1000 resultados para serra da Bocaina
Resumo:
Durante um ano completo efetuamos capturas de flebótomos em isca humana, simultaneamente no solo e na copa da floresta em plataforma a dez metros de altura. Lutzomyia fischeri foi a espécie mais numerosa na copa. L.sp. 1 (espécie ainda não descrita) também foi mais freqüente neste nivel; L.shannoni, apesar de ser mais ativa ao nivel do solo, compareceu várias vezes na copa; L.pessoai, L.ayrozai, L.davisi. L.sp.2 (espécie também não identificada), L.microps e L.monticola só picaram iscas situadas no solo; L.hirsuta esteve pouco representada na copa, porém sua maior densidade foi no solo, onde figura como espécie dominante nos meses mais frios e secos do ano. Dois aspectos devem ser enfatizados com relação à distribuição vertical: a acrodendrofilia de L. fischeri e, ao contrário, o fato de L.ayrozai alimentar-se exclusivamente ao nível do solo. Este comportamento de L.ayrozai e sua preferência em sugar nas partes mais baixas do corpo fazem supor que seus abrigos naturais sejam as folhas caídas no solo florestal. Dentre os fatores mesológicos que influenciam na estratificação dos flebótomos consideramos que a luminosidade seja preponderante, pois em noites mais claras (lua crescente ou cheia) a atividade foi nula, todos os flebotomíneos capturados na copa das árvores foram obtidos em noites mais escuras (lua nova ou minguante).
Resumo:
Os resultados obtidos de outubro de 1980 a setembro de 1982, confirmaram a preferência dos flebótomos pelos horários crepuscular e noturno para hematofagia. Somente foram capturados durante o dia quando o tempo estava encoberto ou nos meses de verão com escurecimento repentino, ocasionado por prenúncios de grandes precipitações, muito comuns nessa época do ano. Nos três períodos por nós estudados - matutino, vespertino e noturno - observamos um equilíbrio entre L. ayrozai e L. hirsuta e um certo ecletismo, quanto à hora de sugar, de L. shannoni e L. fischeri, especialmente a primeira. Com as capturas de 24 horas consecutivas constatamos a predileção de L. ayrozai pela hematofagia nas horas mais avançadas da noite, entre 23h e 2h, enquanto L. hirsuta foi mais freqüente entre 18h e 23h. Ambas, contudo, podem picar durante todo o período desde que as condições de temperatura e umidade sejam favoráveis.
Resumo:
Durante dois anos completos - outubro de 1981 a setembro de 1983 - capturamos flebótomos em armadilhas luminosas no Parque Nacional da Serra dos Órgãos. As armadilhas eram colocadas, semanalmente, em pontos estratégicos na floresta, sempre no mesmo local e hora, ficando expostas por 12 horas. Foram gastas 732 horas e obtidos 2.730 flebótomos pertencentes a 17 espécies, quatro do gênero Brumptomyia França & Parrot, 1921 e 13 do gênero Lutzomyia França, 1924. a proporção de machos em relação ao número total foi de 76,3%. As espécies L. barrettoi, L. ayrozai e L. hirsuta corresponderam a 95% do total, sendo que a primeria somou quase o dobro de exemplares das outras duas juntas. L. ayrozai foi a mais numerosa na época quente e úmida e L. hirsuta na masi fria e seca, do mesmo modo que L. barrettoi, sendo que esta só ocorreu nesta época do ano. O número de espécies e espécimens foi bem maior na área B, onde as armadilhas foram colocadas perto do solo, próximas a tocas de animais silvestres, do que na área A, onde foram instaladas afastadas do solo, em local de vegetação mais fechada e perto de árvores com raízes tabulares. Após o repouso pós-alimentar, na procura de locais adequados para a postura, acreditamos que as fêmeas tenham maior atração pela fonte luminosa, pois verificamos um número considerável de fêmeas grávidas. Também em armadilhas luminosas constatamos que a lua nova foi mais favorável à coleta de flebótomos e a lua cheia a de menor rendimento.
Resumo:
Dando continuidade às nossas observações sobre a ecologia dos culicíneos que vimos realizando no Parque Nacional da Serra dos Orgãos (PNSO), Estado do Rio de Janeiro, concentramos nossa atenção nesta oportunidade ao estudo das preferências horárias das fêmeas para a realização da hematofagia. Visando tal objetivo, realizamos capturas semanais, concomitantemente em iscas humanas localizadas a nível do solo e próximo à cobertura vegetal, em diferentes horários e por 24 horas consecutivas de março de 1981 a fevereiro de 1982. Para análise das diferentes tendências específicas na realização da hematofagia em determinados horários, levamos em consideração algumas variáveis abióticas como: luminosidade, temperatura e umidade. Algumas espécies apresentaram nítida preferência por realizar o repasto sangüíneo durante as horas mais iluminadas do dia. Dentre estas podemos destacar o Haemagogus leucocelaenus e Ha. capricornii, que são importantes transmissores da Febre Amarela Silvestre nas regiões Norte e Centro-oeste brasileiras, e a maioria dos sabetíneos. Outras foram capturadas em maior número no crepúsculo vespertino e primeiras horas da noite: Anopheles cruzii, principal transmissor das malárias humanas e simiana no sul do Brasil, Culex nigripalpus e Trichoprosopon digitatum. Muitas espécies, embora tenham preferência por um o outro período, podem apresentar incursões em diferentes horários, mas não assinalamos nenhuma com grande ecletismo.
Resumo:
Realizamos capturas simultâneas de flebótomos, no Parque Nacional da Serra dos Orgãos, Estado do Rio de Janeiro, utilizando três iscas: homem, gambá e galo. Em 298h capturamos 1.155 fêmeas de seis espécies do gênero Lutzomya. L. ayrozai e L. hirsuta foram as espécies mais numerosas; ambas sugaram somente próximo ao solo, sendo decididamente antropofílicas e mais ativas entre 17 e 24h. L. fischeri foi a espécie mais freqüente na copa e a que demonstrou maior ecletismo quanto ao hospedeiro, hora e local; na copa sugou mais o galo, especialmente entre 0 e 5h e, no solo, picou com maior intensidade o homem, principalmente entre 20 e 24h.
Resumo:
Como parte das observações que vimos realizando sobre a ecologia dos mosquitos culicíneos no Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Estado do Rio de Janeiro, estudamos nesta oportunidade as preferências alimentares dos espécimens fêmeas que ali ocorrem. Através de amostragens simultâneas a nível do solo e nas imediações da copa das árvores, em diferentes períodos de 24 horas consecutivas, realizamos a captura da fauna culicideana atraída para a hematofagia por uma das iscas alí expostas: ave, gambá, lagarto e isca humana comparativa. No período de março de 1983 a setembro de 1985, a fauna culicideana apresentou-se bastante eclética, com uma ligeira tendência ao antropofilismo. A única espécie nitidamente ornitófila foi o Culex nigripalpus, enquanto Cx. (Melanoconion) sp. distribuiu-se, em baixas incidências entre o gambá e a ave nas suas preferências. Alguns sabetíneos, como Trichoprosopon similis, Tr. frontosus, Tr. reversus, Tr. thobaldi, Wyeomyia personata, Wy. confusa, Wy. mystes, Phoniomyia pilicauda, Ph. theobaldi e Limatus durhami, foram capturados, em significativos percentuais, realizando o repasto sangüíneo na ave. Entretanto, em nenhuma oportunidade, observamos o lagarto sendo utilizado para hematoagia pelos mosquitos.
Resumo:
Recebemos para exame uma pequena coleção de carrapatos no Parque Nacional da Serra da Canastra (MG), entre 1979 e 1980. Os autores demosntraram a existência de uma larga co-acomodação de Amblyomma pseudoconcolor em edentados da familia Dasypodidae, sendo Dasypodini a tribo mais ajustada a sta infestação. De acordo com as Figs. 1 e 2, Dasypodini são, provavelmente, os hospedeiros reais de A. pseudoconcolor e também os hospedeiros mais antigos. Pela primeira vez, A. pseudoconcolor é também registrado e, Cabassous tatouay, C. unicinctus, priododntes maximus e Euphractus sexcinctus. Também, pela primeira vez, A. pseudoconcolor e A. calcaratum foram registrados no Estado de Minas Gerais. os ectoparasitos estão depositados no Departamento de Parasitologia da Universidade Federal de Minas Gerais, Brasil.
Resumo:
Hyla gouveai n. sp. is described and illustrated and it is closest to the bigger individuals of the species in the group "circumdata", not presenting, however, the characteristic pattern of dark transversal bands on the posterior inner coxal surface.
Resumo:
Com a responsable de la preservació del patrimoni bibliogràfic a Catalunya, la Biblioteca de Catalunya ha dedicat molts recursos a digitalitzar documents analògics, alhora que ha incorporat al seu fons documents creats directament en format digital. En l’actualitat representen un volum important, i per això el Grup de Preservació Digital de la BC ha descrit les necessitats i processos que són la base del disseny d’un repositori que garanteixi la perdurabilitat d’aquests documents. El present informe en descriu els detalls.
Resumo:
The ecology of mosquitoes were studied (Diptera: Culicidae) in areas of Serra do Mar State Park, State of São Paulo, Brazil. Systematized monthly human bait collections were made three times a day, for periods of 2 or 3 h each, in sylvatic and rural areas for 24 consecutive months (January 1991 to December 1992). A total of 24,943 specimens of adult mosquitoes belonging to 57 species were collected during 622 collective periods. Coquillettidia chrysonotum was the most frequent collected mosquito (45.8%) followed by Aedes serratus (6.8%), Cq. venezuelensis (6.5%), Psorophora ferox (5.2) and Ps. albipes (3.1%). The monthly averages of temperature and relative humidity were inserted in the ten-year average limits of maximum and minimum of the previous ten-years. Rainfall accompanied the curve of the ten-year averages. Those climatic factors were influential in the incidence of some species; temperature: Anopheles cruzii, An. mediopunctatus, Ae. scapularis, Ae. fulvus, Cq. chrysonotum, Cq. venezuelensis, Runchomyia reversa, Wyeomyia dyari, Wy. confusa, Wy. shannoni, Wy. theobaldi and Limatus flavisetosus; relative humidity: Ae. serratus, Ae. scapularis, Cq. venezuelensis and Ru. reversa; rainfall: An. cruzii, Ae. scapularis, Ae. fulvus, Cq. venezuelensis Ru. reversa, Wy. theobaldi and Li. flavisetosus.
Resumo:
The mosquito (Diptera: Culicidae) ecology was studied in areas of Serra do Mar State Park, State of São Paulo, Brazil. Systematized biweekly human bait collections were made three times a day, for periods of 2 or 3 h each, in sylvatic and rural areas for 24 consecutive months (January 1991 to December 1992). A total of 24,943 adult mosquitoes belonging to 57 species were collected during 622 collective periods. Aedes scapularis, Coquillettidia chrysonotum, Cq. venezuelensis, Wyeomyia dyari, Wy. longirostris, Wy. theobaldi and Wy. palmata were more frequently collected at swampy and at flooded areas. Anopheles mediopunctatus, Culex nigripalpus, Ae. serratus, Ae. fulvus, Psorophora ferox, Ps. albipes and the Sabethini in general, were captured almost exclusively in forested areas. An. cruzii, An. oswaldoi and An. fluminensis were captured more frequently in a residence area. However, Cx. quinquefasciatus was the only one truly eusynanthropic. An. cruzii and Ae. scapularis were captured feeding on blood inside and around the residence, indicating that both species, malaria and arbovirus vectors respectively, may be involved in the transmission of these such diseases in rural areas.
Resumo:
The ecology of mosquito species (Diptera: Culicidae) was studied in areas of the Serra do Mar State Park, State of São Paulo, Brazil. The influence of the lunar cycle and the daily biting rhythms of mosquito populations were analyzed. Systematized biweekly human bait collections were made in a silvatic environment for 24 consecutive months (January 1991 to December 1992). A total of 20,591 specimens of adult mosquitoes belonging to 55 species were collected from 545 catches. Sabethini species were captured exclusively during daylight periods, with the exception of Trichoprosopon digitatum, while members of Anophelinae predominated during nocturnal hours. Members of the subfamily Culicinae that were collected primary during nocturnal periods included Culex nigripalpus, Coquillettidia chrysonotum and Cq. venezuelensis while daytime catches included Psorophora ferox and Ps. albipes. Others members of culicines mosquitoes that were collected during both day and night included: Aedes serratus, Ae. scapularis and Ae. fulvus. Lunar cycles did not appear to influence the daily biting rhythms of most mosquito species in the area, but larger numbers of mosquitoes were collected during the new moon. Ae. scapularis were captured mainly during the full moon.