995 resultados para 250-125 µm
Resumo:
O estudo de plantas medicinais possibilita a descoberta de novos compostos bioativos na procura de drogas promissoras. O aumento de infecções e o aparecimento da resistência microbiana reforçam essa pesquisa. O objetivo do trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana de extratos de seis espécies de plantas medicinais que ocorrem na Amazônia: Psidium guajava (goiabeira), Bryophyllum calycinum Salisb (pirarucu), Eleutherine plicata Herb (marupazinho), Uncaria guianensis (unha-de-gato), Arrabideae chica (pariri) e Mansoa alliacea (Lam.) A.H. Gentry (cipó d'alho) frente a cepas ATCC de bactérias e fungos. A coleta e a identificação das plantas foram realizadas na EMBRAPA/CPATU e a análise fitoquímica no Laboratório de Fitoquímica da FACFAR/UFPA e CESUPA obedecendo às metodologias estabelecidas nestes laboratórios. Os extratos etanólicos seco das folhas frescas das plantas e bulbo do marupazinho foram submetidos à avaliação da atividade antimicrobiana pelo método de disco difusão em ágar e determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) através do método de microdiluição em placas e disco difusão em ágar. Os extratos foram utilizados em concentrações de 500, 250, 125, 62,5 e 31,25 mg/mL utilizando como solvente o Dimetil-Sulfóxido (DMSO). O extrato de goiabeira teve atividade frente a S. aureus, P. aeruginosa e C. albicans (CIM125mg\mL), o de pirarucu frente a S. aureus (CIM= 500 mg/mL) e P. aeruginosa (CIM= 250 mg/mL), o de marupazinho para S. aureus (CIM= 500mg/mL) e C. albicans (CIM= 250mg/mL), o de unha-de-gato contra S. aureus (CIM= 62,5 mg/mL) e o de pariri inibiu S. aureus (62,5 mg/mL), E. coli (250 mg/mL) e C. albicans (500 mg/mL). O fracionamento do EEB de U. guianensis através da técnica de dissolução fracionada demonstrou que a fração metanólica teve ação antimicrobiana. Os resultados comprovaram que estas plantas possuem atividade antimicrobiana. Estes extratos abrem uma possibilidade de descobertas de novos compostos antimicrobianos clinicamente efetivos.
Resumo:
A obtenção e a avaliação da formulação fitoterápica foi traçada através de parâmetros de controle de qualidade realizando-se a caracterização físico-química da matéria-prima vegetal desidratada e triturada, do seu derivado (extrato liofilizado da tintura hidroalcóolica) e da formulação semi-sólida fitoterápica antimicrobiana contendo a tintura das folhas de Vismia guianensis (Aubl) Choisy. Para tais caracterizações utilizaram-se os parâmetros específicos para as drogas vegetais contidos na Farmacopéia Brasileira 4. Ed., a análise térmica: termogravimetria, análise térmica diferencial e calorimetria exploratória diferencial e a espectroscopia na região do infravermelho e do ultravioleta. A avaliação da atividade antimicrobiana pelo método de difusão em disco em meio sólido identificou a sensibilidade de S. aureus (ATCC 25923) ao extrato seco da tintura dissolvido em DMSO, nas concentrações de 500, 250, 125 e 62,5 mg/mL. A CLAE traçou o perfil de composição das sub-frações A e B provenientes da fração acetato de etila da tintura e evidenciou o alcance máximo de absorção em 290 nm para a fração acetato de etila semelhante ao alcance máximo da emodia, sendo essa então utilizada como padrão de referência e marcador externo. A validação do método foi realizada através da espectrofotometria no ultravioleta, demonstrando ser um método seletivo, linear, repetitivo e robusto. A análise térmica evidenciou possíveis incompatibilidades existentes entre a mistura binária do extrato liofilizado da tintura com a hidroxietilcelulose e o propilenoglicol; obtendo-se então um gel com características não homogêneas devido à precipitação de proteínas, ocorrida pela interação polifenol-protéina. A avaliação da estabilidade preliminar da formulação permaneceu dentro dos parâmetros, apresentando resultados dentro dos limites aceitáveis para os testes de centrifugação, estresse térmico e características organolépticas.
Resumo:
O controle de micro-organismos infecciosos multirresistentes às vezes é ineficaz mesmo com o desenvolvimento de novos antibióticos. Diversos extratos de plantas medicinais têm efeitos antimicrobianos o que pode representar uma alternativa terapêutica para doenças infecciosas, principalmente quando associados aos antibióticos de uso clínico. O objetivo do trabalho foi avaliar a atividade antibacteriana de plantas medicinais sobre bactérias multirresistentes e os efeitos de sua interação com drogas antimicrobianas. Foi determinada a atividade antibacteriana de extratos e frações das plantas Eleutherine plicata (marupazinho), Geissospermum vellosii (pau-pereira) e Portulaca pilosa (amor-crescido) frente a isolados de Staphylococcus aureus Oxacilina Resistente (ORSA) e de Pseudomonas aeruginosa multirresistente, provenientes de processos clínicos humanos, assim como a interação destes produtos vegetais com drogas antimicrobianas de uso clínico. A atividade antibacteriana foi determinada pelo método de disco difusão em ágar Muller Hinton e a Concentração Inibitória Mínima (CIM) pela técnica de microdiluição em placas utilizando caldo Muller Hinton como meio de cultura e resazurina a 0,01% como revelador de crescimento bacteriano. Os extratos e frações foram testados nas concentrações de 500, 250, 125, 62,5, 31,2 e 16,2 μg/mL dissolvidos em DMSO a 10%. As plantas E. plicata e G. vellosii demonstraram atividade contra os isolados ORSA com CIM de 125 μg/mL, enquanto que P. pilosa teve ação sobre os isolados de P. aeruginosa multirresistentes com CIM de 250 μg/mL. Ocorreram 25% de sinergismo e apenas 5% de antagonismo entre as 120 interações de produtos vegetais e drogas antimicrobianas testadas. Frente aos isolados ORSA houve sinergismo com as drogas ciprofloxacina, clindamicina e vancomicina tanto com os derivados de E. plicata como os de G. vellosii. Os produtos de P. pilosa potencializaram a ação das drogas aztreonam, cefepime e piperacilina+tazobactam frente aos isolados de P. aeruginosa multirresistentes. Os resultados comprovaram o potencial das plantas E. plicata, G. vellosii e P. pilosa no controle de infecções bacterianas envolvendo fenótipos multidrogas resistentes (MDR) e que a sua interação com drogas antibacterianas pode representar uma nova alternativa na terapia destas infecções.
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A mucosite oral é a complicação oral mais freqüente nos pacientes sob quimioterapia e/ou radioterapia. Vários microrganismos podem estar presentes nesta lesão o que dificulta o seu tratamento. A propriedade antimicrobiana de plantas tem sido estudada com o intuito de confirmar cientificamente sua ação, e o possível potencial no controle de doenças infecciosas, principalmente devido ao aumento de microrganismos resistentes aos antimicrobianos conhecidos. O estudo teve por objetivo observar a ação inibidora de extratos das plantas Arrabidaea chica, Bryophyllum calycinum, Mansoa alliacea, Azadirachta indica, Senna alata, Vatairea guianensis, Vismia guianensis, Ananas erectifolius, Psidium guajava, Euterpe oleracea e Symphonia globulifera sobre cepas de microrganismos frequentemente envolvidos em lesões de mucosite oral, tais como, Streptococcus mitis (ATCC 903), Streptococcus sanguis (ATCC 10557), Streptococcus mutans (ATCC 25175), Staphylococcus aureus (ATCC 6538), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 9027), Candida albicans (ATCC 40175), Candida krusei (ATCC 40147) e Candida parapsilosis (ATCC 40038). A avaliação da atividade antimicrobiana e a determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) foram realizadas através do método de disco-difusão em meio sólido. Os extratos brutos das plantas foram testados nas concentrações de 500, 250, 125, 62,50, 31,25 e 15,62 mg/ml utilizando como solvente o Dimetil-Sulfóxido (DMSO). Os extratos de anani e de pirarucu foram os que apresentaram maior espectro de ação, inibindo o crescimento de sete microrganismos dentre os oito testados. As menores CIM foram obtidas com os extratos de anani, lacre e mata pasto. O extrato de anani foi o mais ativo tendo demonstrado boa atividade antimicrobiana (CIM abaixo de 100 mg/mL) contra sete microrganismos (S. aureus, C. albicans, C. krusei, C. parapsilosis, S. mitis. S. sanguis e S. mutans, sendo inativo apenas para P. aeruginosa). O extrato de lacre demonstrou boa atividade frente a cinco microrganismos. Mata pasto teve boa atividade contra S. aureus, S. mitis e C. albicans. P. aeruginosa foi o microrganismo mais resistente sendo suscetível apenas para os extratos de pariri e pirarucu. Dentre os extratos avaliados, apenas o curauá não apresentou atividade sobre nenhum dos microrganismos testados. Os resultados obtidos demonstraram a capacidade antimicrobiana dos produtos vegetais testados. Entretanto, estudos futuros são necessários para esclarecer os seus mecanismos de ações e as possíveis interações com as drogas antimicrobianas, visando seu aproveitamento na terapêutica de doenças infecciosas.
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This study presents the results of high-resolution sedimentological and clay mineralogical investigations on sediments from ODP Sites 908A and 909AlC located in the central Fram Strait. The objective was to reconstruct the paleoclimate and paleoceanography of the high northern latitudes since the middle Miocene. The sediments are characterised in particular by a distinctive input of ice-rafted material, which most probably occurs since 6 Ma and very likely since 15 Ma. A change in the source area at 1 1.2 Ma is clearly marked by variations within clay mineral composition and increasing accumulation rates. This is interpreted as a result of an increase in water mass exchange through the Fram Strait. A further period of increasing exchange between 4-3 Ma is identified by granulometric investigations and points to a synchronous intensification of deep water production in the North Atlantic during this time interval. A comparison of the components of coarse and clay fraction clearly shows that both are not delivered by the Same transport process. The input of the clay fraction can be related to transport mechanisms through sea ice and glaciers and very likely also through oceanic currents. A reconstruction of source areas for clay minerals is possible only with some restrictions. High smectite contents in middle and late Miocene sediments indicate a background signal produced by soil formation together with sediment input, possibly originating from the Greenland- Scotland Ridge. The applicability of clay mineral distribution as a climate proxy for the high northern latitudes can be confirmed. Based on a comparison of sediments from Site 909C, characterised by the smectite/illite and chlorite ratio, with regional and global climatic records (oxygen isotopes), a middle Miocene cooling phase between 14.8-14.6 Ma can be proposed. A further cooling phase between 10-9 Ma clearly shows similarities in its Progress toward drastic decrease in carbonate sedimentation and preservation in the eastern equatorial Pacific. The modification in sea water and atmosphere chemistry may represent a possible link due to the built-up of equatorial carbonate platforms. Between 4.8-4.6 Ma clay mineral distribution indicates a distinct cooling trend in the Fram Strait region. This is not accompanied by relevant glaciation, which would otherwise be indicated by the coarse fraction. The intensification of glaciation in the northern hemisphere is distinctly documented by a rapid increase of illite and chlorite starting from 3.3 Ma, which corresponds to oxygen isotope data trends from North Atlantic.
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This paper presents data on geographic and geologic conditions of modern sedimentation in the Lake Untersee, the largest lake in the East Antarctica. Geochemical and sedimentation data indicate that the leading mechanism supplying aluminosilicate sedimentary material to the surface layer of bottom sediments is seasonal melting of the Anuchin glacier and the mountain glacier on the southeastern part of the valley hosting the lake. Strongly reduced conditions in the lowermost 25 m of the water column in the smaller of two depressions of the lake bottom were favorable for enrichment of the bottom sediments in bacteriogenic organic matter, Mo, Au, and Pd. H2S-contaminated water results to significant enrichment of the sediments only in redox-sensitive elements that are able to migrate in anionic complexes and precipitate (co-precipitate) as sulfides.
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Drilling was undertaken at five sites (739-743) on ODP Leg 119 on a transect across the continental shelf of Prydz Bay, East Antarctica, to elucidate the long-term glacial history of the area and to examine the importance of the area with respect to the development of the East Antarctic ice sheet as a whole. In addition to providing a record of glaciation spanning 36 m.y. or more, Leg 119 has provided information concerning the development of a continental margin under the prolonged influence of a major ice sheet. This has allowed the development of a sedimentary model that may be applicable not only to other parts of the Antarctic continental margin, but also to northern high-latitude continental shelves. The cored glacial sedimentary record in Prydz Bay consists of three major sequences, dominated by diamictite: 1. An upper flat-lying sequence that ranges in thickness from a few meters in inner and western Prydz Bay to nearly 250 m in the outer or eastern parts of the bay. The uppermost few meters consist of Holocene diatom ooze and diatomaceous mud with a minor ice-rafted component overlying diamicton and diamictite of late Miocene to Quaternary age. The diamictite is mainly massive, but stratified varieties and minor mudstone and diatomite also occur. 2. An upper prograding sequence cored at Sites 739 and 743, unconformly below the flat-lying sequence. This consists of a relatively steep (4° inclination) prograding wedge with a number of discrete sedimentary packages. At Sites 739 and 743 the sequence is dominated by massive and stratified diamictite, some of which shows evidence of slumping and minor debris flowage. 3. A lower, more gently inclined, prograding sequence lies unconformably below the flat-lying sequence at Site 742 and the upper prograding sequence at Site 739. This extends to the base of both sites, to 316 and 487 mbsf, respectively. It is dominated by massive, relatively clast-poor diamictite which is kaolinite-rich, light in color, and contains sporadic carbonate-cemented layers. The lower part of Site 742 includes well-stratified diamictites and very poorly sorted mudstones. The base of this site has indications of large-scale soft-sediment deformation and probably represents proximity to the base of the glacial sequence. Facies analysis of the Prydz Bay glacial sequence indicates a range of depositional environments. Massive diamictite is interpreted largely as waterlain till, deposited close to the grounding line of a floating glacier margin, although basal till and debris flow facies are also present. Weakly stratified diamictite is interpreted as having formed close to or under the floating ice margin and influenced by the input of marine diatomaceous sediment (proximal glaciomarine setting). Well-stratified diamictite has a stronger marine input, being more diatom-rich, and probably represents a proximal-distal glaciomarine sediment with the glaciogenic component being supplied by icebergs. Other facies include a variety of mudstones and diatom-rich sediments of marine origin, in which an ice-rafted component is still significant. None of the recovered sediments are devoid of a glacial influence. The overall depositional setting of the prograding sequence is one in which the grounded ice margin is situated close to the shelf edge. Progradation was achieved primarily by deposition of waterlain till. The flat-lying sequence illustrates a complex sequence of advances and retreats across the outer part of the shelf, with intermittent phases of ice loading and erosion. The glacial chronology is based largely on diatom stratigraphy, which has limited resolution. It appears that ice reached the paleoshelf break by earliest Oligocene, suggesting full-scale development of the East Antarctic ice sheet by that time. The ice sheet probably dominated the continental margin for much of Oligocene to middle Miocene time. Retreat, but not total withdrawal of the ice sheet, took place in late Miocene to mid-Pliocene time. The late Pliocene to Pleistocene was characterized by further advances across, and progradation of, the continental shelf. Holocene time has been characterized by reduced glacial conditions and a limited influence of glacial processes on sedimentation.
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Ever since its discovery, Eocene Thermal Maximum 2 (ETM2; ~53.7 Ma) has been considered as one of the "little brothers" of the Paleocene-Eocene Thermal Maximum (PETM; ~56 Ma) as it displays similar characteristics including abrupt warming, ocean acidification, and biotic shifts. One of the remaining key questions is what effect these lesser climate perturbations had on ocean circulation and ventilation and, ultimately, biotic disruptions. Here we characterize ETM2 sections of the NE Atlantic (Deep Sea Drilling Project Sites 401 and 550) using multispecies benthic foraminiferal stable isotopes, grain size analysis, XRF core scanning, and carbonate content. The magnitude of the carbon isotope excursion (0.85-1.10 per mil) and bottom water warming (2-2.5°C) during ETM2 seems slightly smaller than in South Atlantic records. The comparison of the lateral d13C gradient between the North and South Atlantic reveals that a transient circulation switch took place during ETM2, a similar pattern as observed for the PETM. New grain size and published faunal data support this hypothesis by indicating a reduction in deepwater current velocity. Following ETM2, we record a distinct intensification of bottom water currents influencing Atlantic carbonate accumulation and biotic communities, while a dramatic and persistent clay reduction hints at a weakening of the regional hydrological cycle. Our findings highlight the similarities and differences between the PETM and ETM2. Moreover, the heterogeneity of hyperthermal expression emphasizes the need to specifically characterize each hyperthermal event and its background conditions to minimalize artifacts in global climate and carbonate burial models for the early Paleogene.