77 resultados para Alouatta clamitans
Resumo:
Alouatta clamitans é uma espécie endêmica da Mata Atlântica, bioma que vem sendo continuamente reduzido, o que torna de extrema urgência o conhecimento sobre a espécie. No Estado do Rio de Janeiro, sua área de ocorrência abrange a região da Ilha Grande, município de Angra dos Reis. A Ilha Grande possui uma extensa área de preservação, o Parque Estadual da Ilha Grande, que atua na conservação de cerca de 62,5% da sua extensão. O isolamento das espécies em ilhas pode provocar o desenvolvimento de características morfológicas e comportamentais diferentes das espécies do continente. No entanto, não existem trabalhos sistematizados sobre a ecologia e o comportamento da espécie no local. Este estudo objetivou analisar aspectos do comportamento de Alouatta clamitans na Ilha Grande, contribuindo para uma melhor compreensão sobre a biologia da espécie. Durante nove meses foram registrados dados de composição social e comportamento de grupos da espécie através da amostragem por varredura instantânea e todas as ocorrências. Observou-se que o tamanho médio dos grupos foi de cinco indivíduos e a composição social por grupo foi representada por um a dois machos adultos, uma a três fêmeas adultas e imaturos de diferentes classes etárias, com predominância de grupos unimacho. Em média, os grupos eram compostos por 22% de machos adultos, 38% de fêmeas adultas, 4% de machos subadultos, 27% de juvenis e 9% de infantes. O comportamento mais observado foi o repouso (45,2%), seguido da alimentação (28%), movimentação (21,7%) e comportamento social (5,1%), e dentre os comportamentos sociais, o mais exibido foi a vocalização (45,8%), seguido dos comportamentos de catação (33,7%), agonístico (7,9%), brincadeira (5,8%), marcação (4,2%) e comportamento sexual (2,6%). Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nestas atividades entre os períodos seco e chuvoso. As vocalizações foram predominantemente emitidas por machos e adultos e estiveram relacionadas ao encontro de grupos. O comportamento de catação teve as fêmeas adultas como principais iniciadoras e os machos adultos, principais receptores, sendo realizado durante o comportamento de repouso, após a cópula, após e durante encontro de grupos e após perseguições. Os comportamentos agonísticos tiveram relação com o encontro de grupos em 40% dos registros e em 33,3% destes ocorreu entre fêmeas e pareceu estar associado à disputa por alimento e espaço, mas não houve registros de agressão física. O comportamento de marcação envolveu a utilização da garganta e das costas e esteve relacionado com encontros inter-grupais e com a ocorrência de chuvas. Cinco cópulas foram registradas no período de estudo nos meses de setembro, outubro e fevereiro e tiveram duração menor que um minuto. Nos encontros com primatas de outras espécies, os bugios pareceram neutros em relação aos estímulos. Os dados obtidos sobre a composição dos grupos, padrão de atividades e comportamentos sociais observados na Ilha Grande, de maneira geral, mostraram-se semelhantes aos resultados obtidos em outros trabalhos sobre a espécie e o gênero, de maneira que podemos concluir que os grupos, mesmo residentes em ilha, não demonstraram modificações comportamentais significativas que possam diferenciar-lhes de populações estudadas no continente.
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Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar o protocolo de contenção química com cetamina S(+) e midazolam em bugios-ruivos, comparando o cálculo de doses pelo método convencional e o método de extrapolação alométrica. Foram utilizados 12 macacos bugios (Alouatta guariba clamitans) hígidos, com peso médio de 4,84±0,97kg, de ambos os sexos. Após jejum alimentar de 12 horas e hídrico de seis horas, realizou-se contenção física manual e aferiram-se os seguintes parâmetros: frequência cardíaca (FC), frequência respiratória (f), tempo de preenchimento capilar (TPC), temperatura retal (TR), pressão arterial sistólica não invasiva (PANI) e valores de hemogasometria arterial. Posteriormente, os animais foram alocados em dois grupos: GC (Grupo Convencional, n=06), os quais receberam cetamina S(+) (5mg kg-1) e midazolam (0,5mg kg-1), pela via intramuscular, com doses calculadas pelo método convencional; e GA (Grupo Alometria, n=06), os quais receberam o mesmo protocolo, pela mesma via, utilizando-se as doses calculadas pelo método de extrapolação alométrica. Os parâmetros descritos foram mensurados novamente nos seguintes momentos: M5, M10, M20 e M30 (cinco, 10, 20 e 30 minutos após a administração dos fármacos, respectivamente). Também foram avaliados: qualidade de miorrelaxamento, reflexo podal e caudal, pinçamento interdigital, tempo para indução de decúbito, tempo hábil de sedação, qualidade de sedação, e tempo e qualidade de recuperação. O GA apresentou menor tempo para indução ao decúbito, maior grau e tempo de sedação, bem como redução significativa da FC e PANI de M5 até M30, quando comparado ao GC. Conclui-se que o grupo no qual o cálculo de dose foi realizado por meio da alometria (GA) apresentou melhor grau de relaxamento muscular e sedação, sem produzir depressão cardiorrespiratória significativa.
Resumo:
Os cariótipos referentes a quatro machos de Alouatta fusca clamitans oriundos do Rio de Janeiro foram analisados através de técnicas de bandamento G, C e NOR. O número diplóide em todos os espécimes foi igual a 49, com a presença de três cromossomos não pareados. A comparação dos padrões de bandamento G com espécimes previamente descritos com 2n = 50 revelou a ocorrência de uma translocação do tipo Y-autossomo, modificando o sistema cromossômico de determinação sexual para o tipo múltiplo, X1X2Y/X1X1 X2X2. Os blocos de heterocromatina constitutiva se distribuíram na região pericentromérica de todos os cromossomos; segmentos intercalares e teloméricos foram visualizados em um par acrocêntrico e em outro submetacêntrico, respectivamente. As regiões organizadoras de nucléolo se localizaram no braço longo de dois pares de pequenos acrocêntricos.
Resumo:
Pós-graduação em Medicina Veterinária - FMVZ
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
Pós-graduação em Biotecnologia Animal - FMVZ
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Pós-graduação em Biotecnologia Animal - FMVZ
Resumo:
There are two major theories that attempt to explain hand preference in non-human primates-the `task complexity' theory and the `postural origins' theory. In the present study, we proposed a third hypothesis to explain the evolutionary origin of hand preference in non-human primates, stating that it could have evolved owing to structural and functional adaptations to feeding, which we refer to as the `niche structure' hypothesis. We attempted to explore this hypothesis by comparing hand preference across species that differ in the feeding ecology and niche structure: red howler monkeys, Alouatta seniculus and yellow-breasted capuchin monkeys, Sapajus xanthosternos. The red howler monkeys used the mouth to obtain food more frequently than the yellow-breasted capuchin monkeys. The red howler monkeys almost never reached for food presented on the opposite side of a wire mesh or inside a portable container, whereas the yellow-breasted capuchin monkeys reached for food presented in all four spatial arrangements (scattered, on the opposite side of a wire mesh, inside a suspended container, and inside a portable container). In contrast to the red howler monkeys that almost never acquired bipedal and clinging posture, the yellow-breasted capuchin monkeys acquired all five body postures (sitting, bipedal, tripedal, clinging, and hanging). Although there was no difference between the proportion of the red howler monkeys and the yellow-breasted capuchin monkeys that preferentially used one hand, the yellow-breasted capuchin monkeys exhibited an overall weaker hand preference than the red howler monkeys. Differences in hand preference diminished with the increasing complexity of the reaching-for-food tasks, i.e., the relatively more complex tasks were perceived as equally complex by both the red howler monkeys and the yellow-breasted capuchin monkeys. These findings suggest that species-specific differences in feeding ecology and niche structure can influence the perception of the complexity of the task and, consequently, hand preference.
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Paleoprimatologists depend on relationships between form and function of teeth to reconstruct the diets of fossil species. Most of this work has been limited to studies of unworn teeth. A new approach, dental topographic analysis, allows the characterization and comparison of worn primate teeth. Variably worn museum specimens have been used to construct species-specific wear sequences so that measurements can be compared by wear stage among taxa with known differences in diet. This assumes that individuals in a species tend to wear their molar teeth in similar ways, a supposition that has yet to be tested. Here we evaluate this assumption with a longitudinal study of changes in tooth form over time in primates. Fourteen individual mantled howling monkeys (Alouatta palliata) were captured and then recaptured after 2, 4, and 7 years when possible at Hacienda La Pacifica in Costa Rica between 1989-1999. Dental impressions were taken each time, and molar casts were produced and analyzed using dental topographic analysis. Results showed consistent decreases in crown slope and occlusal relief. In contrast, crown angularity, a measure of surface jaggedness, remained fairly constant except with extreme wear. There were no evident differences between specimens collected in different microhabitats. These results suggest that different individual mantled howling monkeys wear their teeth down in similar ways, evidently following a species-specific wear sequence. Dental topographic analysis may therefore be used to compare morphology among similarly worn individuals from different species.
Resumo:
Despite occasional trips to the ground and feeding in trees whose canopies touched the river, mantled howling monkeys were never seen to drink from any ground water. Drinking from arboreal cisterns was observed, but only during the wet season (meteorologically the less stressful season but phenologically the more stressful season). The lack of sufficient new leaves during the wet season forced the howlers to ingest more mature leaves which contained significantly less water. To compensate for the lowered amount of water in their food, the monkeys utilized arboreal water cisterns. The cisterns dried up during the dry season, but the howlers maintained their water balance by altering their time of actiivity and selecting a diet comprised largely of succulent new leaves. The effect of plant-produced secondary compounds on drinking also was discussed.
Resumo:
1. Plasma lipids and lipoproteins of free-ranging howling monkeys from Costa Rica (Alouatta palliata), aged 5 months to 23 years, were characterized. 2. High density lipoproteins were lipid-rich, similar to HDL2 of human plasma. 3. Fatty acid compositions of major lipid classes of very low, low and high density lipoproteins differed among social groups, possibly due to both dietary and genetic factors. 4. Low and high density lipoprotein phospholipids were enriched in phosphatidylethanolamine. 5. Howler plasma cross reacted with antihuman apoA-I antibodies but not with antihuman LDL antibodies. 6. No dimeric form of apoA-II was present, unlike human apoA-II.