972 resultados para Amarelecimento fatal
Resumo:
O dendê possui grande importância econômica para o estado do Pará, no entanto, o Amarelecimento Fatal (AF) tem sido um grande obstáculo para a sua produção. Alguns elementos químicos foram testados, em pesquisas anteriores, para saber sua relação com o AF e as consequências da sua deficiência. A análise química por espectrometria de raios-x por dispersão de energia (EDS) é um recurso da microscopia de varredura (MEV) que permite fazer uma avaliação química da amostra. O presente trabalho teve como objetivo analisar semiquantitativamente os elementos químicos cálcio e silício, em quatro diferentes tecidos de raízes terciárias e quaternárias de Elaeis guineensis Jacq. (Dendezeiro) com grau zero (sem sintoma) e grau dez (com sintoma) de amarelecimento fatal (AF). Em plantas com sintomas de AF as médias percentuais para cálcio são de 0,731 a 4,453 e para silício 2,619 a 8,124 dentre os tecidos analisados, enquanto que em plantas sem sintomas as médias são de 0,712 a 5,313 e 2,963 a 7,494, para cálcio e silício, respectivamente. A diferença encontrada em relação as porcentagens dos elementos nos diferentes tecidos radiculares analisados, é maior do que entre os diferentes graus da doença, exceto para o aerênquima. Em relação ao acumulo de cálcio e silício nos tecidos, o comportamento das plantas com sintoma e sem sintoma é muito parecido. A presença de cálcio aumenta conforme se aproxima do cilindro vascular, ocorrendo o comportamento variado com o silício.
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Apesar da alta incidência de mortes de palma de óleo (Elaeis guineensis var. tenera acarretadas pelo Amarelecimento Fatal (AF), a causa inicial desta anomalia segue desconhecida ou controversa. Técnicas em proteômica vêem sofrendo adaptações para obter o perfil protéico qualitativo e quantitativo com maior velocidade e precisão, podendo contribuir para a obtenção de resultados mais convincentes na elucidação das possíveis causas desta doença. O objetivo deste trabalho foi identificar alterações no proteoma de palma de óleo afetada pelo AF por meio da cromatografia líquida bidimensional, acoplada a espectrometria de massas. O proteoma diferencial foi obtido a partir da comparação entre plantas com sintomas de AF com plantas assintomáticas. O presente trabalho revelou o acúmulo diferencial de proteínas em plantas com AF comparando com assintomática. Foi identificado um total de 417, Dessas, 127 e 162 proteínas tiveram regulação positiva e negativa, respectivamente, sendo que 29 foram exclusivas de plantas com sintomas e 77 de assintomáticas. Esta primeira análise proteômica em plantas acometidas pelo AF revelou proteínas diferencialmente abundantes comparando plantas nestas condições com plantas assintomáticas. Os resultados obtidos mostraram que as técnicas em proteômica utilizadas aqui devem contribuir para resultados mais convincentes na elucidação das possíveis causas desta doença em pesquisas futuras.
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A dendeicultura é uma cultura de grande importância sócio-econômica no Estado do Pará e tem alto potencial de crescimento no Brasil em decorrência de sua demanda de óleo, elevada produtividade e competitividade. A dendeicultura tem sido ameaçada pela ocorrência do amarelecimento fatal (AF), desordem de etiologia desconhecida que já devastou milhares de hectares de dendezeiro. Não existe fonte de resistência ao AF relatada no dendezeiro, mas sabe-se que o caiaué, espécie nativa da América, é resistente e transfere essa resistência aos híbridos interespecíficos F1 entre caiaué e dendezeiro (HIE OxG). O objetivo do estudo foi analisar o desenvolvimento vegetativo de uma população de HIE OxG, em área de ocorrência de AF. Esta população de HIE OxG apresentou desenvolvimento vegetativo compatíveis aos relatos bibliográficos de outras localidades. A característica agronômica vegetativa mais importante, crescimento em altura, nesta população de HIE OxG foi muito superior ao relatado para o dendezeiro.
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O aparecimento do Amarelecimento Fatal (AF) tem sido um empecilho para o crescimento da cultura do dendezeiro. Neste sentido, várias pesquisas foram realizadas visando identificar as causas do AF. No entanto outras estratégias precisam ser aplicadas. Técnicas em proteômica vêem se modernizando para obter o perfil protéico qualitativo e quantitativo com maior velocidade e precisão. Sabendo que a regulação de componentes do metabolismo primário está envolvida direta ou indiretamente na defesa, o objetivo deste trabalho foi utilizar a cromatografia líquida bidimensional e espectrometria de massas (2D-UPLC/MSE) com o auxílio de ferramentas de bioinformática na identificação de alterações de proteínas envolvidas no metabolismo energético em raízes de plantas com AF. Os resultados revelaram a expressão diferencial de proteínas envolvidas na glicólise, onde a maior frequência de regulação positiva dessas em plantas assintomáticas pode estar relacionada ao retardo no desenvolvimento desta doença.
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A hibridação interespecífica entre o caiaué (Elaeis oleífera (Kunth) Cortés) e o dendezeiro (E. guineensis Jacq.) tem sido explorada com o objetivo de desenvolver cultivares tão produtivas quanto as de dendezeiro, aliada à resistência a pragas e doenças, principalmente o amarelecimento fatal, elevada taxa de ácidos graxos insaturados e redução de porte características do caiaué. Por ser uma cultura perene com longo ciclo de produção, além dos altos custos para manutenção e avaliação dos experimentos de melhoramento genético, é necessário definir o período mínimo de avaliação para que a seleção dos híbridos seja realizada com eficiência e mínimo dispêndio de tempo e recursos. Este estudo teve como objetivo estimar os coeficientes de repetibilidade dos caracteres número de cachos, peso total de cachos e peso médio de cachos de híbridos interespecíficos e definir o número de anos consecutivos de avaliação necessário para seleção eficiente dos melhores cruzamentos e indivíduos. Os coeficientes de repetibilidade foram estimados pelos métodos da análise de variância, componentes principais com base na matriz de covariância (CPCV) e de correlações, e análise estrutural com base na matriz de correlações. O método dos CPCV demonstrou ser o mais adequado para o estudo da repetibilidade da produção de cachos, indicando quatro anos consecutivos de avaliação para selecionar progênies, representadas por dez plantas, com coeficientes de determinação (R²) superiores a 85%, e que para seleção individual de plantas são necessários pelo menos seis anos consecutivos de avaliação para atingir R² superior a 80%.
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O híbrido interespecífico BRS Manicoré resulta do cruzamento da palma de óleo (Elaeis guineensis Jacq) e caiaué (Elaeis oleifera (Kunth) Cortés ex Prain). É uma palmeira monóica resistente à síndrome do amarelecimento fatal, mas depende totalmente da polinização assistida. O objetivo deste trabalho foi avaliar a abundância de curculionídeos atraídos pelas inflorescências masculinas do HIE, nas estações seca e chuvosa, durante o ano de 2015, em plantio comercial no município de Moju (PA). Foram ensacadas 10 inflorescências (em pós-antese) para posterior coleta e triagem dos insetos em laboratório. egistraram-se quatro espécies de curculionídeos atraídos pelas flores: Elaeidobius subvittatus, E. singularis, E. kamerunicus e Metamasius hemipterus. Foram encontrados ao todo 1.237 espécimes de Curculionidae. Houve maior atratividade de curculionídeos no período de menor pluviosidade, com destaque para E. subvittatus, cuja presença nas inflorescências aumentou gradativamente de fevereiro para novembro, dominando em abundância e frequência relativa comparado às demais espécies. Corroborou-se a baixa atratividade de curculionídeos às inflorescências masculinas do HIE, em comparação com o dendê.
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A demanda mundial por óleo vegetal é crescente. O óleo de palma, extraído do fruto do dendezeiro ou palma de óleo (Elaeis guineensis Jacq.), é o óleo vegetal mais produzido no mundo. O dendezeiro é a cultura mais produtiva entre as oleaginosas. O Brasil, embora possua área plantada inexpressiva a nível mundial, possui a maior área com aptidão agrícola do mundo. A dendeicultura brasileira é ameaçada pela ocorrência do amarelecimento fatal (AF), desordem de etiologia desconhecida que já devastou milhares de hectares. Não existe fonte de resistência ao AF relatada no dendezeiro, mas o caiaué (E. oleifera (H.B.K) Cortés), espécie nativa da América, é resistente e transfere essa resistência aos híbridos interespecíficos entre caiaué e dendezeiro (HIE OxG). Este estudo possui a finalidade de avaliar a produção de cachos em uma população HIE OxG em área de ocorrência do AF. A pesquisa foi realizada com quarenta e duas progênies de HIE OxG, totalizando 2.496 plantas úteis, em área de 17,45 hectares, onde foram avaliadas características produtivas do terceiro (N3) ao oitavo (N8) ano de cultivo. O peso médio dos cachos teve aumento crescente, passando de 4,8 Kg no N3, para 13 Kg no N8. O número de cachos teve tendência de redução a partir do N4, passando de 22,2 cachos.planta-1.ano-1 para 12,0 cachos.planta-1.ano-1 no N8. A produção de cachos foi de 7.306 kg.ha-1 ano-1 no N3, atingindo o máximo de 26.792 kg.ha-1 ano-1 no N7. A produção do HIE OxG foi equivalente ou superior aos relatos de cultivares de dendezeiro.
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We report a case of a 67 year-old-male patient admitted to the intensive care unit in the post-coronary bypass surgery period who presented cardiogenic shock, acute renal failure and three episodes of sepsis, the latter with pulmonary distress at the 30th post-operative day. The patient expired within five days in spite of treatment with vancomycin, imipenem, colistimethate and amphotericin B. At autopsy severe adenovirus pneumonia was found. Viral pulmonary infections following cardiovascular surgery are uncommon. We highlight the importance of etiological diagnosis to a correct treatment approach.
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Background: Fatal asthma is characterised by enlargement of bronchial mucous glands and tenacious plugs of mucus in the airway lumen. Myoepithelial cells, located within the mucous glands, contain contractile proteins which provide structural support to mucous cells and actively facilitate glandular secretion. Objectives: To determine if myoepithelial cells are increased in the bronchial submucosal glands of patients with fatal asthma. Methods: Autopsied lungs from 12 patients with fatal asthma (FA), 12 patients with asthma dying of non-respiratory causes (NFA) and 12 non-asthma control cases (NAC) were obtained through the Prairie Provinces Asthma Study. Transverse sections of segmental bronchi from three lobes were stained for mucus and smooth muscle actin and the area fractions of mucous plugs, mucous glands and myoepithelial cells determined by point counting. The fine structure of the myoepithelial cells was examined by electron microscopy. Results: FA was characterised by significant increases in mucous gland (p = 0.003), mucous plug (p = 0.004) and myoepithelial cell areas (p = 0.017) compared with NAC. When the ratio of myoepithelial cell area to total gland area was examined, there was a disproportionate and significant increase in FA compared with NAC (p = 0.014). Electron microscopy of FA cases revealed hypertrophy of the myoepithelial cells with increased intracellular myofilaments. The NFA group showed changes in these features that were intermediate between the FA and NAC groups but the differences were not significant. Conclusions: Bronchial mucous glands and mucous gland myoepithelial cell smooth muscle actin are increased in fatal asthma and may contribute to asphyxia due to mucous plugging.
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In order to determine the role played by heroin purity in fatal heroin overdoses, time series analyses were conducted on the purity of street heroin seizures in south western Sydney and overdose fatalities in that region. A total of 322 heroin samples were analysed in fortnightly periods between February 1993 to January 1995. A total of 61 overdose deaths occurred in the region in the study period. Cross correlation plots revealed a significant correlation of 0.57 at time lag zero between mean purity of heroin samples per fortnight and number of overdose fatalities. Similarly, there was a significant correlation of 0.50 at time lag zero between the highest heroin purity per fortnight and number of overdose fatalities. The correlation between range of heroin purity and number of deaths per fortnight was 0.40. A simultaneous multiple regression on scores adjusted for first order correlation indicated both the mean level of heroin purity and the range of heroin purity were independent predictors of the number of deaths per fortnight. The results indicate that the occurrence of overdose fatalities was moderately associated with both the average heroin purity and the range of heroin purity over the study period. (C) 1999 Elsevier Science Ireland Ltd. All rights reserved.
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Aims To compare heroin and other opiate use of heroin overdose fatalities, current street heroin users and drug-free therapeutic community clients. Design Hair morphine concentrations that assess heroin use and other opiate use in the 2 months preceding interview or death were compared between heroin overdose fatalities diagnosed by forensic pathologists (fOD) (n = 42), current street heroin users (CU) (n = 100) and presumably abstinent heroin users in a drug-free therapeutic community (TC) (n = 50). Setting Sydney, Australia. Findings The mean age and gender breakdown of the three samples were 32.3 years, 83% male (FOD), 28.7 years, 58% male (CU) and 28.6 years, 60% male (TC). The median blood morphine concentration among the FOD cases was 0.35 mg/l, and 82% also had other drugs detected. There were large differences between the three groups in hair morphine concentrations, with the CU group (2.10 ng/mg) having concentration approximately four times that of the FOD group (0.53 ng/mg), which in turn had a concentration approximately six times that of the TC group (0.09 ng/mg). There were no significant differences between males and females in hair concentrations within any of the groups. Hair morphine concentrations were correlated significantly with blood morphine concentrations among FOD cases (r = 0.54), and self-reported heroin use among living participants (r = 0.57). Conclusions The results indicate that fatal cases had a lower degree of chronic opiate intake than the active street users, but they were not abstinent during this period.
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Background: Cohort studies have shown that smoking has a substantial influence on coronary heart disease mortality in young people. Population based data on non-fatal events have been sparse, however. Objective: To study the impact of smoking on the risk of non-fatal acute myocardial infarction (MI) in young middle age people. Methods: From 1985 to 1994 all non-fatal MI events in the age group 35 - 64 were registered in men and women in the WHO MONICA ( multinational monitoring of trends and determinants in cardiovascular disease) project populations ( 18 762 events in men and 4047 in women from 32 populations from 21 countries). In the same populations and age groups 65 741 men and 66 717 women participated in the surveys of risk factors ( overall response rate 72%). The relative risk of non-fatal MI for current smokers was compared with non-smokers, by sex and five year age group. Results: The prevalence of smoking in people aged 35 - 39 years who experienced non-fatal MI events was 81% in men and 77% in women. It declined with increasing age to 45% in men aged 60 - 64 years and 36% in women, respectively. In the 35 - 39 years age group the relative risk of non-fatal MI for smokers was 4.9 (95% confidence interval (CI) 3.9 to 6.1) in men and 5.3 ( 95% CI 3.2 to 8.7) in women, and the population attributable fractions were 65% and 55%, respectively. Conclusions: During the study period more than half of the non-fatal MIs occurring in young middle age people can be attributed to smoking.
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The authors describe herein the sixth lupus case that evolved with rhabdomyolysis. A 36-year-old woman with systemic lupus erythematosus was admitted to our hospital with malaise, myalgia, dysphagia, fever, preserved muscle strength, leukocytosis (15,600 cells), and increased creatine kinase of 1,358 IU/L that reached 75,000 IU/L in few days. She denied the use of myotoxic drugs and alcohol. Urine 1 showed false positive for hemoglobinuria (myoglobin) without erythrocytes in the sediment, confirming the diagnosis of rhabdomyolysis. Secondary causes were excluded. She was treated with hyperhydration and alkalinization of urine. Despite treatment, the patient developed pulmonary congestion and she died. The authors also review in this article rhabdomyolysis in patients with systemic lupus erythematosus.
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Paracoccidioidomycosis is a systemic mycosis that is usually acquired early in life by inhalation of conidia which convert in the lungs into yeast forms; these in turn trigger an inflammatory process. This mycosis may appear as an acute/subacute form or a chronic, adult form. Acute/subacute presentations can be observed in children and young adults, with the reticuloendothelial system frequently involved but the lungs are usually spared or present with mild clinical or radiological alterations. Acute respiratory distress syndrome (ARDS), an extensive dysfunction of the lungs alveolar-capillary barrier has occasionally been observed in other endemic mycoses such as coccidioidomycosis, cryptococcosis, histoplasmosis and blastomycosis. We describe the first patient with acute paracoccidioidomycosis who developed fatal ARDS accompanied by multiple organ injuries. The basis of the rarity of this entity in patients with paracoccidioidomycosis, as well as the reasons that may have lead to the development of ARDS in this patient are discussed.