962 resultados para Índice de gravidade do trauma
Resumo:
OBJETIVO: Avaliar o valor da Injury Severity Score (ISS) na determinação da gravidade das fraturas vertebrais do tipo explosão considerando a amplitude do trauma e a escolha do melhor tratamento para diminuir a morbimortalidade do acidente. MÉTODOS: 190 pacientes foram incluídos, nos quais avaliaram-se a idade, o mecanismo do trauma, o tipo de fratura na coluna toracolombar, avaliação neurológica, onde se localizavam as lesões frente a ISS e a divisão em categorias. RESULTADOS: A média do ISS foi de 14,4 sendo o menor valor de 4 e o maior de 43, e 126 pacientes apresentavam ISS menor do que 15 (63,3%), 34 entre 15 e 24 (17,9%), 25 entre 25 e 34 (13,2%) e cinco com ISS maior que 35 (2,6%). O valor do ISS foi inversamente proporcional a idade. As fraturas ocorridas na transição toracolombar apresentavam média do ISS de 13,1, sendo menor do que a média do ISS na região torácica de 17,6 e lombar com 16. Dos 102 pacientes tratados sem procedimento cirúrgico, a média do ISS foi de 12,3, enquanto que nos 88 tratados cirurgicamente ela foi de17,6. A mortalidade apresentou-se diretamente proporcional ao valor do ISS. A média dos que evoluíram para óbito foi de 28,5, não ocorrendo óbito entre os classificados com trauma leve. A mortalidade foi de 4,2 %. CONCLUSÃO: O valor de 14,4 e a análise das categorias do ISS sinalizam que trauma de pequena gravidade pode causar fratura da coluna vertebral torácica ou lombar do tipo explosão. O valor do ISS não demonstrou correlação com o nível da fratura, estando diretamente proporcional com o tempo de internação, com o tratamento cirúrgico e a taxa de mortalidade, apresentando-se inversamente proporcional com a idade dos pacientes.
Resumo:
Trata-se de estudo prospectivo que teve por objetivo caracterizar a gravidade do trauma de pacientes hospitalizados, através do "Injury Severity Score" (ISS). Foram analisados 100 pacientes de trauma internados em uma instituição referência para trauma localizada em São Paulo, Brasil. Do total de pacientes, 68 sofreram trauma fechado e 32 trauma penetrante. Dentre os pacientes de trauma fechado, 53,0% sofreram trauma leve (ISS 1-15), 29,4% trauma moderado (ISS 16-24) e 17,6% trauma grave (ISS > 25) enquanto que 34,4% dos pacientes de trauma penetrante sofreram trauma leve, 18,7% trauma moderado e 46,9% trauma grave. A média e desvio-padrão dos ISSs dos pacientes de trauma fechado e penetrante foi, respectivamente, de 14,9 ± 8,1 e 20,8 ± 11,0, correspondendo a um percentual de mortos de 11,8% e 12,5%.
Resumo:
Trata-se de um estudo inédito realizado no país, que identificou relações entre o padrão analgésico e a gravidade do trauma. Para tal, analisou-se uma população de 200 acidentados de transporte admitidos para tratamento na unidade de emergência de um hospital referência para o atendimento ao trauma no Município de São Paulo. A gravidade das lesões e do trauma foi caracterizada por índices de gravidade anatômicos. A partir da análise da terapia analgésica encontrada, construíram-se padrões de analgesia, tendo como base a escala analgésica da Organização Mundial de Saúde. Os resultados permitiram identificar associação estatística entre a gravidade do trauma e padrões distintos de analgesia. Espera-se que a divulgação desses achados possa servir de base para a criação de protocolos de analgesia em trauma e melhoria da qualidade da assistência, além de servir de estímulo para o desenvolvimento de estudos em uma área com tantas lacunas de conhecimento em nosso meio.
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OBJETIVO: avaliar se a presença de fratura de pelve é associada à maior gravidade e pior prognóstico em vítimas de trauma fechado. MÉTODOS: análise retrospectiva dos protocolos e prontuários das vítimas de trauma fechado admitidas de 10/06/2008 a 10/03/2009, separadas em dois grupos: com fratura de pelve (Grupo I) e os demais (Grupo II). Foram avaliados dados do pré-hospitalar e admissão, índices de trauma, exames complementares, lesões diagnosticadas, tratamento e evolução. Utilizamos os testes t de Student, Fisher e qui-quadrado na análise estatística, considerando p<0,05 como significativo. RESULTADOS: No período de estudo, 2019 politraumatizados tiveram protocolos preenchidos, sendo que 43 (2,1%) apresentaram fratura de pelve. Os doentes do grupo I apresentaram, significativamente, menor média de pressão arterial sistêmica à admissão, maior média de frequência cardíaca à admissão, menor média da escala de coma de Glasgow, maior média nos AIS em segmentos cefálico, torácico, abdominal e extremidades, bem como, maior média do ISS e menor média de RTS e TRISS. O grupo I apresentou, com maior frequência, hemorragia subaracnoidea traumática (7% vs. 1,6%), trauma raquimedular (9% vs. 1%), lesões torácicas e abdominais, bem como necessidade de laparotomias (21% vs. 1%), drenagem de tórax (32% vs. 2%) e controle de danos (9% vs. 0%). As complicações foram mais frequentes no grupo I: SARA (9% vs. 0%), choque persistente (30% vs. 1%), coagulopatia (23% vs. 1%), insuficiência renal aguda (21% vs. 0%) e óbito (28% vs. 2%). CONCLUSÃO: a presença de fratura de pelve é um marcador de maior gravidade e pior prognóstico em vítimas de trauma fechado.
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OBJETIVO: avaliar os fatores preditivos de lesões abdominais graves (LAG) identificáveis na avaliação inicial das vítimas de trauma fechado. MÉTODOS: análise retrospectiva dos dados das vítimas de trauma fechado com idade superior a 13 anos submetidas à tomografia computadorizada do abdome e/ou laparotomia exploradora. Consideramos como graves as lesões com Abbreviated Injury Scale (AIS) maior ou igual a três. As variáveis foram comparadas entre os grupos A (LAG) e B (Sem LAG). Realizou-se inicialmente uma análise estatística univariada para identificar as variáveis associadas à presença de LAG. Destas, foram selecionadas para a análise multivariada (regressão logística) as que tivessem p<0,20 e pudessem ser avaliadas na admissão do doente. RESULTADOS: a amostra foi composta por 331 casos, sendo que 140 (42,3%) pacientes apresentaram lesões abdominais. Destes, 101 (30,5%) tinham lesão abdominais com AIS > 3 (Grupo A). Na análise univariada, associaram-se significativamente às LAG (p<0,05): pressão arterial sistólica (PAS) no pré-hospitalar (p=0,019), PAS à admissão (p<0,001), frequência cardíaca à admissão (p=0,047), exame físico do abdome alterado (p<0,001) e presença de fraturas de pelve (p=0,006). As seguintes variáveis se relacionaram significativamente e independentemente com a presença de lesões abdominais graves: PAS à admissão (p=0,034), exame físico abdominal alterado (p<0,001), fratura exposta de membro inferior (p<0,044), "motociclista" como mecanismo de trauma (p=0,017) e FAST positivo (p<0,001). CONCLUSÃO: das variáveis presentes na avaliação inicial, se associaram significativamente com a presença de LAG: PAS, exame físico abdominal alterado, presença de fratura exposta de membro inferior, "motociclista" como mecanismo de trauma e FAST positivo.
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Descriptive exploratory study, prospective, with quantitative approach, performed on the Monsenhor Walfredo Gurgel Hospital Complex (MWGHC), in Natal/RN, aiming to identify injuries by body area and wound severity on drivers who suffered motorcycle accidents, evaluate the severity of injuries and trauma on these drivers and identify the existence of association between wound and trauma severity and some of the accident s characteristics. The population comprised 371 motorcycle drivers, with data collected between October and December 2007. We used as instruments the Abberviated Injury Scale (AIS), Injury Severity Score (ISS) and the Glasgow Coma Scale (GCE1). The results show that, concerning characterization, there was a predominance of the male gender (88.4%), aged between 18 and 24 years (39.90%), originating from the Natal metropolitan region (55.79%), with fundamental-level instruction (51.48%), catholic (75.78%), married (47.98%). 23.18% work on commerce-related activities and 75.20% have income of up to 2 minimum wages. As for the accident s characteristics, the predominant shift was the afternoon (46.36%), received up to one hour after the event (50.67%), transported by countryside ambulances colleagues and relatives (51.21%), 25.34% had the accident on Sunday; 53.91% suffered falls and vehicle rolls; among the collisions there was a predominance of the motorcycle-automoblie type (28.03%); 52,6% were licensed and among these 50.76% had up to one year of license; 65.50% declared not having suffered previous accidents; 65.77% declared waring helmets in the time of the accident; 57.41% said not to have used drugs, and among those who used, alcohol was the most consumed (98.10%). The lowest score evaluated by GCS1 (3 to 8) was linked to drivers who suffered accidents on Saturday (10.3%), those who were not wearing helmets (14.29%) and the victims of motorcycle-pedestrian/animal crashes (13.33%). The body areas most affected had AIS between 1 and 3 (95.76%) and were: external surface (39.90%) and head/neck (33.20%). As for trauma severity, the highest scores (ISS>25) belonged to those who consumed alcohol (30.73%), suffered falls or vehicle rolls (48.9%) and those attended to 3 hours or longer after the accident (50%). We conclude that for motorcycle drivers who suffered accidents, age, gender, weekday, type of accident, use of drugs and the absence of helmet use signal both to the risk of occurrence of these events, as well as for the greater severity of injuries and trauma.
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Descriptive exploratory study, with quantitative approach and prospective data performed on the Monsenhor Walfredo Gurgel Hospital Complex (MWGH), in Natal/RN, aiming to classify the type of motor vehicle involved in the accident, the public roadway s user quality and the more frequent injuries; to evaluate the severity of trauma in traffic accident victims; characterized the severity of the injuries and the trauma, and the type of motor vehicle involved. The population comprises 605 traffic accident victims, with data collected between October and December 2007. We used as a support for the evaluation of severity of injuries and trauma the Glasgow Coma Scale (GCSl), the Condensed Abbreviated Injury Scale (CAIS) and the Injury Severity Score (ISS). The results show that 82.8% of the victims were male; 78.4% were aged 18 to 38; the victims originating from the State s Countryside prevailed (43.1%); 24.3% of the population had completed middle-level instruction; 23.1% worked on commerce and auxiliary activities; most (79.4%) was catholic; 48.8% were married/consensual union; 76.2% earned up to two monthly minimum wages; Sunday was the day with the most accidents (25.1%); 47.4% were attended to in under an hour after the event; the motorcycle on its own was responsible for 53.2% of the accidents; 42.3% were attended to by the SAMU; 61.8% were victims of crashes; over half (53.4%) used individual protection equipment (IPE); 49.4% were helmets and 4.0% the seatbelt; 61.3% were motorcycle drivers; 43.3% of the accidents took place in the afternoon shift; from 395 drivers, 55.2% were licensed, and 50.7% among those had been licensed for 1 to 5 years; 90.7% of the victims had GCS1 between 13 and 15 points at the time of evaluation; the body area most affected was the external surface (35.9%); 38.8% of the injuries were light or moderate (AIS=1 and AIS=2); 83.2% had light trauma (ISS between 1 and 15 points). In face of the results, we can conclude that there is a risk for the elevation of injury severity and trauma resulting from traffic accidents, when these events are related to certain variables such as gender, age, weekday, the interval between the accident and the first care, ingestion of drugs, type of accident, the public roadway s user quality, the use of IPE, day shift, body regions and the type of motor vehicle involved in the accident
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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RESUMO Objetivo identificar estudos que realizaram ajustes na equação do Trauma and InjurySeverity Score (TRISS) e compararam a capacidade discriminatória da equação modificada com a original. Método Revisão integrativa de pesquisas publicadas entre 1990 e 2014 nas bases de dados LILACS, MEDLINE, PubMed e SciELO utilizando-se a palavra TRISS. Resultados foram incluídos 32 estudos na revisão. Dos 67 ajustes de equações do TRISS identificados, 35 (52,2%) resultaram em melhora na acurácia do índice para predizer a probabilidade de sobrevida de vítimas de trauma. Ajustes dos coeficientes do TRISS à população de estudo foram frequentes, mas nem sempre melhoraram a capacidade preditiva dos modelos analisados. A substituição de variáveis fisiológicas do Revised Trauma Score (RTS) e modificações do Injury Severity Score (ISS) na equação original tiveram desempenho variado. A mudança na forma de inclusão da idade na equação, assim como a inserção do gênero, comorbidades e mecanismo do trauma apresentaram tendência de melhora do desempenho do TRISS. Conclusão Diferentes propostas de ajustes no TRISS foram identificadas nesta revisão e indicaram, principalmente, fragilidades do RTS no modelo original e necessidade de alteração da forma de inclusão da idade na equação para melhora da capacidade preditiva do índice.
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OBJETIVO: Realizar uma análise comparativa entre os principais mecanismos de trauma, a gravidade das vítimas e os principais ferimentos que proporcionaram. MÉTODO: Estudo randomizado de 1486 fichas de vítimas traumatizadas atendidas pela Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros em Catanduva - SP, no período de janeiro/1997 a dezembro/2003. Foi realizada uma avaliação a partir dos itens ferimentos, Revised Trauma Score e mecanismos de trauma, cujas variáveis foram expressas em porcentagens e correlacionadas pelo Teste X². RESULTADOS: Houve predomínio de acidentes motociclísticos com 42,2% dos traumas. As regiões corpóreas mais acometidas foram os membros inferiores/cintura pélvica (32,2%). Os ferimentos superficiais acometeram 88% das vítimas. Para todos os eventos, prevaleceram vítimas com RTS=6 excetuando-se os acidentes envolvendo veículos pesados em que 25% das vítimas obtiveram RTS<2. As quedas representaram 63,4% dos eventos quando excluimos da análise os acidentes de trânsito. Houve correlação estatística somente entre o mecanismo de trauma e a região corpórea lesada (p<0,01). Os membros inferiores/pelve foram mais acometidos em atropelamentos e acidentes de moto. Cabeça/pescoço foram lesados nas agressões, nas quedas e nos acidentes envolvendo veículos pesados e automóveis. Os ciclistas apresentaram similaridade de lesões em cabeça/pescoço e membros inferiores/pelve. CONCLUSÕES: Em Catanduva prevaleceram motociclistas traumatizados, e acometidos, principalmente, os membros inferiores e a pelve. A maioria das vítimas sofreu ferimentos superficiais, decorrentes de traumas leves.
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OBJETIVO: Avaliar os fatores preditivos de morbimortalidade em pacientes com trauma duodenal. MÉTODOS: Estudo descritivo retrospectivo de 77 pacientes com lesão traumática de duodeno, em um hospital universitário, de janeiro de 1990 a dezembro de 2005. As lesões Grau I foram excluídas. RESULTADOS: O mecanismo de trauma foi penetrante em 87% dos casos e fechado em 13%, sem diferença estatisticamente significativa na mortalidade nestes grupos. Atraso maior que seis horas entre o trauma e a cirurgia foi observado em 7,8% dos casos e não influenciou na evolução dos pacientes. O reparo primário da lesão duodenal foi realizado em 84,4% dos pacientes e os procedimentos complexos em 15,6%, com maior índice de mortalidade no último grupo. A média do ATI foi de 34,5 e a do ISS foi de 22,8. As taxas de morbidade e de mortalidade foram, respectivamente, 61% e 27,3%. A maioria dos pacientes que evoluíram a óbito apresentou-se com choque hipovolêmico na admissão, possuia baixo RTS, elevados ATI e ISS, e baixo TRISS quando comparados aos sobreviventes. Choque hipovolêmico, RTS alterado, lesões associadas e probabilidade de sobrevivência menor que 50% foram considerados fatores independentes associados à mortalidade. CONCLUSÃO: A morbidade associada ao trauma duodenal neste estudo foi dependente de lesões intra-abdominais associadas, contaminação da cavidade peritoneal e reparos complexos da lesão duodenal. A apresentação fisiológica do paciente, gravidade das lesões (ISS > 25) e TRISS foram importantes fatores preditivos de morbidade e mortalidade em traumatizados com lesão duodenal.
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OBJETIVO: Identificar os fatores preditivos de complicações e mortalidade em doentes operados com trauma hepático. MÉTODO: Estudo retrospectivo de 638 pacientes tratados no período de 1990 a 2003, identificando estatisticamente parâmetros epidemiológicos, fisiológicos e anatômicos associados com maior morbidade e mortalidade. RESULTADOS: Trauma penetrante foi o mecanismo mais freqüente. A instabilidade hemodinâmica esteve presente em 21,1% das vítimas e o Índice de Gravidade das Lesões anatômicas (ISS) médio foi de 20,7. A maioria das lesões hepáticas foi grau III. A morbidade foi de 50,4%, sendo as complicações relacionadas ao fígado mais freqüentes: sangramento persistente (9,8%), abscesso intraperitoneal (3,8%) e fístula biliar (3%). As complicações não hepáticas ocorreram em 273 pacientes (42,8%). A mortalidade foi de 22,1% (141 casos) decorrente principalmente de sangramento persistente e sepse. As vítimas fatais apresentaram-se com pior índice fisiológico na admissão, com lesões hepáticas mais complexas e índices anatômicos mais graves quando comparadas aos sobreviventes. CONCLUSÃO: Os fatores preditivos de ocorrência de complicações hepáticas foram: idade maior que 60 anos, instabilidade hemodinâmica ou alteração de parâmetros fisiológicos na admissão, presença de lesões hepáticas complexas (grau > III) e índices anatômicos de gravidade de lesão abdominal (ATI) ou em outros segmentos corpóreos (ISS) elevados (= 25). Todas estas variáveis, mais a presença de lesões associadas abdominais e não abdominais e o mecanismo de trauma fechado foram preditivas de ocorrência de complicações não-hepáticas. Todos os fatores estudados, exceto a presença de lesões associadas abdominais, foram preditivos para a evolução a óbito.
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De acordo com a Classificação de Atlanta a pancreatite aguda pode ser dividida, baseado em sua severidade, em uma forma leve ou grave. Uma série de aspectos têm sido discutidos nos últimos anos, tais como, quantas categorias de gravidade devem ser consideradas; se o doente com falência orgânica é igual ao doente com necrose infectada; qual o papel da falência orgânica transitória; e como avaliar a falência orgânica. A reunião de revista"Telemedicina Baseada em Evidência - Cirurgia do Trauma e Emergência" (TBE-CiTE) realizou uma avaliação crítica de artigos relacionados a este tema, considerando três artigos recentes que delinearam duas grandes revisões publicadas nos últimos meses. Estes artigos sugerem a classificação de gravidade em três ou quatro categorias, ao invés de pancreatite aguda leve ou grave, além de discutir qual o melhor escore para avaliar a falência orgânica. As seguintes recomendações foram propostas: (1) A pancreatite aguda deve ser classificada em quatro categorias: leve, moderada, grave e crítica, o que permite uma melhor determinação das características dos doentes; (2) Avaliação de falência orgânica com um escore de gravidade, preferencialmente algum que avalie diretamente cada falência orgânica, tais como o SOFA e o MODS (Marshall). O SOFA parece ter maior acurácia, mas o MODS tem melhor aplicabilidade devido à facilidade de uso.
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OBJECTIVE: to characterize and to assess in terms of severity the surgical and trauma patients admitted to a medical intensive care unit (ICU). DESIGN: retrospective study base on clinical records and the ICU computerized database. SETTING: the medical ICU of a tertiary hospital. RESULTS: of the 2468 patients admitted to the ICU in 1989, 289 (11.7%) were surgical or trauma ones. The more frequent reasons for admission were: the need for mechanical ventilation, metabolic problems, and depression of consciousness. Of these 289 patients, 48.1% required mechanical ventilation, 14.9 hemodialysis; 4.8% had a pulmonary artery catheter inserted. Mean APACHE II, TISS and MOF scores were high (20.09 +/- 9.29, 24.17 +/- 11.45 and 5.4 +/- 3.59); they were determined in 79.2, 88.2 and 43.9% of patients respectively. Both APACHE and TISS scores were correlated with mortality. When compared with medical patients, surgical/trauma ones although younger (52.9 +/- 20.7 years versus 55.9 +/- 20.2, p = 0.00152), had a longer mean stay in the ICU (7.63 +/- 12.7 days v. 3.64 +/- 7.61, p = 0.0001), and a higher mortality (also in the ICU) (28.7 v. 16.7, p = 0.0005. COMMENTS: these are seriously ill patients, who are frequently referred to the ICU in late stages of clinical evolution. We propose they should be closely followed, from the earliest possible stage, by medical-surgical teams, in order to benefit from a multidisciplinary approach.
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Localized loss of subcutaneous tissue can occur after panniculitis, injections of corticosteroids and other drugs, or associated with infectious, autoimmune or neurologic diseases. The "idiopathic lipoatrophies" are a group of poorly characterized diseases, with focal disappearance of subcutaneous fat, and usually the thighs, abdomen or the ankles are affected. Three subtypes have been described based on clinical presentation: lipoatrophia semicircularis, annular lipoatrophy of the ankles and centrifugal lipodystrophy. We describe a 52-year-old female patient who developed a localized atrophy of the abdominal areas over a period of 3 months without any inflammatory signs over the evolution of the disease. The patient denied any previous local trauma or medication of any type. The atrophy stabilized, showing no progression over the last 6 years. The histopathological examination was normal except for the absence of subcutaneous fat, although the biopsy was taken down to the fascia. There was no clinical or serologic evidence of autoimmune diseases and laboratory testing for Borrelia burgdorferi infection was negative. Other causes of localized lipoatrophies were excluded and the final diagnosis was localized idiopathic lipodystrophy. Our patient is the second report on an abdominal lipodystrophy, with no previous inflammatory signs, absence of subcutaneous fat and no associated pathogenic factor. There is no established treatment for idiopathic lipodystrophy, and the lesions do not tend to resolve spontaneously.