1000 resultados para Ansiedade - Tratamento paliativo
Resumo:
A maioria dos pacientes com câncer de pâncreas apresenta estdios avançados e é tratada paliativamente. Dos que são submetidos exclusivamente a derivação biliar, cerca de 30%-50% vão apresentar na evolução necessidade de tratamento de obstrução duodenal. As técnicas atualmente empregadas para derivação gástrica podem acarretar vômitos pós-operatórios, principalmente quando feitas profilaticamente. Uma nova técnica foi planejada para evitar alterações no mecanismo de esvaziamento gátrico e a recirculação do conteúdo alimentar. Esta técnica consta de anastomose gastrojejunal entre o corpo gátrico e a primeira alça jejunal tipo Braun em que a alça aferente é bloqueada evitando o ciclo vicioso alimentar. A reconstituição do trânsito alimentar é feita a jusante desta anastomose, impedindo o refluxo biliar para o estômago. Dezenove pacientes foram tratados consecutivamente sem complicações. A sonda nasogástrica foi retirada em torno do terceiro dia de pós-operatório e iniciada realimentação no dia seguinte. Não se observaram vômitos no pós-operatório imediato ou tardio em decorrência de retardo do esvaziamento gátrico.
Resumo:
A meta do tratamento dos pacientes portadores de carcinoma avançado de esôfago é o alívio da disfagia. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho é relatar a experiência dos autores na utilização da derivação esofagogástrica através de um tubo gástrico isoperistáltico seguido de radioterapia, no tratamento de doentes portadores de carcinoma irressecável do esôfago. MÉTODO: No período de 1990 a 1999, 30 pacientes foram submetidos à cirurgia de derivação. Vinte e quatro doentes (80%) eram do sexo masculino e seis (20%) do feminino; a idade variou de 27 a 69 anos, média de 49,3 anos. Em todos os casos o diagnóstico foi confirmado por endoscopia digestiva alta e biópsia. Aqueles com tumores maiores que 6cm ao esofagograma ou com sinais de invasão da árvore respiratória à broncoscopia foram considerados irressecáveis. Após avaliação clínica e preparo pré-operatório foram submetidos à operação de derivação. O ato operatório foi realizado por duas equipes, uma na região cervical e outra na abdominal e a duração da intervenção variou entre três a quatro horas. Após a alta hospitalar os pacientes foram encaminhados para a radioterapia. RESULTADOS: Não houve óbito operatório. A mortalidade pós-operatória foi de 10%, um caso de tromboembolismo pulmonar e dois de broncopneumonia. Treze pacientes (43,3%) desenvolveram fístula cervical e em 11 ocorreu o fechamento espontâneo da fístula; um caso necessitou de reoperação e outro veio a falecer no 14º dia pós-operatório com a fístula aberta. Oito pacientes (26,6%) apresentaram estenose da anastomose esôfago-tubo; todos evoluíram bem com dilatação endoscópica. A deglutição foi restabelecida em todos os pacientes até o momento do óbito, excetuando aqueles que faleceram em virtude de complicações pós-operatórias (três casos). O tempo de internação variou de 12 a 45 dias e a sobrevida média foi de 7,9 meses. CONCLUSÕES: Os autores concluíram que nos pacientes portadores de carcinoma irressecável do esôfago, a derivação da obstrução através de um tubo gástrico isoperistáltico atinge seu objetivo primeiro que é aliviar a disfagia até o momento do óbito. A morbidade é alta, porém a maioria das complicações tem evolução benigna. A mortalidade é aceitável levando-se em conta a gravidade do carcinoma do esôfago.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar os resultados da derivação esofagogástrica no câncer avançado do esôfago. MÉTODO: Foram estudados de forma retrospectiva 24 pacientes com carcinoma epidermóide de esôfago nos estádios III (66,66%) e IV (33,34%), submetidos à derivação esofagogástrica através da construção do tubo gástrico isoperistáltico da grande curvatura pela técnica de Postlethwait. RESULTADOS: Quanto à morbidade e mortalidade, os pacientes de média etária de 41,8 anos e linfócitos acima de 1.500/mm³ demonstraram taxas de complicações pós-operatórias inferiores àqueles com média de 54,09 anos. A fístula da anastomose, embora seja considerada comum (15 casos - 62,50%), apresentou evolução benigna e ocluiu espontaneamente em 14 casos. Não houve qualquer tipo de complicação cirúrgica pós-operatória em cinco casos (20,83%), o tempo médio cirúrgico foi de 285,77 minutos, e a mortalidade operatória de sete casos (29,17%). A sobrevida foi 4,19 meses. CONCLUSÕES: Em vista da ocorrência de complicações, que determinam altas taxas de morbidade e mortalidade, o tubo gástrico isoperistáltico é um método de tratamento cirúrgico que deve ser dirigido a pacientes selecionados, em especial àqueles com número alto de linfócitos e idade mais baixa.
Resumo:
OBJETIVO: Relatar a experiência do nosso Serviço com a descompressão cirúrgica da árvore biliar através de uma hepatojejunostomia periférica. MÉTODO: Entre julho de 2000 a julho de 2005, 11 pacientes foram à laparotomia para ressecção de tumores do hilo hepático e, durante o trans-operatório, apresentavam lesões irressecáveis. Os dados analisados foram: idade, sexo, morbidade, mortalidade, dosagem de bilirrubinas séricas pré-operatórias e no 7ºdia de pós-operatório, prurido pré e pós-operatório e sobrevida. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 67 anos, seis eram mulheres e cinco eram homens. Icterícia estava presente em 100% dos casos e prurido em 80%. Seis pacientes tiveram o diagnóstico de neoplasia de vesícula biliar e cinco de colangiocarcinoma. Ocorreram três óbitos intra-hospitalares. A dosagem média no pré-operatório de bilirrubina total foi 19,33mg/dl e bilirrubina direta 16,81mg/dl e no pós-operatório 4,88mg/dl e 3,64mg/dl, respectivamente. Oito pacientes que receberam alta hospitalar tiveram sobrevida média de oito meses, evoluindo sem icterícia e prurido. CONCLUSÃO: A hepatojejunostomia periférica pode ser considerada uma boa opção como tratamento paliativo . Ela demonstrou ser segura, com sangramento mínimo, rápida execução e mortalidade aceitável, melhorando significativamente a icterícia, o prurido e fornecendo uma sobrevida satisfatória.
Resumo:
Pós-graduação em Saúde Coletiva - FMB
Resumo:
Pós-graduação em Pesquisa e Desenvolvimento (Biotecnologia Médica) - FMB
Resumo:
Pós-graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB
Resumo:
Introdução: O cancro da próstata é uma importante causa de morbilidade e mortalidade. Em Portugal, de acordo com um estudo publicado em 2003, a taxa de novos casos de cancro na próstata era de 53 por 100.000 homens, em 2000, com uma taxa de mortalidade padronizada pela idade de 28 por 100.000 (em 1995). As metástases ósseas múltiplas são uma das principais complicações associadas ao cancro de próstata avançado. O Samário-EDTMP mostrou ser uma alternativa segura e eficaz no tratamento paliativo da dor associada a metástases ósseas. O objectivo deste estudo económico é avaliar o custo-efectividade do tratamento da dor associada a metástases ósseas múltiplas com Samário-153-EDTMP versus terapêutica convencional da dor, no carcinoma da próstata hormono-refractário, em Portugal. Metodologia: Estudo de custo-efectividade que compara os custos directos do tratamento de doentes com múltiplas metástases ósseas dolorosas com Samário-153-EDTMP versus terapêutica convencional para a dor, na perspectiva do Sistema Nacional de Saúde, em Portugal, num horizonte temporal de quatro meses. Resultados: Os custos directos totais num período de quatro meses são 2.311,91 € para um doente tratado com Samário-153-EDTMP versus 2.450,74 € para um doente sob tratamento padrão. De acordo com o modelo, um doente tratado com Samário-153-EDTMP representa um decréscimo de custos de 138,83 €. Conclusão: O Samário-153-EDTMP é não só um método terapêutico muito eficaz mas também uma solução com custos reduzidos quando comparado à terapêutica convencional da dor, em doentes com dor devida a metástases ósseas múltiplas, em Portugal.
Resumo:
RESUMO: A utilização das próteses metálicas auto-expansíveis é um tratamento paliativo e definitivo muito eficaz em doentes com obstrução maligna coló-retal e gastroduodenal. Este tratamento está associado a taxas de morbilidade e de intervenção adicional aceitáveis. O recurso a próteses expansíveis em doenças benignas pode constituir uma opção terapêutica válida. As próteses biodegradáveis e as próteses metálicas totalmente cobertas podem ser utilizadas, com eficácia aceitável, num grupo de doentes com estenóses refractárias do esófago e para os quais não estão disponíveis grandes opções de tratamento. As próteses metálicas totalmente cobertas podem ser um tratamento de excepção em situações benignas biliares onde anteriormente a cirurgia era a única opção disponível. As próteses metálicas são a opção de escolha no tratamento paliativo do colangiocarcinoma hilar, independentemente do tipo de lesão. Em doentes com estenoses do tipo II de Bismuth a colocação bilateral de próteses metálicas, sempre que tecnicamente possíveis, deve ser recomendada pois está associada a uma maior patência das próteses e a uma menor taxa de reintervenção.
Resumo:
Revisamos nossa experiência com carcinoma epidermóide metastático (CEM) para o pescoço com tumor primário desconhecido com a intenção de evidenciar quando o tratamento radioterápico exclusivo ou o tratamento cirúrgico seguido de radioterapia teriam impacto positivo sobre a sobrevida. Este é um estudo retrospectivo de 54 pacientes com CEM tratados na Seção de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital do Câncer/INCa entre 1986 e 1992. Quarenta e oito pacientes (89%) eram do sexo masculino, a idade média foi de 54 anos. Quarenta pacientes tinham metástase para linfonodos cervicais da cadeia jugular interna alta (nível 2). Utilizamos a classificação TNM da UICC de 1992 para estagiar os pacientes, onde oito pacientes foram classificados como N1, vinte como N2, 22 como N3, sendo que quatro pacientes permaneceram não classificados. Todos foram submetidos a endoscopia do trato aerodigestivo superior e raio X de tórax. Trinta e cinco pacientes foram submetidos a biópsia de aspiração com agulha fina. Trinta e oito pacientes tiveram tratamento com intenção curativa e 1.6 tiveram tratamento paliativo com radioterapia. Dos pacientes tratados com intenção curativa, dez foram submetidos a esvaziamento cervical e 28 tiveram tratamento exclusivo com radioterapia. Os 16 pacientes tratados com intenção paliativa foram excluídos dos cálculos de sobrevida e análise das recidivas. As recidivas cervicais foram analisadas usando o método do qui-quadrado, e as curvas de sobrevida foram comparadas usando-se o teste de Wilcoxon. A biópsia aspirativa com agulha fina alcançou o diagnóstico em 85% dos casos. Oito pacientes (15%) apresentaram metástase à distância. O tumor primário foi identificado subseqüentemente em 9% dos pacientes. Dezoito pacientes (64%) tratados com radioterapia exclusiva tiveram recidivas no pescoço, e três pacientes (33%) tratados com cirurgia + radioterapia tiveram recidivas no pescoço. (p=0,05) Os pacientes classificados como N2/N3 tratados com cirurgia + radioterapia tiveram melhores resultados do que os tratados com radioterapia exclusiva (respectivamente p=0,05 e p=0,09). Os pacientes Nl tiveram melhor sobrevida livre de doença do que os pacientes N2/N3 (respectivamente p=0,007 e p=0,OO7). A sobrevida livre de doença em cinco anos foi de 69% para os pacientes Nl, 11 % para os pacientes N2 e 15% para os pacientes N3. A sobrevida livre de doença para todos os estágios foi de 28%. A biópsia aspirativa com agulha fina é um bom meio para diagnóstico e deve ser usada rotineiramente.
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o benefício do tratamento paliativo pela derivação esofágica com o tubo gástrico isoperistáltico em pacientes com carcinoma de esôfago irressecável. MÉTODO: Foram estudados 53 pacientes com carcinoma espino celular do esôfago sem condições de ressecabilidade avaliados por critérios endoscópicos e radiológicos. A maioria dos pacientes era do sexo masculino com idade média de 56,8 anos. A operação realizada foi a derivação esofágica com o tubo gástrico isoperistáltico, de grande curvatura e transposto através do espaço retro esternal. RESULTADOS: Vinte e oito pacientes (52,0%) desenvolveram uma ou mais complicações, sendo a mais freqüente a deiscência e/ou estenose da anastomose cervical (15 pacientes - 28,3%). Em 48 pacientes que sobreviveram, 37 (77,0%) referiram alívio da disfagia no seguimento pós-operatório. A média de sobrevida em 23 pacientes foi de sete meses e meio (seis a 13 meses) e 14 pacientes estão em seguimento com o tempo variável entre dois e 16 meses, com boa evolução, com perda de seguimento nos 11 pacientes restantes. CONCLUSÕES: Tubo gástrico isoperistáltico tem aceitável morbidade e mortalidade para a população em estudo, permitindo paliação da disfagia na maioria dos casos.