1000 resultados para Índice de líquido amniótico
Resumo:
OBJETIVO: Analisar, prospectivamente, o índice de líquido amniótico em gestantes de baixo risco que apresentaram ou não complicações da gestação e do período perinatal. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi estudado, de modo prospectivo, o índice de líquido amniótico de 45 primigestas sem doenças no momento da inclusão no estudo. O índice foi avaliado em quatro períodos da gestação - 18-20, 24-26, 28-30 e 34-36 semanas - e seus valores foram correlacionados com o surgimento de complicações gestacionais e perinatais, Doppler das artérias uterinas, idade gestacional ao parto, vias de parto e o peso dos recém-nascidos. RESULTADOS: O índice de líquido amniótico não mostrou diferença estatística entre as pacientes com gestações normais e complicadas em nenhum dos quatro períodos estudados. Também não mostrou associação com a idade gestacional ao parto, as vias de parto e o peso dos recém-nascidos. Observou-se que a média do índice de líquido amniótico entre 28-30 semanas é mais elevada (p = 0,004) nas pacientes com incisura bilateral do que nas com Doppler normal. CONCLUSÃO: A avaliação prospectiva do índice de líquido amniótico em gestações de baixo risco parece não ser um bom preditor de complicações gestacionais ou perinatais.
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Objetivo: demonstrar a variação interobservador da medida ultra-sonográfica do índice de líquido amniótico (ILA) e da medida da área dos bolsões, bem como realizar uma comparação entre estes dois parâmetros. Além disto, procurou-se estabelecer a variação intra-observador existente na medição deste índice. Métodos: foram estudados os valores do ILA, como descrito por Phelan et al.18 , de um grupo de oitenta gestantes, consideradas clinicamente normais, atendidas na Escola de Ultra-sonografia e Reciclagem Médica Ribeirão Preto e no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP - USP). Todas as gestantes apresentavam idade gestacional acima de 24 semanas. Deste grupo, cinqüenta pacientes submeteram-se à avaliação do ILA por cinco ultra-sonografistas diferentes, com o uso do mesmo equipamento e no mesmo período de tempo, procurando-se estabelecer a variação interobservador deste índice. Além disto, foi realizada a medida planimétrica da área por parte de dois destes cinco ultra-sonografistas escolhidos aleatoriamente, na tentativa de verificar a variação interobservador na medida da área. Outro grupo composto por trinta gestantes foi avaliado por um mesmo observador ultra-sonografista na tentativa de se realizar a avaliação da variação intra-observador na medição do ILA. Resultados: observamos uma variação interobservador significante na medição do ILA e significante na medição da área. Não obstante, a variação intra-observador na medida do ILA foi considerada não-significante. Houve uma correlação entre as medidas do ILA e da área. Conclusões: o ILA apresenta maior aplicabilidade em relação à medida da área, além da maior facilidade de obtenção.
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Objetivo: estudar as modificações do índice de líquido amniótico (ILA), mensuradas pela ultra-sonografia, da pressão arterial média (PAM) e do pulso em gestantes normais quando submetidas a imersão corporal subtotal em água, por diferentes intervalos de tempo, e padronização da técnica. Métodos: foram estudados os valores do ILA, como descrito por Phelan et al.¹, de um grupo de 52 gestantes, com idade gestacional igual ou superior a 28 semanas, consideradas clinicamente normais, antes e após a sua imersão subtotal em um tanque com água aquecida entre 32ºC e 34ºC, por 30, 45 e 60 minutos. Resultados: as médias da PAM, antes e depois da imersão, mostraram diferenças estatisticamente significantes: 87,8 e 87,1 no grupo de 30 minutos, 76,7 e 66,6 no grupo de 45 minutos e 77,4 e 60,7 no grupo de 60 minutos. As médias de pulso também foram diferentes, com valores 74,9 e 78,7 no grupo de 30 minutos, 83,6 e 85,2 no grupo de 45 minutos e 84,9 e 90,6 no grupo de 60 minutos. Quanto ao grupo que foi submetido a imersão por 30 minutos, o valor médio do ILA foi de 11,7 cm antes e de 16,8 cm após imersão. No grupo de 45 minutos, o valor médio do ILA foi de 9,7 cm antes e de 13,8 cm após a imersão. No grupo de 60 minutos, o valor médio do ILA foi de 9,5 cm antes e de 13,6 cm após a imersão. O tempo de imersão de 30 minutos é tão eficaz e suficiente quanto 45 e 60 minutos. Conclusões: a imersão subtotal de gestantes em água é segura, prática e capaz de imobilizar os fluidos durante a gestação, aumentando o volume de líquido amniótico.
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Objetivo: determinar o índice do líquido amniótico (ILA) por ultra-sonografia em gestações normais e construir uma curva de normalidade para o ILA da 12ª à 42ª semana de gravidez. Métodos: foram realizadas 471 medidas do ILA, em 256 gestantes sem intercorrências clínicas maternas ou fetais. Em gestações acima de 20 semanas calculava-se a soma dos maiores diâmetros verticais dos bolsões de líquido amniótico (LA) em quatro quadrantes nos quais era dividido o útero. Naquelas gestações com 20 semanas ou menos o útero era dividido em duas metades. A soma era calculada por meio das medidas obtidas dos maiores diâmetros verticais medidos nessas duas metades. O resultado da soma foi expresso em centímetros. Resultados: o ILA foi medido (471 medidas) e os resultados foram estratificados e agrupados por intervalos gestacionais (2 em 2 semanas), à exceção da 12ª que foi analisada isoladamente. De uma média de 4,7 cm (limites 3,8-5,9 para o 5º e o 95º percentil) na 12ª semana gestacional, o ILA cresceu progressivamente até a média máxima de 14,7 cm na 32ª semana (limites: 7,0-24,9 cm). Apresentou valores estáveis, em platô, da 21ª até a 40ª semana, inclusive. Após, os valores do ILA diminuíram acentuadamente. O ponto de corte do ILA foi verificado na 21ª semana de gestação. O incremento percentual do ILA verificado na 32ª semana foi de 197,7% em relação à 12ª semana e no final da gestação foi de 2,9% em relação à semana tomada como referência. Conclusão: o ILA apresentou variações no decorrer da gestação. Cresceu progressivamente até a 21ª semana, apresentando, após, valores em platô até a 40ª semana. Depois dessa semana, o ILA diminuiu acentuadamente. O pico máximo do ILA ocorreu na 32ª semana. Ao se estabelecer uma curva de normalidade para o ILA, em nosso meio, facilita-se a detecção de alterações e, com isso, um melhor acompanhamento e condução da gravidez.
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Pós-graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB
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OBJETIVO: avaliar a associação entre a variação do índice de líquido amniótico (ILA) de acordo com a idade gestacional e variáveis sociodemográficas e obstétricas em gravidezes de baixo risco. MÉTODO: estudo comparativo incluindo 2.868 mulheres com gravidez de baixo risco que foram avaliadas com exame ultra-sonográfico obstétrico de rotina, incluindo a biometria fetal e a medida do ILA. O exame foi realizado entre a 20ª e a 42ª semana de idade gestacional. Os dados foram analisados com o uso do teste t de Student, da análise de variância do ILA em função da idade gestacional e demais variáveis de controle, e também por análise de regressão linear múltipla. RESULTADOS: não houve variação significativa quando avaliamos isoladamente os valores médios do ILA ao longo da idade gestacional em relação com a idade materna, cor, escolaridade, hábito de fumar, paridade e presença de cicatriz de cesárea, nem quando a avaliação foi conjunta por análise multivariada. Nesta situação apenas a idade gestacional mostrou-se associada com a diminuição do ILA. De maneira geral, os valores médios de ILA mantiveram-se, em todas situações avaliadas, entre a 20ª e a 36ª semana, com flutuações entre 140 e 180 mm, apresentando valores inferiores de 140 mm em queda progressiva após este limite de idade gestacional. CONCLUSÕES: O ILA não sofreu alterações significativas em relação às variáveis sociodemográficas e obstétricas estudadas, durante a gestação.
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OBJETIVO: determinar fatores associados ao volume de líquido amniótico e frequências de anomalias fetais em um centro de referência. MÉTODOS: realizou-se um estudo de corte transversal, com gestantes de risco, avaliadas pela ultrassonografia morfológica, no período de março de 2002 a março de 2006, em uma instituição em Recife (PE) Brasil. O diagnóstico intraútero foi confirmado no pós-parto. As características sociodemográficas e obstétricas, o índice de líquido amniótico e a presença de anomalias fetais foram variáveis estudadas. Para verificar associação entre variáveis, foram utilizados testes χ2, exato de Fisher e t de Student, a um nível de significância de 5%. Foram calculados a razão de prevalência e o intervalo de confiança a 95%. Análise de regressão logística múltipla foi realizada, a um nível de significância de 5%. RESULTADOS: foram incluídas no estudo 257 (56,2%) gestantes com anomalias congênitas e 200 sem anomalias confirmadas no pós-natal. As médias das idades maternas e gestacionais do parto foram 24,8±6,5 anos e 35,9±3,7 semanas, respectivamente. As anomalias fetais foram mais encontradas no sistema nervoso central (50,6%) e trato geniturinário (23,0%). A presença de anomalias congênitas esteve associada significativamente ao líquido diminuído/oligohidrâmnio (p=0,0002) e líquido aumentado/polihidrâmnio (p<0,0001). A mortalidade intraútero foi mais frequente no grupo com anomalias, quando comparada aos fetos saudáveis (10,5 versus 2,5%; p<0,01). CONCLUSÕES: a frequência de anomalias congênitas em um grupo de gestações de alto risco foi de 56,2%. As malformações do sistema nervoso central foram mais frequentemente diagnosticadas intraútero. Os fatores que permaneceram fortemente associados às anomalias congênitas foram as alterações do volume do líquido amniótico.
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OBJETIVO: Avaliar o desempenho de uma curva de altura uterina (AU) quanto à capacidade de rastrear desvios do volume de líquido amniótico, utilizando uma curva brasileira de índice de líquido amniótico (ILA) como padrão-ouro. MÉTODOS: O presente estudo representa um corte transversal no qual foram incluídas 753 gestantes em acompanhamento pré-natal na rede pública de João Pessoa (PB) no período de março a outubro de 2006 e que tiveram um exame de ultrassonografia (US) de rotina agendado para depois da 26ª semana de idade gestacional. Foram excluídos os casos com diagnóstico de gestação gemelar, óbito fetal intrauterino e malformações fetais maiores. Além de informações sociodemográficas, foram coletados também os valores da AU medida de forma padronizada, os valores do peso fetal estimado, do ILA e a idade gestacional pelo exame de US. A capacidade da curva de AU em predizer os desvios do volume de líquido amniótico foi avaliada tendo uma curva brasileira de ILA em função da idade gestacional como padrão-ouro. Para isso, foram estimados a sensibilidade, especificidade e valores preditivos positivo e negativo para diferentes pontos de corte. RESULTADOS: A medida da AU identificou 10,5% das mulheres como AU baixa e possivelmente associada ao oligoâmnio, e 25,2% como AU alta e possivelmente associada ao polidrâmnio. Utilizando uma curva brasileira de referência para ILA, a AU foi capaz de predizer pobremente a ocorrência de oligoâmnio (sensibilidade variando entre 37 a 28%) e de forma razoável a ocorrência de polidrâmnio (sensibilidade variando entre 88 a 69%). CONCLUSÃO: A medida da altura uterina mostrou um desempenho ruim para predizer oligoâmnio e um desempenho razoável para predizer polidrâmnio. Sua utilização para essa finalidade só se justifica, portanto, em situações nas quais o exame ultrassonográfico não esteja fácil e rotineiramente disponível, a fim de ajudar na priorização dos casos que deveriam ter esse exame realizado.
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OBJETIVO: Determinar os desfechos maternos e perinatais em gestantes com o líquido amniótico diminuído segundo o índice de líquido amniótico (ILA). MÉTODOS: Realizou-se estudo de coorte com 176 pacientes admitidas na enfermaria de alto risco do Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (IMIP. O líquido amniótico foi mensurado pelo índice de líquido amniótico , sendo classificado como diminuído, quando entre 5,1 e 7,9 cm; oligohidrâmnio moderado, entre 3,1 e 5,0 cm; e grave, quando menor ou igual a 3,0 cm. Para se determinar a diferença entre os três grupos das variáveis categóricas estudadas, foram utilizados o teste de chi-quadrado e exato de Fisher, quando pertinentes, e, para as variáveis numéricas, utilizou-se o teste de Mann Whitney, em um nível de significância de 5%. RESULTADOS: As malformações fetais ocorreram mais frequentes quando o oligohidrâmnio foi grave, enquanto as síndromes hipertensivas foram associadas ao oligohidrâmnio moderado. Observou-se semelhança entre os três grupos em relação à rotura prematura das membranas e outras causas. O líquido amniótico reduzido foi encontrado com maior frequência quando a idade gestacional do diagnóstico foi ≥32ª semana. Em relação aos desfechos perinatais, a incidência de índice de Apgar <7 no 1ºe 5ºminuto do óbito perinatal, da icterícia neonatal e da hipoplasia pulmonar foi mais elevada na presença do oligohidrâmnio moderado a grave. CONCLUSÕES: As causas e os desfechos maternos e perinatais em gestantes com líquido amniótico reduzido varia em relação a sua classificação pelo ILA, estando o oligohidrâmnio grave associado aos desfechos perinatais adversos e às malformações fetais.
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OBJETIVO: Analisar entre pacientes com ruptura prematura de membranas pré-termo a associação do volume do líquido amniótico e os desfechos maternos.MÉTODOS: Estudo observacional do tipo coorte retrospectivo, realizado entre janeiro de 2008 e dezembro de 2012. Foram incluídas 86 gestantes com diagnóstico de ruptura prematura das membranas e idade gestacional entre a 24ªe a 35ª semanas, submetidas à mensuração do índice de líquido amniótico (ILA). Foram comparadas gestantes em dois pontos de cortes: com ILA <5,0 e ≥5,0 cm e ILA <3,0 e ≥3,0 cm. Foram excluídas mulheres com síndromes hipertensivas,diabetes mellitus, malformações fetais e com diagnóstico de infecção na admissão. Para análise estatística, foi utilizado o teste do χ2 ou exato de Fisher, quando pertinentes, e análise de regressão linear simples, adotando-se um nível de significância de 5%. Foi calculada a Razão de Risco (RR) e seu intervalo de confiança de 95% (IC95%).RESULTADOS: Quando avaliados os desfechos maternos em relação ao ILA ≥5,0 versus<5,0 cm, não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas. Entretanto, em relação ao ILA <3,0 e ≥3,0 cm, foi verificado aumento do risco de corioamnionite (36,7 versus10,7%; RR: 3,4; IC95% 1,4 -8,3; p=0,004), não sendo observadas diferenças significativas para as outras variáveis estudadas. Houve ainda correlação positiva estatisticamente significativa entre o ILA e idade gestacional do parto (R2=0,78; p<0,0001).CONCLUSÕES: O ILA <3,0 cm aumenta em três vezes o risco para corioamnionite, e quanto maior o ILA, maior a idade gestacional do parto.
Fatores maternos e neonatais associados ao mecônio no líquido amniótico em um centro de parto normal
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OBJETIVO: Analisar a frequência e os fatores maternos e neonatais associados ao mecônio no líquido amniótico no parto. MÉTODOS: Estudo transversal com 2.441 nascimentos em um centro de parto normal hospitalar em São Paulo, SP, em março e abril de 2005. A associação entre mecônio no líquido amniótico e as variáveis independentes (idade materna, paridade, ter ou não cesariana prévia, idade gestacional, antecedentes obstétricos, uso de ocitocina no trabalho de parto, dilatação cervical na admissão, tipo do parto atual, peso do RN, índice de Apgar de 1º e 5º minutos de vida) foi expressa como razão de prevalência. RESULTADOS: Verificou-se mecônio no líquido amniótico em 11,9% dos partos; 68,2% desses foram normais e 38,8%, cesarianas. O mecônio esteve associado a: primiparidade (RP = 1,49; IC95% 1,29;1,73), idade gestacional ≥ 41 semanas (RP = 5,05; IC95% 1,93;13,25), ocitocina no parto (RP = 1,83, IC95% 1,60;2,10), cesariana (RP = 2,65; IC95% 2,17;3,24) e índice de Apgar < 7 no 5º minuto (RP = 2,96, IC95% 2,94;2,99). A mortalidade neonatal foi 1,6/1.000 nascidos vivos; mecônio no líquido amniótico foi encontrado em 50% das mortes neonatais e associado a maiores taxas de partos cirúrgicos. CONCLUSÕES: Emprego de ocitocina, piores condições do recém-nascido logo após o parto e aumento de taxas de cesariana foram fatores associados ao mecônio. A utilização rotineira de ocitocina no intraparto poderia ser revista por sua associação com mecônio no líquido amniótico.
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OBJETIVO: comparar o teste de contagem de corpos lamelares (CCL) no líquido amniótico com o teste da polarização fluorescente (PF) como parâmetro diagnóstico para avaliação da maturidade pulmonar fetal. MÉTODO: estudo transversal, analítico e controlado realizado com 60 gestantes atendidas no período de março de 2002 a dezembro de 2007. Foram colhidas amostras de líquido amniótico e realizados os testes de CCL e PF (TDxFLM II), considerados de referência, e comparados à presença ou ausência da Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR). Foram estabelecidos valores de corte para maturidade de 30 mil corpos lamelares/µL para o teste da CCL e 55 mg/g de albumina para o PF. Foram avaliadas as características maternas e perinatais, a evolução neonatal e o desempenho dos testes diagnósticos para predição da maturidade pulmonar fetal. Na análise estatística, foram utilizadas medidas descritivas e calculados os valores referentes à sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo dos testes, considerando-se significativos valores de p<0,05. RESULTADOS: a idade materna variou entre 15 e 43 anos, com média de 26,6 anos. A idade gestacional variou entre 24,3 e 41,6 semanas, com média de 35,1 semanas. A Síndrome do Desconforto Respiratório foi diagnosticada em 13,3% dos neonatos. As características perinatais, como peso, índice de Apgar, incidência de SDR, foram comparadas aos resultados dos testes de CCL e PF, sendo observada uma correspondência, estatisticamente significativa (p<0,05), entre os grupos de neonatos clinicamente classificados como imaturos e maduros em ambos os testes. Os testes foram concordantes em 68,3% dos casos. Quando se comparou o teste da PF com o teste da CCL, a sensibilidade foi de 100% para ambos, e a especificidade do teste da CCL foi superior (73,1%), quando comparado com o teste de PF (51,9%). O padrão-ouro para determinação da maturidade fetal é a ocorrência da SDR. O valor preditivo positivo do teste da CCL foi superior (36,4%) quando comparado ao teste da PF (24,2%) (p<0,05), sendo que o valor preditivo negativo foi de 100% para ambos os testes. CONCLUSÕES: este estudo demonstrou que o teste da CCL apresenta 100% de sensibilidade e especificidade superior ao teste de referência (PF). Além disso, a CCL é considerada um teste rápido, acessível, barato e factível em nossa realidade, podendo ser utilizado como teste confiável na predição da maturidade pulmonar fetal.
Fatores maternos e neonatais associados ao mecônio no líquido amniótico em um centro de parto normal
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OBJETIVO: Analisar a frequência e os fatores maternos e neonatais associados ao mecônio no líquido amniótico no parto. MÉTODOS: Estudo transversal com 2.441 nascimentos em um centro de parto normal hospitalar em São Paulo, SP, em março e abril de 2005. A associação entre mecônio no líquido amniótico e as variáveis independentes (idade materna, paridade, ter ou não cesariana prévia, idade gestacional, antecedentes obstétricos, uso de ocitocina no trabalho de parto, dilatação cervical na admissão, tipo do parto atual, peso do RN, índice de Apgar de 1º e 5º minutos de vida) foi expressa como razão de prevalência. RESULTADOS: Verificou-se mecônio no líquido amniótico em 11,9% dos partos; 68,2% desses foram normais e 38,8%, cesarianas. O mecônio esteve associado a: primiparidade (RP = 1,49; IC95% 1,29;1,73), idade gestacional ≥ 41 semanas (RP = 5,05; IC95% 1,93;13,25), ocitocina no parto (RP = 1,83, IC95% 1,60;2,10), cesariana (RP = 2,65; IC95% 2,17;3,24) e índice de Apgar < 7 no 5º minuto (RP = 2,96, IC95% 2,94;2,99). A mortalidade neonatal foi 1,6/1.000 nascidos vivos; mecônio no líquido amniótico foi encontrado em 50% das mortes neonatais e associado a maiores taxas de partos cirúrgicos. CONCLUSÕES: Emprego de ocitocina, piores condições do recém-nascido logo após o parto e aumento de taxas de cesariana foram fatores associados ao mecônio. A utilização rotineira de ocitocina no intraparto poderia ser revista por sua associação com mecônio no líquido amniótico.
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RESUMO: Conclusão - Este estudo sugere que mulheres grávidas beneficiam da prática rotineira de 30 min de relaxamento perante a eminência de um acontecimento indutor de stress. O benefício será tanto psicológico como fisiológico e será mais marcado de manhã do que de tarde. As mulheres com maior tendência ansiosa, tipicamente as mais jovens e com menos idade gestacional, serão as que mais beneficiam. Entre os tipos de intervenção experimentados, todos eles não dispendiosos, a audição de música foi globalmente o mais eficaz para o propósito pretendido. A variação do cortisol e a variação da testosterona estão altamente correlacionadas, e este efeito poderá ser explorado em futuras intervenções relaxantes. Programas curtos de relaxamento poderão conduzir a benefícios para o bem-estar psicológico e para a saúde da grávida, com benefícios adicionais no desfecho da gravidez. O rácio digital 2D:4D do recém-nascido apresenta características sexualmente dimórficas, sendo mais baixo em rapazes que em raparigas, confirmando a influência dos androgénios pré-natais, mas há grande sobreposição entre os sexos pelo que, isoladamente, não pode ser utilizado como marcador de risco. No entanto, se associado a outros marcadores biológicos, como o peso ao nascer e a circunferência cerebral, entre outros, poderá ser um parâmetro a valorizar desde cedo, possivelmente no acompanhamento pediátrico. Nas raparigas, o RD da mãe e a testosterona no LA explicam uma proporção significativa do seu 2D:4D. Em ambos os sexos, o rácio 2D:4D aumenta após o nascimento e o dimorfismo sexual observado com base em amostras de crianças com mais de dois anos de idade, é afectado pela testosterona pós-natal, especialmente no que se refere à mão direita.----------ABSTRACT: Conclusions - This study suggests that pregnant women would benefit from the routine practice of 30min relaxation when at the imminence of a stressful event. The benefit would be both psychological and physiological and would be more pronounced in the morning than in the afternoon. Women tending to be more anxious, typically younger and at a lower gestational age, are the ones that benefit the most. Among the interventions investigated, all being non-expensive and easy to implement, listening to relaxing music was globally the most efficient for the benefit intended. The variation of cortisol and the variation of testosterone are significantly correlated, an association that might be used in future relaxation interventions. It is feasible to conceive short relaxation programs aimed at benefiting psychological well-being and health in pregnancy, with additional benefits for pregnancy outcome. The digital ratio 2D:4D is sexually dimorphic, being lower in males than in females, confirming the influence of pre-natal androgens. There is however large overlap between sexes, rendering the 2D:4D a risk marker not to be used in isolation but rather in association with other markers, like for instance the weight at birth and the head circumference, wherein it may be a relevant parameter for pediatric follow-up. In newborn females, a significant amount of variability in 2D:4D is accounted for by their mother’s digital ratio and AF testosterone. In both sexes, the 2D:4D ratio increases following birth and sexual dimorphism,as assessed from samples of subjects with more than 2 years of age, is affected by post-natal testosterone, especially in what concerns the right hand.