerais, foram suscetíveis experimentalmente a S. mansoni. Os dados experimentais, aliados a relatos de encontro de B. tenagophila e B. straminea com infecção natural por S. mansoni em quatro localidades a partir de 1982, parecem indicar que nessas regiões existem condições favoráveis de pré-adaptação ao parasitismo, a exemplo do que ocorreu no nordeste brasileiro e em São Paulo, pois, anteriormente moluscos dessas espécies não foram encontrados com infecção natural pelo trematúdeo em Minas Gerais. Estes dados são importantes para o controle da disseminação da esquistossomose em áreas indenes, tendo em vista a vasta distribuição das duas espécies no Brasil.

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Durante estudos com morcegos em floresta de várzea na APA do Rio Curiaú, Amapá, Brasil, observamos três casos de predações oportunistas de morcegos frugívoros capturados em redes de neblina. Duas destas predações ocorreram por marsupiais e uma por anuro. Artibeus planirostris (Spix, 1823) (Chiroptera, Phyllostomidae) foi predado por Didelphis marsupialis Linnaeus, 1758 e Philander opossum (Linnaeus, 1758) (Didelphimorphia, Didelphidae). Carollia perspicillata (Linnaeus, 1758) (Chiroptera, Phyllostomidae) foi predado por Leptodactylus pentadactylus (Laurenti, 1768) (Anura, Leptodactylidae). A vocalização dos morcegos provavelmente atraiu os marsupiais para a rede, onde estes os predaram aproveitando que estavam presos. Este tipo de interação pode ocorrer naturalmente, no entanto, com maior dificuldade de registro.

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Relata-se a ocorrência do ácaro dos moluscos, Riccardoella limacum (Schrank ) de criações de escargot de Belo Horizonte, MG e de Embu, SP. A morte de apreciável número destes moluscos é relacio nada com a presença de elevada população do ácaro.

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Cephalobium bidentatum sp. nov., parasitizing nymphs of Gryllodes laplatae Sauss (Orthoptera, Gryllidae) from Argentina, is described and illustrated. It is distinguished from other members of the genus Cephalobium COBB, 1920, by having the buccal cavity very sclerotized with two hook-shaped teeth, vagina short and muscular, male has two spicules with hook-shaped tips, and by the distribution pattern of the postanal papillae: one pair under the anus, three pairs between the anus and the tail, and two pairs at the base of the tail appendage.

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Neste estudo, usamos dois tipos de modelagem de distribuição de espécies (correlativo e mecanístico), com o objetivo de avaliar o efeito das mudanças climáticas sob a distribuição geográfica de Rhinella granulosa (Spix, 1824), espécie inserida principalmente no bioma Caatinga. Avaliamos a predição, levantada por outros autores, de que espécies de anfíbios distribuídos em climas quentes terão suas distribuições espaciais restringidas por aumento da temperatura considerando cenários futuros. Na abordagem correlativa, os resultados mostraram que as distribuições espaciais geradas pelo modelo de distância Euclidiana foram mais conservativas, ou seja, as áreas que apresentaram menor distância do nicho ótimo se restringiram às áreas de distribuição real da espécie (Caatinga) e às pequenas regiões que abrangem o bioma Cerrado. A abordagem mecanística apresentou resultados menos conservativos, onde o habitat indicado como adequado para R. granulosa está contido em grande parte da América do Sul, formando uma extensa área contínua. No geral, verificou-se que R. granulosa não sofrerá forte influência climática sobre sua distribuição geográfica no futuro, pelo menos até 2080, provavelmente por apresentar uma fisiologia extremamente tolerante às altas temperaturas e por possuir adaptações para suportar clima quente e seco.