5 resultados para Acrostichum


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As matas inundáveis e brejos presentes nas restingas desencadeiam uma série de processos que influenciam as características físico-químicas e biológicas do solo, levando as plantas a apresentarem mecanismos de aclimatação ou adaptação ao estresse da inundação, como alterações morfológicas e fisiológicas de forma a minimizar os efeitos da falta de oxigênio. Dentre as espécies vegetais de samambaias ocorrentes em ambientes inundáveis nas restingas, se destacam três espécies: Acrostichum danaeifolium Langsd. & Fisch., Blechnum serrulatum Rich. e Thelypteris interrupta (Willd.) K.Iwats. O objetivo deste trabalho é caracterizar os aspectos ecofisiológicos que os esporófitos dessas samambaias apresentam para sobreviver em ambientes de inundação na restinga de Maricá, estado do Rio de Janeiro. Neste sentido, foi determinada a caracterização física e química dos sítios de ocorrências destas samambaias, as variações foliares entre elas, espessura, densidade, massa por unidade de folha, teor de clorofilas e atributos quantitativos das células epidérmicas, além da quantificação e determinação à distribuição dos carboidratos. Para as variáveis dos vegetais foram feitas coletas na estação chuvosa e seca e para variáveis do solo na estação seca. Os sítios analisados se mostraram extremamente ácidos, de baixa fertilidade e com toxidez por macro e micro nutrientes, indicando que as samambaias apresentam tolerância a estes fatores. Na época chuvosa (inundação), as samambaias apresentaram queda na densidade foliar, acompanhada de um aumento de massa por unidade de folha. Esta habilidade de conseguir ganhar massa seca por área classifica todas as samambaias analisadas como tolerantes à inundação. Os altos valores de carboidratos solúveis nas folhas indicam aumento da degradação do amido foliar e o menor teor de carboidrato solúvel encontrado nos caules explicita a redução na respiração das raízes destas plantas sob anoxia/ hipoxia, para evitar a oxidação e o incremento do estoque de amido de reserva, elucidando estratégia de tolerância à inundação. A menor disponibilidade de água na estação seca afeta diretamente os atributos foliares diminuindo o índice estomático, a suculência e a massa por unidade de folha, no qual reflete na queda das concentrações de clorofilas. Os menores valores nas concentrações de clorofila têm influencia direta na presença de amidos foliar que são estocado e, alterando toda a dinâmica dos carboidratos nestas espécies. A análise do sítio onde cresce Acrostichum danaeifolium indica níveis críticos de Na no solo e provavelmente, a produção de mucilagem no caule e no pecíolo é uma estratégia de tolerância ao ambiente salino e inundado. O elevado índice de cobertura de Blechnum serrulatum em ambientes inundados indica que esta espécie possui adaptações a solos hidromórficos, entre elas, grande capacidade de estocagem de amido no caule. A maior sinuosidade das células epidérmicas em T. interrupta permite uma alta suculência mantendo o status hidrológico da folha em ambas as estações. Os resultados apresentados, além de agregar informações sobre a biologia das samambaias nos neotrópicos, irão contribuir para a compreensão da dinâmica de ocupação de espécies herbáceas em ambientes alagáveis nas restingas brasileiras

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A sedimentological and palynological study of three sediment cores from the northern Mekong River Delta shows the regional sedimentary and environmental development since the mid-Holocene sea level highstand. A sub- to intertidal flat deposit of mid-Holocene age is recorded in the northernmost core. Shoreline deposits in all three cores show descending ages from N to S documenting 1) the early stages of the late Holocene regression and 2) the subsequent delta progradation. The delta plain successions vary from floodplain deposits with swamp-like elements to natural levee sediments. The uppermost sediments in all cores show human disturbance to varying degrees. The most intense alteration is recorded in the northernmost core where the palynological signal together with a charcoal peak indicates the profound change of the environment during the modern land reclamation. The sediments from at least one of the three presented cores do not show a "true" delta facies succession, but rather estuary-like features, as also observed in records from southern Cambodia. This absence is probably due to lack of accommodation space during the initial phase of rapid delta progradation which impeded the development of "true" delta successions as shown in cores from the southern Mekong River Delta.

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Three radiocarbon-dated sediment cores from the northeastern Vietnamese Mekong River Delta have been analysed with a multiproxy approach (grain size, pollen and spores, macro-charcoal, carbon content) to unravel the palaeoenvironmental history of the region since the mid Holocene. During the mid-Holocene sea-level highstand a diverse, zoned and widespread mangrove belt (dominated by Rhizophora) covered the extended tidal flats. The subsequent regression and coeval delta progradation led to the rapid development of a back-mangrove community dominated by Ceriops and Bruguiera but also represented locally by e.g. Kandelia, Excoecaria and Phoenix. Along rivers this community seems to have endured even when the adjoining floodplain had already shifted to freshwater vegetation. Generally this freshwater vegetation has a strong swamp signature but locally Arecaceae, Fabaceae, Moraceae/Urticaceae and Myrsinaceae are important and mirror the geomorphological diversity of the delta plain. The macro-charcoal record implies that natural burning of vegetation occurred throughout the records, however, the occurrence of the highest amounts of macro-charcoal particles is linked with modern human activity.